( Lorena ).
Abro os olhos com dificuldade, e estranho, o teto branco.
Como uma bala, tudo que aconteceu veio na minha mente, e meu corpo inteiro gritava de dor.
O beijo de Luan e Raissa, a gente discutindo, o acidente.
Meu Deus, minha filha, o que será que aconteceu com a minha filha?
- Não! Clara, cadê a clara? Digo, tentando me levantar, mais Karina vem até mim, e impede.
Karina: - Ei, calma ta, Loren? Ta tudo bem agora, a clara nasceu e ela é uma garotinha linda! Disse, tentando me acalmar.
Lorena: - Nasceu? Mais não tava no tempo ainda, ka! Me sento de vagar.
- Eu quero ver ela, me leva para ver minha filha. Continuo.
Karina: - Você ta muito fraca ainda, Lore. Precisou de uma transfusão, e precisa se alimentar, para poder dar de mamá a clara. Explica.
- Vou chamar o médico e quando o Luan chegar, ele te leva para ver a princesa de vocês. Continua, e bufo frustrada.
Lorena: - Não sei se quero ver o Luan. Digo, magoada.
Minha amiga respira fundo e diz: - Ele é o pai da sua filha e você terá que vê-lo, anjo. Além do mais, eu acho que o que rolou não teve importância nenhuma, porque ouvi dizer que ele xotou aquela sem noção de lá.
Acaba de falar, e antes que eu pudesse responder algo, bateram na porta.
{...}
Dra Fernanda: - Bom, você tem reagido bem a transfusão e os medicamentos, vou passar uma dieta e mandar que te tragam um café da manhã. Ela anota algo no prontuário.
Lorena: - E minha filha? Pergunto, aflita.
- Ela também está se recuperando, precisa do seu leite e calor materno, para ganhar peso e ir para casa. Disse e suspirei, lembrando que estou muito longe de casa.
- Ah, dra, com quem eu falo para pagar a conta do hospital? Digo, antes que ela possa sair.
- Eu já cuidei disso, Lore. Não precisa se preocupar. Luan disse, passando pela porta.
Dra: - Bom, já que as duvidas foram esclarecidas, vou indo. Disse, e saiu.
Karina: - Essa é minha deixa. Eu vou pra casa descansar um pouco, mais a noite eu volto. Disse, ajeitando a bolsa no ombro, e beijando meu rosto.
- Hoje eu passo a noite com ela, ka. Não se preocupa. Santana fala, ainda parado no mesmo lugar.
Minha amiga sorriu, e dando uma piscadela para mim, saiu.
Lorena: - Voce não precisava se incomodar com essas coisas, ai!.... Digo, sentindo um pouco de dor.
Luan coloca as orquídeas na mesinha ao lado da cama, e vindo até mim diz: - Como não, Lorena?
Voce é a mãe da minha filha, e o amor da minha vida, como eu não vou me preocupar? Não é incômodo nenhum, vida.
Acaba de falar, arrumando o travesseiro atrás de mim.
Fico calada, e viro o rosto, sem dizer nada.
Afinal, não tem nada para dizer, o que eu vi ficou bem claro, e quem me garante, que ele não teve nada com Raissa antes?
Me entendam, por favor.
- Ei, não fica assim por favor. O perigo já passou e voce e nossa menina vão ficar bem. Luan disse, ao me ver derramar algumas lágrimas.
Lorena: - Eu quase matei nossa filha, Luan. E por causa da minha atitude infantil, ela nasceu antes do tempo, e ta tendo que passar por muita coisa agora. Dessa vez, as lágrimas caiam com mais intensidade.
Luan: - Vê CA. Ele me puxa para apoiar a cabeça em seu peito.
- Se tem alguém culpado aqui, sou eu. Eu que faltei com atenção, e permiti aquilo. A culpa é toda minha, me perdoe. Ele também já chorava.
Lorena: - Voce pode me deixar sozinha? Digo, me afastando dele.
- Lore, eu...
O interrompo e digo: - Me deixa sozinha, por favor, Luan. Sou seca, e quando vi ele se afastar, com o rosto todo molhado, quis me bater.
Mais fiz o certo, pelo menos era o que parecia para mim naquele momento.
******
( Luan ).
Saio do quarto limpando as lágrimas.
Sinceramente, eu entendo o porque Lorena está assim, e vou respeita-la.
É verdade que seu pedido dói, mais ela precisa de espaço e vou dar o tempo que ela precisar
.
Avisto bruna no final do corredor, e indo até ela, lhe dou um abraço apertado, deixando algumas lágrimas caírem.
- Ei, vai ficar tudo bem, irmão. Tudo vai se ajeitar. Ela diz, acariciando minhas costas.
Luan: - Eu tô com medo de perder ela, bru. Confesso, e minha irmã se afasta para me olhar.
Bruna: - Ela não quer te escutar? Nego.
- Pediu para que eu a deixasse sozinha. Baixo a cabeça.
Bruna: - Dar um tempo pra ela. Deve está tudo muito confuso, no coração e cabeça dela. Alisa minha barba.
Luan: - É o que vou fazer. A culpa não é dela. Digo, e começamos a andar pelo corredor até um jardim ali.
- Voce sabe porque a Raissa te beijou? Minha irmã pergunta, admirando as flores.
Luan: - Não. Na verdade, não sei o que fez ela pensar que eu aceitaria isso. Dou de ombros.
Bruna: - Voce vai tirar ela do caso do Cadu? Hoje bruna ta perguntadeira demais, ajuda, Deus!
- Isso não é comigo, bru.
Ela ri e diz: - Sei que não, mais voce sabe que se quiser, pode afasta-la. Nessa hora, seu celular toca e ela pega para ver.
Bruna: - Eu tenho que ir. O Mateus ta me esperando. Disse tímida e eu ri.
Luan: - Huuuuuuuhm! Mateus, né? Então ta dando certo? Pergunto.
- A gente ta se conhecendo. Fica vermelha.
Luan: - Vai com tudo, Maninha. Sabe que se precisar, pode contar comigo. Digo e a abraço.
- Obrigado. Disse, e depois de beijar meu rosto, sai.
{...}
- Obrigado por vir, val. Digo a minha irmã, assim que a vejo no estacionamento do hospital, e ela ta incrivelmente linda!
Valentina: - Eu que agradeço, por confiar isso a mim, não vou decepcionar voce. Ri.
Eu vou manda-la como minha representante na inauguração da escola de moda, porque vou ficar aqui, com Lore e minha filha.
Luan: - Eu sei que não. Digo, e depois de entregar um papel com meu discurso, a abraço.
- Ah, eu comprei pra clara, espero que voce e a Lorena gostem! Me entrega uma sacolinha de uma loja de bebês.
Luan: - Obrigado, irmã. Agora vai, se não, vai se atrasar. Beijo seu rosto, e depois dela entrar no carro, volto pro quarto de Lore.
******
Lorena
Duas semanas depois:
Termino o banho, e depois de me secar visto a roupa que Mayra separou.
Hoje eu e minha filha recebemos alta, e graças a Deus, estamos bem.
Ela só precisa que tenhamos os cuidados com um bebê recém nascido, e de muito amor e carinho, .claro.
Eu e Luan, estamos em uma relação superficial, mantendo a boa convivência pela clara.
Acabo de fazer uma Maque leve, e volto para o quarto, encontrando Luan e clara com a roupa que valentina deu,
- Oi, amor da mãe! Como voce ta? Voce deve ta cheia de fome, né? Digo, pegando ela dos braços do pai, que me entregou de bom grado.
Lorena: - Voce não precisava faltar na Mosele por nós. Tio Alberto viria nos buscar. Me sento, dando o peito a minha filha, sem me importar com os olhares de Luan, que não eram maliciosos.
Luan: - Não é nada, faço questão. Disse sério, e estranhei.
- Ta tudo bem? Voce parece preocupado. Pergunto, o olhando.
Ele respira fundo e diz: - É só o meu pai, minha mãe quer o divórcio e ele não ta facilitando, sabe?
Lorena: - Pocha que chato. Mais voce sabe que existe o litigioso, né? O olho.
- Sim. Guilherme já me falou disso, e se ele não der, agente entra com esse processo. Suspira.
Lorena: - Vai ficar tudo bem. Tento mostrar apoio, afinal, ainda amo ele e vê-lo assim, me quebra o coração.
Luan: - Vocês vão ficar comigo no apartamento, né? Pergunta, quando coloco a clara pra arrotar.
- É... Luan, na verdade, não. Eu prefiro ficar na tia liz. Digo, e seus olhos se escurecem em decepção.
Luan: - Lorena, isso não faz sentido. Ela é minha filha. Contesta.
Lorena: - E minha também! Ela precisa mais de mim, Luan. Digo.
- E quem ta dizendo que não? Eu só quero que vocês fiquem la em casa, perto de mim. Mais esquece, ta na cara que voce não quer a mesma coisa. Diz, e abre a porta, saindo feito bala.
- Gente, o que deu nele? May pergunta, passando por onde ele saiu.
Lorena: - Não sei, mais pega aqui, vou falar com ele. Entrego clara a ela, e vou atrás dele.
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