1. Spirit Fanfics >
  2. O anjo caído - Berserk >
  3. Atormentado

História O anjo caído - Berserk - Atormentado


Escrita por: Kanae_Noona

Notas do Autor


Olá! Minna-san ♥

Dei uma sumida, mas voltei.

Peço perdão pelo capitulo pequeno,porém foi feito com amor.
Desejo que gostem.

Boa leitura.

Capítulo 10 - Atormentado


Fanfic / Fanfiction O anjo caído - Berserk - Atormentado

A realeza vibra, os servos e camponeses se alegram pela boa colheita, pelos tempos de paz e pela honesta e abundante vida que conquistaram através daquele regimento. A guarda real impecável e imponente, trajando suas armaduras reluzentes forjadas em prata, está espalhada numerosamente sobre o salão principal e sobre todo o castelo e seus arredores. As crianças esbanjando juventude e felicidade em seus rostinhos corados, correndo e brincando como pássaros ao ar livre, sob as diversas árvores floridas da primavera.

A bandeira tão temida pelos inimigos e tão conhecida dentre as províncias, fronteiras e reinos, balança esplendorosamente, indicando para qualquer cidadão, nobre ou plebeu, inimigo ou amigo que ali era o reino de Falconia, a cidade comandada por Griffith e seu leal soldado Guts. E em todos que lutavam sob a bandeira, recebiam o especifico e honroso símbolo do falcão gravado sobre a armadura orgulhosamente.

Na sala do trono um silêncio se fez e dois rapazes de beleza incomum em um traje real, com suas túnicas brancas se posicionam á esquerda do salão na área dos músicos, em posse de seus clarins imperiais. E ao som da bela clarinada de Mahler, é anunciada a chegada da tropa principal e o comandante Guts adentra o salão triunfante e feliz pela batalha vencida.

Ele se ajoelha ao meio do corredor em direção ao rei, que em seus olhos mais parecia uma bela rainha, pela beleza que sempre o hipnotizava á todo raiar do dia ao anoitecer, não só a ele, mas a todos no reino e confins.

_ VIDA LONGA AO REI _ o rústico homem moreno e alto em sua armadura de ouro impenetrável saúda seu senhor e ergue os lindos olhos castanhos, lançando um olhar lascivo para sua majestade.

Os olhos se encontram e um singelo sorriso de ambos os lábios desejosos, confirmam a paixão amorosa e selvagem de soldado e rei... A paixão de um homem para outro, uma relação misteriosa, um amor que vibrava internamente, que beirava a loucura. O desejo do toque, do sabor queima em seus olhos e incrivelmente sabem os pensamentos um do outro, como uma ligação sobrenatural, como se pudessem ler mentes.

Estranhamente só restaram os dois no grande e luxuoso salão. Os convidados nobres, os músicos, guardas e empregados, todos haviam se retirado e Guts se ergue do chão mantendo o olhar nas lindas safiras azuis do rei, ansiando para vê-lo de perto. Ele desembainha sua espada e a deixa pelo corredor sobre o tapete azul, ao caminhar até o trono e o rei ao entender o desejo de seu leal servo e soldado, retira sua coroa e se põe a desabotoar sua túnica sem desviar o olhar do corpo em movimento á sua direção.

Ao chegar o guerreiro destemido prostra-se diante de sua majestade novamente, toma lhe a mão e deposita um beijo em seu anel de pedra vermelha em forma de respeito. Ele levanta a cabeça e observa o rei; os cabelos cinza em um penteado lateral perfeito, exalando a fragrância doce, que para ele era a melhor diante de tudo que sentiu na vida, a pele que reluz tão branca e sedosa. Está completamente dominado.

Griffith extasiado pela saudade e pelo incontrolável desejo de se entregar para seu amante, de ter seu corpo tomado pelas grandes mãos, de ser totalmente devorado sexualmente, toca lhe as bochechas e desce seu rosto de encontro ao do guerreiro e o beija carinhosamente. De inicio era apenas um encostar de lábios suave, mas após alguns segundos Guts avança sobre o seu senhor, o beijando ferozmente, necessitado. Ele apoia uma das mãos na lateral do trono real e com a outra segura o pulso do rei para imobiliza-lo, enquanto devora-lhe os lábios macios e vermelhos.  E a majestade que agora era a mais temida e respeitada de toido ocidente fica totalmente entregue e subjulgado.

_Não há melhor recompensa que essa. _ sussurra Guts em meio á rosnados, enquanto cheira os cabelos do falcão.

_ Hmm! Reivindique seu prêmio aqui mesmo, meu leal servo. _ Griffith pede entre gemidos ao ter o pescoço lambido e chupado sensualmente pela boca carnuda e sedenta de seu amante.

_ Lamento! Se puder ignorar o cheiro sobre meu corpo... _ pede o guerreiro referindo-se as manchas do sangue dos inimigos agarradas em sua pele.

_ Não se esqueça! Sabes bem que esse cheiro é tão familiar para mim quanto para você. E quando ele vem de você... É algo que me excita.  _ o rei sussurra com a voz rouca no ouvido de Guts e acaricia seus cabelos curtos apaixonadamente.

Então, tomado pela selvageria e pela ânsia de sentir aquele corpo, Guts rasga as vestes do falcão, deixando-o com o peito parcialmente desnudo e arrepiado pela mudança drástica de temperatura. O guerreiro cai de joelhos novamente, enlaça a cintura do rei e com uma grande força o puxa para frente. Griffith embarcado no mesmo ritmo de luxuria levanta sua perna esquerda e a coloca sobre o ombro de Guts, que sem tardar esfrega o nariz sobre a sua coxa coberta pelo tecido fino, inspirando profundamente o perfume, louco de excitação para invadir a calça do rei e desfrutar de cada milímetro daquela área que o enlouquecia.

Logo o guerreiro se põe a lamber o umbigo, as costelas, axilas e por ultimo permanece desfrutando dos mamilos de Griffith, que geme e arqueia as costas sentindo aquela boca tão intima e familiar lhe devorar e lambuzar amorosamente.

Os olhos e a boca do moreno queimam ao marcar a pele macia. Eles sentem a conexão, o calor entre seus corpos, que poderiam explodir de tanta paixão e entrega. O rei permanece com os olhos semicerrados pelos toques deliciosos e intensos que recebe, porém ele sente que algo está mudando.

Logo... Uma escuridão que toma conta do salão real e então o prazer se esvai e a dor prevalece. O rosto másculo, a boca que lhe pertencia, que o amava á poucos instantes se transformaram.

Os olhos de Griffith tremem pelo choque daquela visão de morte. Está cercado por seres rastejantes, gosmentos, e a sua frente uma criatura dentuça, inumana, com um par de olhos brilhosos e famintos e ostentando garras gigantescas numa mão maior ainda, se alimenta de suas entranhas.

A coisa o rasga ferozmente com os dentes repuxando a pele, a carne, os músculos de seu abdômen e os movimentos brutos em seu estômago o fazem tossir sangue. A grande garra invade seu corpo, revirando lá dentro e puxa seus órgãos quentes um a um, como se destroçasse um animal para um banquete. O sangue jorra vivido, e Griffith quase a desmaiar avista seu amado Guts caminhar solitário sobre o tapete azul, que agora estava banhado em sangue. Ele vê sua luz sumir na escuridão. Vê aquele que tinha jurado lhe proteger, se afastar como se não o enxergasse ali, como se nunca o tivesse conhecido.

E num instante percebe os apóstolos sobrevoarem acima do trono, enquanto ele era devorado aos poucos. Os seres que o rodeava, também começam a flutuar sobre ele. E agora lhe traziam sua coroa.

A joia real foi posta sobre sua cabeça e uma melodia fúnebre ecoou sobre todo o castelo, enquanto era triturado e desmembrado brutalmente. Já não sente nada, apenas confusão e vontade de correr atrás de sua luz.

E como se saísse de seu corpo, vislumbra o trono coberto de sangue e restos de ossos espalhados ao redor, e sobre a poltrona acolchoada vê sua coroa de pedras preciosas e a única parte de seu corpo que restara intacta_ seus olhos, que ainda estavam num azul reluzente, posicionados ao meio do objeto real.

Ele não tem nenhuma noção, sobre nada. Ele apenas quer Guts de volta, ele apenas quer ver seu amado novamente, então sem fraquejar se vira rápido, com os olhos estupidamente arregalados e força os músculos de suas pernas para correr.

Ele corre, corre e quando se dá conta está do lado de fora de frente para o jardim do palácio, jardim esse que havia se tornado melancólico e assustador, como se fosse um cemitério.

Guts estava perto, ele estava muito próximo de Griffith, eram apenas alguns metros, que o falcão não hesitou em esperar e correu novamente alegre por te-lo encontrado. Suas mãos estavam próximas, suas pernas estavam alcançando o objetivo, alcançando a única coisa que ele queria.

Mais um pouco... Mais um pouco e poderei te abraçar novamente. Então dessa vez não te soltarei nunca mais._ Griffith pensa, deixando pingos de lágrimas saltarem de seus olhos durante á corrida desesperada ao encontro das costas de Guts. Com o coração inflamado.

E como se a terra tivesse se aberto abaixo de seus pés. Sua estrutura é abalada, seu corpo sacode e ele é lançado ao início. Novamente sentado ao trono, sendo rei sobre Falconia e novamente ouvindo a marcha de Mahler, anunciar a chegada da tropa de Guts.

Perdido e totalmente impotente na escuridão daquele terror angustiante e repetitivo, ele chora angustiado. Não por reviver diversas vezes sua morte, mas por nunca conseguir alcançar Guts naquele jardim e por desejar parar o tempo no breve momento de amor que compartilhavam naquele salão.  Mas ele sempre falhava e retornava ao tormento.


Notas Finais


Vocês estão gostando? Espero que sim.
Devo continuar? .....

Obrigada pelos favoritos e visualizações e fico imensamente agradecida por quem me estimula comentando.

Até o próximo! Beijoss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...