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História O Alvorecer de Um Novo Sol - Arco de Izra: Zarpando!


Escrita por: Marimachan

Notas do Autor


Olá, minna-san. ^^
E chegamos ao fim do arco! Apenas um capítulo para fechá-lo. :)
Boa leitura! ;)

Capítulo 23 - Arco de Izra: Zarpando!


Quase 23 anos antes...

― Oe, Nami. Quanto tempo levará para chegarmos à próxima ilha?

― Cerca de dois dias, Usopp. Se o oceano permanecer tranquilo como está. Por quê? ― a ruiva observava as águas pelas quais o Sunny navegava, escorada na beirada do navio.

― O Franky disse que nosso estoque de cola está chegando ao final... ― se aproximou da companheira, se escorando ao lado dela.

― Então é melhor o mar realmente continuar assim...

― Sim... Ah, Luffy? Tudo bem? ― Nami se virou em direção à proa, para onde Usopp direcionava a pergunta e de onde Luffy descia um tanto quanto estranho.

― Sim! ― tentou sorrir convincente, contudo, o que conseguira fazer fora dar um singelo sorriso fraco. Ele suava frio e lutava para se manter equilibrado, embora parecesse que iria cair para o lado a qualquer momento.

― É claro que não está! ― a navegadora se aproximou num misto de irritação pela mentira deslavada e preocupação pela situação do amigo.

― Oe, Oe... O que você tem? ― Usopp também se aproximou.

― Eu... não sei. De repente eu senti uma fisgada e aí começou a embaçar tudo. ― explicou, encostando-se a um dos mastros no convés do navio.

― Fisgada aonde? ― a garota questionou, concentrada nas palavras do moreno.

― Em tudo. ― enquanto ele fazia uma careta desgostosa ao se lembrar da dor pontiaguda que havia sentido instantes antes, Nami fazia uma careta preocupada.

― Estranho...

― Luffy doente é novidade pra mim... ― Usopp comentou em meio a um sorriso desacreditado e amarelo ao mesmo tempo.

― Sim... Vai até o Chopper pra ver o que você tem.

Aquilo soou como uma ordem e, assim como todos naquele navio, Luffy sabia que desobedecer a uma ordem expressa da Gata Ladra era o mesmo que assinar seu contrato de morte. O moreno se afastou do mastro em que estava recostado e deu dois passos com intenção de ir à enfermaria, onde Chopper se encontrava no momento. Entretanto, fora apenas a intenção. Dois passos foram o bastante para tudo ficar escuro e ele sentir o desequilíbrio levar seu corpo ao chão.

Depois dos nakamas gritando seu nome, o som de sua cabeça batendo contra a madeira do Sunny fora a última coisa de que Luffy se lembrou ao acordar cinco dias depois.

(...)

― Mas quem está fazendo isso?!

Com certeza, não poderiam ter irritado mais Seion do que ele estava irritado naquele momento.

― Ainda não temos certeza... Apenas desconfiamos de quem esteja por trás de todos esses ataques, mas não podemos afirmar nada.

Sabo acabara de contar tudo sobre os últimos ataques. Seion só havia sabido dos primeiros que ocorreram. Contudo, dos que foram noticiados no último mês ele não tinha conhecimento algum, já que nunca se importara em ler o jornal e estava mais preocupado em aproveitar a temporada com sua família antes de partir para o mar.

Ao ouvir que todas aquelas tragédias haviam ocorrido e que uma das famílias vitimadas era de seus parentes por parte de avó paterna, uma fúria por quem quer que fosse o causador daquilo surgiu sem que ele pudesse impedir.

― De quem vocês desconfiam, Sabo-san? ― quem perguntara fora Issa que, assim como todos os outros nakamas de Seion, observavam o diálogo.

― Não posso dizer no momento, Issa-chan... ― respondera hesitante pela reação do sobrinho e o que esperava não demorou sequer segundos para vir.

― Por quê?! Eu quero saber, tio! Eu quero saber quem é que está fazendo isso! ― era surpreendente ver um garoto tão tranquilo como Seion gritar enfurecido daquela forma.

― Se eu te contar, é óbvio que você vai querer ir atrás. Não vou permitir isso, Seion. ― explicou calmamente, indiferente ao tom grosseiro do sobrinho.

― É claro que vou querer! Seja lá quem for que esteja por trás disso atacou minha família! O que você acha que eu faria? ― estava definitivamente decidido.

― Eu sei que faria. Você é filho do Luffy, é óbvio que não ficaria quieto. E é por isso que não posso permitir. Essa pessoa está fora do seu alcance no momento, Seion. Deixa que seu avô e eu resolvamos isso. ― Sabo então se levantou do banco em que estava sentado no convés do Sunny Jr., tomando seu chapéu em mãos e o devolvendo à cabeça.

Seion bufou, ainda insatisfeito.

― Ao menos me diga como está a Hana, então... Você disse que ela foi a única que conseguiu fugir... ― cada vez que chegava ao final da frase, a voz do moreninho abaixava um tom.

― Não sabemos. ― foi curto e direto.

― Como assim não sabem? ― os olhos castanhos agora não continham mais fúria e sim preocupação e medo.

Sabo suspirou pesaroso.

― Ela conseguiu fugir, mas ainda não conseguimos contato algum. Hana está desaparecida.

― D-desaparecida? ― gaguejou ao sentir um aperto no peito.

Não tinha muito contato com seus familiares do North Blue, mas as poucas vezes em que esteve com eles garantiu uma grande amizade com Hana, que era da mesma faixa etária dele e se dava extremamente bem com todos.

― Sim... Não temos notícias dela. Dragon-san está tentando de todas as formas a encontrar ou contatá-la, mas ainda não conseguimos. Embora ele ainda não tenha desistido. Não se preocupe, se ela estivesse morta ou algo do tipo, nós já teríamos a encontrado. Ela estar desaparecida pode ser realmente um bom sinal. Significa que ela está se mantendo muito bem escondida. ― o loiro sorriu consolador, tentando despreocupar o sobrinho.

Seion afirmou positivamente em um meneio de cabeça, concordando com o tio, embora ainda estivesse preocupado.

― Bem... ― começou o mais velho, já caminhando em direção à beira do navio que estava voltada para o costão rochoso da ilha. ― Eu tenho que ir agora. Espero te encontrar novamente, Seion. ― um sorriso agradável apareceu na face do loiro.

― Eu também espero te encontrar de novo, tio Sabo! ― aparentemente, o garoto havia voltado ao seu jeito espontâneo, fazendo com que um sorriso aberto surgisse em seus lábios.

Só então Sabo parou para observar melhor o sobrinho naquele dia. Seu humor era exatamente como o de Luffy: em questão de segundos poderia se transformar do garoto mais gentil e tranquilo do mundo para o mais perigoso e assim vice-versa. Aquilo conseguia decididamente tranquilizá-lo e fazê-lo matar grande parte das saudades que ainda sentia de seu irmão.

O conselheiro já pulava para fora do navio, em terra firme, enquanto recebia acenos de todos os tripulantes do Sunny Go Jr.. Sabo também se despedia com um gesto alegre com as mãos e um sorriso radiante no rosto.

Mesmo em meio a toda aquela confusão em que se encontravam atualmente, estava feliz. Feliz porque seu irmãozinho caçula não seria uma lenda esquecida com o tempo. Seria eternizado naquele garoto.

Tão especial e idiota quanto o pai.

(...)

A ilha tão grande agora podia ser bloqueada à vista com um único dedo da mão. As águas continuavam tranquilas e os Pirates of King faziam o que os distraíam no navio. Seion se encontrava à beirada do convés do Sunny Jr., observando a ilha país se distanciar cada vez mais.

Embora tivesse recebido uma notícia tão desagradável na última hora, a parada em Izra não poderia ter sido mais satisfatória para o capitão. Havia conhecido novos amigos, adquirido uma nova nakama, lutado como sempre gostara de fazer, ganhado dinheiro e reencontrado seu tio.

Mesmo que ainda existisse alguma preocupação quanto à Hana em sua mente, aos poucos ela perdia lugar para a expectativa que surgia cada vez mais forte. Em alguns dias, desbravaria uma nova ilha, uma nova aventura. Conheceria um pouquinho mais sobre o mar onde nascera. O mar o qual seu pai havia conquistado, desafiando qualquer obstáculo que surgisse à sua frente.

Agora sim ele sabia que estava conectado à seu pai de uma forma única e total, porque o sentimento de liberdade que tomava-lhe os sentidos toda vez que encarava aquela imensidão azul, era o mesmo compartilhado pelo Rei dos Piratas.


Notas Finais


Até! :)


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