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História O amor da minha rosa - X1 - Brincadeiras na biblioteca


Escrita por: JungLuw

Capítulo 2 - Brincadeiras na biblioteca


Não é possível que depois de todo aquele tempo, e tentativas passadas de reencontrar Seungyoun, o universo enfim decidiu começar a brincar com a cara de Hangyul daquela maneira. Já tinha se passado tantos anos desde a última vez que soube de Seungyoun, e agora o Cho estava bem diante de seus olhos, apresentando-se para a turma como um novo colega de classe deles.

O Lee não sabia se aquilo era alguma brincadeira, ou dádiva entregue pelos deuses, mas seu antigo amigo de infância e ele enfim voltariam a se ver. Será que ele pelo menos lembrava-se de Hangyul e dos anos que passaram juntos no orfanato durante suas infâncias.

— Gyul? — Yohan indagou em baixo tom, vendo o amigo engolir no seco. Hangyul estava estranho do seu ponto de vista, como se algo estranho houvesse ocorrido.

— Eu estou bem, Yohan… — respondeu, após alguns segundos de silêncio, fingindo normalidade para seu amigo.

— Certo. — a conversa da dupla logo teve fim, pois o professor finalizou o momento de apresentações, chamando a atenção de todos da turma e mandando que os novatos fossem em direção as cadeiras vagas, para quê ele começasse a aula.

— Posso sentar aqui? — o Cho perguntou, chegando perto de Wooseok, por causa da cadeira livre logo atrás do Kim. O menor assentiu, e Seungyoun sentou-se, mantendo um olhar descontraído que passava por todos da sala. Ele parou o que fazia, notando que estava sendo encarado por alguém, o aluno de cabelos castanhos e rosto bonito (Hangyul) que estava sentado próximo ou garoto de cabelos pretos e braços fortes, que mais parecia um modelo (Yohan). Seungyoun sorriu com simpatia, acessando para o tipo que o encarava de maneira descarada. — Olá.

— Ahn, olá. — Hangyul respondeu, sorrindo, tentando camuflar sua frustração, seu olhar descarado tinha sido para ver se Seungyoun o reconhecia. Era isto, Seungyoun não lembrava-se dele. 

O jovem de cabelos negros encarou o Lee por mais alguns segundos, mantendo uma expressão indecifrável no rosto, depois direcionando sua atenção para o professor, que dava início a aula do dia.

[...]

Horas mais tarde, o período comum de aulas havia tido fim, e os alunos saíam das salas, alguns indo para suas casas, outros para a biblioteca, e alguns para só Deus sabe onde. Hangyul, Yohan e Wooseok, como sempre — No antigo semestre — pretendiam ir estudar juntos na residência do mais velho deles. Quase sempre os três faziam isso, tornando-se um costume deles.

— Yohan, quando chegarmos em casa, eu quero você fazendo meu lanche, e o Hangyul arrumando as coisas no meu quarto para a gente estudar. — o Kim ditou, vendo olhares de revolta surgindo nos amigos. Eles ainda organizavam os próprios pertences em suas mochilas, enquanto Wooseok somente os observava, tendo a dele já nas costas.

— Está me achando com cara de cozinheiro? Coloque um dos seus chefes particulares para trabalhar, eu tenho que estudar, Hyung. — o menor bufou, revirando os olhos ao escutar a reclamação de Yohan. A verdade era que Yohan nasceu dotado de um talento sem igual para a cozinha, e Wooseok diariamente pretendia tomar proveito disso, e assim ganhar lanches especiais.

— Mas você cozinha como ninguém, Yohan. — Wooseok aproximou-se, enroscando seus braços no do maior enquanto fazia um biquinho.  — Por favor, Yohan, faz isso pelo Hyung.

— Uhm… — ele pareceu pensativo, colocando a mão do braço livre sobre o queixo, fingindo refletir sobre a ideia por alguns instantes. — Não.

— Te odeio. — o caçula deles riu, terminando de guardar suas coisas.

O maior então olhou na direção de Hangyul, se preparando para chamar o amigo para irem embora. No entanto, nisso ele notou que o Lee demorava para guardar suas coisas, e a visão dele estava mais focada em um certo alguém ao fundo da sala. Seus orbes trocavam olhares sutis com Seungyoun, o qual lhe encarava de volta em alguns instantes, mantendo uma expressão confusa, mas ainda simpática. Yohan suspirou, passando a língua entre os lábios enquanto andava até o amigo, chegando por trás dele e envolvendo seu braços no tranco do Lee, deixando suas mãos sobre o abdômen e rosto apoiado no ombro do acastanhado. 

— Está me deixando com ciúmes, Hyung. Não deveria fazer isso na minha frente, sabia? — Yohan indagou, falando com os lábios ao pé do ouvido de Hangyul, mas não sendo discreto naquilo. Ele aproveitou que só restavam eles, os novatos, Amy e sua irmã na sala, ou seja, ele podia brincar com o amigo a vontade.

Seungyoun ficou de boca aberta, corando fortemente ao escutar aquilo, Seungwoo apenas impressionou-se, assim como Amy, Sihyeon no entanto não reagiu, ela apenas soltou uma pequena risada nasal. Não precisando de mais do que o que seus olhos podiam ver para saber o motivo por trás das ações de seu irmão.

Uma curiosidade interessante sobre os gêmeos Kim é que eles são muito perceptíveis, dificilmente alguém é capaz de deixar algo passar despercebido para eles. Wooseok até brincava, dizendo que na maternidade ele foi dado aos pais dele, sendo que os gêmeos seriam os verdadeiros filhos da família Kim (A de Wooseok) pois eles eram bem mais parecidos com seus irmãos mais velhos do que ele. Astutos e perversos quando o assunto era algo que os interessava.

— Você já tem dono, ou esqueceu-se? Não gosto desses comportamentos indevidos, entendeu, Hyung? — o Kim pareceu falar sério, chegando até a chocar Wooseok, o qual estava sem entender nada. Yohan então sorriu bobamente quando viu que Hangyul tinha começado a o encarar, em pânico com a situação, e também sem compreender as intenções do amigo. Depois disso, o mais novo deixou um beijo estalado na bochecha do Lee, junto de um breve aperto em seu abraço por trás, fazendo Hangyul soltar um breve gemido pela força usada. Kim acabou afastando-se em seguida, deixando Gyul livre. — Brincadeirinha.

— Yohan! — Hangyul gritou de maneira nervosa, escutando uma gargalhada gostosa vindo do mais novo. — Não faça isso de novo, entendeu?

— Só se você parar de ficar flertando com o novato enquanto a gente te espera. Da certo esse acordo? — ele quase que sussurrou, garantindo que o alvo de seu amigo não escutasse. Hangyul engoliu o seco nervosamente, confirmando a Yohan suas suspeitas, e lhe fazendo soltar um sorriso ladino, tão atrevido quanto o que acabara de fazer com o Lee. — Flertes mais tarde, agora eu tenho que te ensinar matemática, biologia e história, Hyung.

— Com licença, mas poderiam nos mostrar o caminho para a biblioteca? — um dos novatos indagou, aproximando-se do grupo de amigos, era Seungwoo. O mais velho mantinha uma expressão simpática, tirando sorrisos de Yohan, Hangyul e Wooseok.

— Claro! Nós já íamos para lá mesmo, podemos estudar todos juntos. — Lee respondeu, atraindo olhares surpresos de Yohan e o Wooseok. Eles quase nunca iam para a biblioteca, Wooseok até mesmo era banido de lá, tudo por já ter saído no tapa com a bibliotecária no ano passado, e arrancado a peruca da idosa, levando o objeto como um troféu da luta.

— A gente não ia para a minha casa…?

Hangyul interrompeu o mais velho, tampando sua boca com a mão, fazendo o Kim calar-se logo. Yohan não soube reagir, apenas aceitou que seu amigo iria até o fim com aquela oportunidade de flerte, suspirando com pesar, e decidindo que então o ajudaria nisso.

— Exatamente, nós podemos os ajudar. Venham conosco. — Yohan explicou, começando a andar, e sendo seguido pelos outros. Hangyul apressou-se em guardar suas coisas, para não perder tempo.

[...]

Chegando na biblioteca, o grupo, agora também composto por Amy e Sihyeon — que segundo Yohan, foram de intrometidas — se acomodava nas cadeiras dali. Hangyul fez questão de sentar de frente para Seungyoun, sorrindo de vez em quando — para ser exato, sempre que seus olhares se cruzavam com os do mais velho.

— Aonde já se viu isso? Ela deveria estar feliz de eu não ter aberto um processo. Chata do caralho, aquela velha cacarenta devia ter vergonha de ter me atacado. — Wooseok fora o último a chegar a mesa, sentando-se no último assento livre, o que ficava ao lado de Amy. — Olá. — ele sorriu simpático, tirando uma breve e discreta risada dela.

Agora de forma breve, naquela enorme mesa retangular, de dez assentos, Hangyul sentou em uma das extremidades, a direita, ficando ao lado de Yohan, e do outro lado do Kim estava Wooseok. Sihyeon estava do lado de Amy, ou seja elas estavam do lado oposto da mesa, na direita da Kim estava Seungwoo, e ao lado do Han estava seu irmão.

— Ei, novatos. — Sihyeon os chamou, conseguindo a atenção de ambos. — Vocês dois estão gostando daqui? Vieram de algum outro colégio de Seul ou são de fora da cidade?

— Somos de fora. Acabamos indo morar no interior do país quando éramos pequenos, por causa dos nossos pais. Retornamos para a capital faz pouco tempo, devido ao trabalho da nossa mãe, então ela nos matriculou aqui. — à Kim assentiu, entendendo a situação explicada por Seungwoo. — Eu suponho que todos vocês sejam nascidos e criados aqui em Seul, não é ?

— Aham. Todos nós somos daqui mesmo. O Wooseok é um caso a parte, ele vive viajando desde pequeno. Os pais dele são podres de ricos. Já ouviram falar da família de Kim Sooji, a dona da famosa empresa de multimídia e publicidade.

— Você é um dos três filhos da Kim Sooji? Incrível! — Seungyoun enfim havia dito algo. O Cho sempre interessou-se por artes desde pequeno, sendo um desenhista e pintor nato, então quando escutou que a família de Wooseok era uma das maiores colaboradores para a sociedade artística da Coréia do Sul, ele não se conteve. — Sua mãe é impressionante, sua família inteira é. Além disso, a maneira como ela cuida para manter a privacidade dos filhos é surreal. Eu soube que sua irmã só ficou conhecida porque a mãe de vocês queria, senão ninguém teria coragem de divulgar o rosto de um dos filhos dela. E por sinal, o quadro da sua irmã Jisoo que colocaram em exposição no Museu de Artes de Seul é magnífico. O pintor captou a essência dela com total maestria.

A título de curiosidade, o quadro em questão, retratava Jisoo como a rainha do inferno, e aquela que reinava absoluta sobre demônios de classe baixa, estando sempre acompanhada de suas três companheiras fiéis — figuras essas que Seungyoun carinhosamente apelidou de princesas do inferno.

— Realmente, a mamãe é bem cuidadosa. Mas eu sou bem mais reservado que à Jisoo, então não ligo muito para isso. provavelmente nunca vou virar uma figura pública como eles, nem gosto dos eventos que à Jisoo vai acompanhando a mamãe.

Enquanto os demais conversavam, Hangyul continuava em silêncio, observando Seungyoun de onde estava. O Cho nem parecia dar muita atenção a sua presença ali, ficando conversando somente com Wooseok. Yohan assistia tudo, suspirando com pesar só de ver a cena prosseguindo daquela maneira.

— Não acredito que realmente estou presenciando isso. Que fiasco de começo de romance. — disse em baixo tom, praticamente inaudível, depois aproveitando de onde havia sentado para pôr a mão sobre a coxa do Lee, a apertando.

— Ahn. Yohan…? — o acastanhado indagou de maneira discreta, num sussurro, evitando que a maioria ali naquele mesa notasse o que acontecia entre eles. Ficando ainda mais avermelhado sempre que sentia os toques do mais novo ficando mais fortes.

— Seungwoo, Seungyoun, o que acham de saírem com a gente para comer algo depois daqui? — Amy propôs, conseguindo que os mais velhos lhe dessem atenção, e também fazendo  Wooseok se meter na conversa.

— Eu adoraria ir também, Amy. — falou o Kim mais velho, praticamente gritando. É talvez a bibliotecária estivesse certa em bater nele naquela ocasião.

— Yo… — Hangyul sussurrou, pondo sua mão sobre a de Yohan, que continuou a apertando, mas agora o maior mantinha um sorriso sacana em seu rosto, percebendo que alguém os olhava.

— Shii… — o coreano mais novo o repreendeu com aquele barulho, indicando para o Lee calar-se. A realidade é que Yohan tinha conseguido o que queria, o gemido de surpresa de Hangyul segundos atrás havia atraído a atenção do Cho, e a maneira como o Kim caçula acariciava a coxa de seu amigo por debaixo da mesa tinha prendido o olhar de Seungyoun ali, talvez ainda mais quando o mais velho dos três viu Hangyul pondo sua mão junto a dele.

— Kim Wooseok! — a bibliotecária já idosa gritava, vindo na direção da mesa do grupo de amigos, trazendo uma palmatória em sua mão. — Moleque maldito, hoje você não me escapa!

Yohan aproveitou a deixa que tinha ganho com aquilo, aproximando-se do Lee, e deixando seus lábios colados ao ouvido esquerdo de Gyul, deixando sua voz o mais grave possível quando falou.

— Eu te ajudo nisso, Hyung.

Continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado das novidades desse capítulo, e também dos personagens, todos desse grupo que participou são fixos, e vão ficar aparecendo bastante.

Só mais três palavras: Yohan é tudo!

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