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História O Artista - Obra Um: Insignificância da Vida


Escrita por: finitelove

Notas do Autor


Olá meus caros, acho que eu nasci para fazer fanfics criminais, não vou mentir, adoro!
Estou vivendo um ótimo período de inspiração e o resultado é essa fic, ela é a primeira parte de uma saga de duas histórias, "O Artista" é apenas o começo.
Os personagens principais da fic estão nesse capítulo:
Heide Novack - Mia Wasikowska
Caleb Schneider - Iwan Rheon
Charles Parker - Martin Freeman

Capítulo 1 - Obra Um: Insignificância da Vida


Desde a primeira vez que Heide entrou no belo prédio da Scotland Yard, nada de tão especial aconteceu em sua vida. Talvez porque a vida não seja tão especial assim. Você nunca deve achar que a pessoa mais importante e insubstituível é você, pois existem outros igual e com o mesmo sonho seu. Entrar para a Scotland Yard não a fez um novo Sherlock Holmes, longe disso, ás vezes, dentro do seu escritório Heide Novack pensava no porque de ter escolhido essa profissão, poderia muito bem estar dando aulas na Academia ou fazendo qualquer outra coisa.

Com seus trinta anos de idade, Heide enfrentava uma crise sobre seu trabalho. Amava estar nele, mas também aquilo não era o que ela esperava, talvez aquelas grandes expectativas a fizeram frustrar-se. A mulher tecla em seu computador um novo relatório de busca e apreensão sem nenhuma vontade, toma um gole de café quente e tenta desviar aqueles pensamentos. Nada de bom aconteceria se ela não se animasse. Talvez um psicólogo seria bom.

Quatro da tarde, Heide se sentia inútil, incapaz de responder qualquer telefonema ou chamado, decidiu sair do prédio e ir até a esquina pegar um café, seria algo rápido, sempre tira folga naquele horário. Londres estava congelante, quase impossível ficar na rua. A agente se senta em um banco na frente da cafeteria e segura com força o seu copo com o intuito de aquecer seus pálidos dedos. Ajeitou seu casaco sobre o corpo magro e soltou seus cabelos loiros com o intuito de cobrir as orelhas, ela ficaria naquela posição por um tempo, olhando os carros e ônibus passaram a sua vista, observar os pedestres e a maneira peculiar de cada um a atravessar a rua e esperar... Esperar por algo que nem ela mesma sabia o que era.

- Hoje o dia não parece bom para você – Charles Parker, Agente chefe da Scotland Yard, aparece ao seu lado e se senta junto da mulher.

- Talvez seja o clima que não parece bom e acaba refletindo em nossas atitudes – sempre com as respostas prontas.

- Não era a intenção te incomodar – ela dá de ombros – mas eu percebo que não está feliz.

- Ninguém é cem por cento feliz, só conseguimos isso quando não ligamos para nossa insignificância.

- E você notou sua insignificância? – Parker pergunta.

- Todo o tempo eu noto, tudo é tão efêmero e insignificante que parece que não há sentido em mais nada que fazemos, tudo vai se voltar para a insignificância – ela responde com palavras fortes.

 

- Tome cuidado com isso... – ele começa – você perderá a vontade de viver. Sei que está infeliz com o seu trabalho, o mundo não é tão atrativo quando se está na Scotland Yard, mas pense que cada dia é algo novo que se pode ser feito. Como você disse, se tudo é efêmero porque não começa a enxergar o lado mais claro?

- Vou esforçar para melhorar minha cara feia – a resposta de Heide fez Charles soltar uma leve risada, os dois voltaram para o prédio e aquela conversa acabou não passando apenas de palavras soltas, logo Heide voltara ao seu normal.

Já era de noite. A agente Novack deixa de ser a pessoa de seu trabalho e passa ser a Heide de sua casa. Ela morava em um pequeno apartamento em cima de uma floricultura antiga, o lugar era pequeno e bem obsoleto, mas ela preferia assim. Sua casa estava aquecida e ela pode tirar seu cachecol e o casaco pesado, perambulou descalça sobre o piso de madeira, foi a cozinha e pegou um pacote de biscoitos salgados, ligou o som que respondeu com Comptine d’um auteen été, I’l après-midi de Yann Tiersen. Heide se sentou no chão, escorada no sofá de sua sala e assim ficou, pensando na efemeridade do mundo.

Momentos tão fugazes sendo desperdiçados em filosofias de piso de madeira e tapete felpudo, nada como enfrentar uma crise existencial. Heide Novack se deita na cama e começa pensar em sua infância. Ela era basicamente feliz, os bons momentos sempre aparecem para nos mostrar o que perdemos quando em crise, a época que ela desenha lindos retratos, as aulas de pintura com a professora que o nome fugiu de sua cabeça. Tudo aquilo lhe deu vontade de desenhar... será que ela ainda tinha o dom?

Levantou-se da cama em um solavanco, correu até seu escritório a procura de um lápis e um pedaço de papel, ela queria saber se aquilo não morreu. Conseguindo seus instrumentos, ela não conseguia pensar em um rosto exato, seria mais fácil com um modelo, seu modelo foi uma lembrança. A tarde do mesmo dia, Agente Charles Parker falando com a mesma, há cinco anos eles trabalhavam juntos, ela muito bem lembrava seus traços. A estatura baixa, os cabelos raspados, a pele pálida e os olhos claros, os primeiros traços começaram a ser feitos, claro, errou várias vezes, mas ela desenhou. Sim, ela ainda sabia desenhar. Nada estava tão perdido assim.

*-*

- Posso entrar? – Heide aparecesse na porta do agente Parker que a manda entrar – estou pensando em dar um tempo daqui, talvez lecionar – ele se mostrou impassível.

- Por que isso?

- Eu preciso me sentir ocupada, útil. Não que eu seja, mas... Estou em crise.

- Sabe qual é seu grande problema Novack? Você quer tudo a salvo. Você conseguiu, Londres é uma cidade segura com nosso trabalho, cinco anos que você atua maravilhosamente bem aqui, mas agora que tudo está na maior calmaria você quer algo a mais... Você quer aventura, quer terroristas, ladrões, quer discutir com os metidos a besta da Interpol. Vamos combinar, a adrenalina é maravilhosa – Heide não conseguiu conter o riso, ambos os agente riram.

- Acho que você está certo. Ontem descobri que ainda sei desenhar retratos, estava me sentindo tão mal que do nada aquilo surgiu e eu comecei a desenhar igual a uma louca, de certa forma me fez dormir melhor.

- Use isso ao seu favor – Parker responde.

- Fiz um desenho seu, aquela conversa de ontem rendeu um retrato, tome – ela entrega o papel um pouco envergonhada, o mais velho agradeceu muito pelo presente e disse adorar o desenho, a ponto de emoldurar.

- Você tem talento nisso! – ele responde muito feliz com o retrato – pegou meu melhor ângulo e pareço mais novo.

- Você apenas está sendo modesto, mas agradeço. Peço desculpas por ter feito você de psicólogo, acho melhor te deixar trabalhar.

- Que nada, eu adoro bancar o psicólogo – os dois riram e voltaram ao trabalho. Mal sabiam que aquilo seria o último momento de paz daquele departamento.

*-*

Caleb Schneider se sentia em êxtase, uma inspiração maravilhosa, uma sensação que nunca ele poderia descrever. Depois de anos planejando enfim o momento chegou e aquilo era só o começo. Logo seu cenário começou a ganhar vida. O fundo negro, as roupas da época exata, ele penteava os cabelos rubros de sua querida modelo de forma que ficasse com o penteado perfeito, acariciava a pele facial da mesma com a intenção de fazer as mesmas expressões que tinha em mente, ela foi colocada na posição correta e nos mínimos detalhes foi sendo moldada para uma linda obra de arte. O corpo de sua primeira vítima se transformou em sua primeira obra-prima. O artista começou.

 


Notas Finais


SIM ELE É O ASSASSINO SIM! Estamos lidando com uma fanfic diferente, desde o começo ele será representado como o Artista, mas ao desenrolar da fic vcs entenderão o por que de tudo isso.
Bem, espero que tenham gostado :)
xxxxx dessa coruja


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