"Toda vez que um casal se reconcilia, armas são depostas, faces se desmascaram, os sinos tocam, os anjos sorriem, o céu se ilumina novamente."
- Arnaldo R. Barbalho Jr. -
– Nani? Abre essa merda agora!
– Dobe! Olha a boca! É essa educação que você quer dar para o Eiko?
– Teme, seu emo! Eu te mato quando sair daqui!
– Mal posso esperar! Mas conversa logo com a Hinata. Só assim eu abro a porta.
– Que idéia é essa? Porra, seu Teme dos infernos! Abre a porta!
– Dobe que boca! Olha, seu filho que deu a idéia, na verdade a idéia é dele...
– Nani? Você deixou ser influenciado por uma criança? O Eiko te influenciou? Que adulto é você?
– Não adianta discutir comigo. Você só sai daí depois que se acertar com a Hinata.
*****
Sasuke estava jogando vídeo game com Eiko. O pequeno é claro ensinando vários truques. Como alguém conseguia ser pior que o seu otou-san?
O jogo foi interrompido com o barulho do celular do moreno.
– Oi meu amor! Sabe, estou morrendo de vontade de comer camarão. Você poderia comprar pra mim? Onegai.
– Sakura? Agora? Sabe... Estou ocupado agora.
– Demo... Mas hoje não é seu dia de folga?
– Hai, mas é que estou com o Eiko.
– Eiko-kun? Cadê o Naruto?
– Com a Hinata.
– Como assim? Ela está na editora trabalhando.
– Lie. O Eiko teve um plano para juntas esses dois cabeça-dura. E eu estou aqui pra ajudá-lo.
– Fiquei sabendo que eles brigaram... E onde eles estão agora?
– Presos na dispensa. Por isso não posso sair daqui agora.
– Entendo... Kami! Isso é Naruto gritando? – a rosada se assusta ao ouvir gritos ao fundo da ligação. – Quer saber, o meu desejo que se dane. Essa discussão está mais interessante. Estou indo pra ficar com vocês.
*****
– Sakura-chan! Onegai! Fala pro teme abrir essa porta!
Naruto pede com a voz manhosa assim que ouve a voz da amiga rosada.
– Gomen Naruto, mas não posso. Além do mais, a Hinata tem algo para te contar. Mas fiquem tranqüilos. Estamos cuidando muito bem do Eiko-kun. Divirtam-se.
Os três se divertiam, mas são interrompidos com o barulho do telefone.
– Moshi moshi?
– Acho que liguei paro o número errado... Gomen.
– Se o senhor quis ligar para a casa da Hyuuga Hinata, ligou certo sim. No momento ela não pode atender. Ela está presa na dispensa discutindo com o namorado e futuro pai do filho dela.
– Nani? Sakura? É você? Aqui é o Neji. Minha prima o que?
– Ai! – ela bate na própria testa. – Que mancada. Gomen. Então, a Hinata não pode atender agora.
– Por que ela está presa na dispensa?
– Nós a prendemos lá. Sua prima precisa se acertar com o Naruto.
Ouvi-se gargalhadas do outro lado da linha.
– Gomen. Mas essa é muito boa. Vou ligar para o resto da família. Todos precisam saber disso.
Desligaram a ligação. Quando ela voltou a mirar a sala, deparou-se com dois morenos a fitando assustados. Ops. Falou demais...
– Minha kaa-chan está grávida? O otou-san já colocou a sementinha dele? Eba!!! Até que enfim!
*****
Hinata fitou o loiro batendo na porta, completamente irritado. Ele nem se quer a olhava, tinha que iniciar aquela conversa. Mas como? Kami! Como contar que esta grávida?
Com a boca!
– Naruto... – disse engasgada.
– Eu não tenho nada, e nem quero falar com você Hyuuga. Não estou agindo como criança? Bom eu sou mesmo uma para você!
– Não te acho criança, e...
– Não me acha? – ele virou-se e a fitou com raiva. – Jura? Não foi isso que aconteceu ontem!
Ela deu um passo para trás quando ele se aproximou mais, já conhecia o Naruto: carinhoso, romântico, malicioso, ciumento, pulso firme como pai, amigo, mas nunca tinha presenciado o bravo dessa forma!
– Nunca te dei motivos para duvidar do meu amor, Hinata... – pausou. – Sempre quis ter uma família, me casar logo, deitar com a mulher que amo todas as noites, e não com uma hoje e outra amanhã!
– Gomen... Eu estava cega, vou entender se não me perdoar! Mas Naruto-kun eu não consigo mais viver sem você! Onegai! Me dê outra chance... Deixe-me explicar!
– Eu não sei Hinata...
– Onegai... – deu um passo a frente apoiando as mãos o peitoral dele. – Onegai! – pediu manhosa.
Kami! A única coisa que não a deixava enjoada era a colônia dele, sentia-se revigorada com a presença dele.
– Sua voz manhosa não vai dar certo! Estou muito magoado Hinata, nunca esperei aquela atitude de você...
– Deixe-me explicar! – aproximou mais fazendo o loiro encostar as costas na prateleira.
– Está tentando me seduzir? Tenho cara de que? – indagou malvado. – Acho que só sou isso para você, um homem que te dá prazer...
A raiva novamente a dominou, e gostaria de dar outra tapa no rosto dele, porém Naruto segurou seus braços.
– Fale Hinata! Você pode se explicar, mas seja convincente, pois não vai ter outra chance...
– Gomen! Eu ouvi certas coisas sobre homens jovens, e pensei que era igual.
– Hinata eu não sou eles...
– Eu sei me deixe terminar... Fiquei cega pelo ciúme, quando me falou da festa da faculdade! Pensei que iria ficar com outras, me trair... – limpou os olhos marejados.
– Hinata eu não iria à festa! Estava comentando e acho mesmo uma idiotice, e que não vejo sentindo. Nunca trairia você, é a mulher mais linda do mundo para mim... Não vejo ninguém nos meus braços a não ser você.
– Naruto-kun! Onegai me perdoe... Eu te amo tanto que dói.
– Eu também te amo Hinata, mas o que tem para me contar...
Kami! Era agora, falava de uma vez ou contava devagar? Respira!
– Onde dormiu ontem? – mudou de assunto.
– Em um hotel... – arqueou as sobrancelhas.
– Sozinho?
– Não vou nem me dar ou trabalho de responder isso... O que está me escondendo?
Ela fitou as safiras, e engoliu em seco. Fechou os olhos e tentou se acalmar...
– Eu estou grávida!
O silencio que se instalou na dispensa era perturbador, o loiro apenas tinha os olhos arregalados. Sabia que aquilo não daria certo! Ele não iria a querer com outro filho...
– Grávida? Mesmo? É verdade? – Naruto a segurou pelos ombros.
– Hai! Eu passei mal no trabalho, e fui até o hospital onde Sakura trabalha. Ela me deu a notícia. Gomen...
Ela não terminou de falar, pois seus lábios foram capturados por um beijo selvagem, quase cruel. Mas não se importava estava com tanta saudade daqueles lábios e aquele agarre dominante. Kami! Estava dominada como todas às vezes.
– Não está mentindo? – sussurrou entre o beijo. – Vamos ter outro filho, Hinata?
Outro? Sim! Eiko também era dele.
– Hai! Naruto-kun estou grávida de um pouco mais de um mês... – sentiu as lágrimas presas correrem por sua face.
– Aquela cachoeira tem história! – brincou e ela sorriu entre o choro.
– Não está bravo?
– Não! Como ficar bravo, quando recebe a noticia que vai ser pai, pela segunda vez? – sorriu para ela.
– Obrigada Naruto! Fiquei com tanto medo que não aceitasse o bebê... – confessou. – Me perdoe por tudo...
– Hai! Mas com uma condição... – acariciou sua face. – Ao sair daqui vai assinar aqueles papeis, e Eiko também vai ser meu...
– Tudo que você quiser. – deitou a cabeça em seu peitoral.
– Tudo? – indagou malicioso.
Ela o fitou desconfiada. Kami! Aquele loiro tinha um fogo...
– Tudo! – confirmou e sentiu ser elevada. – As meninas me falaram que provavelmente não gostaria de fazer amor, quando estivesse grávida...
– Não se preocupe, vamos fazer até você poder... – apertou suas nádegas. – E não pense que vou ser bonzinho com você... Está sendo uma menina muito má Hinata.
– Muito má Naruto-kun? – Indagou maliciosa.
Realmente para ele era a qualquer hora, e em qualquer lugar.
Naruto beijou novamente os lábios carnudos de Hinata, fazendo os mesmo ficarem inchados e avermelhados pela ferocidade do beijo. Deslizou os lábios para seu pescoço pálido, deixando as marcas avermelhadas que amava observar... Com beijos cada vez mais famintos, que mostravam a saudade que estava daquele corpo delicado, afastou o decote da blusa, para beijar e sugar os mamilos rígidos.
Hinata gemeu baixinho, sentindo o prazer que aquele contato íntimo lhe proporcionava. Com seus seios mais sensíveis foi inevitável, não gemer mais alto a partir do momento que Naruto passou a lambê-los e morde-los.
Kami! Como Naruto era bom naquilo, nunca se cansaria de seus toques, sua paixão.
Enquanto dava atenção os seios fartos, Naruto tratou de trabalhar com suas mãos para levantar a saia dela. Sentiu o tecido rendado da calcinha, e com um puxão violento rasgou o tecido. Hinata gritou arqueando as costas, se oferecendo mais a ele. Com um movimento rápido e preciso, o Uzumaki abaixou a calça revelando sua ereção dura e pulsante.
O loiro ajoelhou-se a levando consigo para o chão. Naquele momento apenas existia os dois, não se importavam com Sasuke, Sakura e Eiko atrás da porta, apenas em dar prazer um ao outro.
– Estava com tanta saudade! – Hinata puxou os fios dourados.
– Hinata! – gemeu rouco.
A morena rebolou contra seu membro, querendo ser logo penetrada. E como nunca negava nada à ela, à penetrou com uma única estocada, a fazendo gritar e puxar ainda mais seus cabelos.
– Tão apertadinha Hina-chan... – indagou beijando os seios fartos novamente. - Toda minha Hinata?
– Toda sua Naruto-kun!
Naruto sorriu malicioso, a morena não era mais a menina inexperiente de um tempo atrás, agora ela o convidava e encorajava os movimentos, rápidos e urgentes. Como era bom estar dentro dela, se unir a ela como um só.
– Naruto! – ela gemeu escondendo o rosto em seu pescoço, beijando o lambendo a pele bronzeada.
– Você definidamente mudou...
– Me tomei uma pervertida igual a você! – com a acusação Naruto a estocou, com mais força. – Você me ensinou tudo Naruto-kun. – falou manhosa.
– Quer ficar em cima? – engoliu em seco controlando-se ao máximo.
– Hai!
Sem sair de dentro Naruto a virou, fitando a morena sentada em cima de si. Ela começou com movimentos lentos, como sempre parecendo uma menina inocente, mas logo a cavalgada ganhou ritmo. O Uzumaki segurou com força a cintura fina, incentivando os movimentos rápidos. Hinata arfou e deitou-se exausta sobre o loiro, vítima de um orgasmo violento.
– Naruto-kun! – beijou os lábios do loiro, e gemeu sentindo o mesmo apertar suas nádegas. – Você é um pervertido...
– E Você ama isso em mim...
– Hai!
Ela sentou-se novamente rebolando provocante, Naruto segurou com força seu quadril mantendo o ritmo frenético. O loiro suspirou tenso, e sentou trazendo o corpo dela mais de encontro ao seu.
– Hinata! – urrou de prazer, derramando-se dentro ela.
Deitou a cabeça nos seios fartos, e aspirou o cheiro doce misturado com o seu. Não poderia estar mais feliz...
– Ashiteru Naruto-kun! – beijou a testa suada.
– Ashiterumo minha Hime.
*****
Já tinham se passados um pouco mais de vinte minutos que cessaram o barulho vindo da dispensa.
– Alguém precisa abrir aquela porta!
– Mas senhor Hiashi... E se eles ainda estiverem... Vocês sabem?
– Que nada Sakura! A essa altura já devem ter terminado.
– Se eu fosse você, não teria tanta certeza Konohamaru.
– Qual é Sasuke. Eles estão quietos!
– Pois é amorzinho... Mas eles podem estar no segundo round!
– Hanabi!
– O que é kaa-chan? Mas é verdade. Eu acho melhor esperar mais um pouco. Vai que daqui a pouco a gente ouve mais alguns gritos...
– Se o meu filho ficar traumatizado por causa do que ouviu, juro que vou processar a minha prima.
*****
Estavam descansando e normalizando a respiração e as batidas do coração quando ouviram um barulho seco. Era a trava da porta sendo destrancada. Um filete de luz se fez presente. Alguém abriu a porta.
Ajeitaram suas roupas e tentavam arrumar o cabelo.
Vagarosamente saíram da dispensa. Naruto na frente e de mãos dadas com Hinata estava puxando-a para junto de si.
Hinata paralisou ao ver toda aquela comitiva. Corou instantaneamente. Naruto apenas conseguiu ver uma pessoa.
– Seu teme dos infernos! Eu vou te matar seu emo! – saiu correndo atrás do Uchiha com uma áurea assassina.
– Ao menos vocês se acertaram. Deveria me agradecer. – provoca o amigo, porém não fica presente para ver a sua reação. Sai correndo fugindo do loiro.
Quem fica para enfrentar a família é Hinata. Ela abaixa a cabeça. Não tinha coragem de enfrentar tantos olhares. Foi bom. Não reparou na expressão maliciosa de Hanabi e Tenten. A única que estava corada era Harumi, a senhora Hyuuga. Hiashi estava sério. Na verdade sua cara não era nada amigável.
– Volta aqui seu Teme! Deixa eu te matar!
– Senhor Uzumaki! – a voz grossa, seca e potente do senhor Hyuuga se fez presente.
Todos, sem exceção paralisaram. Naruto engoliu seco. Isso não era bom. Isso não era nada bom. Quando foi preso na dispensa só tinha o Sasuke e o Eiko presentes. Depois ouviu a voz da Sakura. Desde quando o senhor Hyuuga estava naquela sala? Kami-Sama! O quanto ele ouviu da conversa?
Virou-se vagarosamente em direção onde a voz tinha vindo. Deparou-se não somente com Hiashi, mas toda a família Hyuuga. Kami, Buda, Alá, Cristo, Deus, toda e qualquer entidade religiosa, o protega de um pai raivoso...
– Se... Senhor Hy... Hyu... Hyuuga! O se... Senhor aqui! – Naruto estava extremamente corado. Observando o rosto de todos sabia que tinham ouvido tudo. Definitivamente estava numa situação pior que Hinata.
– Senhor Uzumaki devo presumir que...
– Otou-san! Demorou para sair. – o pequeno colocou o dedo indicador na boca. – Otou-san, por que a kaa-chan estava gritando? Vocês estavam brigando de novo? A baa-chan até levou eu, o Akira e o Yuichi para meu quarto. Não entendi porque.
Hanabi não conseguiu segurar a gargalhada.
– Kami! O filho de vocês vai ficar traumatizado.
Hanabi pára de rir e fala para o primo:
– Deixa de ser chato Neji! Até parece que seu filho não fará isso quando tiver idade... Até o Eiko! Quando ele crescer, e com os conselhos do pai dele, vai fazer a garota gritar e muito!
– Hanabi! Meu filho ainda é uma criança!
– Hai, hai.
– Por que vou fazer uma garota gritar? Não gosto de brigar com as pessoas.
Naruto coça a nuca. Nunca esteve em um momento tão constrangedor assim. Quer dizer teve em Konoha quando voltavam da cachoeira, mas nem se comparava com esse de agora.
– Senhor Hiashi, eu posso explicar...
– Adoraria ouvir. Vamos para o escritório da minha filha.
Os dois entraram e ficaram trancados. Eiko não entendia nada. Ninguém lhe explicou nada.
– Então Eiko-kun. Senta aqui com a tia Hanabi que eu vou lhe explicar tudo.
O menino correu para o sofá, mas foi impedido no meio de sua caminhada por sua mãe.
– Lie Eiko-kun. Com a sua tia não!
– Qual é Hina! Eu só vou explicar como algumas coisas funcionam.
– Por isso mesmo. Você é espontânea demais. Não é bom para o Eiko.
– Isso mesmo. Olha pequeno, o que aconteceu é normal entre adultos. Tem vezes que nós gritamos com quem gostamos. Mas você ainda é muito pequeno. Daqui dez anos entenderá melhor.
– Falou bonito para uma criança Tenten. Mas eu preferia do meu modo.
– Não se esqueça que eu tenho um filho de dez anos.
– Arigato Ten-chan.
– Por nada. Agora Eiko-kun, por que não volta a brincar com o Akira?
Eiko foi. Deixou apenas os adultos na sala.
– Agora vamos. Conte-nos como foi?
– Tenten!
– O que? Pelo que escutamos dos gritos, gemidos e até sussurros, a coisa estava muito boa! Além do mais, a criança já está feita mesmo.
– Demo...
– Isso mesmo maninha. Queremos todos os detalhes. Aquele homem todo tem que ter uma boa pegada!
– Basta! Hinata, onegai! Poupe-nos dos detalhes. Já basta o que ouvimos. Não quero nem pensar no que aquele baka fez com a minha prima.
– Arigato Neji-kun.
– Seu marido é tão sem graça Ten-chan.
– Concordo Hana-chan.
*****
Já do outro lado da porta, mais precisamente dentro do escritório...
– Precisamos conversar senhor Uzumaki. – Hiashi fazia cara séria.
– Eu sei senhor Hiashi. Eu posso explicar... – já Naruto era perceptível o seu nervosismo.
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