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História O ânimo que me habita - Doce de leite com pistache


Escrita por: kakaulitzz

Capítulo 55 - Doce de leite com pistache


Fanfic / Fanfiction O ânimo que me habita - Doce de leite com pistache

VICTOR 

Enquanto Diana se sentava em uma afastada mesa daquela colorida sorveteria, eu estava na fila a espera para escolher os sabores. Como era noite e o estabelecimento fecharia em breve, haviam poucas pessoas e eu era o próximo a ser atendido diante aquela estante de sorvete atrás do gélido vidro.  

Aquela não era uma sorveteria comum e por várias razões. Primeiro, tratava-se de uma gelateria e, portanto, no cardápio continha alguns sabores únicos e especiais que não havia numa sorveteria normal. E segundo, aquele era o lugar em que Diana e eu mais vínhamos para namorar. Na época da escola, fugíamos para cá durante os intervalos. E na faculdade, quando Diana ficava preocupada demais com suas provas, eu a trazia aqui para relaxar. Esse lugar era, de certa forma, importante para nós. Era um local de várias memórias. Era onde tudo começou e onde tudo terminaria.  

- Qual o tamanho do pote o senhor deseja? - questionou o funcionário de bigode atrás da bancada, despertando-me dos meus pensamentos.  

- Ah, sim. Quero o de dois sabores.  

- E quais vão ser? - disse ele, já posicionando sua espátula. 

- Uma bola de doce de leite e outra de pistache, por favor.  

Então, numa pequena vasilha cilíndrica, colocou as bolas que pedi e me entregou. Depois de agradecer e de pegar duas colheres plásticas na bancada, fui até a mesa escolhida por Diana. Era uma mesa de mármore branca para duas pessoas. E as cadeiras eram estofadas e se acoplavam a parede. 

- Está aqui – coloquei o sorvete sobre a mesa e logo me sentei em frente a minha esposa.  

- Doce de leite e pistache? - perguntou ela, sorrindo tímida ao encarar o sorvete. 

- O que tem? Sempre pedíamos esses mesmos sabores, não se lembra? 

- E como poderia depois de matar tantas aulas para tomar especificamente esse mesmo sorvete?  

- Eu não podia deixar de te trazer aqui naquela época. Você era tão nerd que era do tipo que tirava nove e já queria pular da ponte de tamanha frustração – disse já abocanhando aquele doce delicioso. Diana fez o mesmo – Se eu não te trouxesse aqui de vez em quando para relaxar, você ficaria maluca. E assim, me deixaria maluco.  

Diana revirou os olhos em meio a um sorriso que tentou conter. Quase vi seus dentes. Surpreendentemente, por ora tudo estava sobre controle. A aura entre nós não estava mais tão tensa quanto antes. Pelo contrário, sentia que estávamos tão à vontade para ter essa conversa que ela até estava fluindo mais naturalmente do que pensei. Imaginei que Diana se espernearia, gritaria ou armasse um escândalo. Mas é melhor não afirmar nada por enquanto. Afinal, talvez tudo venha por terra quando eu disser que quero me separar.  

- Aliás, você se lembra... - Diana interrompeu sua fala descontraída e levemente alegre para colocar mais uma colher de sorvete na boca - Você se lembra a primeira vez que viemos aqui?   

- Quando começamos a namorar? Há, há! - não pude deixar de rir ao me recordar.  

- Foi muito engraçado aquele dia, não foi? 

- Suas amigas me disseram, e escondidas de você, que você iria me pedir em namoro naquele dia.  

- E eu achei que você tinha me chamado para sair para fazer o mesmo! 

- Sim! E depois de pedirmos o sorvete, eu ficava te perguntando “Você não vai me pedir em namoro?”. E você toda confusa e envergonhada dizia “Ué? Não era você que iria me pedir?”. Então, ficamos encarando a cara um do outro como dois patetas esperando alguém dizer alguma coisa.  

A lembrança veio como um choque inesperado, nos fazendo rir. Eu não me lembro a última vez que vi e ouvi as gargalhadas de Diana. Também não me lembro a última vez que fiz o mesmo na sua presença. De certa forma, eram nostálgicas e consoladoras.  

- Meu Deus... Você me deixou morrendo de vergonha aquele dia, Victor! 

- Eu estava empolgado por uma mulher se dispor a fazer isso. Geralmente é sempre ao contrário. Mas no fim você ficou tão tímida que acabei pedindo.  

- E tamanha timidez me fez comer todo o sorvete de tanto nervoso. 

- Há, há, há! É... – e depois de rirmos juntos, meu olhar encontrou o seu e rapidamente percebemos o que estávamos fazendo. Imediatamente, nossos rostos se fecharam, o riso se foi, o olhar se desviou. Não queríamos que o outro achasse que daríamos o braço a torcer só por causa dessa distração, dessa lembrança que de repente surgiu entre nós. O silêncio reinou e o clima esfriou. Talvez estivesse na hora de dar continuidade ao assunto que antes iniciamos na faculdade. Com meus dedos, toquei o dorso de sua mão apoiada sobre a mesa. E assim, seus olhos miraram nos meus – Diana... Como será que nós deixamos nosso casamento ir por tão água a baixo a esse ponto?  

- Nós? - sua voz doce de antes não estava mais ali. Na defensiva, e um tanto séria, continuou – Me desculpe, Victor. Não fui eu quem fui infiel – depois de mais uma colherada em silêncio, continuou - Além disso, ainda não consigo entender como você pode me trair com um garotinho de vinte anos. 

- Vinte e cinco – corrigi. 

- E isso importa?! - seu tom de voz se elevou – Ele é só um menino, Victor! E ainda por cima, amigo do Yurio. Você enlouqueceu ou o que?! 

Sim, talvez eu tenha enlouquecido. Mas viver na loucura com Yuri era muito melhor que na sensatez com Diana.  

- Já que tocou no assunto no Yurio, por que não o contou sobre tudo o que seu detetive particular descobriu? Vou ser honesto, achei que seria a primeira coisa que fosse fazer, fazê-lo ficar contra mim – não que ela já não tentasse alienação parental com outros argumentos.  

- Achei que era o pai dele quem deveria tomar vergonha na cara, encará-lo nos olhos e contar isso a ele. Não eu.  

- É, talvez tenha razão. Hoje mais cedo, desconfiei que ele já soubesse de alguma coisa. Mas ao questioná-lo, pareceu não saber de nada, apenas que nosso casamento anda de mal a pior.  

- E piorou desde que você quis dar uma de homossexual.  

- Bissexual, Diana. E qual é? Você sempre soube que eu era bi.  

- Sim, mas achei que tinha sido apenas uma fase. Mas a questão não é essa. Você mudou desde que esse tal de Yuri entrou na nossa vida. Você passou a se vestir com essas roupas de moleque, deixou de fazer muitas de suas responsabilidades em casa, passou a chegar tarde em casa e várias vezes bêbado. E olhe só pra ele? Ele tem todos aqueles piercings, é um vagabundo sem estudo e que fica levando o Yurio para festas adultas demais pra ele. Ele não é uma boa influência para você, Victor. Não é uma boa influência para nossa família! 

- Você quer falar sobre o que é bom ou ruim? Então ta! Vamos falar de você – fiquei extremamente irritado quando ela, de certa forma, ofendeu Yuri. Ela era a má influência e o mau exemplo aqui. E quis explicar por que, nem sempre conseguindo manter a calma e a postura – Você anda muito chata nos últimos anos, sabia? Às vezes nem me dá bom dia pela manhã e não transa comigo há mais de um ano! Que raio de casamento é esse? E você não me ajuda em nada em casa, Diana. Sou sempre eu quem preparo todas as refeições sem ajuda alguma, e quando não estou lá, você precisa sair para comer fora ou tenta explodir a cozinha. 

- Aquilo foi um acidente. 

Ignorei sua interrupção e prossegui: 

- Sou eu que limpo os quartos, sou eu quem cuido de Macachin, sou eu quem paga as contas e quem leva e busca o Yurio na escola todos os dias. Já você, fica o dia todo no telefone como uma dondoca e as únicas coisas que você faz são: me azucrinar, ir trabalhar a noite e ficar chamando o Joe para nos visitar. E falando no seu irmão, eu odeio ele! Nossa, sempre odiei. Ele manipula nosso filho e vive nos dando calote e você não está nem aí. Você é mentirosa, ingrata e além disso tirou de mim a minha juvent... 

- Ainda se fica se remoendo por coisas do passado, Victor? - ela rebateu, elevando sua voz no mesmo tom da minha – Nem precisa continuar. Sei o que vai dizer. Vai falar que tirei sua juventude, não é? Eu não me engravidei sozinha, caso não se lembre.  

- Yurio não tem nada a ver com isso! Era possível ter sido jovem e pai ao mesmo tempo. A questão é, por exemplo, que você me obrigou a abandonar meu visual com cabelo comprido insistindo que precisava amadurecer... 

- Qual é? Você parecia um delinquente com aquele cabelo. 

- Você me impediu de continuar com a minha música que tanto amava, me fazendo abandonar a banda que, por consequência, acabou se separando.  

- Você teria coisas mais importantes para fazer comigo do que ficar zanzando de bar em bar tocando violão. 

- Você me impediu diversas vezes de sair com meus amigos, principalmente no início. Christophe está chateado com isso até hoje.  

- Chris nunca gostou de mim mesmo! E você era pai, Victor! Precisava ficar comigo e com Yurio. Era sua responsabilidade! 

- É claro que sim. E eu jamais, nunca, em hipótese alguma abandonaria vocês. Mas o que você fez foi me trancafiar em casa, me monopolizar, me excluir do mundo e de tudo que eu mais gostava para me ter só para você. Deixei de lado a minha vida em prol da sua. E para que?! Para anos depois você me ignorar, ou me escravizar ainda mais. Eu não sei quando e como, mas você fez uma lavagem cerebral em mim me fazendo acreditar que estava tudo bem, me fazendo não enxergar esse relacionamento abusivo que era com você. E quando eu conheci o Yuri, ele abriu os meus olhos, me fez perceber que eu não tenho que te aturar para o resto da vida só porque você é minha mulher. E tudo que eu busquei no Yuri foi um pouco de atenção que você insistia em não me dar. É por isso que... - dei uma pausa, para respirar. Meu peito se encheu de determinação e assim, eu falei - É por isso que eu quero me divorc... 

- Não! Não ouse terminar essa frase.  

- Mas, Diana... 

- Victor! 

- Não quero mais continuar casado com você! Não entenda mal, Diana. Eu simplesmente não te aguento mais.  

- Pretende acabar tudo comigo para ficar com ele, não é? - foi quando ela surtou. Sua voz soou tão alta que até ecoou por toda sorveteria – Como não pode ver, Victor? Ele está tentando acabar com o nosso casamento! Eu não quero me separar e não acho que devemos tomar uma medida tão radical na primeira briga que temos! 

- Primeira? É sério? Em que mundo você vive? Não é a primeira, é a milésima.  

- Não quero me divorciar, Victor! - insistiu. 

- Então temos um problema. 

Ela estava com raiva. Eu estava com raiva. E isso era evidente no jeito que olhávamos um para o outro. Seu olhar, no entanto, por um momento se desviou para o lado, mirando o centro da sorveteria. Curioso, fiz o mesmo. Os poucos funcionários que lá trabalhavam, além dos poucos clientes que lá haviam, estavam todos olhando curiosos para o casal cujo casamento estava em crise. 

- Estão olhando o que? - gritei para eles - Não têm nada melhor pra fazer? 

Constrangidos, quase que imediatamente todos voltaram ao que antes estavam fazendo. Os funcionários voltaram a cuidar dos sorvetes e os clientes a apreciá-los. Mesmo assim, Diana e eu não pudemos deixar de ficarmos envergonhados. Sim, o escândalo que temia aconteceu. Em silêncio, voltamos a comer o sorvete. Respiramos, refletimos... E toda aquela agitação do peito vagarosamente foi embora, dando lugar à tristeza por termos que passar por isso.  

- Desculpa ter gritado – evidentemente magoada e provavelmente ainda processando o meu desejo de tê-la fora da minha vida, ela se desculpou. Que evolução. 

- Tudo bem...  

Diana não quer se divorciar e isso já era esperado. Mas e agora? Deveria forçá-la? Dizer que nos vemos na justiça? Deveria ter perguntado a Yuri sobre o que dizer numa situação dessas. Acho que Diana também não sabia. Nenhum de nós sabíamos o que fazer ou dizer. E com o tempo, aos poucos o sorvete foi diminuindo na pequena vasilha, sobrando apenas um pouco de creme que já se derreteu. As cores, o marrom e o verde dos sabores, se misturaram. E ao reparar naquele adocicado colorido, tive a ideia de um argumento de insistência.  

- Diana, veja bem... Acho que nosso relacionamento é como esse sorvete. Quando você imagina esses dois sabores juntos, a gente até pensa que seria uma boa combinação. Quando experimentamos cada sabor separadamente, ambos são deliciosos. Mas quando misturados, o doce de leite se destaca e deixa o sorvete de pistache em segundo plano. Você é como se fosse o doce de leite e eu o pistache. Você rouba de mim todo o meu sabor e toda minha essência. Está entendendo o que quero dizer?  

- Mais ou menos.  

- O que estou querendo dizer é que você me suga de um jeito que não posso suportar mais. E não suporto há muito tempo, Diana. E quanto ao Yuri, ele é como se fosse um sorvete de chocolate, por exemplo. Pistache com doce de leite fica tão bom quanto pistache com chocolate. Mas talvez, o chocolate deixe o sabor do pistache de destacar um pouco mais, deixando-o mostrar quem ele realmente é.  

Diana permaneceu quieta por um tempo. Acho que finalmente entendeu. E depois de compreender, quis confirmar sua teoria. 

- Então, esse tempo todo, você não me traiu por safadeza ou para se divertir. Fez isso porque gosta dele. 

Engoli em seco e pisquei mais do que deveria. Incomodado por sua indagação, juntei forças para concordar com a cabeça. Já menti demais para ela e agora, mais do que nunca, era o momento de ser honesto. Mas também exigiria honestidade da parte dela: 

- E você?  - perguntei – Nunca me traiu? 

- Não.  

- Nenhuma vez?  

- Não, Victor. Quer que eu desenhe isso para você?  

- Então por que começou a me tratar diferente? Poxa, eu... Eu te amava tanto – meus olhos fixos aos dela lhe chamaram a atenção - Não sei o que fiz de errado. 

- É que... Não sei direito. Foi ficando sem graça. Me incomodava muito com algumas manias suas e... Tudo isso se acumulou e... Não sei. Não sei o que aconteceu. Nos casamos tão novos e muita coisa não saiu como planejei. Acho que já começamos com o pé esquerdo desde aquela época. E também, sei que sou explosiva por natureza. Acho que sou uma pessoa meio difícil de se lidar.  

- Meio?  

- Victor! - ela deu um tapa de leve no meu braço, nos fazendo rir. Aquela conversa era um reflexo dos nossos últimos anos de casado: ora estávamos brigando, ora estávamos bem, ou seja, instáveis - E então, o que faremos? 

- Temos que nos divorciar, Diana – minha mão segurou a sua, apoiadas sobre a mesa – Seremos mais felizes separados. Não vai ser bom acabarmos com todas essas brigas e desentendimentos? De que adianta continuar com um casamento de fachada que só se mantém por pura conveniência? 

- E Yurio?  

- Eu realmente não queria que passasse por isso. Mas ele vai superar. Já é grandinho para isso.  

Diana respirou fundo e continuou. 

- Victor, eu não quero me separar de você. Não mesmo! Podemos dar um jeito nisso juntos. Eu posso... Posso mudar! Usando a sua analogia do sorvete, eu poderia trocar a receita do doce de leite por uma que fosse mais agradável a você. Não quero te perder. Estamos juntos a tantos anos. Não queria ter que jogar no lixo tudo o que construímos e vivemos juntos.  

Diana estava doce demais, prestativa demais. Seria por que a situação havia ficado séria e ela finalmente percebeu que há grandes chances de não me ter mais? Por que só agora esse desejo em mudar? Desconfiado, tentei insistir na minha ideia. Havia ido longe demais para voltar atrás. 

- Diana, estou certo do que quero. 

- Me dá um mês! 

- Para que? - fiquei surpreso e confuso com seu pedido. 

- Vamos continuar juntos por mais um mês. Apenas para confirmarmos se isso será o melhor para nós.  

- Diana, nós brigamos há anos! Por que um mês a mais ou a menos faria alguma diferença? 

- Por que finalmente sentamos e tivemos essa conversa. Agora sei quais das minhas atitudes não te agradam. Tudo vai ser diferente a partir de hoje. E vou fazer de tudo para me melhorar.  

- Isso não vai funcionar - e pude dizer isso baseado na minha convivência com ela - E além disso, não quero ficar esse tempo longe do Yuri – nem conseguiria, na verdade.  

- Mas não precisa. 

Meus olhos se arregalaram e fiquei mudo. Por um momento, achei que tinha ouvido errado, ou compreendido suas palavras equivocadamente. O que raios ela estava tramando agora? Me pediu um mês para provar seu valor, mas ao mesmo tempo diz que não tem porque eu ficar longe do Yuri? De onde veio essa sugestão tão repentina e estranha? 

- Calma ai... Está sugerindo que continuemos esse mês casados, mas que tudo bem eu continuar saindo com o Yuri? 

- Sim! - respondeu, alegre. 

- Como um... Relacionamento aberto? - e graças ao amigo do Yuri, aquele Ash, eu sabia sobre o que isso se tratava. E justamente por saber,  estava a cada segundo mais incrédulo. 

- Mas só nesse mês, hein!

Como... Como ela pode sugerir algo assim? Onde estava aquela sua opinião de que Yuri era má influência? Aonde fora aquela possessão insistente sobre mim? Definitivamente, não era a Diana que eu conhecia. Tamanho desespero em me perder poderia fazê-la ter essa atitude? Iria tão longe?

Aquela proposta foi totalmente imprevisível. O que estava rolando aqui? Completamente pasmo e perplexo, levo o dorso dos meus dedos até a sua testa. 

- Victor, o que está fazendo?  

- Estou vendo se está com febre. Você definitivamente não está batendo bem da cabeça. 

- Ai, Victor! Tire essas mãos de mim – ela estapeou a minha mão, que se afastou.

- Eu... Não entendo.

Vendo que eu estava prestes a surtar de tanta confusão, buscou se explicar:

- É que eu sei que você não quer ficar longe do Yuri. Até porque, assim como você gosta dele, ele deve gostar de você também pelo o que entendi. E eu também não quero ficar sem você, porque mesmo eu sendo grossa boa parte do tempo e você ter me traído, eu não deixei de amar você. Então vamos tentar fazer assim por um tempo até pensarmos melhor. A gente tenta reviver os nossos sentimentos, mas sem que você tenha que abandonar o Yuri. E depois do prazo, você reavalia quem você quer ter para sua vida. E se ainda assim você quiser ficar com ele, eu me rendo. Afinal, antes de querer você comigo, quero que seja feliz. Apenas me dê mais essa chance, Victor. Sei que sou uma pessoa difícil, mas sei que posso mudar. Por favor, te imploro!

Meu lado racional gritava em meus ouvidos “Diga não, Victor! Diga não” àquela súplica. Porém, no fim acho que foi o meu lado emocional que predominou. Eu realmente não esperava por essa. E de tão assustado e indeciso, e até mesmo com as mãos trêmulas, tudo o que consegui dizer foi: 

- Eu... Eu não sei.  


Notas Finais


Podem me xingar. Estou preparada pra isso hahaha
Aiai, esse capitulo foi tão dificil de se escrever :( Quando estiver mais disposta, vou reler pra ver se coloquei tudo que precisava.
E além disso, percebi uma incongruencia na história com relação a idade do yurio. Não posso falar porque, porque isso vai ser relevante laaaa na frente, quase no final na historia. Ele tem 18 anos, certo? E está no último ano na escola. Mas vamos considerar que ele repetiu de ano e por isso vai se formar com 19 hahaha. Vou adicionar isso no capitulo passado, em que Victor conversa com Yurio. Desculpem o transtorno. E espero que tenham gostado do capitulo, embora talvez não tenham gostado do que aconteceu kkk
Beijos pra vcs #FIQUEMEMCASA


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