( Luan ).
Termino de tomar um banho gelado para tirar a, Manguaça, como Lore diz.
E como tava gelado!
Seco o cabelo e enrolando meu corpo na toalha, saio do banheiro, encontrando ela sentada na minha cama, tomando sorvete de olhos fechados, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo.
Seria loucura, se eu a beijasse agora?
- Assim, não vai sobrar nada para mim. Brinco, indo até o closet pegar uma roupa, e vejo Lore rir.
Lorena: - Se você demorar, não vai mesmo. já tiraram tanta casquinha desse sorvete da cozinha para CA, sem trocadilho. Disse e riu.
Eu já comentei, que me perco nesse sorriso?
Visto uma calça preta de moletom, e uma camiseta branca, voltando para o quarto em seguida.
- Pocha, branquelo. Tava, tão bom! Disse fazendo bico, quando roubei, o pote de sua mão.
Porra, Lorena! Colabora.
Luan: - Você já se aproveitou demais, do meu pobre sorvetinho. Digo e ela revira os olhos, deitando ao meu lado em seguida.
- Você acha que seu pai ficaria puto, se me pegasse aqui, no seu quarto? Disse, depois de um tempo em silêncio.
Luan: - Com certeza ficaria, mais o quarto é meu e eu trago quem eu quiser. Digo, colocando o pote de lado, e me deitando, a puxo para o meu peito.
Lorena: - Você é bem afrontoso! Disse, brincando com meus dedos, e eu ri.
- A valentina disse que ele é bem conservador. Ela continua, me contando tudo o que rolou lá em baixo.
Luan: - Quando a Valentina encontrar alguém que dê um cacete nela, ela para de ser tão entrona. Digo, e minha Lore ri.
Lorena: - Você é mal, branquelo. Alisa minha barba.
- Eu adoro quando você me chama de branquelo. Acaricio seus cabelos.
Lorena: - Eu adoro você! Disse baixinho, enquanto nos olhavam os profundamente. Tava rolando um clima ali.
Fomos interrompidos do nosso momento, com o som do celular dela tocando.
*************=
( Lorena ).
Olho no visor e vejo estampado o nome da minha mãe.
estranho, porque ela sabe que aqui no Brasil, ainda são 3 da manhã, apesar de serem 7h na Itália.
--- Alô... Oi, mãe... Digo, depois de deslizar pro lado.
- Não, você não me acordou, tô na casa de um amigo, tudo bem por aí...? Digo animada, olhando para o Luan. Mais o sorriso se desfez, quando ela me disse o motivo da ligação.
- Como é...? Mais mãe... Como foi que isso aconteceu...? Digo aflita, e sinto o afago do meu branquelo nos cabelos.
- Ta bom... Olha, fica calma, ta...? A gente vai dar um jeito... Eu prometo... Respiro fundo.
- Okay... Beijo, te amo...! Digo com os olhos marejados, e coloco as mãos na cabeça, tentando pensar em uma solução.
Luan: - Ei, vida. Não me deixa nervoso. Me conta, o que ta acontecendo. Acaricia o meu rosto.
- É a empresa da minha mãe. Ela trabalha fornecendo produtos pra parte gastronômica de Milão, e a um tempo, quando eu ainda tava lá. Ela precisou fazer um em préstimo, para comprar umas máquinas, e o infeliz do Murilo foi o credor. E agora, ele ta cobrando a dívida. Ou ela paga, ou ela perde a empresa. Explico, ainda sem acreditar.
Como o Murilo ta sendo capaz disso?
Luan: - Infeliz de merda! Ele esbraveja, levantando da cama.
- Olha Lore, nós vamos dar um jeito, OK? Não sei, eu posso negociar a dívida com ele... Algo assim.
Continua, ficando de joelhos perto de mim.
Aliso seu rosto e digo: - Ou branquelo. Você é a melhor pessoa que eu já conheci. Mais não posso aceitar, isso é um problema da minha familia, é injusto meter você nisso. Além do mais, sabemos porque ele ta fazendo isso.
Luan: - Não, vida. Eu vento uma parte do resort, e ajudo vocês. Diz me olhando.
Lorena: - Não, Luan. Eu vou resolver isso, vou voltar para Itália.
Luan: - O quê...? Não, Lore. Você não pode ir embora, eu preciso de você. Diz com a voz falha, e os olhos marejados.
- A minha mãe também, Luan. Olha, não se preocupa, só vou depois do desfile. Digo e ele ri sem ânimo.
Luan: - Que se dane o desfile, Lorena! Eu preciso de você, da minha Lore, não da estilista. Disse, com o tom alterado, e baixei a cabeça.
- Me desculpa. Ele se senta ao meu lado.
- É que só de imaginar em te perder, bate um desespero. Respira fundo.
Sorri e alisando sua barba digo: - E quem foi que disse uma barbaridade dessas? Eu sei que a Itália é longe, mais existem as vídeos chamadas, mensagens, e tudo mais. E você pode Me visitar o quanto quiser.
Luan: - Não vai ser a mesma coisa, Lore. Quem vai assistir as séries e visitar o Cadu comigo? Quem vai trazer a sanidade quando eu desejar beijar você? Quem? Suas lágrimas começam a escorrer.
- Ah, Luan! Digo chorando também, e nos abraçamos.
Lorena: - Eu preciso ir de verdade, tenho umas economias guardadas que tava juntando para abrir minha grife, acho que da para saldar uma parte da dívida. Digo, me afastando.
- Mais é o seu sonho, Lore. Me deixa te ajudar. Diz encostando nossas testas.
- Meu lindo, você vai me ajudar muito, entendendo isso tudo. Seguro suas mãos.
Luan: - Eu tenho escolha? Diz e nego.
(...)
Acordei com leves batidas na porta.
Me mexi um pouco e senti o braço de Luan involto ao meu corpo. Tive que tirar, quando ouvi as batidas de novo.
Fui abrir e era a bru, me chamando para ir pro seu quarto.
- Nossa, Lore. Eu sinto muito. Disse, quando contei tudo para ela.
Lorena: - Tô muito preocupada com seu irmão. Digo, vestindo a blusa da roupa que bru me emprestou.
Bruna: - Pocha! Queria poder ajudar. Disse triste.
- Filha, o café já ta na mesa... Nossa! Como você parece com a Tatiana!
Bruna: - É... Mãe, essa é a Lorena. Lore, essa é a minha mãe. Nos apresenta, e a mulher bastante enxuta ali, me abraça.
Marisete: - Muito prazer, minha linda! O meu Luan não me disse o quanto você parece com a tati. Acaricia meu rosto.
Foi aí, que me toquei, o Luan nunca me mostrou uma foto dela. Quer dizer, eu vi naquele dia, no escritório dele, mais a foto é antiga, não deu para perceber semelhança alguma.
Lorena: - Sério? Digo, surpresa.
- Sim, meu amor. Você é a cara dela. Depois, te mostro uma foto. Sorriu amável.
- Ô mãe, você não veio me dizer que o café ta na mesa? Então vamos, que eu tô morrendo de fome. Bruna diz, meio nervosa.
Estranho.
(...)
O café com a familia Santana foi tranquilo.
Exceto, pelo fato de seu Amarildo, não ter trocado mais que um bon dia comigo.
Diferente da esposa, que não parou de falar um minuto.
- Porque você nunca me disse que eu pareço com a sua esposa? É por isso que você ficou comigo? Disparo, matando minha curiosidade, quando Luan parou o carro em frente ao condomínio de ka.
Luan: - O quê...? Quem foi que te disse isso? Disse, sem me olhar.
Lorena: - Responde a minha pergunta, Luan! Digo firme, ajeitando o coque no meu cabelo.
- Não, vida. De onde você tirou isso? Bom, vocês tem uma aparência sim, mais eu nunca ficaria com você por isso, Lore. Olho pra fora do carro.
- Olha para mim, Lorena. Disse, segurando meu queixo.
- Eu fiquei com contigo porque eu achei em você o que não achei em ninguém, nem mesmo na Tatiana. Eu juro, Lore. Gruda nossas testas.
Lorena: - Eu preciso ir. Digo, limpando as poucas lágrimas existentes ali, e saio do carro, sem olhar para trás.
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