( Lorena ).
- Ai, Henri. Me perdoa. Digo sem graça, chegando na cozinha, quando percebi que fui clara demais com ele.
Mais fazer o quê né? É a verdade.
Henrico: - Ta tudo bem. Eu sei que o que rola entre vocês é muito forte. Diz e vai até pia e começa a lavar a louça.
Lorena: - Não sei se é mais. Baixo a cabeça.
- Diz ISSo por hoje? Pergunta.
Respiro fundo e digo: - Também. Mais já faz uns dias, que eu e ele estamos distantes. Nem a amizade que prometemos ter, ta sendo a mesma.
Henrico: - Conversa com ele, diz o que ta sentindo, e vê no que da. Disse, secando as mãos.
Lorena: - Não sei se é uma boa idéia, eu não quero mais falar com ele. Pelo menos não por agora.
Suspiro.
- Como é? E se você estiver realmente grávida? Ele tem que saber, ele é o pai. Disse sério.
Lorena: - Eu sei, Henri. Mais não quero que ele saiba mais nada de mim, me promete, que vai ficar calado e não vai dizer nada? Me aproximo
Henrico: - Olha Lorena, isso é coisa de vocês. Mais se tivesse a possibilidade de ter um filho meu vindo ao mundo, eu com certeza iria querer saber, independente do que tivesse entre eu e a mãe dele. Disse, e me deixou ali, sozinha.
Quem entende esse garoto? É nítido que ele ainda sente alguma coisa por mim, e que ele ficou incomodado com que eu disse, mais agora fica dizendo que é para conversar com o outro? Eu heim!?
{...}
Dias depois:
- Você tem certeza que não quer que a gente vá? Mayra disse, quando parei o carro na frente do seu trabalho.
Lorena: - Tenho, qualquer coisa, LIGO para vocês. Hoje vou fazer o teste e saber se estou realmente grávida.
Mayra: - Ook. Então simbora, cabelinho de anjo. Ela diz para Henri, e os dois saem do carro.
A moça me chama, e me entrega o envelope com o resultado, pego e saio caminhando pela rua.
Me sento no meio fio da calçada, e respirando fundo, começo a abrir o papel.
- Vamos lá, chegou a hora.
******
- Henri! Digo chorando, assim que cheguei na garagem, onde ele finalizava a pintura.
Depois que li aquele papel, não consegui pensar mais em nada, só consegui chorar.
Henrico: - Ei, vem CA. Disse soltando as coisas, e me envolvendo em um abraço.
- Deu positivo, não foi? Continua, alisando minhas costas.
Lorena: - O que vou fazer, Henri? Como vou contar para a mamãe? Digo desesperada, realmente, me sentindo perdida.
Ele respira fundo, e me afastando um pouco diz: - Você vai ter, e criar essa criança com todo amor que você tem. E quanto a tia Lara, Você sabe que jamais te abandonaria, ainda mais numa hora dessas.
Lorena: - Eu tô com medo, Henri. E se eu não conseguir? E se eu falhar, e não for uma boa mãe? Ai, eu não sei o que fazer, muito menos pensar. Estou muito nervosa. Ando de um lado para o outro.
Henrico: - Primeiro, para de rodar feito pião doido e senta aqui. Puxa uma cadeira.
- Segundo, falhar, você vai com certeza. Ou você acha que toda mãe já nasce pronta!? Por isso o termo, mãe de primeira viagem. Relaxa, você vai tirar de letra, e vai ser a barrigudinha mais linda que eu já vi. Disse, e sorriu largo.
Lorena: - Muito obrigado, príncipe. De verdade. O chamo como antigamente, alisando seu rosto, e ele me abraça de novo.
{...}
- Aiiin! Eu vou ser tia!? Não acredito! Parabéns Lore! Mayra diz toda feliz, me abraçando.
Lorena: - Valeu, amiga. Digo, rindo de lado.
Mayra: - E essa carinha? É pelo Luan, não é? Acerta na mosca.
- Não vou mentir, queria dividir isso com ele, sabe? Meio que ele merece. Suspiro.
-Mais ele me magoou muito, não sei se devo ser tão legal. Baixo a cabeça.
Mayra: - Não é questão de ser legal ou não, ele tem que saber. É direito dele.
- Quem tem que saber o quê? Manhã mãe disse, entrando na cozinha.
******
(Luan ).
Um mês depois:
- Acorda, Luan. Você já ta mais que atrasado, sua reunião com os advogados é hoje. Raissa disse, depois de entrar em meu quarto.
Já fazem um mês daquela conversa ridícula com Lorena, um mês que ao invés de eu ter dito que a amava e pedido ela em namoro, fui um completo babaca e infantil.
Luan: - São que horas? Digo com a voz rouca de sono.
Raissa: - Hora de acordar. Foi até as janelas e abriu as cortinas, revelando o dia de sol forte lá fora.
- Você bebeu de novo, não é? Continuou cruzando seus braços.
Me sentei e esfregando meus olhos disse: - Foi só um pouco.
Raissa: - Ah, eu tô vendo pela sua cara. Você tem que parar com isso, babacão. Vai até meu guarda roupa, e escolhe um terno.
Luan: - Pra que parar, se minha vida não tem mais sentido? Eu acho até que sou um babaca mesmo, só faço cagada. Digo sem ânimo algum.
Ra respira fundo e diz: - Não diga isso. O Cadu ta aí pra dar um colorido a sua vida, e hoje, você vai saber quando vai levar ele para casa. Eu sei que você ta assim porque perdeu o seu amor, mais os amores vem e vão. Agora, levanta, e vai logo tomar um banho. Disse, me entregando o terno.
{...}
- E aí, brother! Ansioso? Guilherme pergunta, quando entramos na Mosele.
Luan: - Nervoso eu diria. Não sei o que vai acontecer. Digo tomando um gole do meu expresso.
Guilherme: - Relaxa, vai dar tudo certo. Bate no meu ombro, e digo um: - Tomara.
- Licença bom dia, aqui os papéis que me pediu. Karina diz entregando a pasta a Guilherme, e nem olha na minha cara.
Luan: - Até quando ela vai me ignorar? Olho para meu amigo.
- Da um tempo para ela, você brigou com a amiga dela, e agora só vive com a Raissa pra cima e pra baixo. Então.... Dar de ombros, e fomos pra sala de reuniões.
******
( Lorena ).
Um mes depois de tudo. um mês que descobri que estou grávida. Um mês que minha vida deu mais uma revira volta.
Já estou com quase 3 meses de gestação, e os enjoos tem me maltratado bastante.
Mamãe no primeiro momento ficou muito surpresa, quando soube, mais depois foi só lágrimas de emoção.
Ela também disse que Luan precisa saber, mais o corpo é meu e talvez só conte quando eu achar que é a hora.
Mayra: - Lore, você já ta pronta? O henrico já ta te esperando. Minha amiga diz, depois de entrar no meu quarto.
Hoje Henri volta para o Brasil, e nem preciso dizer o quanto ele foi importante nesse mês que ele passou aqui.
- Sim, só preciso passar perfume. Digo terminando de arrumar o cabelo e gosto do resultado, foto.
- Passou tão rápido, né? Ela disse, pegando minha bolsa.
Lorena: - Como um furacão. Respiro fundo.
Mayra: - É uma pena o Henri ter que ir embora. Disse, estranhamente triste.
- Mayra Sales, você está triste porque meu primo vai embora? Pergunto, insinuante.
Mayra: - Ah, não vou mentir, que vou sentir falta do cabelinho de anjo. Disse, e comecei a tirar onda com ela, e descemos entre gargalhadas.
{...}
- Nem acredito que você já vai embora. Digo, enquanto eu e Henri caminhavamos até o portão de embarque.
Henrico: - Nem eu, passou voando, né? Disse, com a carinha de tristeza.
- Mais eu tenho que trabalhar.
Continuou, parando em minha frente.
Lorena: - Claro, até porque você tem que voltar para a inauguração do ateliê em alguns dias. Digo, e ele concorda.
- Vou sentir sua falta. Ele disse e abraçou forte.
- Eu também. Falei, e me afastei, e quando percebi, estávamos próximos demais.
Quando eu ia abrir a boca para dizer algo, Henri beijou meus lábios com delicadeza.
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