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História O Amor de Fim de Festa. - Você Vai Me Destruir.


Escrita por: RompanteSecreto

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 7 - Você Vai Me Destruir.


-Bom, parece que aqui está tudo certo. -Disse Frank analisando a papelada e depois olhando para o trio na sua sala.
-Nós iremos ajeitar toda a documentação para que vocês comprem seus álbuns de volta. Só...Continuem atuando como se não fizessem ideia do que haviam nos contratos. Isso te inclui, Lilian. Se a D.E desconfiar, é provável que eles comecem a manejar um movimento para vender os álbuns do The Marauders e aí...Somente regravando todos os álbuns novamente. E alguns vocês teriam que esperar quase cinco anos para poder sequer tocar em shows. -Explicou Alice.

No domingo de manhã, James havia buscado Lilian de carro e agora, tanto eles quanto Sirius estavam no escritório do casal de advogados, os Longbottom. Alice e Frank eram muito gentis e já haviam lido os dois contratos da D.E Records antes mesmo da reunião. Ambos pareciam muito seguros do que poderiam fazer e garantiam que ajudariam tanto a banda, como também Lilian, a encontrar uma gravadora e continuar tocando.

-Mas acham possível que Pettigrew não soubesse disso tudo? -Perguntou James.
-Tem a assinatura dele, Potter. Ele foi quem redigiu os dois contratos a mando de Riddle, se não foi ele, forjaram a assinatura dele. Mas duvido muito. Ele já trabalhava na D.E antes de ser agente de vocês. Ele não tinha qualquer intenção de proteger vocês como clientes. -Explicou Frank e James abaixou a cabeça, se sentindo culpado. Sirius o olhou e negou com a cabeça.
-Em quanto tempo acham que conseguem negociar com a D.E para comprar os nossos álbuns? -Perguntou o de olhos azuis.
-Seis meses a um ano. Tudo depende de quanto a D.E está disposta a abrir mão do poder dela sob vocês. E isso, eu duvido que será fácil para o nosso lado. Estando com o controle da música de vocês, eles também garantem que estão controlando vocês e os mantendo na gravadora. Por isso que estamos fazendo o contrato de uma forma que eles pensem que vocês nem querem isso. Que apenas desejam ter mais lucro com as músicas ou decisão em relação ao que as músicas estão sendo relacionadas. -Alice se sentou ao lado do marido e olhou para Lilian. -Agora você...

Lilian se ajeitou na poltrona, ansiosa.

-Eu analisei algumas possíveis gravadoras, tais como a PhoenixOrder Records e Hippogriff Records. Procurei quais artistas se relacionam e os tipos de contratos que normalmente entregam. Em sua maioria, são abertos a negociações e....-Alice sorriu. -Decidi enviar seus vídeos para essas duas.
Lilian arregalou os olhos.
-Mas eu já tinha feito isso e eles nem responderam. Disseram que haviam fechado os testes. -Disse a ruiva.
-É a resposta padrão. Mas conosco, ou melhor, comigo. -Alice piscou para ela. -Você mostra que não é só uma cantora iniciante, mas alguém em progressão e sendo agenciada. É mais fácil para eles. E, a Phoenix já disse que adoraria te ver nessa quinta e a Hippogriff me questionou se você estaria livre na sexta?
-Tão rápido? -Até Sirius ficou surpreso.
-Queremos mostrar serviço. E a Alice tem seus contatos. -Frank riu.

De repente, ouviram um bater na porta.
-Pode entrar. -Frank se levantou, estranhando. Normalmente os outros advogados do escritório não interrompiam as reuniões com seus clientes.

-Senhor, me perdoe por incomoda-lo, mas é sobre os clientes...Sobre os senhores. -Era um jovem de cabelos curtos ruivos, olhos azuis e óculos.
-Sobre o The Marauders, Perceu? -Perguntou Alice, se levantando. James e Sirius se entreolharam.
-Esta em todos os tabloides. -Percy se aproximou de seus chefes e Alice pegou o celular do rapaz, dando uma olhada.
-Merlin...-Alice suspirou.
James ficou de pé.
-Não entre em pânico. -Frank tocou no ombro dele.
-O que aconteceu? -Sirius olhou para os dois advogados. Alice suspirou e deu o celular do estagiário para o baterista.

A notícia era direta e da grande jornalista, Evelyn Bloom e estava no tabloide The Wizard: "James Potter, vocalista da banda The Marauders, é visto com namorado no metrô. Garotos são carinhosos e íntimos em viagem. Quem será o jovem misterioso que fez o famoso cantor galanteador se apaixonar?"

Sirius arregalou os olhos e arrastou a tela, vendo a imagem. Era uma foto de James com Remus, e os dois sorriam um para o outro enquanto o Potter estava com a cabeça no ombro do mais alto.
Lilian, que se esticado para ver o que estava acontecendo, paralisou antes de levantar em um pulo e caçar o seu celular em sua bolsa e começou a tentar ligar para o seu irmão mais velho.

-Quem é o garoto? -Perguntou Frank, em um tom baixo.
-Irmão da Lilian.-Disse James.
-Eu que estou saindo com ele. -Sirius disse sincero.
-A D.E sabe? -Alice pergunta.
-Não faz ideia. Ela apenas sabe das nossas orientações. Ela estava planejando que o Sirius fizesse algo para esconder. Os fãs achavam que as músicas possuíam mensagens falando sobre isso e a gravadora quer...Sobrepor essas suposições com alguma fofoca falsa. Bom, acho que eu consegui isso. -James passou as mãos nos cabelos. Ele sentiu o celular tremendo no bolso e o puxou. Era Riddle. -Merda.
-Vamos resolver isso. -Frank o empurrou de levinho pelas costas e chamou Sirius com a outra mão, os levando para um canto do escritório. Alice foi falar com Lilian no outro canto, tentando acalmá-la. Já Perceu saiu do escritório, deixando seu celular com eles. -Você precisa responder...Mas precisa criar uma história que a gravadora vá aceitar
-A verdade? É só o irmã da Lilian. -Disse James.
-Mas Sirius está saindo com ele. E é possível que eles vão ser vistos uma hora ou outra. Precisa dizer algo que a gravadora possa usar para responder os tabloides e proteger esse rapaz. -Frank respondeu.
-Como o quê? -Sirius questionou.
-Hum...Esse garoto toca algum instrumento? -Perguntou Frank. Sirius deu de ombros.
-Piano, ele toca piano. Ele me disse nessa noite. -James disse.
-É isso, diz para a gravadora que você estava apenas conhecendo o irmão da Evans porque soube que ele era um bom tecladista e que poderia os ajudar na produção desse álbum. -Frank disse rápido.
James olhou para Sirius, questionando-se se era realmente uma boa ideia.
-É melhor isso do que deixar a D.E controlar o que vamos falar. -Disse Sirius e James respirou fundo, concordando.

E ele levou o seu celular para perto da boca:
-Alô?

XxX

Rascunho 01 - 31 de Agosto de 2019.

Remus J. Lupin Evans.

" Sentiu seu corpo arder, como se diante o calor fraco do sol da manhã estivesse o dilacerando. Talvez estivesse realmente. Lentamente seu corpo foi diminuindo e a sua pele deixou de ter pelos para possuir cicatrizes. E ele se encolheu com dor, respirando com força sentiu o frio rasgando a garganta. Por sorte, estava no último dia de lua cheia, o que queria dizer que finalmente poderia dormir e deixar suas feridas se curarem até o próximo mês.

Enquanto esperava sua respiração normalizar, abriu os olhos vendo onde estava. Pela aparência do local, com suas árvores altas e idade, sabia, estava longe do vilarejo próximo. Seria uma longa caminhada para casa. Suspirou, cansado. Suas pernas o matariam, talvez demorasse um dia para chegar, isso se ele não desmaiasse.

Foi tentar se levantar, sentindo as costas ardendo, quando escutou. Um galho havia estalado. Ele se encolheu, tentando fingir que não tinha como se esconder ali. Precisava se levantar e correr. O que ou quem poderia ser? Não poderia estar tão distante ao ponto de estar perto de Fay ou na comunidade dos Bram Stoker. Respirou profundamente, sentindo o cheiro de terra molhada, provavelmente causada pelo sereno. Podia ouvir um rio próximo, além das árvores. E esperou. Talvez tivesse sido apenas o vento.

Mas não. Ele ouviu o barulho típico. Um bater de asas. Isso o fez levantar em quase estado de pânico e a adrenalina conseguiu evitar que o processo o fizesse ganir de dor. Virou as costas na direção que seus instintos indicavam onde a criatura estava e apenas continuou correndo.

-Espere!-Ouviu alguém pedir, não se deu ao trabalho de responder.

Se lembrava de seu pai lhe contar das travessuras dos vampiros. Sempre manipulando e enganando a todos para ter o que queriam. Morte, sangue e poder. Seu pai realmente odiava criaturas mágicas.

Ele estava fraco, não teria como lutar com um vampiro. Embora a manhã diminuísse os poderes das criaturas imortais, ele sabia que no estado atual até mesmo um humano o mataria com facilidade. A criatura o seguia, provavelmente tendo se transformado para chegar até ele. Então, olhou em volta, e respirou aliviado ao ver uma pequena caverna entre os morros e foi para onde se jogou, se encolhendo e se escondendo ali.

Procurou rochas, pedras ou qualquer coisa para tentar lutar, mas nada havia. Apenas era ele e a escuridão, assim se abaixou ao escutar a criatura voltar ao normal. Olhou pela abertura as pernas do "rapaz" se aproximando da abertura da caverna e escutou ele suspirar, quase chateado pela sua presa ser tão covarde.

-Não faça isso. Venha aqui, lobinho, não vou te machucar. -O rapaz se abaixou, ajoelhando na terra com suas roupas escuras e olhando para dentro da caverna, tentando acha-lo ali. Conseguiu ver o rosto dele. O vampiro possuía um rosto pálido, mas de aparência saudável. Seus cabelos eram cumpridos e lisos, caídos nos ombros. E seus olhos, diferentemente da maior parte dos vampiros, eram azuis como pedras de água-marinha. Limpos, brilhantes e que o fizeram perder o ar. Não havia não olhar para aqueles dois olhos. -Eu não sou um...Vampiro.

E isso fez a magia se abrir, devido a vontade que sentiu para revirar os olhos. Não era idiota, seus instintos sabiam muito bem o que era. E somente vampiros poderiam se transformar em morcegos e tinham os batimentos cardíacos tão fracos que eram praticamente inaudíveis, mesmo para os seus sentimentos apurados de lobisomem. 

-Eu não sou dos Bram Stoker. Sabe que estamos bem longe deles. -O garoto disse.- Você está na Floresta Proibida. -Explicou o rapaz, como se soubesse que na verdade ele não sabia onde estava, o que estava correto em pensar.

E ele, dentro da caverna, sentiu sua pele arrepiar e seus músculos paralisarem. A Floresta Proibida cercava a comunidade dos bruxos, um local que nenhuma criatura não autorizada deveria entrar, ao menos que desejasse virar mascote de um mago ou feiticeira.

-Você é um familiar. -O lobisomem concluiu. Se estavam na floresta dos magos, o vampiro deveria pertencer a um deles. O que era estranho, vampiros se consideravam superiores a todas as outras classes de seres mágicos.
-Sou!-O rapaz respondeu, estranhamento orgulhoso daquilo. -Eu vim caçar quando te ouvi. Estava te seguindo para evitar que chegasse perto de um dos nosso vilarejos. Me aproximei mais quando vi que tinha voltado ao...Normal.
-Deve estar com fome. -Disse a ele.
-Não muita. Jake cuida bem da minha alimentação. -O rapaz respondeu. -Vamos saía daí. Você vai acabar morrendo se continuar sangrando desse jeito.
-E você adoraria isso!-Disse da caverna.
-Claro que não. -O ser pálido bufou. -Você é muito desconfiado. -Ele olhou em volta. -Onde está o seu bando?
-Se estou na Floresta Proibida, estou bem longe dele. -Respondeu, mentindo. Não havia qualquer bando.

Diferente de outros lobisomens nascidos, ele era um transformado. Mordido por um dos maiores lobisomens da região, era um humano antes disso. Agora, vivia ainda no vilarejo de Brokenhood, escondendo sua verdadeira natureza para todos aqueles que conviviam consigo.

-Você mente. -O garoto disse, ficando de pé.- Os lobisomens planejam um ataque aos bruxos? Achei que tivessem feito uma trégua recentemente para se ajudar na guerra com os Bram Stoker. -Citou a maior comunidade de vampiros da região.

Ele não fazia ideia que os bruxos e lobos haviam se aliado. Se soubesse, talvez tivesse pensado em se mudar para o lado dos magos, onde poderia se proteger dos humanos e quem sabe, comprar poções para evitar o efeito da lua cheia.

-Você não sabia disso. -O vampiro disse.
-Para de me ler!-Rosnou.
-Então pare de pensar tão alto. Se você só falasse e saísse daí seria mais fácil. -O garoto respondeu, sem medo algum dele. -Você parece um filhote com esse som. Mal parece um lobisomem adulto.
-E você não parece um vampiro. -Disse.
-Eu não sou um vampiro!-O vampiro parecia bravo."

XxX

Remus movimentou sua caneta, a girando em sua mão. Hum...Será que havia sido um bom jeito de começar a história? Como fazer esses dois virarem amigos? E por que esse "vampiro" negava ser o que era? Não sabia se um mundo mágico com bruxos, fadas, lobisomens e vampiros seria a melhor escolha. Não sabia se alguém gostaria de ler um romance fantástico de duas criaturas mágicas.

Ele havia decidido escrever aquilo por causa de Sirius, que havia colocado aquela pulga em si fazia alguns dias. De início, Remus nem achou que algo pudesse sair daquilo, mas havia até sonhado com a ideia. Estar na pele do lobisomem que ao invés de ser temido, temia a si mesmo. E aquela criatura vampiresca que não gostava de sua natureza, mas tinha se aceitado o suficiente para tentar se tornar algo melhor que os outros de mesma condição.

O domingo havia começado com um gosto amargo na boca. Depois da mensagem de Evan, ele havia pedido licença do almoço para tentar ligar para o amigo e saber o que estava acontecendo, mas nenhuma foi respondida. Parecia até que Evan estava fugindo de suas perguntas. Agora, era provável que o rapaz de olhos verdes houvesse entrado no avião e estivesse a caminho, mas os motivos dessa pressa toda Remus não tinha nem ideia, apenas podia imaginar. E a sua imaginação só conseguia pensar em uma possibilidade. Crouch. Queria estar errado. Queria pensar que seu amigo estava apenas com saudades e não queria mais esperar para se mudar. Contudo, as evidências eram claras. Havia algo de errado.

No entanto, ele não podia fazer nada. Ligar para o pai de Cass poderia trazer mais problemas, o que, sendo o caso, Evan não precisa enfrentar agora, já tendo Barty como um. Remus apenas esperava que quando o amigo chegasse, ele estivesse bem.

Respirou fundo olhando para a tela de seu computador, já escura pelo tempo que havia parado de mexer com ele. Estava terminando de revisar as suas anotações para a aula de amanhã e agora estava preso no mundo que estava construindo. Ele tinha começado a escrever, além de para colocar as suas ideias em palavras, para se desvair dos problemas de seus amigos. Havia quase se esquecido de seu trabalho enquanto mandava mensagens insistentes e preocupadas para Evan, sua irmã e os The Marauders.

Falando nos dois últimos, sabia que ambos estariam indo visitar o escritório dos Longbottom naquele dia. Pelo que havia ouvido de sua irmã, James tinha conversado com o advogado por telefone e trocado alguns emails, lendo tudo que precisava saber sobre o processo que passariam. E a ruiva, precisando também de um advogado e agente, se interessou, se oferecendo para acompanha-los na visita, talvez para procurar ali alguém que pudesse a ajudar tanto a alavancar a sua carreira quanto para encontrar uma gravadora nova.

Ele se esticou voltando ao arquivo da sua aula e começou a digitar possíveis citações e autores interessantes para a aula seguinte, decidindo que poderia continuar a escrever sua história mais tarde. As citações seriam uteis para ajudar os seus alunos a compreenderem melhor os pensamentos e teorias da época que estudavam. Remus estava feliz, apesar de tudo. Ansioso para finalmente se apresentar como professor e quem sabe, mostrar que aquela matéria não era tão tediosa. Só esperava que pudesse entrar logo de cabeça em seus rascunhos e suas ideias. Esses que haviam aumentado nos últimos dias sem ele ao menos perceber, sonhando com elas praticamente desde...
Mentia para si mesmo, dizendo que naturalmente ele estava escrevendo e tendo mais ideias, mas, claramente, tinha uma grande inspiração por trás disso.

Um...Muso.
O tal vampiro.

Olhou para seu próprio reflexo ao pensar em safiras e cabelo de cor de noite.
Se Sirius havia o stalkeado, Remus havia sonhado. Ficado horas olhando as fotos do rapaz, tanto do instagram quanto de fãs. O Black era...Encantador. Isso para não dizer com palavras impróprias o quão belo ele era.

Ainda não haviam se falado naquele dia. Se perguntava se iriam. Deu enter, finalizando o arquivo de aula e salvando. Talvez o baterista havia se cansado. Seria normal. Alguém famoso e belo como ele deveria ter uma fila gigantesca de rapazes e mulheres em sua vida, ou cama. Lugar que Remus gostaria de estar.

-Para de pensar besteira, Lupin. Pelo amor a Merlin. -Ele passando as mãos no rosto. E olhou para cima.

-Falando sozinho?-Ouviu uma voz, o fazendo levar um susto. Se virou rapidamente e respirou aliviado.
-Lilian!-Ele bufou. -O que faz aqui?
-Não posso visitar o meu irmãozinho?-Perguntou a ruiva cruzando os braços, encostada no batente da porta.
-Não? São...-Ele olha o seu relógio e arregala os olhos. -São oito horas da noite?! -E ele olhou para fora, vendo que já estava escuro, provavelmente há muitas horas.
-Sim?-Lilian riu. -Estou te ligando há horas. Não viu? -O seu tom era preocupado, o que Remus estranhou.
-Eu realmente nem vi meu celular o dia inteiro, Lils. Por quê? Aconteceu alguma coisa? -Ele perguntou.
-Não...Nada. -Lilian sorriu de uma forma estranha.
-Aham...-Remus levantou uma sobrancelha.
-É sério. -Ela disse. -Mas há quanto tempo está aí para não ter nem escutado eu chegando e os telefonemas?
-Tempo. -Ele sorriu sem graça. -É uma coisa engraçada, não é?
-Remus. -A ruiva levantou uma sobrancelha.
-Desde das dez. -Ele se levantou da cadeira, sentindo suas pernas começarem a formigar pelo movimentar repentino. Sua barriga estava embrulhada e teve que fechar os olhos ao sentir a visão escurecer por alguns breves segundos. Sentiu Lilian tocando em seu ombro, tentando o manter estável.
-Merda, Remus. Você não comeu nada o dia inteiro?!-Ela questionou.

-Me desculpa, Lils. Eu acabei pegando ritmo hoje com a escrita e me distrai completamente quando fui ajeitar as aulas. -Ele voltou a abrir os olhos e sorriu com carinho para ela. Lilian tinha olhos de esmeralda. Isso sempre foi algo marcante. Seus olhos não eram como janelas para a sua alma, sua verdade, muito menos para um por cento da sua história, mas sim para os seus sentimentos. O verde parecia quase mudar de tonalidade diante as emoções de Lilian.

O verde jade, quase desbotado quando marejado, quando ela estava triste, mas não sabia como explicar o que sentia. O de quando ela estava explodindo de alegria e mal conseguia ficar parada, que se assemelhava a um verde de floresta, com mil árvores agitadas pelo vento. Ou aquele, que agora Remus via, em tom de verde chá. Tão claro e caloroso que ele sentia que era capaz de pega-lo no colo como folhas gentis de primavera.

-Vamos jantar, ok? Irei fazer algo e você vai descansar. Amanhã tem um dia longo em Oxford e precisa estar pronto. -Lilian o pegou pela mão. -Eu queria chamar os meninos para vir aqui, mas podemos deixar para outro dia. Não quero te estressar com isso.
-Os meninos? Não quis dizer meninas?-Questionou confuso.
-Não. -Lilian riu enquanto andavam até a cozinha. -Estava me referindo aos The Marauders. Passei o dia com eles, Alice e Frank. Estamos resolvendo como que eu serei auxiliada pela Lice para tentarmos um acordo para ainda estar no próximo disco dos meninos e Frank vai ajudar a banda a tentar comprar os álbuns antigos sem que a gravadora perceba que eles querem sair. -Lilian disse.
-É, eu sei. O Six me disse ontem a noite.-Remus disse despreocupado. -Mas o que isso tem a ver comigo? -Perguntou se sentando, deixando Lilian cuidar da cozinha. Ele se sentia muito enjoado para a tal tarefa, era provável que até se recusasse a comer se a irmã não estivesse ali para o manter na linha.
-Bem...-Lilian parecia incerta do que estava dizendo. Remus estava estranhando as atitudes da irmão. -Achei que pudesse gostar da companhia. Eles disseram que gostaram muito de você. -Ela abriu geladeira, enquanto isso sentia seu sorriso aparecendo contra a sua vontade. Ele também havia gostado dos dois marotos.
-Se quiser podemos chama-los. O Evan só irá chegar na madrugada e seria ótimo passar um tempo me divertindo antes de vir a bomba. Podemos jogar algum jogo no meu Switch. -Ele disse como se fosse alguém que não quisesse nada.

Lilian o olhou com uma sobrancelha arqueada.

-Aham, sei. Jogar. -Ela brincou e Remus lhe deu língua. -Manda mensagem pro Sirius. Ele deve te responder mais rapidamente do que comigo.

Remus revirou os olhos sem acreditar naquilo e pegou seu celular no bolso da sua calça moletom.
-Ei, Remmy. -Lilian o chamou de novo. -O Evan não falou nada ainda? -Ele suspirou, e negou com a cabeça. -Acha que pode ser o Barty?
-Eu sinceramente espero que ele só esteja querendo vir logo pra cá. -Remus disse, embora soubesse que Evan não era daquilo. O amigo era extremamente organizado e nunca faria uma viagem de última hora e sem preparo algum.

Abriu o chat com Sirius e observou as mensagens do dia anterior:
"Six (22:36): -Ei, Moony. Você tá bem? A ruiva disse pro James que aconteceu algo com você."
"Remus (22:36): -Ela realmente não sabe ficar calada hahahaha. Eu estou bem, Six. Só alguns probleminhas, não se preocupe."
"Six (22:37): -Hum, se você quiser pode falar comigo, Remus. Sei que te conheço só há alguns dias, mas eu vou te escutar."
"Remus (22:40): -É que..."
"Remus (22:40): -Tudo bem, mas me avise se eu estiver enchendo o seu saco."
"Six (22:40): -Impossível. Você nunca vai me encher o saco. Fala, o que aconteceu?"

Remus revirou os olhos relendo aquela mensagem, exatamente como havia feito na noite anterior quando a leu pela primeira vez.

"Remus (22:40: - Sei..."
"Six (22:40): -Você vai se lembrar disso um dia, não é?"
"Remus (22:40): -Eu? Usar isso contra você? Nunca." -E mandou um emoji sorridente.
Remus (22:40): -Bom. Eu tenho amigo meio que desaparecido? Ele disse que estava vindo para Londres, mas não responde nenhuma das minhas mensagens. Ele teve um namorado muito ruim meses atrás e temo que algo possa ter acontecido."

"Six (22:40): -Aquele que te ligou no carro?"
"Remus (22:40): -Ele mesmo."
"Six (22:40): -Ele vai aparecer. Se ele te disse que estava vindo, confie nele, Remmy."
"Remus (22:40): -Chegar eu sei que ele está chegando. A questão é...E se aconteceu alguma coisa? Eu não estava lá, Six. E eu prometi que o protegeria desse cara."
"Six (22:41): -Você não tem culpa, Remus! O que você poderia fazer? Teleportar nos Estados Unidos? As coisas não são simples e você não pode se culpar quando na verdade o culpado é o ex dele. O que tiver acontecido, você estará lá agora que o seu amigo está chegando. Ok?"
"Remus (22:42): -Ok."
"Remus (22:42): -Obrigado, Sirius. Sério."
"Six (22:42): -É para isso e outras coisas que estou aqui."
"Remus (22:43): -Outras coisas é?" -Colocou um emoji malicioso ao lado da mensagem, de brincadeira.
"Six (22:44): -Eu estava me referindo a fazer compras, Remus Lupin!"
"Six (22:44): -Estou chocado."
"Six (22:44): -Como que se eu fosse falar coisas inapropriadas para você."
"Remus (22:45): -É porque você não precisa falar...."
"Six (22:45): -Como assim?"
"Remus (22:45): -Nada...Nada..."
"Remus (22:45): -Eu vou escrever um pouquinho agora. Falo contigo amanhã?"
"Six (22:46): -Amanhã temos a reunião com o advogado. A sua irmã vai, inclusive."
"Six (22:46): -Não sei quando vou voltar a ficar on. Mas vou tentar falar contigo sim."
"Remus (22:46): -Tudo bem, fica tranquilo se não der. Boa noite, Six e boa reunião amanhã."
"Six (22:46): -Boa noite, Moony. Boa escrita!"

E há poucas horas atrás Sirius havia mandado a mensagem:
"Six (18:15): -Ei, Rems. Tá tudo bem? "
"Six (18:15): -Espero que você não nos odeie ou algo do tipo."
"Six (18:18): -Hum...A ruiva disse que poderíamos ir para a sua casa. Mas eu disse para ela te perguntar primeiro. Estamos saindo do escritório dos advogados agora."
"Six (18:30): -Pode me mandar mensagem depois?'

Pelo menos o Sirius se preocupava com a sua opinião. Ele sorriu fraquinho começando a digitar. Só estranhou aquelas mensagens preocupadas e inseguras. Por que ele odiaria os meninos?

"-Desculpa a demora, eu fiquei trabalhando o dia inteiro. Pode vir sim, vou adorar a visita."
"Six (20:24): -Puts, Moony, eu não sei. Regulus queria pedir pizza e me sinto mal em cancelar em cima da hora as coisas com ele."
"-Chama ele. Podemos pedir aqui. Fala para ele que eu tenho um Switch e podemos jogar nós cinco."
"Six (20:25): -Ele perguntou se você tem Mario Kart 8. Esse interesseiro."

Remus riu, assentindo com a cabeça.

"-Tenho sim."
"Six (20:25): -Ele pulou do sofá e roubou a chave do meu carro. Parece que estamos indo."
"-Então já vou pedir a pizza. Algum sabor especifico?"
"Six (20:25): -Hahahhaa, não, Moony. Pede o que você quiser. Já estamos te dando muito trabalho indo até aí."
"-Pergunta pro Prongs."
"Six (22:26): -Desde quando vocês estão nos apelidos?" -Ele mandou um emoji emburrado.
" Six (22:26): -Ele pediu marguerita."
"Six (22:26): -Ei, Moony. Tá mesmo tudo bem entre a gente?"

"- Por que não estaria?"
"Six (22:27): -Nada. Nos falamos quando chegarmos aí."

Remus realmente estava confuso com tudo aquilo.

-Lils, aconteceu alguma coisa na reunião?-Perguntou Remus.

Lilian estava tomando um refrigerante quando arregalou os olhos e abaixou a lata rapidamente.
-Não. Nada! -Ela disse urgente. -Foi tudo bem na reunião.
-Você realmente não sabe mentir. -Remus cruzou os braços. -O que houve?
Lilian foi andando até ele.

-Podemos esperar eles chegarem? -Pediu.
-Lilian...-Remus começou a ficar nervoso com aquilo.
-Eu juro! Vai ficar tudo bem...É só um probleminha. -A ruiva disse.
Remus se levantou, emburrado.
-Eu vou tomar banho. -Ele disse. -Peça três pizzas para nós. Uma de marguerita e uma de chocolate. -E saiu sem mais dizer nada, mas escutou Lilian suspirando aliviada.

XxX

Quando a campainha tocou, Remus ainda estava no quarto se arrumando e Lilian foi andando até a porta, escondendo o celular do irmão em seu bolso. Ela mentiria se dissesse que não estava preocupada. Desde que tinha saído da empresa de Frank, Alice e Mary, ela ficou pensando sobre as notícias que saíram sobre o seu irmão. As pessoas já estavam caçando para saber quem ele era e mesmo que a D.E tivesse publicado em seu twitter, assim como James e Sirius, um anúncio sobre o fato deles estarem vendo se iniciariam uma colaboração com Lilian e Remus, os fãs ainda pensavam que havia mais naquela história, embora não houvesse. Claro, o Evans mais velho tinha dormido com Sirius, mas James? Ele apenas eram amigos que tinham ido até o metro juntos.

Ela respirou fundo e abriu a porta, vendo os três rapazes ali.

-Ei, que bom que chegaram. Ele já vai sair do quarto e vai voltar a fazer perguntas. -Lilian disse.
-Ele realmente não sabe? -James perguntou.
-Não. Ficou trabalhando o dia inteiro, por isso também que ele nem me atendeu. -A ruiva os deixou entrar.
-Gente, ele não irá ficar tão bravo assim. Nem é culpa de vocês. -Regulus foi andando na frente, indo para o sofá sem cerimônia alguma.

James e Sirius foram andando, entrando mais no apartamento. O mais baixo olhou para o corredor, procurando ver se o de olhos âmbar estava vindo, mas por enquanto a porta do seu quarto ainda estava fechada, apenas tendo luz saindo por de baixo dela.
Já o de óculos foi se sentar nos bancos próximos da bancada da cozinha, assistindo a ruiva encher uma taça de vinho para si mesma.

-Alguma notícia a mais sobre o assunto? -Lilian perguntou e James negou com a cabeça.
-O mesmo. "Remus Lupin" continua em primeiro no trendtopics e vários nomes de shipps vem logo depois. A D.E está postando várias imagens aleatórias de mãos tocando piano e não está respondendo ninguém. -James bufou. -Eles querem que eu tente filmar eu e Remus tocando com Sirius batendo bateria ou sei lá. Querem dar mais evidências que não é o que o povo está pensando.
-E o instagram do Remmy? -Perguntou Sirius.
-Eu dei uma olhada. Todas as fotos dele estão cheias de comentários, algumas cheias de amor, mas outras...Nem tanto. -Lilian bebericou sua taça. -Tanto a minha conta quanto a dele triplicaram de números de seguidores. Não duvido que a dele chegue a mil em menos de algumas horas.
-Ok...Entendi porque acham que ele pode ficar bravo. -Regulus disse do sofá.
-O problema não é ele ficar bravo. Qualquer reação dele seria justa quanto ao que está acontecendo. O que temos medo é o que pode acabar acontecendo com o Remus...-Disse Sirius.

-E o que pode acabar acontecendo comigo? -Ouviram uma voz e Sirius se virou, vendo Remus sair de seu quarto só de calça jeans e secando os cabelos. O moreno arregalou os olhos, sem conseguir desvia-los do peitoral do mais alto. Remus nem ao menos percebia que Sirius estava paralisado ali, nem que os outros na sala, que não o conheciam tão bem, estavam chocados. Por de baixo das roupas, Remus Lupin possuía alguns músculos e as cicatrizes, junto ao seu cabelos castanho claro bagunçado, lhe davam o ar de perigoso. Sem falar do sorriso de lado que ele deu para Sirius quando finalmente percebeu o olhar do músico em si, embora não pudesse nem imaginar no que ele estava pensando sobre si.

-Ei, Remmy! -James acenou, sorridente e Remus sorriu, colocando a toalha nos ombros e se aproximou, parando ao lado de Sirius, que continuava o olhando.
-Jay, já pedimos a sua pizza. -Remus avisou e Regulus riu. -E você deve ser o Regulus.
-Já entendi o porque do Sirius passar tanto tempo no celular. -Regulus disse e isso fez Sirius entrar em pânico, enquanto Remus ria. 
-Se quiser pode ir ligando o meu Switch, Reg. Eu só vou pegar uma camisa e já volto para vocês me dizerem o que eu deveria ficar preocupado sobre.-Remus disse.
-Olha, eu não acho que ninguém vai ficar incomodado se você ficar assim. -James disse de brincadeira e Lilian o olhou, tapando seus olhos em seguida, o fazendo gargalhar junto a Remus.

-Vai se vestir. -A ruiva disse, revirando os olhos. Remus riu e assentiu, olhando para Sirius antes de voltar pro quarto para pegar uma blusa.

Quando Remus desapareceu de suas vistas, Sirius tapou o próprio rosto.

-Você vai me destruir, Remus Lupin. -Ele disse rindo consigo mesmo, Regulus negou com a cabeça indo ligar a televisão e o vídeo game.

XxX

Quando a pizza chegou e Remus já estava jogando com James e Sirius, eles começaram a explicar a relação. Lilian ainda cuidava do celular do mais velho, mexendo nas contas dele e pensando se deveria proibir comentários nas publicações dele.

-Bom...Se lembra quando saímos da cafeteria na sexta? -James questionou e Remus assentiu.- Um paparazzi nos flagrou e as nossas fotos conversando foram publicadas em inúmeros tabloides de fofoca, muitos dizendo que namoramos.

O Luigi, personagem que Remus estava jogando, caiu para fora da pista arco íris.

-O quê? -Remus o olhou e James continuando jogando. -E vocês responderam? Fizeram algo?
-A D.E e todos nós publicamos algo dizendo que vocês são só amigos e que como eu e a banda iremos fazer uma colaboração, acabaram se conhecendo. -Lilian disse, levantando os olhos do celular e o bloqueando.- Mas Frank achou que seria melhor dizer algo além para eles terem certeza que vocês são só amigos e que....
-O James não é viado. -Sirius disse bravo jogando uma tartaruga no Baby Mario que estava na sua frente.
-Ei! -Regulus disse ao ver seu personagem caindo da pista do jogo.
-Por que isso seria necessário? Tipo...Por que seria um problema? -Perguntou Remus.
-Por mim não seria, acredite. -James bufou. -Eu até preferia dizer que namoro com você para que a D.E parasse de querer...-Sirius o olhou. -Enfim, a gravadora insisti que não podemos não assumir, então, é necessário. Por isso, acabamos dizendo que estamos vendo se você poderia entrar para a banda.
-Entrar para a banda? Mas eu não sei tocar nem um triângulo. -Disse Remus.
-Teclado. Você me disse que toca. -James sorriu de lado.
-Eu sei tocar uma música de natal! Uma! -Ele ficou abismado. 
Sirius e Regulus caíram na gargalhada.
-Bom...Eu posso te ensinar mais algumas músicas. -Lilian riu. 
-Também posso te ajudar a aprender as nossas! -James disse animado.

Remus olhou para eles como se estivesse se perguntando se estavam falando sério.

-Mas...A D.E vai querer falar comigo ou algo assim? -Questionou.
-Por enquanto não. Iremos enrola-los para que se foquem mais em nós. Temos inúmeras entrevistas para dar essa semana e a produção do disco deve começar logo que nós nos resolvermos com o Frank. -Sirius explicou.
-Vocês precisavam mesmo dizer que eu era tecladista? -Perguntou o professor, agoniado pela mentira. Ele passou pelos personagens de Sirius e James, ficando na primeira posição. James xinga baixinho e o seu personagem pega uma caixa para jogar algo em "Luigi". 
-Foi o melhor que deu. -James disse.
-Bom, é por isso que você não me deixa mexer no meu celular, Lils? -Questionou Remus.
-Sim. A sua conta subiu para quase um ponto dois mil seguidores e o twitter está uma loucura. -Ela disse pegando a sua taça.
-Acham uma má ideia transformar as minhas conta em privadas? -Perguntou ele.
-Por enquanto deixe-as, só não publique nada e retire os comentários. -Disse Sirius suspirando.

Remus havia vencido a corrida e Regulus ficou em segundo. 

-Vou pegar mais pizza. Alguém quer? -James se levantou.
-Eu vou contigo. -Lilian se levantou, deixando a taça na mesinha de centro.
-Traz um da de chocolate para mim. -Pediu Remus fazendo bico para James, que riu e assentiu, saindo para a cozinha com a ruiva.

Sirius se encostou no sofá, vendo que seu irmão mais novo estava distraído mandando mensagem para, então, puxar Remus para perto dele. No susto Remus olhou para ele e o Black aproveitou para roubar um selinho dele. O acastanhado retribuiu, mas deu um tapinha no braço do mais novo.

-Seu irmão. -Remus disse ainda próximo do rosto dele.
-Só um beijo, Remmy. -Sirius sorriu, acariciando a mão dele. -Não consigo parar de pensar nos seus lábios.
Remus olhou para a boca dele, sem conseguir negar que também pensava naquilo desde do dia que eles ficaram juntos pela primeira vez. Passando a língua pelos lábios, assentiu de leve e deixou Sirius conduzi-lo de volta para os dele.

E assim eles se perderam mais uma vez um no outro. Remus ficou de joelhos no sofá e com as mãos, enrolava seus dedos nos fios cumpridos de Sirius, que segurava em sua cintura, passando pela camisa para acariciar a sua pele.

Regulus há muito tempo já havia saído de lá e foi comer a sua pizza junto aos outros na cozinha.

-Eu nunca vi o Remus gostar de alguém assim. -Lilian disse, mordendo a sua pizza.
-O Sirius já namorou alguns garotos no ensino médio, mas nada demais. -James olhou rapidamente para trás e voltou a olhar para a ruiva. -Acha que eles vão dar certo?
-Espero que sim. -Ela disse sorrindo fraquinho e olhou para Regulus, que ainda mexia no seu celular. -Está tudo bem, pequeno Potter?

Regulus arregalou os olhos de leve e depois sorriu, gostando daquilo. Apenas Sirius era chamado de "Potter", afinal, James e ele sempre agiam como irmãos, e até se chamavam como tais, mas, apesar de James e Sirius sempre afirmarem que ele era o irmãozinho deles, as pessoas ainda o chamavam de "Black". E sim, era o nome dele, mas tinha péssimas recordações com sua família biológica, recordações que ainda ardiam se ele parasse para pensar nelas demais.

-Hum-hum. -Ele assentiu com a cabeça. -É que o Remus segue alguém familiar. Pelo menos eu acho por esse nome...
-Quem? Talvez eu conheça e possa te dizer quem é. -Disse Lilian.
-O nome dele é...-Regulus começou a dizer e a campainha toca.
-Um segundinho. -Lily se levanta e vai atender.

Então, ela passa pela bancada da cozinha e se aproxima da porta amarela, olhando para o olho-mágico para conferir quem era. Isso a fez quase entrar em pânico por alguma razão, o que fez os rapazes arregalarem os olhos de forma preocupada. Ela abriu a porta com pressa e disse:

-Evan? O que aconteceu?! 

Regulus pulou da sua cadeira e olhou na direção da pessoa que estava ali na entrada do apartamento. Era um rapaz de cabelos castanhos escuros, olhos verdes e o lábio machucado. Seus olhos estavam inchados e avermelhados de tanto chorar, e sua aparência era cansada, tanto que quase deixava a mochila cair dos ombros.

Ali estava a pessoa que ele viu que seguia Remus no instagram.
O seu melhor amigo de escola.
Evan Richard Cass.



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