História O amor de Dean - Capítulo XVI: Adeus meu amor

Capítulo XVI

Estávamos a caminho de casa, agora mais do que nunca sentia vontade de chorar, a dor em meu peito e a confusão da minha cabeça, tudo o que eu acabei de passar, foi uma experiência frustrante. Descansei meu corpo no banco do carro, ouvir o motor do carro me acalmou um pouco, na minha cabeça só havia dois rostos o de Crowley, supostamente meu pai, e o rosto de decepção e medo de Dean. Não sei o que me magoava mais.

Lebanon, Kansas

Enfim em casa, já sei o que vem a seguir, longas horas de discussões com Dean, Sam e o insuportável Castiel.

-- Entendo que esteja cansada por causa da viagem, mas sabe que não tem como adiar esta conversa. – Falou Castiel de uma maneira simpática.

-- Esta bem! Vamos direto ao que interessa. – Falei me sentando antes que alguém me amarrasse.

 O clima já não era o mesmo e possivelmente acabara de perder a única pessoa que importa para mim, Dean. Sequer cruzava seu olhar com o meu, eu não queria que isso acontecesse. Todos se sentaram junto a mim na mesa, mas o único que mantinha os olhos firmes a mim era o Castiel.

-- Tem algo que queira falar em sua defesa, Ariel? – Ele perguntou em um tom de deboche.

-- Me incrimine de uma vez, você sabe que não sou tão malvada como diz se fosse teria matado Crowley. – Falei olhando em seus olhos, passando todo o meu ódio por esse olhar.

-- Eu avisei a todos vocês, disse que essa garota era um monstro. – Ele falou se sentindo superior. – Mas não deram ouvidos, se estivessem lá entenderiam o quão grave esta nossa situação.

-- Já chega Castiel! – Falou Dean, sua voz me assustou. – Só quero entender de fato o que aconteceu naquele lugar, sem rodeios e sem eu avisei, explique de uma vez por todas ou essa reunião será cancelada.

Castiel se levantou, foi até mim, e alisou meus cabelos, de fato assustador.

-- Bem Dean, quer saber então o que descobri sobre sua namoradinha. – Falou ele. – Sabe Ariel você erra de fato um quebra-cabeça para todo o céu, mas a pista que o tal Felipe nos deu foi muito útil e depois Crowley aparecer e dizes ser seu pai, de inicio estragou minha suposição, mas agora sinto um pouco de sentido em tudo.

Olhei para Dean que finalmente voltou a me olhar, só que desta vez seu olhar não era o mesmo.

-- Como assim? – Gaguejou Dean, assustado.

-- Sabe o homem que fomos atrás para recebermos informações sobre a espécie de Ariel, pois bem, ele havia sido possuído por um demônio, um dos amiguinhos de Crowley. – Castiel explicava para Dean e Sam que pareciam apavorados. – Mas ele me respondeu fazendo uma nova pergunta. – Castiel falou indo ate Sam e Dean do outro lado da mesa. – Qual o paradeiro da filha de Lúcifer? Isso me fez pensar, muito.

Os dois arregalaram os olhos, isso não era bom, tenho medo que no final desta conversa minha morte esteja próxima.

-- Porem, quando Crowley chegou, disse de certa forma que tinha ido buscar o que era dele e também alegou que ela era sua filha, não é mesmo Ariel? – Perguntou Castiel.

Eu confirmei com a cabeça

-- Sim, ele diz ser meu pai, também disse que seu eu não fosse com ele iria acabar com vocês isso fez com que eu perdesse o controle, entendam eu amo vocês dois, Sam e Dean vocês me ajudaram e me cuidara, nunca iria abandoná-los e muito menos deixaria que qualquer um fizesse mal a você, por isso o ataquei. – Falei me levantando.

Sam olhava para mim sem saber o que pensar ou ao menos dizer, mas Dean ele parecia ainda mais confuso.

-- Por favor, Ariel, diga para mim que você não sabia de nada, diga para mim que isso a surpreendeu mais do que a nos? – Perguntou Dean, seus olhos tentavam segurar a dor de seu peito.

-- Acredite em mim Dean, eu nunca mentiria para você, sabe que não sou do mal. – Falei deixando uma lagrima rolar.

-- Ariel, não tente ser o que não é! – Falou Castiel indo ate mim, empurrou-me contra a cadeira e segurou meus ombros para me manter presa. – Estou longe de acreditar que você é filha de Crowley, sabe dentre muitas lendas a uma muito conhecida, dizia que Lúcifer dentre todos os pecados cometido um foi o mais imperdoável nas visões de nosso pai, ele criou uma filha. Existem diferentes versões para essa historia, mas tenho quase certeza que você tem o sangue dele, e isso minha cara te faz ainda mais perigosa do que eu imaginava, então você vai comigo agora.

Ele segurou meu braço então me levantei, eu vi nos olhos de Dean que ele não iria impedi-lo desta vez.

-- Não, por favor, Dean não deixe ele me levar. – Eu só conseguia gritar e chorar.

Dean se levantou, mas não fez nada, vi lagrimas rolarem.

- DEAN! – Eu gritei, mas sabia que seria a ultima vez que veria o seu rosto, e não teria nem sequer um abraço de despedida.

Ele me deixou ir, meu pai estava certo, ele não me amava de verdade.

Quando saímos de dentro do Bunker, sabia o que tinha que fazer, Castiel foi ingênuo ao tentar me levar sozinho até o céu. Eu o ataquei, usei meus poderes para ferir alguém que certamente não era do mal, mas isso ia acabar eu amei Dean e fiz todo o bem possível, já estava na hora de dar uma chance para meu querido pai!