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História O amor da minha rosa - X1 - Olá gatinho


Escrita por: JungLuw

Capítulo 4 - Olá gatinho


Os dias de Seungyoun quase sempre começavam da mesma maneira, sendo numa rotina de acordar, levantar-se, lavar-se, arrumar-se e então preparar as coisas básicas da casa. Sua mãe também despertava cedo, e logo preparava o café da manhã de seus dois filhos enquanto o mais novo limpava alguns cômodos para ela. Diferente dos outros dois, Seungwoo tinha puxado o pai, logo demorava mais no processo de sair da cama, enrolando o máximo que pudesse, e ficando somente a se remexia pelo colchão, enrolado em um casulo feito de seus lençóis, assim se protegendo do frio do amanhecer coreano.

Como um bom filho, o Cho depois de arrumar-se por inteiro ficava a tentar tirar o mais velho da cama, ainda que fosse cutucando-o ou empurrando-o, até mesmo puxando Seungwoo para fora da cama, o fazendo cair no chão e obrigando-o a levantar-se de qualquer jeito. Sim, chato eu sei, mas uma triste realidade.

Han Seungwoo era um preguiçoso.

— Acorda! — gritou, chutando o mais velho. No meio das tentativas de acordar seu irmão, Seungyoun acabou deixando-o jogado no chão, ainda envolvido nos lençóis, lutando para não despertar por completo. — Apressa aí, Seungwoo. Não temos o dia todo para você deixar de lado o papel de bela adormecida.

— Omma! — Han pedia por ajuda, ainda confuso por acordar a pouco tempo.

— Levante, Seungwoo, você está muito dorminhoco, e precisa ir para aula logo. Seungyoun, o ajude nisso, por favor meu amor. — respondeu gritando, mas não de maneira irritada, ela apenas precisava que a escutassem enquanto continuava na cozinha. — Aí, senhor.

Depois de alguns minutos, Seungwoo arrumou-se adequadamente, indo tomar café com sua mãe e irmão. Sentados a mesa, os três membros da família presentes ali deram início a refeição, pois a mãe dos rapazes gostava que os três estivessem juntos para comer. Dizia que isso ajudava na união da família.

— Como estão sendo os primeiros dias, meninos? — ela indagou, soltando um sorriso radiante para a dupla mais nova.

— Legais. O colégio é muito bom, mãe, e os demais alunos também parecem ser muito legais. — o mais novo deu sua opinião primeiro, e ela assentiu, alegre pelo filho parece contente.

— Fizeram algum amigo?

— Seungwoo como sempre está conversando bastante com as meninas bonitas, já eu conheci um dos filhos da Kim Sooji. Ele é muito educado e um amor de pessoa, espero ficar amigo dele, e não falo isso por causa da mãe, mas porque gostei da pessoa. — enquanto os dois conversavam, Seungwoo apenas continuou comentou, e quase engasgando quando sua mãe o encarou de maneira irritada depois de Seungyoun comentar sobre as meninas do colégio. Então parando de comer para limpar os óculos, pois a pequena fumaça que saia de seu mingau tinha os embassado.

Sim, os dois irmãos usavam óculos. O de Seungwoo era mais moderno e estiloso, com armação fina e leve, pintada num tom de cobre, e de lentes circulares. Já os de Seungyoun tinha um estilo mais retrô na armação, sendo ela mais grossa, de cor marrom claro, mas com pequenas manchas laranja quase imperceptíveis de decoração, suas lentes eram de um formato retangular, mas tendo as suas possíveis extremidades perfeitamente arredondadas. Cada um agradando a preferência estética de seus donos.

— Também encontramos com o Hangyul, o amigo de infância do Gyoun, Omma. Mas o Seungyoun fingiu que não o reconhecia e bancou o sonso. — Woo vingou-se, contando o que o irmão tinha feito. Sim, Cho o encarou com ódio quando escutou as palavras ditas pelo irmão, querendo pular em cima do mais velho com sua colher de mingau e o matar ali mesmo durante o café da manhã.

— Por que fez uma coisa dessas, querido? Vocês sempre foram tão íntimos antes de termos que nos mudar a alguns anos. — o moreno abaixou a cabeça, começando a brincar com sua colher no mingau que lhe tinha sido feito, tentando evitar encarar sua mãe. Ela percebeu que ficou nervoso quando começou a mexer na armação dos óculos, sendo aquele um de seus tiques nervosos. — Querido?

— Eu não quis falar com ele. Hangyul parou de se importar comigo na infância, então não vou me importar com ele também. A senhora lembra que eu pedi a diretora do orfanato para dar nosso número e e-mail para os pais dele, mas nunca recebemos nem um "Oi" em anos. Se ele fosse meu amigo de verdade teria tido a decência de pedir aos pais para ligarem para senhora e deixarem nós dois conversarmos. — à Han franziu o cenho, irritada pela atitude mesquinha do filho.

— Mas que bobagem toda é essa, Cho Han Seungyoun? Trate de falar com Hangyul hoje, e pedir desculpas por o ignorar. Ele é seu amigo mais antigo, e mesmo que não tenham mantido contato, isso é coisa do passado, podem recomeçar agora que são mais crescidos.

— Mãe! Ele nem liga para mim, isso é óbvio, está sempre cercado pelos amigos novos. No máximo me achou familiar, mas deixo de lado depois de um tempo.

— No primeiro dia de aula ele tava te secando o tempo todo. — comentou o maior, despertando mais uma vez o lado homicida de seu irmãozinho.

— Não importa, quero que fale com ele. Sempre foram bons amigos, até quando ambos foram adotados, antes de termos que viajar. Então faça as pazes com Lee Hangyul, estamos entendidos?

Ainda que a contragosto, Seungyoun assentiu, sentindo-se obrigado pela mãe a fazer o que lhe foi ordenado. Afinal, como um bom filho, ele a obedeceria.

Com o fim da refeição, os irmãos terminaram algumas tarefas da casa, e foram juntos para a escola. Na verdade eles foram para a estação de metrô, e depois de longos e chatos vinte minutos dentro do veículo, eles chegaram no ponto da estação que ficava próximo ao colégio. Dali continuaram o percurso, agora a pé.

— Oh, Gyu! — era Yohan. O trio composto por Hangyul e seus atuais melhores amigos acabava de chegar aos domínios da escola, ficando os três perto da entrada, e de onde Seungyoun e Seungwoo estavam (A cerca de nove metros do portão da escola) a dupla de irmãos pôde ver o Kim mais novo com os braços envolvidos no pescoço do Lee, com seus rostos muito próximos, quase se encostando. — Vamos lá, você sabe que também quer isso, então não lute contra.

— Uhn. — Cho grunhiu em desgosto, virando a cara para olhar os demais alunos que caminhavam até a entrada.

— Disfarça mais, que até de longe dá pra ver como você ficou fervendo de ciúmes pelo Kim Yohan está assim com Hangyul, maninho. — o outro bufou, e Seungwoo riu soprando, voltando a andar até o portão. — Bom dia, meninos.

— Bom dia. — os três responderam juntos, com Hangyul mantendo seu olhar voltado ao Cho, em vez do irmão que lhe tinha cumprimentado. Wooseok sorriu para eles e Yohan nem direcionou o olhar a eles, ficando como estava enquanto os cumprimentou, causando uma estranha irritação no "irmão Han" mais novo.

— Com licença. — e agora Seungyoun saiu andando, entrando primeiro, e deixando os quatro lá, sem entenderem nada do porque dele agir assim. Bem, Seungwoo sabia, quanto aos outros três eu já não garanto nada sobre isso.

— O que deu nele? — Yohan questionou o Han, e ele riu travesso, antes de soltar um olhar calmo na direção do irmão ciumento.

— Nada demais, só é um doido ciumento.

[...]

Faltava meia hora para o início da aula, e Seungyoun tinha decidido ficar quieto, permanecendo sentado em sua carteira, só esperando o início do tempo letivo. Ele tirou seu caderno de desenhos da mochila, e começou a rabiscar alguns esboços do que tinha em mente.

Pelo jeito o Cho nunca abandonou o carinho pela arte, realmente continuando a praticar desde aquela época. Agora suas obras claramente já estavam bem mais elaboradas, e esteticamente belas, por assim dizer. O desenho da vez era um rapaz. Claramente Hangyul. Ainda que quisesse, Seungyoun não conseguiu o tirar de sua mente desde quando o encontrou no começo das aulas, e a aparência atual de Hangyul até podia ser parecida com seu "eu infantil", mas que ele havia ficado muito bonito, isso era inegável. E nisso, só talvez uma pequena quedinha pelo amigo de infância tenha surgido dentro de Cho Seungyoun.

— Por quanto tempo vai continuar essa farsa? Hangyul já te reconheceu, e você sabe muito bem disso.

— Não enche, Hyung… espera! — aquela não era a voz de Seungwoo!

O moreno claramente tinha se entretido demais no desenho, chegando ao ponto de não dar-se conta de que a voz feminina que falava consigo não pertencia ao irmão. E sim, ele não esperava que alguém além de seus parentes também soubesse disso, então só respondeu sem pensar, e agora era tarde, pois Kim Sihyeon estava a sua frente, e ele praticamente tinha confirmado o que ela acabou de o questionar.

— Você é bem mais mal educado do que eu pensei, Gyoun. Nas histórias contadas pelo Hangyul você parecia alguém que seria bem mais encantador quando chegasse a idade juvenil. — ela ditou, afastando o caderno e os matérias dele para cadeira ao lado, e sentando na mesa da carteira do Cho. — Mas tenho que admitir, é mais bonito que o Hangyul.

Ele engoliu o seco, não conseguindo manter contato visual com a garota.

— Não fique nervoso, Seungyoun. 

— Como sabe isso tudo?

— Hangyul sempre falou de você, e como o conheço a anos, já vi fotos suas criança, dos dois juntinhos. Ele guarda várias fotografias de vocês dois na infância. É fofo. Então quando lhe vi, e notei os olhares que trocavam, foi fácil juntar um mais um e chegar ao bendito dois.

— O que você quer?

— Sinceramente? — ele assentiu. — Não quero nada. Só achei divertida toda a história, e me interessei em saber qual será a próxima parte da narrativa. É incrível como vocês continuam fingindo não lembrarem um do outro, numa guerrinha boba. Ele tenta fazer ciúmes com o Yohan, e você fica com ciúmes, mas nunca dar-se por vencido. Se houvesse uns tapas na cara, e gritos, eu até trocaria meu horário de novelas para acompanhar os dois em tempo real. Recentemente os episódios de Abismo Mágico tem ficado meio insossos mesmo.

Sihyeon mexeu na gravata do próprio uniforme, a afrouxando um pouco para ficar mais confortável, então soltando um suspiro leve enquanto Seungyoun parecia esperar por sua próxima fala.

— Ah, olha, ele não tem nada com o Yohan, aquela dupla de idiotas são só amigos, então dá em cima do Gyul. — ele tentou negar o que Sihyeon parecia imaginar, mas ela o impediu, pondo o dedo indicador direito sobre os lábios dele com delicadeza, o fazendo nem começar com a mentira. — Nem tente dizer que não sente nada. A tensão entre vocês é muito óbvia, chega a ser possível sentir o cheiro de atração sexual entre os dois.

— Nós não nos falamos a anos, então as coisas não são tão simples assim. Seria loucura eu do nada ir lá e falar com ele nessa altura do campeonato.

— Compreendo o seu lado. Mas pense pela minha perspectiva, está bem? — ele concordou, curioso com o que ela diria sobre o assunto. — Deixa de cu doce. Chama ele para uma sala vazia, e paga um boquete pro Gyul. Se as coisas esquentaram e rolar uns dedos no cu ou mão bobas, fala comigo por mensagem, porque eu sempre tenho uma camisinha na bolsa para momentos assim, não vejo problema algum em emprestar.

— Você é louca! — gritou, quase engasgando só com a saliva que tinha na boca. Depois ambos se desculparam pelo grito do Cho, assim fazendo os outros alunos voltarem a prestarem atenção nas próprias coisas. — Isso é loucura!

— Nossa, quanta agressividade. Não sou louca, posso até ser irmã gêmea do Yohan e ter o mesmo DNA que ele, mas louca já é demais. Além disso, o Yohan falou a mesma coisa pro Gyul, até propôs eles praticarem para quando for a sua vez. Mas no meu pacote não tem isso, meu gosto é diferente, e já tenho alguém em mente para ser o meu peguete da vez.

E novamente Seungyoun quase se engasgou com a própria saliva, começando a tossir nervosamente por puro pânico causado pela ideia que Sihyeon acabava de colocar em sua cabeça, o fazendo imaginar coisas extremamente sujas para ainda tão cedo.

— O Hangyul por acaso cogitou a ideia do Yohan? — ele a questionou com certa timidez, mexendo na armação dos óculos, como se precisasse o ajeitar no rosto (Coisa que não precisava) e à Kim sorriu, satisfeita por ouvir tais palavras vindas do Cho. Ela estava certa!

— Nossa, que interesse repentino no pau do Hangyul. Pelo jeito alguém gostou do que imaginou. Como eu sempre soube, putaria costuma mudar a perspectiva pela qual algumas pessoas pensam.

— Já te odeio.

— Pois eu acho que estamos fazendo uma amizade fabulosa, Gyoun. — Kim levantou-se, começando a caminhar para longe do colega. — Adorei os desenhos, são lindos, mostre ao Gyul, seria um ótimo assunto para começar um diálogo.

— Aonde vai?

— Irei assistir o outro lado da novela agora. — respondeu simplista, passando pela porta, e nisso esbarrando com Seungwoo, que estava para entrar na sala de aula. — Olá, gatinho.

— Olá, Sihyeon.

Continua...


Notas Finais


Nossa eu não pensei que ia gostar desse capítulo do jeito que gostei. Ele serviu muito bem para mostrar o lado dos irmãos Seung, e mais da personalidade da Sihyeon, que é bem parecida com o Yohan.

Mas algumas coisas ficaram no ar...

O que o Yohan tava querendo que o Hangyul aceitasse fazer? Era mesmo praticar para antes da vez do Seungyoun, ou era outra coisa?

Sihyeon e Seungwoo?

Wooseok não arranjando confusão num capítulo?! Como assim?

Bem, eu espero que tenham gostado. Deixem o seu favorito e comentário, assim podem apoiar a história e me ajudam a continuar escrevendo mais capítulos.


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