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História O Anjo de Severo Snape - O Começo de Tudo


Escrita por: bellinha18

Notas do Autor


Narrado incialmente por Maria/Marie Feodorovna,avó de Anastasia
O começo da História se passa em 1909
Dumbledore,Minerva Mcgonagall e outros professores,incluindo,Tom Riddle são muito mas velhos do que a história original
Severo Snape só aparecera no segundo capítulo
O desenho da foto do capítulo é muito triste,mas nessa fic a Anastasia é loira

Capítulo 1 - O Começo de Tudo


Fanfic / Fanfiction O Anjo de Severo Snape - O Começo de Tudo

- Alteza. - cumprimentou o soldado, ajudando a Imperatriz a subir na carruagem, o cocheiro da a partida, várias carruagens circulavam pelas ruas, o povo curioso observava a nobreza.

  Ouve uma época, não faz muito tempo, em que nós vivíamos em um mundo encantado de elegância, palácios e grandes bailes.

O grande pátio do palácio de Catarina estava lotado de carruagens, estrelas iluminavam o céu da noite.

  O ano era 1909, e o meu filho, Nicolau, era o Czar da Russia Imperial.

O salão principal estava lotado de pessoas, suas paredes de mármore com detalhes em ouro, evidenciavam a riqueza e poder da família imperial. Boa parte dos convidados dançavam no meio do salão em um ritmo frenético e rápido,enquanto uma grande multidão os observava, sob as escadas no topo a frente do grande quadro da família imperial haviam três tronos de ouro, o da direita médio, que pertencia a Czarina, o do meio o maior que pertencia ao Czar, e o da esquerda um pouco maior do que os que estavam abaixo, pertencia a mãe do Czar. No meio das escadas haviam quatro pequenos tronos de ouro, que eram ocupados, o primeiro por uma jovem de 14 anos, o segundo por uma de 12, o terceiro por uma de 10 e o quarto e último estava vazio. A Imperatriz se dirigiu ao seu lugar e sorridente acenou para uma pequena loirinha que dançava no salão, era ela... a menina que faltava.

- Olá querida.

  Estávamos comemorando o tricentésimo aniversário do governo da nossa família.

A garotinha que faltava possuía 8 anos, era baixinha, loira e possuía os olhos azuis de toda sua família,ela dançava com seu pai, e sua mãe os observava alegremente ao lado, ela desvia de seu pai e marotamente mostra a língua para suas irmãs, que reviram os olhos divertidas. A menina se vira para o pai, que a ergue e gira no ar, fazendo sua kokochnik que combinava com suas vestes cair, mas ela nem ao menos se importou.

- Ah! papai. - a menina diz rindo quando é erguida no ar, ele a coloca com cuidado no chão, ela faz uma respeitosa reverência. 

- Tudo bem, pode ir. - ele diz a ela.

   E naquela noite, nenhuma estrela era mais radiante do que aquela da nossa doce Anastasia, a minha neta mais jovem.

A menina subiu os degraus correndo, quando chegou ao encontro de sua avó entregou a ela um desenho, a idosa sorriu. Um pequeno menino de cabelos castanho-claro, com roupas simples e sujas, saiu de uma porta, ele observava atentamente a avó e a pequena Grã-duquesa.                                                                

  Ela me suplicou para não voltar para Paris e então eu mandei fazer um presente muito especial para ela, para tornar a separação mas fácil, para nós duas.

A Imperatriz-viúva puxou de dentro de sua bolsa uma caixinha arredondada, era de ouro puro, com algumas pequenas pérolas, sua tampa e alguns detalhes eram de esmeralda. 

- Pra mim? - a Imperatriz passou a caixinha para a menina,que observava encantada. - É uma caixinha de jóias?. - o pequeno menino de dez anos ainda observava tudo mas então...

- Dimitri! - um homem careca e bigodudo repreendeu o ato do menino. O mordomo tinha um terno em estilo pinguim, ele pegou o menino o erguendo no ar. - O seu lugar é na cozinha. - ele o arrastou para fora do salão.

A Imperatriz puxou de sua bolsa, um pequeno colar.

- Escute .- disse pegando a caixinha, ela encaixou o colar e deu duas voltas, quando se abriu haviam dois pequenos bonequinhos,a menina reconheceu eram o Czar e a Czarina, seus pais. A caixinha começou a tocar uma melodia suave, a menina disse feliz e surpresa.

- Toca nossa cancão de ninar. - disse ela pegando a caixinha da avó.

- Você pode ouvi-la toda noite antes de dormir, e fingir que sou eu cantando. -a viúva disse sorridente, os bonequinhos giravam calmamente com a melodia da música, ela então segurou uma mão da neta e começou a cantar.

Vento uivando no mar

Quando eu ouço me lembro

   As duas balançavam calmamente, e então a pequena loirinha começou a acompanha-la na cantoria.

Você vai, vir pra mim 

   Anastasia girou e voltou a olhar a avó.

Foi no mês de Dezembro 

   A pequena reverenciou e as duas riram, a outra pegou a caixa de música e deu-lhe o colar.

- Leia a inscrição. - a menina ficou vesga para poder ler e quando conseguiu disse 

- Juntas em Paris. - a menina ficou surpresa e encarou a avó com emoção. - Sério? ah! querida vovó. - ela abraçou a avó carinhosamente que riu e devolveu o abraço.

O salão de repente se escureceu. Todo o clima de felicidade se transformou em medo e temor, uma figura sombria andava em meio a multidão que se afastavam de medo com sua ruim presença, uma taça é derrubada e ele pisa nos cacos. Mantinha em seu rosto um grande sorriso e tentava o máximo possível esconder seu real estado de espirito.

   Mas jamais nos juntaríamos em Paris. Porque uma sombra negra havia descido sobre a casa dos Romanov. O nome dele era Rasputin, pensávamos que ele fosse um homem santo, mas ele era uma farsa, perigoso, sequioso de poder.

 Ele se dirigiu até a ponta das escadas, o Czar que não parecia nada feliz foi de encontro a ele.

- Como se atreve a voltar ao palácio ? -dizia autoritário 

- Mas... eu sou seu confidente. - argumentou treatalmente.

- Confidente? - repetiu o Czar. - HÁ! -zombou. - Você é um traidor. Vá embora!

- Você acha que pode banir o grande Rasputin? - ele puxou de suas vestes um relicário que continha pequenas criaturas verdes dentro dele. - Pelos ímpios poderes de que fui investido, eu expulso você. - disse segurando firmemente o objeto e apontando um longo dedo ossudo para o Czar. - Com uma maldição. - suspiros de horror são ouvidos, Anastasia e a avó se abraçaram. O pequeno servo estava novamente ao lado delas, ficou chocado. Os convidados e a própria família imperial não podiam acreditar no que estava acontecendo. Rasputin se virou para a multidão.

- Guarde as minhas palavras. -novamente se virou para o Czar. - Você e a sua família vão morrer dentro de quinze dias! - ouvi-se murmúrios. - Não vou descansar até que eu veja o fim da linhagem dos Romanov. - ele empunhou seu relicário para o maior lustre que havia no salão. - Para sempre!-um jato de luz verde saiu do objeto e disparou contra o lustre o levando de encontro ao chão.

  Naquela noite Rasputin foi embora. Dessa vez sozinho. Não como da vez que foi arrastado por soldados quando foi expulso por difamar a imagem da familia Imperial.

   Naquela noite ele foi embora, mas ele voltaria e faria todos aqueles que lhe "traíram" pagarem. Sim, esse era seu plano. Dentro de quinze dias, todos estariam mortos e se por algum acaso do destino, alguém sobrevivesse, Rasputin não descansaria até acabar de uma vez por todas com esse alguém.

                              _#_

  Os dias iam se passando, a tensão no palácio apenas aumentava. Já se completava o décimo terceiro dia da maldição. A filha caçula, acuada, estava no jardim sentada em uma arvore, observando o por do sol no horizonte, em toda a sua vida nunca havia sentido tanto medo.

- Anastasia. - a voz do Czar é ouvida, a menina desvia o olhar para o chão e ali estava seu pai lhe procurando. 

- Estou aqui! - ele olhou para cima e deu um meio sorriso 

- Desça, já está ficando tarde.

- Suba um pouco. - ele ia protestar, mas ela foi mas rápida. - Sei que consegue.

   Com certa dificuldade, ele subiu na arvore, e se sentou ao lado da filha mais nova.

- Acha que a maldição irá se concretizar? - ela perguntou

- Anastasia, oque eu vou dizer agora espero que leve para sua vida toda. -ela assentiu. - Mesmo se tudo der errado na sua vida, encare tudo de frente e não fique triste, fique feliz, em um segundo sua vida pode mudar. - ela então abraçou o pai e sussurrou. 

- Eu sei que vai ficar tudo bem.

                              _#_

  Décimo quinto dia da maldição 

- Eu estou com medo, vovó. - a garotinha choramingava, enquanto tinha sua cabeça apoiada no colo da avó que lhe acariciava os cabelos.

- Não precisa ter medo, meu raio de sol. - a garotinha se ajoelhou na cama.

- Por que ele fez isso conosco? Depois de termos o acolhido. Papai o encheu de fama e glória, e ele nos traiu. - elas se abraçaram 

- Quem planta o mal não colhe o bem. -a garotinha se separou do abraço. -Um dia, ele ainda terá a sua sentença e pagara por todos os seus pecados.

A menina puxou de trás de si a  caixinha de música. Pegou seu colar e a música começou a tocar, ela olhou a avó intensamente.

- Vamos nos juntar em Paris algum dia não vamos? - ao ver o olhar da neta, ela deu um sorriso de canto e disse 

- Um dia. - as duas sorriram 

   Logo a doce menina já estava para cair no sono, sua avó cantou para ela pela última vez.

Vento uivando no mar 

Quando eu ouço me lembro 

Você vai,vir pra mim 

Foi no mês de Dezembro 

  A garotinha caiu no sono, sua avó deu um beijo em sua testa e antes de sair disse.

-Boa noite, meu raio de sol.

  Consumido pelo seu ódio a Nicolau e a sua família, Rasputin vendeu a sua alma, em troca do poder para nos destruir.

O relicário estava ainda mas poderoso, ao chegar as mãos de Rasputin uma onda forte de poder invadiu o corpo do místico e ele abriu um sorriso maligno.

- Vão... Desempenhem o seu propósito sombrio. - as pequenas criaturas verdes começaram a sair da boca da caveira no topo do relicário. - E selem o destino do Czar e de sua família de uma vez por todas. 

  Daquele momento em diante, a centelha da infelicidade no nosso pais foi insuflada, em uma chama que em pouco tempo destruiria nossas vida para sempre.

  Havia uma grande multidão nos portões do palácio, eles carregavam tochas, armas e qualquer outra coisa para atacar. As criaturas verdes se aproximaram da multidão enfurecida e abriram os portões. Os revolucionários invadiram. Havia uma grande estátua do Czar na praça do palácio, cordas foram lançadas a estátua que foi de encontro ao chão quebrando boa parte dela. Tiros começaram a ser disparados pelo jardim, assustando os residentes do palácio.

- RÁPIDO CRIANÇAS. - o grito do Czar ecoou pelo corredor, alguns servos e a família corriam desesperados, todos com roupas de dormir, Anastasia segurava a mão de sua avó e as duas corriam o mas rápido que podiam, mas então a pequena loirinha se lembrou de algo.

- Minha caixa de música. - ela se soltou de sua avó e começou a correr na direção oposta de todos que tentavam se salvar.

- ANASTASIA! VOLTE, VOLTE! - a Imperatriz gritou pela neta e começou a correr o mais rápido que conseguia atrás dela.

 A porta do quarto foi aberta sem cuidado algum, a garotinha se dirigiu a uma pequena miniatura da catedral de São Balisio, a Imperatriz entrou rapidamente no quarto fechando a porta atrás de si 

- Anastasia! - a garotinha pegou a caixa de música e guardou em um bolso interno de suas vestes. Uma grande explosão foi ouvida a garotinha se encolheu e sua avó arregalou os olhos e correu em direção a neta,ela a puxou para que se escondessem,mas um menino saiu de uma passagem e puxou a Imperatriz pelas vestes. Um morcego albino observava tudo de uma das janelas do quarto.

- Por aqui, pelo alojamento dos criados. - ele as guiou até a passagem

- Depressa, depressa. - sussurrou a Imperatriz 

- Rasputin, ela está fugindo. - disse o morcego amedrontado 

 Anastasia voltou conhecia muito bem aquele menino. Eles eram amigos. -Venha. - mas ele a empurrou para a passagem.

- Vão, vão! - O carojoso pequeno criado de cozinha trocou um último olhar com a filha do Czar antes de fechar a passagem e se colocar a frente dela.

- VENHÃO, RÁPIDO! . - um grito ecoou pelo corredor, um grande homem com uma arma abriu a porta ele e mais dois entraram correndo.

- Onde estão elas? - perguntou outro deles. O menino pegou um vaso de flores e tentou jogar no que havia abrido a porta mas este desviou e bateu a arma fortemente na cabeça do menino o fazendo desmaiar.

                             _#_

- VÓ. - o grito de medo da garotinha ecoou na noite fria. A neve batia contra o rosto das duas, estava nevando muito, mas isso era o de menos elas tinhão que sair dali.

- Venha querida. - ela tentava acalmar a neta e continuava a puxar, elas passaram por debaixo de uma ponte, estavam quase saindo mas uma risada maligna foi ouvida. Era Rasputin. Ele pulou de cima da ponte e conseguiu agarrar o pé da menina, a Imperatriz foi em seu socorro. 

- Me solta, me deixa em paz. - dizia a garotinha a Imperatriz a puxava com ainda mais força.

- Nunca vai escapar de mim menina. Nunca.- ele puxava seu tornozelo com força, mas para a sorte de avó e neta com o peso dele o gelo começou a quebrar.

- Me solta. - disse a garotinha. Ele com o susto de estar caindo a soltou, tentou se levantar mas foi inútil, a Imperatriz puxou a neta a levantando.

- BARTOK. - gritou ele e logo afundou na água fria do rio congelado. 

- MESTRE. - gritou o morcego, ele se virou e viu a avó e a menina correndo para longe, ali debaixo da ponte apenas restou o morcego e o relicário.

    O apito do trem ecoou por toda a estação. Estava um verdadeiro alvoroço. Todos queriam abandonar a cidade ou até mesmo o país, a qual todos sabiam que logo seria tomado pelos revolucionários radicais.

- Anastasia, rápido, rápido. - A Imperatriz dizia enquanto as duas corriam na multidão, o trem estava partindo e elas precisavam sair dali o mais rápido possível, a mais velha conseguiu subir no trem com ajuda de algumas pessoas mas a garotinha continuava a correr atrás do trem. 

- VOVÓ. - Anastasia gritou desesperada.

- Pegue a minha mão, segure firme a minha mão. - dizia com angústia.

- Não me solte. - ela pediu. Aquelas foram as últimas palavras que a Imperatriz-viúva da Russia ouviu a neta dizer. O trem tomou impulso e a menina não aguentou.

- Anastasia. - A Imperatriz gritou quando a neta se soltou.

   A sua mão escorregou e ela deu um grito e foi de encontro ao chão batendo sua cabeça na plataforma e assim desmaiou.

- ANASTASIAAA. - ela tentou sair do trem mas foi inútil, o trem sumiu na escuridão da noite fria e escura.

                              _#_

  A cena muda para o quadro da família imperial. Os raios solares adentravam pelas janelas quebradas, um dos raios clareava o rosto da pequena Anastasia.

 Foram tantas vidas destruídas naquela noite. Toda a tradição de um passado desaparecera para sempre e a minha Anastasia, a minha adorada netinha. Nunca mais tornei a vê-la.

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    Ela foi piscando lentamente, sua visão estava um tanto embaçada, podia ver pessoas a sua frente, quando sua visão se estabilizou, ela levou a mão a testa, e ali estava a sua família.

- Você está bem. - disse sua mãe a abraçando.

- O que ouve? - perguntou a loirinha um tanto desorientada. Estava confusa. Desorientada. Apenas poucos Flashs dos acontecimentos clareavam com dificuldade em sua mente.

- Alguns soldados revolucionários te encontraram na estação de São Petersburgo e te trouxeram para cá. -disse a mais velha de suas irmãs, Olga. 

- Onde estamos? - novamente perguntou.

- Em Ekaterimburgo, essa casa se chama Ipatiev. - disse sua segunda irmã mais velha, Tatiana.

- Ekaterimburgo? mas,isso é muito longe de casa! Estamos praticamente do outro lado do país, estamos apenas nós aqui?

- A alguns criados. - disse sua terceira irmã mas velha e melhor amiga, Maria. - Oque aconteceu com você?quando saímos do palácio, você não estava mais lá. - a pequena loirinha olhou em volta, havia apenas a família ali.

- Eu voltei correndo para meu quarto, havia esquecido uma coisa. A avó foi atrás, nós ouvimos explosões íamos nos esconder mas Dimitri...

- Aquele seu amigo, o criado? - Tatiana peguntou e ela assentiu.

- Ele abriu uma passagem, eu e a avó fugimos. Encontramos com Rasputin. -as mulheres e seu irmão estremeceram e seu pai cerrou os punhos. - Conseguimos escapar, ele se afogou na água congelada do rio. Nós duas corremos para a estação de trem mas. - ela suspirou pesadamente. - Eu acabei caindo, o trem partiu, mas não sei pra onde.

- O importante é que sua avó está salva. - disse seu pai e ela sorriu de canto.

- Agora oque importa é que estamos todos juntos. - eles logo se juntaram para um abraço, podiam ter suas riquezas, títulos e posses, mas a família estava unida, junta, e era isso que realmente importava.

 Os dias iam se passando, Anastasia pode voltar a brincar com seus irmãos. Ela notou muito cedo que a casa era muito bem protegida pelos tais soldados. "Bolcheviques". Todos homens altos e fortes e de aparência nada amigável, sua mãe e seu pai trataram de avisar a ela e seus irmãos para se manterem longe daqueles homens. Após alguns dias uma noite triste foi dada as meninas. 

- Mas...- começou Anastasia e olhou para suas irmãs e voltou a olhar para o homem chamado Iakov Iurovski, o líder da casa. - Por que temos que cortar nossos cabelos? - ele se abaixou ficando na mesma altura da garotinha e passou a mão em seus cabelos.

- Anastasia Nikolaevna. - começou como se fosse dizer a coisa mais normal do mundo. - Se não o fizerem, os cabelos cortados... - ele se levantou e virou a garota para suas irmãs e sua mãe que estava atrás das meninas,ele colocou uma mão no ombro da garota e com a outra apontou para a Czarina. - Serão o da mãe de vocês. - as meninas engoliram em seco e se entre-olharam a Czarina tomou a palavra.

- Eu o faço... - ela não pode continuar sua filha mas velha interrompeu.

- Não! Nós vamos fazer isso.- disse decidida. As quatro irmãs amavam sua mãe e não deixariam ela passar por aquilo. As quatro bem sabiam o quanto sua mama havia sofrido na vida, e elas já tinham problemas demais para magoar a mãe daquela maneira. Iurovski sorriu em desdém.

- Sejam rápidas. - deu as costas e abandonou a sala 

                              _#_

   A Czarina Alexandra tinha os olhos cheios de lágrimas. O barulho das tesouras era frenético e torturante, mas ainda mais torturante eram as lágrimas nos olhos de suas jovens filhas.

- Mamãe, por favor. - pediu Olga. Um pedido claro para que ela parasse de se torturar com aquela cena. A Czarina saiu e sua única dama de companhia foi atrás, os cabelos iam para o chão e os homens pisavam neles como um mero nada, alguns pequenos fios caiam em seus rostos e as lágrimas ameaçavam cair, mas elas eram fortes, tinham suas mãos dadas uma a outra e elas apertavam fortemente como se passassem força umas as outras. Der repente a tesoura passa de mal jeito causando um pequeno corte na cabeça da pequena Anastasia que gemeu de dor e levou a mão ao local ferido e viu que tinha sangue ela respirou fundo, o homem que cortava seu cabelo deu um tapa não muito forte em sua cabeça e ela logo o deixou continuar, suas irmãs apertaram as mãos fortemente em raiva.

  No corredor, próximo a aquela sala a Czarina chorava.

- Alix. - uma voz é ouvida ela se vira e abraça o marido.

- Ah, Nick! Por que tudo isso está acontecendo conosco?

- Vai ficar tudo bem, meu amor, vai ficar tudo bem. - ele a consolou.

                              _#_

  Após alguns dias com os cabelos cortados, elas ainda estavam tristes mas elas preferiam sofrer do que ver a mãe sofrer. Olga, Maria e Anastasia nada para cobrir as cabeças. Apenas Tatiana cobria sua cabeça com grandes lenços,

Em uma tarde elas estavam juntas em uma sala sozinhas. Anastasia tocava piano, Maria lia um livro de romance e Olga e Tatiana bordavam e costuravam. Batidas são ouvidas na porta a pequena loirinha parou de tocar piano e encarou as irmãs que olhavam confusas, ela se levantou e se dirigiu a porta e a abriu, olhou de um lado para o outro mas não havia ninguém,ela então abaixou o olhar e havia um pequena caixa ela se abaixou e pegou a caixa, fechou a porta e foi de encontro as irmãs.

- O que é isso? - perguntou, Olga.

- Eu não sei, estava na porta... Deve ser para nós.

- Abra então. - disse Tatiana. Anastasia abriu. Havia ali quatro pequenos frascos, cada um etiquetado com um nome : Olga, Tatiana, Maria e Anastasia.

- Tem um cartão. - Maria observou. Anastasia puxou o cartão e começou a ler.

- Bebam, e ficarão melhores
Esses remédios foram feitos especialmente para: Olga, Tatiana, Maria e Anastasia... quatro meninas extraordinárias. - ela terminou.

- Vamos nos livrar disso. Os revolucionários nos odeiam. Podem estar querendo nos envenenar. - Tatiana a mais sensata disse.

- Não tenho nada a perder. - disse a mais nova decidida. Puxou o frasco com seu nome e o virou em um gole, ela deixou o frasco cair no chão, ela levou a mão ao peito, sentia uma sensação diferente mas boa de repente suas irmãs a olhavam boquiabertas.- Oque foi? - perguntou confusa, Maria puxou um espelho e o passou para a irmã que temerosa o pegou e assim como as irmãs ficou. boquiaberta. - Meu cabelo. - disse passando as mãos no cabelo recém recuperado. Elas não podiam acreditar. As outras pegaram seus respectivos frascos e os viraram em um só gole, em segundos tiveram o mesmo resultado, todas se entre-olharam e sorriram.

- Bendito seja o nosso bom Deus. - Olga disse. Logo elas se abraçaram muito felizes.

                               _#_

                 17 de Julho de 1909 

- Levantem-se! - Iurovski disse abrindo a porta rudemente, a família que compartilhava o mesmo quarto levantaram-se assustados.

- Oque está havendo ? - perguntou o Czar 

- Arrumem-se. Vão tirar fotos para provar a todos que estão vivos. - a mãe e os filhos se entre-olharam assustados. - Sejam rápidos! - disse e fechou a porta com força.

   Como ele havia mandado,eles foram rápidos. As quatro meninas estavam abraçadas a almofadas que continham escondidas costuradas jóias igualmente em seus espartilhos. O Czar pegou seu filho mais novo o pequeno Alexei de cinco anos no colo, que para variar estava doente. Atrás dele seguiu sua esposa e logo atrás as filhas o médico da família e outros três criados, eles atravessaram a casa inteira. Eles foram levados até o porão da casa, não era muito grande e estava completamente vazio.

- Será que podemos ter cadeiras? -perguntou a matriarca da família. O  homem resmungou e saiu quando voltou trouxe três cadeiras, as filhas do casal arrumaram-nas uma ao lado da outra. Na da direita sentou a Czarina na do meio o filho mais novo e na da esquerda o Czar, as filhas e os criados ficaram atrás deles. A porta do comodo é aberta e por ali entra Iurovski. A pequena e astuta Anastasia pode contar onze homens. Iurovski puxou de seu casaco um papel e sem nem mesmo o olhar apenas o segurava para que todos vissem, ele com a cara fechada e prazer contido na voz começou.

- Nicolau Alexandrovich, em vista do fato que seus parentes estão continuando a atacar a Russia, o Comitê Executivo Ural decidiu executar você e a sua família. Suas vidas acabam aqui. - o Czar se levantou deu uma última olhada em sua família e se virou para o homem, a confusão e angustia estava em sua voz, suas últimas palavras foram.

- O que? - Iurovski puxou sua arma e o tiro foi disparado acertou o Czar na testa. Aquilo o matou instantaneamente. Todos começaram a gritar.

- NICK! - Alexandra foi de encontro ao marido, apenas para ser atingida por tiros pelo corpo todo, não demorou, vários tiros foram de encontro a eles, foram derrubando um a um. As meninas tentavam se proteger com as almofadas em frente a seus rostos mas era inútil, os tiros acertaram eles fazendo penas irem a todas as direções. Os gritos das meninas eram  tristes de se escutar, as pardes começaram a se encher de sangue assim como o piso, Anastasia logo foi de encontro ao chão quando um tiro passou de raspão em sua cabeça. A última a cair foi Maria. Anastasia havia caído ao lado de sua mãe,ela ainda estava viva e encarava a filha, ela colocou na mão de sua filha um objeto e apertou a mão fortemente.

- Eu te amo. - a Czarina disse, Anastasia então desmaiou, apertando o objeto fortemente em sua pequena mão, a dor invadiu ainda mas o corpo da Czarina e então ela fechou seus olhos para sempre.

 Quando a fumaça das armas se dissipou da sala, os revolucionários puderam ver a triste cena. Iurovski se dirigiu ao meio da sala em meio aos cadáveres ele abriu um meio sorriso e disse aos outros dez homens.

- Longa vida aos Romanov.

                               _#_

     A pequena menina abriu seus olhos estava um tanto desorientada. Ela se sentou com dificuldade e olhou ao redor. Uma lágrima rolou em seu rosto quando viu os cadáveres. Seguiu seu instinto e se levantou, estava tonta e sentia muita dor em seu corpo por conta dos tiros, ela se escondeu atrás de um arbusto. Ela apertou sua barriga, ali doía muito. Não demorou muito e os bolcheviques se aproximaram da cova, um deles despejou algo dentro e riscou um fósforo e jogou dentro, a menina levou a mão a boca tapando os soluços. Lágrimas de dor e tristeza banhavam seu rosto. A menina não aguentando mas ver aquela cena deu as costas e se arrastou cambaleante para dentro da floresta. Quando ela estava um pouco mais longe, depois de muito andar, mesmo sentindo dor, ela não podia parar. Mas não aguentando a dor e vencida pelo cansaço, ela se sentou no chão e logo se arrastou para debaixo de uma árvore. Ela levantou a mão que apertava em sua barriga,nela havia o objeto que sua mãe havia lhe dado. Era um terço de ouro, ela soluçou,muitas vezes viu aquele terço, ele era de sua mãe. Naquele momento ele estava todo cheio de sangue,a menina puxou de seu bolso um pequeno embrulho,ela o desamarrou era sua caixa de música, com o pequeno paninho que tinha em volta da caixa ela limpou o terço, quando terminou voltou a guardar o paninho e a caixa de música, ainda sentindo muita dor, ela se aproximou ainda mas do tronco da arvore. Grossas gotas de chuva começaram a cair, ela abraçou o próprio corpo, estava sentindo muito frio, com o terço segurado firmemente em sua mão contra seu peito ela dormiu. Teve como melhor presente do dia um sono sem pesadelos mas muitas lágrimas banhando seu rosto.

  Ela não sabia ao certo, segundo suas contas haviam se passado três dias daquela atrocidade. A cada dia ela andava mais e mais, na esperança de achar algum lugar para se abrigar ou pedir ajuda. Ela era apenas uma criança de 8 anos perdida e desamparada no mundo. Naqueles dias ainda sentia muita dor, sofria com o frio do rigoroso inverno russo, sentia fome e muita sede. Mas ela não podia parar. Não conseguia parar de pensar na sua família, ainda chorava muito de dor e saudade, as lágrimas sempre vinham em dobro. E era naquele exato momento que ela estava sentada no chão frio com sua cabeça entre os joelhos lágrimas ainda deslizavam por seu rosto, ela nem ao menos escutou a presença de alguém se aproximando, mas em uma falha um galho é quebrado, a menina assustada levanta a cabeça rapidamente e ao seu lado havia uma grande cobra negra de mais ou menos 4 metros. Anastasia encarou a cobra assustada.

- Oi!-a cobra disse aparentemente muito tranquila como se fosse comum para ela falar com humanos. A garotinha gritou e levantou em um salto, deu algum passos para traz mas ela tropeçou em um grande galho e caiu de bunda no chão, a cobra foi se aproximando.

- Longe. Fique longe de mim. - dizia se afastando com dificuldade 

- Eu não vou te machucar. - a cobra novamente disse, a menina ficou boquiaberta 

- Eu fiquei louca. - sussurrou. - Estou ouvindo uma cobra falar.

- Você me entende?-perguntou a cobra 

- Você realmente fala? - perguntou a menina

- Se estou falando, acho que você me entende... você está bem?

- Sim. - murmurou se levantando 

- Sabe... Com esses cortes e roupas rasgadas, sua cabeça sangrando e você tremendo de frio, acho que você não está bem. - a menina se afastou e voltou a se sentar no lugar de antes. 

- Ah! que cobrinha observadora.-disse sarcástica, a cobra rastejou até ela.

- Não quer me dizer o que ouve? Afinal... O que tem a perder?. - a menina deu de ombros e suspirou.

- Eu não sei ao certo, na madrugada de 17 de julho eu e minha família fomos acordados pelos que nos prendiam. Diziam que íamos tirar fotos mas... Os tiros começaram, pareceu durar uma eternidade. Eu levei um tiro de raspão e cai, desmaiei e quando acordei estava em uma cova na floresta eu levantei e me escondi eles jogaram fogo nos corpos. Foi horrível. - uma lágrima deslizou em seu rosto.

- Essa história... Espera! - a menina a olhou. - Você é Anastasia Romanov? A filha mais nova do Czar ?

- Sim.

- O que está fazendo vagando pela floresta?

- Queria sair daqui, mas todos da minha família estão mortos. -suspirou.

- Não a ninguém para ficar com você?

- Meus tios, primos... Foram todos mortos pela maldição de Rasputin.

- Nem mesmo algum parente distante ? - voltou a perguntar 

- Minha tia-avó Alexandra. Ela é a rainha da Inglaterra. Mas é muito perigoso por conta dos revolucionários. Eles acabariam atacando por minha causa. Mas... No dia do ataque ao palácio eu me perdi da minha avó, não sei ao certo mas acho que ela possa estar em Paris.

- Então que tal estarmos juntas ? Poderíamos fazer companhia uma a outra e para não assustar as pessoas, você poderia me carregar.

- Olha... Eu acho que não conseguiria, você é muito grande. - a cobra riu.

- Mas eu posso fazer isso. - de repente a cobra se transformou em um belo anel de prata com uma grande pedra negra e logo volto a ser uma cobra.

- Como? - as palavras quase não saíram 

- Eu não sei, faço isso desde que me lembro. Mas e então, amigas?

- Amigas. - pela primeira vez em tanto tempo a garotinha sorriu.

- Eu me chamo Iris.

- Será um prazer ter sua amizade e companhia, Iris.

                             _#_

    E realmente a cobra fez que a garota em certos momentos se esquecesse do mal. De vez em quando lhe arrancava alguns curtos sorrisos. Pelas contas da garotinha já haviam se passado uma semana da tragédia. Naquela manhã de sábado de 24 de julho de 1909, a menina estava rezando com o terço de sua mãe, a cobra estava como anel em seu dedo, ela ainda sentia medo, frio, fome e sede mas nada ela podia fazer.

- Senhor meu Deus, proteja todos que se foram e que agora estão em sua glória. Como uma devota filha e humilde serva eu apenas lhe peço que me mostre um caminho e eu o seguirei com fervor, não me deixe desamparada. - pediu em um sussurro. Por fim, palmas foram ouvidas atrás dela que imediatamente se levantou em um salto.

- Bravo. - era Iurovski. - Vejam homens, a pequena princesa. - disse sarcástico. - Está pedindo a Deus, algo que ela está prestes a perder. A vida. -ele puxou uma arma, mas o tiro atingiu uma árvore.

- ANASTASIA CORRA. - a cobra gritou e a menina correu o mais rápido que pode. Ignorando a dor e os cortes que iam se abrindo cada vez mas com o esforço. Tiros e tiros eram disparados mas nenhum a acertava, eram alguns homens, uns com cavalos e outros corriam, ela podia estar machucada e cansada mas ainda sim corria mais rápido do que eles. Alguns galhos rasgavam suas roupas e machucavam seu rosto, ela corria e olhava para trás, eles ainda continuavam atrás dela, mas ela não viu oque estava a sua frente. A cobra novamente gritou. - CUIDADO. - a menina se virou mas já era tarde demais. Ela caiu do precipício, podia ver bem ao fundo longas rochas pontiagudas que a matariam na hora. Pelo menos, ela se encontraria com sua família, com o terror e o medo ela desmaiou. Mas ela nunca chegou ao chão.

   Os Bolcheviques chegaram até a ponta do precipício. De cima de seu cavalo, Iurovski observou, mas a garota não estava ali, talvez já tivesse se espatifado em uma das rochas, ele pensou ainda olhando o local.

- Que queime no inferno.

                              _#_

   A menina ainda desacordada caiu na grama macia, mas dá altura que caiu o baque foi forte. O meio-gigante presenciou a queda, seu cão correu de encontro a garotinha.

- Afaste-se, Canino. - o cachorro obedeceu, o meio-gigante pode ver a garotinha ensaguentada e machucada. - Oque temos aqui. - ele sem dificuldade a pegou no colo com cuidado e foi em direção ao grande castelo.

    Os professores, Horácio Slughorn, Filius Flitwick, Pamona Sprout, Minerva Mcgonagall a enfermeira Papoula Pomfrey, o guarda-caças Hagrid e o diretor Alvo Dumbledore, estavam presentes na enfermaria.

- E então, Papoula...oque ela tem? -perguntou uma Minerva preocupada.

- Ela sofreu muitos cortes, parece que não come nem bebe a dias, está muito magra e ela tinhas tiros cravados em seu corpo, um foi de raspão em sua cabeça. É um milagre que esteja viva.

- Tiros não seriam.. - Slughorn começou

- As munições que saem de armas trouxas ? Sim, isso mesmo. -confirmou a enfermeira 

- Pobre menina. - Minerva lamentou o sofrimento da pequena.

- Mas de onde ela veio? - Flitwick perguntou o que todos queriam saber. Todos olharam para Hagrid.

- Eu já disse eu a encontrei perto da minha cabana, mas... Eu vi a hora que ela caiu. Simplesmente se materializou no ar e foi de encontro ao chão.

- Precisamos saber agora quem ela é. - disse o diretor.

   De repente a garota se levantou em um sobre-salto, ela levou a mão a cabeça onde doía e olhou para quase todos os presentes.

- Onde estou? - perguntou em um sussurro. Nem ao menos se deu conta que ao invés do Russo falou Inglês.

- Está segura. - disse o homem um pouco velho, atrás de oclinhos meia-lua. - Qual é o seu nome pequena? - a menina sentiu que poderia confiar nele.

- Anastasia.

- É um prazer Anastasia. Eu sou Alvo Dumbledore e esses são. - ele foi dizendo o nome de todos os presentes que acenaram gentis para a garotinha e a última foi uma mulher, que Anastasia não viu que estava presente. - E essa é, Minerva Mcgonagall. - quando a menina pós os olhos na senhora, seu coração falhou uma batida e ao mesmo tempo se encheu de esperança, suas mãos suaram e seus olhos brilharam, a menininha estava boquiaberta, a mulher estava perto de sua cama a menininha se levantou em um salto e abraçou a mulher fortemente enquanto gritou.

- AVÓZINHA. - aquilo foi um choque de confusão para todos. Minerva ficou sem reação enquanto a menina a abraçava, quando ela se afastou começou a dizer. - Eu sabia, sabia que iria te encontrar e agora nós...- de repente ela parou de falar e desmaiou na cama. Agora sim todos estavam mas confusos do que antes. Batidas são ouvidas na porta da enfermaria. Todos os olhares se voltaram para lá. Havia uma criatura. Pelo tamanho provavelmente um homem. Não se podia ver se rosto que estava coberto assim como todo seu corpo. Ele caminhou parando na frente da cama da menina.

- Vejo que foi aqui que a pequena Anastasia veio parar. - ele disse mas para si do que para os outros.

- Quem é o senhor? conhece ela? - Minerva perguntou.

- O que importa é quem é ela. - disse apontando para a garotinha. - Creio que já saibam o que aconteceu com a família real russa.

- A maldição do mistico Grigori Rasputin? - o professor Horácio sugeriu.

- Anastasia foi a única que sobreviveu. - ele disse. - Acho que entende o que quero dizer, não é?

- Ela é a filha do Czar ? - Sprout perguntou.

- Sim, Anastasia Nikolaevna. Ela agora está sozinha, os Romanov estão mortos.

- Não a alguém para ficar com ela ? - Minerva perguntou.

- A mãe do Czar, Maria Feodorvna, mas temo que se elas se reencontrarem, Rasputin vá atrás delas. Também á a rainha Alexandra, ela é Tia-avó de Anastasia mas com certeza haveria uma grande confusão se os revolucionários descobrissem que a princesa se refugiou na Inglaterra.

- Mas o que será feito com ela? -Minerva perguntou preocupada 

- Você deverá ficar com ela. - aquilo surpreendeu Minerva. - Senhora.- se dirigiu a professora. - Sabe por que ela a chamou de avó e a abraçou?-ela negou com a cabeça. - Devo admitir que possui uma semelhança extraordinária com a avó dela. -Minerva engoliu em seco.

- O que quer dizer?

- Ela não tem mas ninguém no mundo. Em apenas um mês a vida dela deu uma grande reviravolta que muitos adultos não aguentariam. Sei que não a conhecesse, mas ela precisa de alguém. - Todos olharam para a garotinha desmaiada. E foi naquele momento que Minerva Mcgonagall tomou uma decisão que mudaria não só a vida dela e da menina mas a de muitos também.

- Eu não posso deixá-la a própria sorte. Eu ficarei com ela e ela será minha neta. - disse confiante e se sentou na cama ao lado da menina, os outros ficaram tensos com a decisão mas admirados com a bondade da rígida professora de Transfiguração.

- Fique com isto. - ele puxou de suas vestes um colar e e o entregou a mulher, quando ela pegou pode ver que era um colar de prata com um pingente de esmeralda em forma de ovo com algumas folhas de diamante em volta. - Com ele você poderá responder qualquer pergunta que ela faça. - ele deu as costas mas antes de sair se virou e disse. - Ah! Mais uma coisa. - todos o olharam atentos. - Ela jamais poderá envelhecer, terá oito anos para sempre, um dia talvez entendam o porque. Cuide bem dela, ela merece ser feliz. - e então ele sumiu.

   A garotinha se levantou na mesma hora e olhou tudo confusa.

- Vovó. - disse. Minerva acariciou a bochecha da nova neta e com um sorriso gentil disse.

- Eu estou aqui querida, e sempre vou estar.

- Mas agora... Por que não nos conta o que aconteceu, se quiser é claro. - disse o bondoso Dumbledore. Anastasia começou a contar tudo desde o baile imperial até a queda do precipício, todos escutaram atentos mais com o que mas ficaram confusos foi quando ela disse que havia feito uma amiga, mas ainda mais confusos quando ela disse que era uma cobra, aquilo era caracteristica de bruxos das trevas, todos se entre-olharam mas o diretor os deu um olhar tranquilizador de "Ela é boa",e ninguém a julgou, a menina então jogou seu anel cuidadosamente no chão e se transformou na grande cobra.

- Venha, Iris. - chamou a menina e a cobra foi para o seu colo. - Pode confiar neles, eles são nossos amigos. -ela disse, o diretor se aproximou dela ficando a sua altura e disse gentil.

- Seja bem-vinda a Hogwarts pequena Anastasia. - a menina verdadeiramente sorriu.

                              _#_

    Minerva lia um livro de Transfiguração avançada. Estava inquieta. Mas estava gostando da sensação de se tornar avó de uma menina tão boa e gentil que era Anastasia. Aquele fato ainda a assustava um pouco mas só de ver o sorriso da menina que tinha tanto sofrido aquilo a tranquilizava, a cada dia que se passava elas iam se aproximando mais e mais, assim como a pequena menina se aproximava dos professores e diretor que logo criaram um carinho especial pela pequena menina.

- Vovó?-chamou a garotinha que estava ao lado dela 

- Sim, querida? - perguntou com um sorriso doce a menina se sentou no colo dela, não era incomodo já que ela não era pesada. Ela recostou a cabeça no peito de Minerva enquanto a mais velha acariciava os longos cabelos loiros.

- Acha que o papai a mamãe e todos os outros estão bem? - já estava de noite, e pela voz da menina ela pode notar que ela estava com sono 

- Seja onde estiverem eu sei que estão bem e sei que eles te amam muito. -disse a confortando 

- Vovó?

- Sim?

- Eu te amo. - disse a menina antes de cair no sono a mais velha sorriu.

- Eu também te amo, meu raio de sol. -a menina abriu um pequeno sorriso e antes de verdadeiramente cair no sono as palavras de seu pai lhe vieram na mente 

"Mesmo se tudo der errado na sua vida,encare tudo de frente e não fique triste, fique feliz, em um segundo sua vida pode mudar"

Para ser continuado...


Notas Finais




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