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História O acordo - Provocações


Escrita por: UpsLovelly

Notas do Autor


Olá! Mais um cap!
Quero mais uma vez pedir desculpas pela demora, estava terminando esses dois caps e bem... essa semana foi começo de aula, então eu ainda tava meio desorganizada.
Gente, perdoem se eu não responder todos os comentários, mas saibam qhe eu leio cada um! Desde elogios até críticas construtivas. Muito obrigado por todo apoio!
Então né gente, não tenho paciência para procurar capa. Então se alguns caps ficam sem capa, é por que não achei uma boa que condiz com o cap! Enfim, chega de blá blá blá. ☆ Boa Leitura ☆

Capítulo 20 - Provocações


Fanfic / Fanfiction O acordo - Provocações

        Natsu

Era domingo, um dia não tão bom e nem tão ruim. Não tão bom pois amanhã já seria segunda, o pior dia da semana, na minha opinião. E não tão ruim pois não tinha aula e podíamos dormir até tarde... Menos quando se tem Joana como empregada.

— Fala sério Joana... É domingo! — reclamei enterrando a cabeça no travesseiro.

— Eu sei que o senhor prefere dormir até tarde, mas seu pai pediu que comparecesse no café da manhã — ela falou terminando de puxar a cortina.

— Ninguém merece — me dei por vencido.

Depois de tomar banho e pôr uma roupa, saí do meu quarto. E para minha surpresa, Wendy estava me esperando.

— Mas que demora! Já estava quase virando parte dos móveis — Wendy revirou os olhos.

— Pare de reclamar — falei.

— Natsu, adivinha quem vai tomar café com a gente? — ela perguntou toda feliz.

— Um unicórnio? — falei tedioso.

— Não! É a mamãe! E adivinha? Ela dormiu aqui ontem — Wendy contou transbordando de felicidade.

Talvez isso fosse uma coisa boa, talvez mamãe tenha se reconciliado com papai. Entendo toda a alegria de Wendy, mesmo que ela não tenha visto nenhuma briga dos nossos pais, ela sofreu muito quando mamãe foi embora. Fico feliz que eles tenham deixado o orgulho de lado... bem, eu espero que tenham deixado.

Quando eu e Wendy nos juntamos à mesa, pude ver o largo sorriso no rosto da minha mãe.

— Bom dia — ela e o papai disseram em uníssono.

— Bom dia — falei.

— Então mãe, a senhora vai voltar a morar aqui? — perguntou Wendy esperançosa.

Eu queria poder dete-la e dizer para que não force as coisas, mas mamãe apenas alargou o sorriso e respondeu:

— Sim, querida. Amanhã já estarei de volta.

Wendy só faltava subir na mesa e começar a dar pulinhos de alegria. Da última vez que a vi tão feliz, foi quando deram o Dragão de pelúcia que ela tanto queria de aniversário.

[...]

Quando terminamos de comer, minha mãe me chamou até a sala. Ela se sentou em um poltrona. Me sentei à sua frente.

— Natsu... eu pensei muito nos seus dizeres quando você falou sobre ser simples voltar para casa. E tenho que discordar, não é fácil. Eu e seu pai somos orgulhosos, não queríamos aceitar nosso erros. Mas eu fiz um esforço, não queria que Wendy sofresse e que você passasse por aquilo, de novo.

— Então você e papai estão de boa? — perguntei e ela riu.

— Sim, estamos "de boa". Bem, eu espero que ele pense da mesma maneira — ela sorriu.

— Eu sei que ele pensa assim. Mãe, eu imploro, não volte a fazer isso. Wendy sofreu demais, tanto quanto eu naquela época!

— Perdoe-me Natsu, me perdoe por te fazer sofre tanto naquela época. Eu jamais quero que você e a Wendy passem por isso novamente! Eu amo vocês, vocês são tudo para mim. Saber que eu decepcionei vocês desta maneira… — ela estava quase chorando.

Suspirei e me aproximei dela. Ela me abraçou e senti algumas lágrimas caindo em meu ombro. Eu realmente queria perdoa-la por tudo, mas é difícil. Eu quero expulsar esse pensamento de que ela nos abandonou, mas é difícil. Eu quero apagar toda essa dor que ela nos causou, mas é difícil.

Nos afastamos, ela passou as costas da mão para impedir que mais lágrimas caíssem.

— Se você puder me perdoar… — ela sorriu.

[…]

          Lucy

Peguei minha mochila e desci as escadas. Passei pela cozinha e peguei uma maçã que havia ali na fruteira.

— Ohayo — falei para os empregados que estavam lá e fui dançando até a sala.

— Está animada hoje Hime — Virgo sorriu.

— Sim! Não faço ideia do por que, mas sinto que hoje o dia será incrível! Estou indo, tchau, Virgo — mandei um beijo para ela e saí.

Me encontrei com Erza na esquina e a abracei.

— Uau Lucy, está radiante hoje — Erza riu.

— Hoje eu acordei feliz! — termino de comer a maçã e jogo o resto em uma lixeira próxima.

Depois de caminhar e conversar sobre assuntos banais, chegamos na escola. Erza se despediu de mim e foi para seu club.

— Yo Lucy — Lissana se aproximou de mim.

— Oi Lissana — sorri.

— Está de bom humor hoje Lucy — assenti com a cabeça.

— Sim, e ninguém irá me desanimar! — falei.

— Hey Lucy, você acha que eu deveria participar de algum club? — me perguntou Lissana.

— Eu não sei, há vários clubs, se está com vontade de entrar em algum, dê uma olhada — sorri.

— Você está em um?

— Não…

Agora eu parei para pensar. Por que não me escrevo em um club? A Erza está em um club de Esportes, a Levy em um club de Estudos, eu deveria fazer algo também, já que fico atoa em casa.

— Mas acho que vou entrar em um. Quando terminar as aulas, que tal darmos uma olhada? — propus.

— Sim!

[…]

Eu estava indo rumo à sala. Não havia me encontrado com Levy em nenhum momento, será que ela havia faltado?

Estava imersa em pensamentos que me esbarrei em alguém, novidade. Quando se virou para me ver, vi que era Natsu.

— Ah, olá Lucê — Natsu falou.

— Olá Natsu! — sorri — Desculpa.

— Tudo bem, eu já sei que você é uma desastrada.

— Natsu, hoje eu acordei de bom humor, e você não mudará isso! — eu o avisei e voltei a andar em direção à sala.

Entrei e sentei no meu lugar de sempre. Quando olhei para a cadeira vazia de Levy, deduzi que ela havia faltado. Será que ela havia passado mal? Poderia ter me avisado, não poderia?

A sala estava a mesma coisa de sempre: uma bagunça. Peguei meu material e o coloquei na mesa. Até que uma bolinha voou na cabeça de Natsu e ele olhou para trás procurando, irritado, o culpado. Ri de sua expressão.

— Tá rindo do que?! — ele falou e jogou a bolinha na minha cara e riu de seu feito.

— Idiota! — joguei de volta.

Não sei como aconteceu, mas eu e Natsu já estávamos participando da Guerra de Bolinhas, e Lissana apenas rindo de nós.

— Estão parecendo crianças!

Continuamos, até Natsu parar e me fitar. Corei com aquilo e joguei uma bolinha nele para quebrar o contato visual.

— Eu já estou em sala, se sentem e parem com isso — o professor Freed ralhou.

Natsu sentou em sua cadeira bufando. O professor se levantou e começou sua aula, na minha opinião, uma das mais chatas. Ele só fala e fala, não é algo que prende sua atenção. Depois de alguns minutos, um papel cai em minha mesa, o abri e ri com o que estava escrito.

"Que livro esse cara engoliu?"

Peguei minha caneta e escrevi uma resposta.

"Ele é um professor Natsu, tem que saber bastante sobre o assunto! Hoje eu acordei de bom humor, mas olha, essa aula já está tomando minha cota de interesse."

Eu joguei por cima de seu ombro. Não deu nem dois minutos e o papel já estava de volta na minha mesa.

"Vamos conversar então."

Respondi:

"Como se já não estivéssemos fazendo isso. Agora pare de me mandar papelzinho, antes que o professor nos pege no flagra!"

Eu achei que ele pararia com isso. Mas o papelzinho voltou novamente para minha mesa.

"Deixa de ser sem graça. Vai dizer que nunca conversou por bilhetinho? Você é uma chata Lucê."

"Mas nem em papel você escreve meu nome certo garoto? É LUCY! E não… nunca. Você é muito irritante, sabia Natsu?"

O professor se virou. Foi por pouco que o professor me vê jogando o papel para Natsu. Peguei minha caneta e fingi que estava anotando algo, e me surpreendi. Era a primeira vez que minha folha não estava cheia de anotações. Tudo culpa de um certo rosado.

Freed olhou para cada um de nós, ele é um dos mais rígido dos professores. Rezei para que Natsu tivesse escondido o papel. Depois de fazer sua "inspeção", o professor voltou sua atenção para o quadro. Minutos depois o bilhete estava na minha mesa.

"Foi por pouco. Lucê, você ainda tem muito o que viver. Mas é sério, este professor é um chato."

"Tenho que concordar. Hey Natsu, você está me levando para o mau caminho, primeira vez que meu caderno não está cheio de anotações!"

"Hm… acabei de fazer um milagre. Tirei a atenção de Lucy Heartfilia dos estudos só com bilhetinhos. Viu como sou incrível?"

"Tão incrível quanto o professor. Agora vá escolher outro alvo, quero entender a matéria."

"Por Deus Lucê, agora você pisou no meu coração. Não sabia que era tão chato assim."

Não pude conter a risada. Logo que me dei conta, tapei a boca, mas foi em vão, o professor já caminhava em minha direção. Antes que eu pudesse esconder a folha, o professor a puxou e começou a ler.

— O que tem a dizer sobre isso? — ele me perguntou.

Olhei para meu caderno, envergonhada. Eu não tinha nada a dizer sobre aquilo.

— Você e Natsu, depois que o tempo de aula terminar, venham falar comigo.

Eu e Natsu trocamos olhares, já sabíamos: estávamos ferrados.

[…]

Quando deu a hora do intervalo, Lissana veio até a gente perguntar o que havia no papel.

— Tsc. Só estávamos falando sobre o professor — Natsu respondeu indiferente.

— O que deu em vocês dois? Lucy, não sabia que se metia nessas confusões — Lissana me olhou.

— Nem eu, mas alguém me levou para o mau caminho — dei um leve soco no braço de Natsu.

— Ai ai! Melhor eu ir, encontro vocês no intervalo — ela saiu de sala, deixando apenas eu, Natsu e o professor lá.

Eu estava nervosa, nunca havia levado uma bronca de um professor! Tinha que ser o Natsu!

O professor nos encarou e pegou o papel.

— Isto é o que vocês fazem durante a aula ao invés de aprender a matéria? As provas estão chegando, e vocês aí trocando bilhetinhos.

Um frio percorreu minha espinhas. Falando deste jeito, parecia que estávamos trocando cartas de amor.

— Srta. Heartfilia, nunca me desapontou deste jeito! Esperava mais de você, por mais que suas notas sempre foram boas, deve continuar se esforçando. E você, Dragneel, deveria se espelhar nela, e não leva-la na sua onda! Por causa disto — ele apontou parak o papel — limparão o ginásio depois das aulas. O diretor quer fazer um anúncio amanhã, e o ginásio não está lá uma beleza.

Assentimos. Pelo menos não foi nada tão grave. Quando saímos da sala, soquei o braço de Natsu.

— Idiota, viu só onde nos meteu?

— Ah Lucê, qual é? Não é nada demais, e foi culpa sua sermos pegos! — ele se defendeu.

Pensando por esse lado, foi mesmo culpa minha.

— É-É que eu nunca fiz isso! E foi você que começou!

— Estamos brigando que nem crianças — ele revirou os olhos.

— Idiota. Não sei como consegue passar nas provas, se ao invés de escutar a matéria, fica fazendo esse tipo de coisa — gritei.

— A senhorita também estava fazendo isso. Agora pare de reclamar e aceite — ele disse e virou o corredor, me deixando sozinha.

[…]

— Olha só quem está rebelde! — Erza disse rindo.

— Como se ela nem tivesse gostado, não é mesmo Lu? — Cana disse me olhando maliciosamente.

— Ah! Por favor, é-é claro que não!

— Gaguejou! Se entregou! — Juvia exclamou.

— Aceita Lu — Cana apoiou os cotovelos na mesa e apoiou sua cabeça nas mãos.

— Não sabiam que estavam tão íntimos para trocar bilhetinhos — Lissana riu.

— BILHETINHOS? Olha Lu, somos suas amigas, deveria nos contar sobre essas coisas — Erza falou tristonha.

— Essas coisas? — perguntei.

— É, você e Natsu. Está rolando algo e você não quer nos contar! — Cana interveio.

— Parem! Não há nada! — corei.

Meu Deus! O que deu nelas hoje? Tudo por causa que eu falei sobre ter que limpar o Ginásio com Natsu, isso não tem nada demais. Não é?

[…]

As aulas haviam finalmente acabado. Agora eu só precisava aguentar Natsu mais um tempinho. No fim, eu nem pude ir com Lissana ver um club para entrar. O professor Freed nos direcionou até o Ginásio e nos deu o material.

— Meu Deus — falei boquiaberta — passou um furacão aqui?

Estava uma total bagunça.

— Competição do club de Esportes — o professor falou — este Club está crescendo bastante — o professor deu meia volta e saiu.

— Vamos levar um bom tempo para limpar tudo! — Natsu comentou.

— Eu achando que hoje seria um dia maravilhoso! O que o universo tem contra mim? — perguntei indo em direção à uma mesa — Ave Maria. O que eles estavam fazendo aqui?

Começamos a limpar. Dividimos quem iria limpar e arrumar qual parte. Eu estava com a corda toda hoje, achando que seria um dia maravilhoso. O mundo conspira contra mim, só pode! Agora estou preocupada com a Levy-Chan, será que ela estava passando mal? Por que não veio para a escola?

Me abaixo para recolher alguns papéis que estavam no chão, quando me levantei, Natsu estava me encarando. Eu corei e ignorei. Afinal, não queria passar horas aqui limpando. Quando olhei novamente para Natsu, ele estava vindo em minha direção com um olhar sério. Oh, por que ele tem que ficar tão lindo com essa expressão? E por que eu estou reparando tanto nele? Sem perceber, eu já estava mordendo meu lábio inferior.

Natsu se aproximou de mim e me prensou contra a parede. Eu arregalei os olhos, o que ele estava fazendo? Seu rosto se aproximou do meu, nossos lábios estavam a milímetros de se tocar, e por um segundo, pensei que eles iam se tocar mesmo. Natsu roçou seus lábios no meu, e Deus, eu nunca quis tanto na minha vida que alguém me beijasse, queria sentir seus lábios no meu, mas Natsu foi até meu ouvido e cochichou com sua voz rouca:

— Por que me provoca tanto Lucê?

Eu me arrepiei. O provocar? Eu não sabia que fazia isso com Natsu. Eu não tinha mais o dom de falar. Minhas pernas estavam bambas, meu coração estava a mil. Fiquei apenas quieta, esperando qualquer reação de Natsu. Com o mais simple gesto de Natsu, meu coração já acelerava. Eu não devia deseja-lo, mas o que me impede? Natsu desceu uma trilha de beijos até meu pescoço. Foi quando tomei coragem:

— E você? Por que me provoca tanto? — consegui dizer.

— Por que gosto da sua reação quando te toco. Gosto quando me aproximo tanto de você, e seus olhos me imploram para que eu te beije.

— I-Isso não é verdade — ah, é sim.

Ele voltou a me encarar. Aqueles olhos ônix… e novamente estávamos a milímetros de nos beijar.

— E então? Acabaram? — o professor Freed entrou e nós nos separamos bruscamente.

Graças aos céus o professor estava muito ocupado escrevendo algo em seu caderno, por que se ele visse esta cena…

— O que foi? Viram um fantasma? Continuem logo a arrumar — ele falou e deixou o local. Eu e Natsu nos entreolhamos, voltamos a fazer o que estávamos fazendo antes sem dizer um pio.

[…]

Eu estava finalmente voltando para casa. Conseguimos terminar rapidamente e Natsu não repetiu seu ato. Meu coração acelera só de pensar o que poderia ter acontecido se o professor não tivesse chegado bem na hora. Parte de mim queria que ele me beijasse, e a outra não queria, certamente, a parte sã. Mas Natsu não sente nada por mim e nem eu por ele. Somos apenas… amigos. E essa amizade realmente surgiu do nada.

As vezes eu paro e penso, se eu não tivesse flagrado Natsu, teríamos essa "intimidade"? Acho que eu nunca iria falar com ele, já que sempre o achei o Bad Boy da escola. Mas agora que conheci ele, ele não parece ser tão ruim assim… hey Lucy! Natsu é um chato, idiota, irritante. E ainda bem que o professor o interrompeu! E se acontecesse algo a mais?

Podia ter acontecido.

Mas não aconteceu!

E novamente, meus pensamentos estavam divididos e estavam brigando. Mas, e se acontecesse? Eu poderia parar? Eu conseguiria parar?

Entrei suspirando em casa. Quando levantei meu olhar, vi meu pai sentado no sofá.

— Pai! — gritei correndo para seus braços.

— Oi, querida. Sentiu minha falta?

— Eu sempre sinto pai — o abracei forte.

— Bem, o que importa é que estou de volta — ele riu — e as coisas? Como estão?

Joguei a mochila de um lado e me sentei ao lado do meu pai para conversar. Desde que minha mãe se foi, meu pai tem sido muito mais compreensível. Eu amo conversar com ele. E isso tiraria Natsu dos meus pensamentos.

E assim ficamos, batendo papo um com o outro, pelo resto da tarde.


Continua…


Notas Finais


Bem gente, esse foi o último cap por hoje! Espero que tenham gostado ❤ um beijo e até o próximo cap ☆


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