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História O Belo Adormecido - Capítulo Único.


Escrita por: wisheschanbaek e loeyblues

Notas do Autor


Olá, xuxus. Tudo bem com vocês?
Eu me diverti muito escrevendo essa fanfic, tipo, muito mesmo risos e amei o resultado. Plot enviado por poetryhirai, espero que você goste, anjo.

Betagem mais do que trabalhosa (desculpa, mo) pelo ícone @SaturnB e essa capa MAIS DO QUE LINDA? PERFEITA! Pela @lunaticax!

Boa leitura a todos, espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo Único.


 

Chanyeol é um estudante de gastronomia durante o dia e a noite estava em busca de um emprego em algum restaurante que pudesse lhe pagar o suficiente. Era um verdadeiro chef, porém, sua especialidade era a gastronomia francesa. Por esse motivo, quis arranjar um trabalho em um lugar que pudesse dar o melhor de si, que era a culinária da frança.

Teve que fazer um teste para conseguir o emprego em um restaurante de culinária européia que havia em Gangnam, era a sua meta de emprego. Fez a entrevista mais do que nervoso, suas mãos suavam enquanto estava de frente para o senhor que falava muito bem coreano, mas que não era asiático. O Sr.Byun parecia ser durão e um chefe rígido, e era muito famoso na região. Seu restaurante, o Saveur Eiffel, era conhecido por oferecer o melhor da comida francesa, e quando Chanyeol contou que essa era justamente a sua especialidade o rosto sério do senhor se quebrou, e um sorriso nasceu em seus lábios. O Park suspirou de alívio. Teve que preparar dois pratos, um simples Crepe Suzzete até um Parmentier de Canard. Quando o Park viu o homem revirar os olhos em puro deleite ao provar de sua comida não evitou sorrir, aquelas expressões de satisfação eram a melhor coisa. 

— Pai, eu vou mourir de fome! — Uma voz ao longe foi escutada, fazendo o Sr ali resmungar algo e se desculpar.

— É o meu filho que tem um buraco no estômago de tanto que come, perdão. — Disse e sorriu. — Seu tempero é excelente, e é nítido que você tem amor quando cozinha. Fique esperando, rapaz. Gostei muito de você. 

Chanyeol sentiu como se o coração fosse saltar do peito de tanta felicidade, abriu o maior sorriso do mundo e apertou a mão do mais velho. — Muito obrigado, Sr. Muito obrigado mesmo. 

[...]

Tinha se passado quase um mês e o moreno sentia que iria continuar desempregado, pois não tinha recebido nem uma ligação do Sr.Byun. Até que, quando estava saindo da faculdade, seu telefone tocou e ele viu o nome do restaurante na tela do aparelho, só faltou sair gritando de felicidade. 

— MEU DEUS, SEHUN! Atende você! — O Park disse agitado, oferecendo o celular para o amigo.

— Eu não, o emprego é seu. Por quê eu que vou atender? Você estava esperando tanto, aproveita a sensação, ‘bro.

Meio nervoso, atendeu... e sim, tinha conseguido o emprego finalmente. E em um lugar que além de ser reconhecido, pagaria bem mais que os restaurantes comuns, estava de fato muito contente com a sua conquista. 

Mal esperava para começar, e graças a sua ansiedade, se ofereceu para ir no mesmo dia. Como o Sr.Byun estava curioso para saber como a clientela reagiria ao tempero do novo chef, aceitou. Só lhe disse que talvez demorasse um pouco para o restaurante abrir no dia em questão.

Como esperado, o Park estava na porta do restaurante às 18h, esperando o dono do lugar chegar o que demorou um pouco. Quando viu o homem descer de um táxi, Chanyeol sorriu, visivelmente animado com uma mochila nas costas e seus itens pessoais e de emergência. 

— Você é bem pontual também. — O Sr. sorriu. — Onde você estava todo esse tempo? Eu preciso me aposentar da cozinha, precisava de um novo chef e você procurando emprego em outros restaurantes tão próximos ao meu. Tsc! — estalou a língua. — Vamos abrir? — O mais novo assentiu, e como tinha sido o único funcionário que chegou até o momento, lhe ajudou com tudo. — Perdão a demora, eu tive que buscar meu filho no aeroporto. 

— Oh. — Disse apenas. — Ele não veio com o senhor? — perguntou apenas por perguntar.

— Digamos que o Baekhyun tem uma personalidade forte, e odeia cozinhar. Se ele viesse para cá seria para ficar no meu pé, ou comer mesmo. Mas além disso tudo, ele está cansado. Meu filho é estudante de cinema, e futuro roteirista. — comentou orgulhoso. — E nas horas vagas, ele é modelo para uma marca de roupa francesa que tem aqui. — sorriu. — Apesar de me dar trabalho às vezes, ele é a pessoa que mais amo. 

— Eu imagino, Sr. — Chanyeol disse e sorriu. — Ele deve ser tão legal quanto o pai. — acrescentou, porque sempre é bom bajular o patrão.

— Bom, quando você o conhece, talvez não ache isso de imediato. Ele parece ser arrogante, mas quando conversar com ele, vai ver que não é nada disso. — falou, arrumando umas cadeiras que estavam no meio do salão do restaurante.

Demorou um tempo para que o moreno tivesse coragem de contar ao patrão sobre sua doença, então já que agora tinha conseguido o emprego, ficou torcendo para não ser demitido devido às suas condições.

— Sr.Byun. — Chamou o mais velho. — Eu preciso contar uma coisa. — Disse hesitando.

— Pode falar, Chanyeol.

— Eu não posso trabalhar sozinho na cozinha. Tipo, eu não posso ser o único cozinheiro. — Explicou de uma forma que pudesse ser bem entendida. — Eu tenho narcolepsia.

 

A narcolepsia é um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia e por frequentes ataques de sono, mesmo quando a pessoa dormiu bem à noite. Esses ataques costumam ocorrer repentinamente e a qualquer momento do dia - até mesmo em situações inusitadas, como em consultas médicas ou numa conversa entre amigos. É tratável.

Ao falar sobre sua doença, a reação do Sr foi a melhor do mundo. Acreditou que o Park precisaria de uma folga durante a semana, e por simpatizar tanto consigo, lhe deu isso. Entendeu o problema do garoto, disse que estava disposto a lhe ajudar para evitar um acidente, e o clima estava bem sério. Chanyeol teve que sair para ir trocar de roupa, até que um ruivo com tatuagens no pescoço cruzou a porta da cozinha onde estavam.

— Achei fofo o cozinheiro belo adormecido, seu restaurante agora é um castelo, — Baekhyun comentou com um sorriso entre os lábios, estava ouvindo a conversa quando chegou. — Você fala desse garoto desde antes da minha viagem, e eu não tive a oportunidade de conhecê-lo. 

— Baekhyun… Não seja maldoso. 

— Mas, eu só dei um apelido fofo ‘pra ele, pai. — justificou-se. — Juro que eu não tenho maldade aqui. Eu vou ficar lá na frente chamando sua clientela, poderia muito bem ser o rosto propaganda do estabelecimento. O que acha? — sugeriu arqueando as sobrancelhas. — As pessoas iriam amar comer uma boa comida, enquanto admiram esse rostinho lindo aqui. — disse apontando para seu rosto e sorriu dando meia volta e saindo da cozinha.

Byun Baekhyun era realmente bonito, suas feições pareciam perfeitas. Tinha os cabelos tingidos de um vermelho escuro e muitas tatuagens, pequenos pontinhos e andorinhas no pescoço/nuca, além de uma frase em francês na costela, uma rosa-dos-ventos no braço e as iniciais de seu nome tatuadas no seu dedo indicador BBH, porque amor próprio é tudo. Tinha uma personalidade meio difícil às vezes, mas era um rapaz bom, simpático e educado. Fora que tinha um sorriso aniquilador, considerava-se sexy, e de fato, era.

A doença de Chanyeol já tinha lhe causado muitos problemas quando o rapaz era mais novo, principalmente na escola já que pegava no sono facilmente durante as aulas e sua mãe era frequentemente chamada na diretoria do colégio por causa disso; o pior é que não levavam o problema a sério. E, até hoje, algumas pessoas não levam, achando que o Park esteja apenas com preguiça, por isso acaba dormindo tanto e do nada. 

Mas o moreno não se incomodava, aprendeu a conviver com isso, e nunca passou por nenhuma situação de perigo iminente por causa da narcolepsia. Tomando seus remédios, se podia evitar uma crise. 

[...]

As duas primeiras semanas trabalhando foram mais do que maravilhosas para o Park, gostava muito de seu patrão e ficou extremamente feliz ao receber um feedback positivo dos clientes do restaurante. Durante as horas vagas, conversava com o Sr.Byun e pedia conselhos sobre pratos novos e ajuda em algumas receitas, os dois estavam tendo uma ótima relação. No dia em que o mais velho lhe mostrou uma foto de seu filho, ficou encantado, uma curiosidade de conhecê-lo, mas quando ele não estava trabalhando, saía por aí, Baekhyun geralmente não parava em casa.

Na noite de sexta, tinha recebido sua folga, pois teria uma festa na faculdade e seus amigos lhe convidaram. Não estava muito afim de ir, mas depois de tanta insistência da parte de Sehun e Luhan, acabou aceitando, porém já ciente que terminaria a noite sozinho.

— Eu duvido que vocês vão ficar comigo até o final da festa. — Disse, os braços cruzados por causa do frio e se praguejando por ter esquecido o casaco em casa. — Daqui a poucos os dois vão estar se comendo.

— Ei! A gente nunca fez isso, Yeol. — Luhan defendeu-se.

— Aham. — Concordou ironicamente. — Vocês dois parecem dois coelhos no cio, se comem em qualquer lugar e me matam de vergonha. — Disse abaixando a cabeça. 

— Que absurdo, cara. Você é muito mentiroso. — Sehun negou. — E você tem charme, cara. Daqui a pouco alguém vai ficar gamado em você, aí ‘cê aproveita também. — Sorriu malicioso e o Park apenas revirou os olhos.

— Discutir com vocês é inútil, principalmente quando o assunto é transar. — Revirou os olhos.

Chanyeol estava certo, aqueles dois eram o casal mais meloso e, ao mesmo tempo, mais fogoso que conhecia. Apenas no tempo em que foi buscar um café para tentar se manter acordado pelo resto da noite, já que também tinha esquecido seu remédio, não encontrou mais os amigos, bufando. Estava desapontado, mas não surpreso.

Já que estava sozinho e era muito cedo ainda, decidiu passear pela festa e quem sabe se misturar em algum grupo, fazer novas amizades. Comeu um petisco aqui e ali, conversou com uns caras do curso de nutrição, até que resolveu se afastar um pouco e mexer em seu celular. — A pior coisa que fez naquela noite.

Sentiu os olhos começarem a cansar e ficar pesados, balançou a cabeça várias vezes e tentou pensar que não estava ficando sonolento. Porém, fora isso, sentiu também seu corpo ficar meio fraco e mole, o que lhe fez começar a se desesperar. Levantou rapidamente e pegou o celular para ligar para Kyungsoo que era o seu colega de apartamento, tendo em vista que os amigos que vieram consigo não eram idiotas de deixar o celular ligado durante a transa e alguém atrapalhar eles. Quando desbloqueou o aparelho e iria discar o número parou de andar imediatamente, e viu tudo escuro, pegou no sono em pé, ali mesmo.

Baekhyun tinha uma prima que estudava na mesma faculdade que o novo funcionário de seu pai, e isso lhe motivou a ir para a tal festa que a mais nova lhe chamou.

Já tinha contado inúmeras piadas relacionadas a Chanyeol para o seu pai, mesmo sem nunca ter colocado os olhos no Park. E um Baekhyun curioso era pior do que a polícia, não desistia até achar algo.
Estava deslumbrante naquela noite, usava uma blusa de manga comprida preta que era meio justa, e uma calça da mesma cor, sapatos casuais e seu cabelo parecia meio despenteado, o que o deixava com um ar de badboy. Visual que deixou muitas universitárias babando em si, sabia que chamava atenção aonde quer que fosse. 

Entretanto, foi quando estava sentado em um banco de concreto no meio do campus, enquanto mexia no celular e já planejava tirar uma boa selfie para postar no instagram, que quase gritou ao sentir o corpo de um completo desconhecido praticamente deitar em seu colo. 

— QUEM É VOCÊ? — gritou assustado, porém não obteve resposta. — Porra! — xingou pelo susto, colocando a mão no coração. — Ei! Ei! Ei! — chamou várias vezes, porém não obteve resposta. — Hello? — Chamou novamente enquanto cutucava o ombro alheio. — Você tá desmaiado ou dormindo, cara? — perguntou confuso, e para testar, teve a brilhante ideia de empurrar o corpo alheio para frente, o fazendo cair em cima de seus pés. Colocou a mão na boca e sentiu as bochechas queimarem de vergonha. — Meu Deus, quem é esse louco? 

Continuou na tentativa de acordá-lo e não obteve sucesso até que se desesperou e começou a pensar que aquele rapaz estava morto. Teve que ficar de joelhos no chão e se aproximar do nariz alheio para sentir sua respiração. Levantou rapidamente, se recompondo.

— Que vergonha, meu pai. O que eu vou fazer com esse cara? — colocou a mão na cintura e outra passou pelos cabelos, os bagunçando ainda mais. — E além de tudo é alto ‘pra caramba, não posso nem carregá-lo. — começou a choramingar. — Eu só queria estar beijando umas bocas e tomando ponche batizado. 

Foi quando olhou novamente para o corpo no chão e ficou com dó do rapaz. Decidiu ficar ali consigo e não lhe abandonar como estava pensando antes, não queria que algo de ruim lhe acontecesse caso fosse deixado sozinho. Fazendo uma carinha triste para as pessoas que passavam ali, conseguiu ajuda de um rapaz que parecia ser ainda mais alto do que o belo adormecido que estava ao seu lado, este outro lhe ajudou a levá-lo até o carro do Byun e antes de ir embora, pediu o número do ruivo, que com um sorriso em lábios o agradeceu pela ajuda e pegou o celular do rapaz, já digitando ali seu telefone. 

Dirigiu com consciência, coisa que não fazia sempre, apenas quando estava acompanhado por desconhecidos ou com o seu pai. E tinha um cara completamente desconhecido desacordado no banco de trás do seu carro, Baekhyun era louco ou uma pessoa muito bondosa. Ou os dois. 

Primeiro, Baekhyun fica revoltado por ter perdido a festa. Segundo, fica assustado pela pessoa ter meio que desmaiado em seu colo e por último e mais importante ele se preocupa que aquilo seja apenas um truque de algum maníaco para lhe sequestrar. E já cogitava a possibilidade de caso fosse atacado, pular do carro em movimento e se arrebentar todo, mas não achava tão ruim a ideia, desde criança queria fazer isso. 

Chegaram no apartamento em que o Byun morava e com a ajuda de um dos porteiros, levou o desacordado até a porta de seu Apê. Explicando tudo ao porteiro, para ele não pensar que aquilo se tratava de um cadáver já que percebeu que o senhor lhe olhava estranho.

— Eu não mato nem uma barata quanto mais uma pessoa. — Disse para si mesmo, soltando o corpo do outro sobre o seu sofá. — Espero sinceramente que você não seja nenhum engraçadinho que esteja tentando me matar ou me roubar, gravei bem o seu rosto. — Disse sério, se abaixando e ficando com o rosto de frente para o do outro. — E, que a propósito, é bonito. — Afirmou ao olhar com mais precisão.

Park Chanyeol também era bonito, os cabelos pretos em um topete perfeito e a pele perfeita sem nenhuma mancha ou marca de acne, o nariz bonitinho e fofo. Baekhyun colocou a mão na cintura outra vez. Viu que o rapaz tinha um celular no bolso de sua calça, tirou o aparelho dali com cuidado já torcendo para que o cara tivesse o número de alguém confiável tipo a mãe dele na discagem rápida, mas para o azar do Byun, assim que desbloqueou o aparelho, ele descarregou. — Ah não! Que merda. — Reclamou, soltando o celular e fazendo-o cair no sofá. — Sério, se você for um maníaco eu vou ficar muito puto. — Foi a última coisa que disse antes de levantar do chão.

Foi até a mesa de centro e arrancou uma folha de sua agenda, escrevendo um bilhete até que fofo. Quando terminou de fazer isso, rumou para cozinha, erguendo as mãos para o céu vendo que tinha um pacote daquelas lasanhas prontas que apenas se tem que colocar no microondas e comer; preparou tudo bem rápido e, em poucos minutos, comeu, indo para o seu quarto, trancando a porta por dentro e com o celular com o número da polícia já discado em cima do criado-mudo. Só por precaução.

[...]

No dia seguinte acordou graças á alguns barulhos. Deu um pulo da cama e procurou o taco de beisebol que guardava dentro do guarda-roupa, segurou-o devidamente, lembrando que tinha um estranho na sua casa que agora poderia estar lhe roubando, estava pronto para lhe dar uma tacada na cabeça se fosse preciso, para depois sair correndo e gritando.

Ao abrir a porta do quarto procurou a TV imediatamente e ela estava no mesmo lugar, suspirou de alívio, olhou tudo e seu estado de espírito passou de desconfiado agressivo para satisfeito, ao apenas sentir o cheiro maravilhoso que vinha de sua cozinha. Suspirou e, em passos cuidadosos, se aproximou do cômodo, se abaixando na frente do balcão de mármore para expiar sem ser visto, apenas com os olhos a mostra. Tinha um cara alto, de ombros largos cozinhando em pleno sábado de manhã em sua casa, e Baekhyun não lembrava de ter dormido com alguém tão gentil na noite anterior. 

Quando o cozinheiro estava virando para si, levantou rapidamente e lhe olhou meio desconfiado. 

— Ah, é o belo adormecido de ontem. — constatou e suspirou aliviado. — Antes que você fale alguma coisa, não roubou nada, ‘né? — perguntou curioso. — E bom dia, belo. Ou cinderela? Tive que te trazer na minha carruagem ‘pra cá. — sorriu brincalhão

— Não roubei nada, fique tranquilo. — respondeu apenas e sorriu. O ruivo assentiu e soltou o taco de beisebol ali mesmo. — E bom dia, príncipe?

Baekhyun não deixou de prestar atenção naquele sorriso largo e bonito, parecia muito verdadeiro. — Wow, seu sorriso é bonito. — elogiou. — AH! Você entrou na minha brincadeira, gostei de você, cara. 

Gostava de elogiar as pessoas, não necessariamente com segundas intenções. Mas quando achava algo ou alguém bonito, fazia questão de dizer.

— Obrigado? — agradeceu meio tímido desligando o fogão. — Queria pedir desculpa por provavelmente ter estragado sua noite. — falou ficando mais sério. 

— Que nada! — negou, mentindo e sorrindo. — Você não estragou nada, eu já queria voltar ‘pra casa antes das 22h mesmo. — deu de ombros parecendo natural. — Mas me conta, o que foi que você tomou ou usou ‘pra dormir daquele jeito? — perguntou.

— Nada. — disse simplista. — Eu tenho narcolepsia, basic…

— Eu sei o que é narcolepsia. — o interrompeu. — Eu tive um colega de quarto na frança que tinha isso, era bem tenso às vezes. Mas, por que você tava sozinho se sabe que tem isso?

— Meus amigos me abandonaram ‘pra irem se comer. Literalmente. — sorriu pela piadinha e viu que o outro riu baixinho. — Mas então, você prefere os ovos mexidos ou estrelados? — perguntou simpático, com uma frigideira na mão.

— Mexidos! — fisse animado, fazia tempo que alguém cozinhava para si. — Fico muito feliz em saber que você não é um ladrão ou sequestrador. — disse sincero. — Já volto. — levantou e correu para o banheiro, percebendo que não tinha nem escovado os dentes. 

— Caramba Baekhyun, tem um bonitão cozinhando ‘pra você e tu com esse bafo terrível. — falou já com a escova de dentes na boca. 

Dois minutos depois voltou a cozinha e viu dois pratos, com ovos e bacon e rolinhos de pão com queijo grelhado. Baekhyun não era um dono de casa exemplar e fazia a feira do mês quase obrigado pelo pai, lhe dizendo que ele iria ficar desnutrido caso só continuasse comendo comida enlatada, pronta e cupnoodles. Arregalou os olhos e sentiu a boca encher d’água. 

— Nossa. — disse surpreso. — Olha, se você quiser desmaiar mais vezes no meu colo e fazer o café da manhã no dia seguinte eu não vejo problema algum em te trazer ‘pra minha casa, viu? — comentou bem humorado, Chanyeol riu.

— Espero que você não tenha se importado comigo mexendo na sua cozinha também. Eu sou chef em um restaurante daqui e estudo gastronomia, o instinto fala mais alto e também é uma forma de te agradecer.

— Eu não me importo. — piscou. — E o meu pai é dono de um restaurante europeu. Você deve conhecer, é bem famoso por aqui.

Foi então que a ficha de Chanyeol caiu, olhou direitinho ‘pra aquele rapaz e ficou boquiaberto. Sentiu as bochechas queimarem, estava visivelmente envergonhado e antes que pudesse dizer algo o ruivo notou seu constrangimento. — Own, que fofo. Olha suas bochechas vermelhinhas. — sorriu.

Chanyeol ficou ainda mais vermelho, ok, tinha desmaiado de sono no colo do filho de seu patrão.

— Você é Byun Baekhyun? — perguntou já sabendo a resposta.

— O próprio, em carne e beleza. — disse convencido voltando a comer. — E você? Como se chama?

— Park Chanyeol.

Baekhyun soltou o garfo e levantou o olhar para olhar nos olhos do moreno. 

— Você é o chef que o meu pai vive falando? Finalmente conheci você! — sorriu animado e estendeu a mão para si. — Prazer! Olha como esse mundo é pequeno, conheci o belo adormecido 

— Belo adormecido? — sorriu  anasalado. Achou fofo aquele apelido.

— Você se incomoda com o apelido? Meu pai achou ofensivo, mas eu achei carinhoso e fofo. — justificou e o outro negou com a cabeça. — A propósito, você é mais bonito do que imaginei. E seus ombros são sexys. — disse sincero, como se estivesse dando bom dia. 

Chanyeol não sabia se ele estava falando sério, ou zoando. Geralmente as pessoas não o elogiavam assim, então não respondeu de imediato, estava confuso.

— Eu falo sério. A primeira coisa que perguntei de você ao meu pai, foi se os seus ombros eram largos. — sorriu de canto. — Gosto de homens que têm os ombros largos. 

Ele está flertando comigo? Nós mal nos conhecemos. Atirado todo. — Pensou o moreno.

— Bom, então, eu agradeço? — sorriu também. — Juro que te agradecerei de algum jeito melhor por me trazer ‘pra cá. 

— Você tá me devendo uma noitada, o que acha disso? — disse sugestivo, terminando de comer e apontando para ele com o garfo. 

— Hm. Está bem, está bem. — sorriu de canto. — Quando e onde você quiser. — falou, voltando a comer.

— Gostei. — sorriu feliz. — Você pode ir para casa, eu aviso ao meu pai o que aconteceu. — levantou de onde estava. — Eu vou me arrumar porque vou trabalhar. Até mais, belo. — acenou de longe, já voltando a entrar no banheiro. — Tranca a porta por fora, e joga a chave por debaixo. 

E somente naquele momento que Park Chanyeol percebeu que o ruivo estava sem camisa. Não conseguiu evitar não olhá-lo, e pensou se algum pediria o número da academia para poder ficar tão gostoso quanto o outro. 

Quando colocou as mãos no bolso da calça e sentiu um papel dobrado, o pegou e abriu-o. 

“Olá, estranho. Não sei se você se lembra porque está na minha casa, mas ontem na festa de uma faculdade daqui você simplesmente pegou no sono no meu colo. Achei engraçado, mas antes me assustei, porém não seria muito legal te deixar desacordado no meio daquele campus, então decidi te trazer para minha casa e quando tentei pegar seu telefone para ligar pra qualquer pessoa da sua agenda, o seu celular descarregou. Espero sinceramente que você não roube nada, nem esteja esperando que eu acorde para me matar. E você é uma gracinha dormindo, sabia? Bons sonhos, belo adormecido.”

[...]

Baekhyun não simpatizava nem um pouco com cozinha. Não sabia cozinhar e o seu máximo era fritar ovo ou algo do tipo, jurava de pés juntos que seus ovos mexidos eram os melhores do mundo, infelizmente não puxou ao dom de seu pai. Por um milagre divino, que tinha nome e sobrenome, começou a frequentar o restaurante e a cozinha do lugar que seu pai era dono, coisa que não fazia nem quando era criança.

— Já está pegando jeito para os negócios da família? — o Sr.Byun perguntou ao filho que observava discretamente o Park cortando verduras com rapidez. 

— Ahn, não, pai. — balançou a cabeça negativamente. — Não sou bom cozinhando, você sabe.

— Mas isso é porque você nunca quis que eu te ensinasse.

— O senhor nunca me chamou para aprender. — justificou-se. — Por que não aproveita que eu voltei de viagem e me ensina a fazer um pudim? 

Chanyeol riu baixinho de longe. Cara, pudim era o prato mais fácil do mundo, até para aquele ruivo teimoso. 

— Meu filho, eu estou velho. Minha paciência já foi gasta durante toda a minha vida e eu sei como você é distraído e desastrado para aprender coisas novas, eu iria bater na sua cabeça com uma panela. — ameaçou e sorriu imaginando a cena. — Por quê não pede ao Chanyeol pra te ensinar?

O rapaz que estava cortando o sexto tomate de sua receita parou imediatamente e olhou para aqueles dois ali. Não deixou de reparar em como o ruivo sorriu de uma forma diferente para si e levantou de onde estava lhe olhando para depois se escorar na mesa com os braços e falar enquanto lhe olhava. 

— Não acho que ele tenha interesse em me ensinar algo que eu já tenha uma noção de como fazer. — piscou para si, e achou muito fofo a ponta das orelhas do mais alto ficarem rosadas. — Mas, se ele quiser. Eu quero. — virou-se completamente para Chanyeol, lhe olhando de modo sugestivo.

Ok, qual o problema dele? Por quê ele me olha desse jeito? Eu vou acabar queimando a comida ou cortando meu dedo, porque esse olhar me deixa muito desconcertado. — Pensou o Park.

— Eu não vejo problema algum. — o moreno concordou sorrindo sem mostrar os dentes, tentando demonstrar a calma que não estava sentindo. 

— Olha só, pronto, já tem um professor novo. — o Sr.Byun disse, dando tapinhas nas costas do filho. — Depois passe no apartamento do meu filho, Chanyeol. E ensina ele a fazer alguma coisa decente para comer.

O ruivo estava segurando ao máximo a vontade de rir pelo rumo que aquela conversa estava tomando. E provavelmente seu pai havia percebido seu discreto interesse no cozinheiro, por isso esteja dando esse empurrãozinho. 

— Eu acho uma ótima ideia. — alargou seu sorriso e saiu de onde estava para se aproximar do Park. — E você, Yeol? O que acha? — estava próximo demais, e impedindo Chanyeol de colocar as batatas do purê para cozinhar. — Depois você cozinha elas, me responde primeiro. 

— P-por mim está bem.  — Chanyeol não era tímido nem nada, mas algo em Baekhyun lhe deixava nervoso. Especialmente quando se aproximava daquela maneira e conseguia sentir o cheiro do perfume masculino francês do ruivo.

— Ah, que ótimo. Estou ansioso pelas aulas, e você ainda me deve uma noitada, viu? Não se esqueça. — saiu de onde estava, pegando seu rumo para fora da cozinha. Já tinha feito o que queria.

Os dois tinham se aproximado quando tiveram que se juntar para atrair mais fregueses para o restaurante. Chanyeol tinha uma ótima lábia para convencer as pessoas, e Baekhyun simplesmente chamava atenção: juntando-os, eram uma dupla dinâmica para persuadir alguém que passasse na rua do estabelecimento e que estivesse com fome. 

Trocaram seus números de telefone. Todo dia pela manhã o menor lhe desejava bom dia e boa noite ao anoitecer, vez ou outra entravam em uma conversa comum, que logo ficou com algumas segundas e terceiras intenções, do lado de ambos. 

Só que o Park não sabia que estava fazendo certo em se interessar pelo filho de seu patrão, muito menos em estar começando a demonstrar interesse. Porém, pessoalmente parecia que era difícil encarar o baixinho por muito tempo. 

Graças ao incentivo do SR.Byun, iria visitar o ruivo dois dias depois a maravilhosa sugestão que o mais velho tinha dito, o Sr contou que o menor não tinha nenhum amigo por aqui, graças a sua faculdade que lhe tirava todo tempo e o emprego de modelo, e que seria legal se os dois pudessem se aproximar. 

Chanyeol achou fofo o dono do restaurante ser tão cauteloso consigo e ainda se preocupar com o filho. Achava que seu patrão pensa que o ruivo era meio indefeso apesar de ser difícil, entretanto, não sabia que o rapaz era uma verdadeira peste quando estava determinado a ter algo. 

Naquele dia não teve aula para si, saiu do trabalho ainda de uniforme, esqueceu desse detalhe, porém a peça de roupa/proteção não estava tão suja. então não se incomodou muito, e já que iria até a casa de Baekhyun PARA COZINHAR, apenas, estava tranquilo.
O porteiro lhe conhecia, graças ao dia que precisou lhe carregar então o deixou entrar facilmente, tocou a campainha do apartamento do ruivo, e demorou um pouco para ser atendido. Um Baekhyun de regata cinza e um shorts azul marinho extremamente curto, com o cabelo todo bagunçado e descalço atendeu a porta com a maior cara de sono do mundo, porém quando viu de quem se tratava abriu mais os olhos e sorriu.

— Bom dia, Chanyeol! — sorriu.

— Boa tarde, Baek. 

— Já é tarde? — perguntou confuso, olhando para a janela de sua sala e ficando boquiaberto. — Acho que dormi demais. Mas, então, pode entrar. — deu espaço para o maior adentrar em sua casa. — O que te trás aqui? 

— Hm, seu pai não falou que eu viria te ensinar a cozinhar hoje? 

— Não. Que droga, se eu soubesse que você viria, estaria mais bem vestido. — reclamou.

— Você está ótimo assim, não precisa de tanto. — afirmou. — Você fica bem de shorts. — elogiou tentando não olhar para as coxas alheias, que estavam a mostra.

— Também acho. Dão uma valorizada nas minhas coxas. — comentou olhando para suas próprias coxas, e o Park não pode evitar de olhar por um breve momento. — Por onde vamos começar? — disse animado. — Tem uma coisa que eu queria que você  me ensinasse. — sorriu.

— O quê? 

— Depois eu te conto. — sisse sugestivo e saiu da sala, já chamando o mais alto para a cozinha. 

Quando chegaram na cozinha Chanyeol ficou satisfeito, aparentemente o ruivo tinha feito a feira do mês, porém faltava alguns itens essenciais, mas ok. Começaram por um arroz branco simples, sem muitos detalhes e o ruivo teve sucesso seguindo as instruções do Park. Parecia uma verdadeira criança quando viu que, aparentemente, estava comestível o que havia feito.

Depois, um macarrão com presunto e queijo. O moreno dava o passo-a-passo e o Byun os seguia enquanto o mais alto falava consigo. Cortava umas verduras para fazer a salada, quando, nesse momento, o Byun aproveitou para se aproximar de si, enquanto colocou o macarrão, no fogo ficando ao seu lado.

A cozinha não era tão pequena, mas também não era enorme. O fogão ficava ao lado da pia e de frente para o balcão e armários, a geladeira num canto mais escondidinho.

— Então, desde quando você cozinha? — falou se aproximando da pia. — Você manda muito bem, Yeol.

— Faz um tempo já. Mas eu sempre gostei de cozinhar, desde que era criança, já me arriscava um pouco. — sorriu lembrando.

— Um mini belo adormecido, que fofo. — sorriu. — Mas, está satisfeito com a faculdade?

— Muito, é o que eu amo fazer.

— Não tem mais nada que você ame fazer? — perguntou lhe encarando, Chanyeol continuou a cortar e lavar as verduras. 

— Eu gosto de tocar violão, e…

— O que mais? — deu um passo para mais perto do moreno, que parou o que estava fazendo para lhe olhar. — Eu queria te falar uma coisa já faz um tempo, mas meu pai sempre estava por perto, então eu ficava com um pouco de vergonha…

Você não quer saber, Park. Você não quer saber, você não quer… — Pensava Chanyeol repetidas vezes.

— O quê? — ignorou seus pensamentos, perguntou, se recompondo e dando um passo para o lado para tentar afastar o menor, porém, sem sucesso algum. Ele foi mais para a direita, colocou as mãos em seu avental e lhe puxou consigo.

— Eu te acho tão gostoso com esse avental. — falou sério, olhando nas orbes castanhas do mais alto. — E talvez eu queira tirar ele… 

Ok, Chanyeol se viu perdido no olhar alheio e largou a faca que estava cortando as coisas, virando-se de frente para o ruivo.

— Então porque você não tira? — perguntou ainda mais sério, lhe encarando de volta.

Baekhyun sorriu e mordeu seu lábio inferior. Enlaçou o corpo alheio, desatou o laço do avental, e assim que viu a peça cair no chão, colocou uma das mãos na nuca do mais alto, tendo que ficar na ponta dos pés para isso. Chanyeol colocou as mãos em sua cintura e lhe puxou para mais perto de si, os lábios tocando-se. A boca de Baekhyun mexia-se minimamente, e a do Park apenas seguia o outro, até que o ruivo parecia estar lhe puxando para o tirar dali. Deu um passo para trás, ainda o beijando... o clima estava uma maravilha, até que o ruivo o soltou e deu um grito.

— AHH! — gritou segurando sua mão pelo pulso.

O moreno assustou-se com aquilo e não entendeu nada, até a ver a mão do ruivo totalmente vermelha e molhada. — Meu Deus, Baekhyun. — Chanyeol disse meio preocupado pela cara de dor e choro que o baixinho estava fazendo segurando sua mão como se fosse um gatinho com a pata quebrada.

— Tá ardendo ‘pra caramba. — choramingou. — Olha como isso ‘tá vermelho, eu vou perder a minha mão. — sentiu os olhos lacrimejarem. 

— Não vai não, calma. Não precisa chorar. — disse já virando-se e procurando um recipiente que coubesse a mão alheia, enchendo d’água. — Senta aqui, vem. — segurou em sua outra mão e o conduziu até o banquinho que tinha embaixo do balcão lhe fazendo sentar e colocar a mão na água gelada. — Você precisa ser mais cuidadoso. — falou observando a queimadura.

— Eu não beijo de olho aberto, Park. — falou sério.

— Se você não estivesse me distraindo, isso não teria acontecido. — mudou de assunto, não queria falar no beijo por agora.

— Então quer dizer que eu distraio você? — perguntou sorrindo ladino, esquecendo por um momento do que lhe aconteceu a alguns segundos atrás. — Você me distrai também, tanto que eu queimei a minha mão por querer arrancar uma casquinha sua. 

— Só uma casquinha? — perguntou com uma mão na cintura e estreitando os olhos.

— Ok, talvez mais do que uma casquinha. — riu. 

— Você é uma peste, sabia?

— Eu sei. — concordou e sorriu.

O riso de Baekhyun realmente parecia frouxo quando estava com o moreno. Cozinharam durante metade da tarde, só que bem mais devagar já que agora o ruivo estava com menos uma mão para lhe ajudar. 

— O que você acha de sairmos amanhã? — o mais alto sugeriu, pegando o mais baixo de surpresa. — Sei de um pub’s bem legal por aqui, que inaugurou recentemente.

— Pode ser. — disse, tentando aparentar estar calmo, mas estava comemorando internamente. — E o que acha de me ensinar mais a cozinhar amanhã? Aí você vem de tarde, aproveita, se arruma aqui, e saímos juntos. O que acha? — perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Ok. — concordou fingindo plenitude. — Aproveite a comida, Byun. — sorriu mostrando as covinhas, percebendo Baekhyun as olhando com um olhar bobo e fofo. — E até amanhã. — antes de dar chance do menor se despedir também, se curvou para frente lhe dando um selinho rápido e saiu da casa em passos rápidos deixando o ruivo pasmo. — Melhoras para sua mão. — abriu a porta, saiu, e fechou-a.

— Queria mesmo era ‘tá aproveitando você. Porra, que homem é esse? — perguntou-se com um sorriso de canto. 

[...]

O encontro não aconteceu no dia seguinte como planejado, o Park precisou ir para a faculdade e Baekhyun precisava posar também, então adiaram para a semana seguinte, em um dia que os dois estariam livres. Quando o esperado dia chegou estavam animados e até mesmo ansiosos, já que provavelmente seria um encontro.

— Yeol, ‘tá difícil cortar essas as frutas, por causa da minha mão. — reclamou, fazendo um biquinho.

— Mas a sua mão já está melhor pelo o que você disse e pelo o que eu posso ver. — Disse, sem lhe olhar.

— Se você quiser que eu perca a força na mão e acabe me cortando sem querer, tudo bem. Eu faço isso sozinho. — falou dramático, o Park balançou a cabeça sorrindo.

— Tá bem, tá bem. Eu faço isso pra t-

— Não. Eu quero que você me ajude, não que faça sozinho. 

Decidiram fazer um doce naquele dia. Um bolo de creme branco com frutas; enquanto Chan preparava a massa, o menor preparava o recheio.

Pediu aquilo apenas para Chanyeol ficar atrás de si com os braços ao redor de seu corpo, lhe ajudando calmamente, e o Park não iria perder a chance, não é mesmo? Amava sentir o cheiro de Baekhyun, e ambos sentiam borboletas no estômago quando estavam perto daquela forma.

— Eu amo quando você fica perto de mim desse jeito. — disse, olhando para o Park e virando-se em seguida. — O que acha de fazermos um lanchinho antes de voltar a cozinhar?

— Agora? — perguntou, não entendendo o duplo sentido da pergunta do ruivo.

— É, bobo. — sorriu. — Sempre que fiz fazer isso em algum lugar que não fosse o quarto. 

— Do que você ‘tá faland-

O baixinho puxou o mais alto para perto demais de si, podendo sentir o quadril encostando no seu. — Me pergunto se você é lerdo assim mesmo, ou fez uma pós. — brincou, enquanto olhava para o outro. Colocou as mãos em volta de si mesmo para tirar seu avental, e fez o mesmo com o de Chanyeol. 

Antes que o Park pudesse dizer algo, sentiu o ruivo levantar sua camisa e se agachar dando beijinhos em seu abdômen, enquanto tinha as mãos em suas costas. Achando que iria parar com aquilo, o mais alto fez a pior coisa que poderia ser feita.

Segurou o queixo do ruivo com a ponta dos dedos, fazendo menção de levantá-lo. Era um gesto simples, mas Baekhyun amou.

— Eu ‘tô sujo de trigo, Baek… Não vamos fazer isso aqui e assim.  — disse, parecendo ser a única pessoa sã ali.

— Olhe só, também estou sujo. — meteu o dedo indicador no recheio de creme, e passou em sua bochecha. — Se quiser, eu sujo outros lugares também… — disse, passando o dedo melado em sua própria boca e descendo pelo queixo até o pescoço, e rapidamente até sua coxa. Chanyeol seguiu o dedo do rapaz com os olhos, e se praguejou por ter o feito.

— Odeio esses seus shorts curtos. — disse sério e com a voz rouca, segurando pela cintura e o levantando para que sentasse na bancada ali, já jogando o que estava sobre ela para o lado, caindo dentro da pia. 

Antes que o Byun pudesse prever os movimentos do moreno, este colocou cada mão em um joelho do menor e abriu suas pernas, se colocando no meio delas e beijando-o enquanto tinha uma de suas mãos na coxa alheia, subindo o short e apertando o lugar. Mais ágil que aquele beijo não houve, a língua do Park logo invadiu sua boca e começou a se movimentar de forma obscena, parecia dominar o beijo enquanto Baekhyun estava totalmente entregue a si. O puxou para mais que ficassem com os corpos mais próximos. Ao cessar o beijo, o ruivo percebeu que não era o único cheio de desejo ali, as pupilas dilatadas e a forma com que lhe olhava com fervor o denunciou.

O menor lhe olhou e arqueou a sobrancelha, Chanyeol não se conteve e o deitou sobre a bancada mediana de mármore branco, curvou-se sobre si e começou uma fricção com ambos os quadris enquanto se beijavam. Voltou a se colocar de pé, para desabotoar sua própria camisa, o ruivo levantou-se e o impediu.

— Eu que quero fazer isso. — Voltou a desabotoar a camisa do mais alto, quando o fez lhe puxou para perto de si novamente, vendo seu tórax pouco definido, que particularmente, achou lindo. Grunhiu e começou a dar beijos e mordidas no pescoço alheio, que já tinha as mãos no cós do shorts alheio, e Baekhyun teve um súbito arrepio quando sentiu uma das mãos geladas e grandes do Park tocarem suas costas, enquanto a outra estava se aproximando de sua virilha. 

O moreno ouviu a respiração afoita do ruivo, o que lhe deixava ainda mais instigado. Ficou ainda mais excitado do que já estava com todo aquela situação, quando sentiu as mãos de Baekhyun sobre as suas, conduzindo-as até seu membro por cima do shorts, enquanto o beijava. 

Parecia que o Byun não iria desgrudar daquela boca nem tão cedo. E se fosse para tirá-la da sua, seria para estar em outro lugar.

— Baekhyun! — se afastou rapidamente. — A massa do bolo! — lembrou rapidamente, deixando o ruivo com a maior cara de “Really?”

— É sério? Você vai parar o que estávamos fazendo ‘pra terminar o bolo? — perguntou, cruzando os braços. — Você fica ainda mais sensual cozinhando com essa camisa aberta, eu vou te atacar a qualquer momento se voc…

— Não precisa me atacar, não vamos continuar. — falou colocando o bolo na forma, e em seguida no forno. Começou a abotoar a camisa. — Acabei de lembrar que preciso voltar ao restaurante. Hoje o movimento está cheio. — falou, dando uma desculpa qualquer.

— Qual é, Chanyeol? ‘Por que você tá inventando isso? 

— Porque eu não vou transar com o filho do meu patrão.

— Não pense que eu sou filho do seu patrão, pense que eu sou uma pessoa e que nos conhecemos por termos alguém em comum entre nós, e que eu e você temos uma coisa muito legal, que eu ‘tô louco pra fazer incendiar. — falou sério.

Chanyeol respirou fundo, não iria se deixar levar outra vez.

— Depois a gente se fala. Desliga o forno daqui a 40 minutos, se achar que não está bom ainda, deixa só uns minutos, ok?

— Você ‘tá me broxando falando dessa porcaria de bolo. — Lhe olhou, ficando levemente irritado. Porém o moreno não lhe deu ouvidos e saiu da cozinha já pegando seu avental do chão, e sua mochila que estava no sofá. — CHANYEOL! — Chamou.

— Até depois, Baekhyun. — falou sem olhar para si.

— VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR AQUI, LITERALMENTE, NA MÃO, SEU… — Conteve o xingamento e saiu da bancada ajeitando seu shorts e já caminhando até o outro, porém, em passos mais rápidos, o Park abriu a porta e saiu. — Você me aguarde, Park. Me aguarde.

[...]

Quando saiu da casa do Byun foi, de fato, para o restaurante, precisava pensar em outra coisa. Depois que deu seu horário, foi para casa e ligou para Sehun, lhe contando que se sentia mal por estar gostando do filho de seu chefe, porém o conselho do amigo foi o seguinte.

— Se joga. Ele é um pitel, Chanyeol. Acorda, você vai mesmo perder? Ele ainda ‘tá claramente interessado também. Sério, se você não ficar com ele eu vou ficar puto contigo. — falou e parecia bem sério. 

— Mas Sehun, ele é o filho do me…

— E daí, bro? Você tá ficando com ele, não com o seu chefe. 

Mesmo com aquela conversa, ainda estava decidido a não ir adiante com Baekhyun porém, não iria desmarcar o encontro com o ruivo, pois achava uma idiotice, os dois poderiam estar no mesmo ambiente e ficarem de boas. Não pensava que o menor era tão louco a ponto de começar a lhe provocar no meio de um bar cheio de gente. Foi de táxi até o apartamento do baixinho, e ele gritou para si que a porta já estava aberta e quando abriu-a, não o viu na sala.

O ruivo fez questão de tomar um banho bem demorado e se perfumar todo, o mais alto fez a mesma coisa. O moreno vestia uma calça jeans bege e uma camisa social preta com a manga dobrada até o cotovelo, o cabelo estava extremamente alinhado, seu topetinho? ´Perfeito. Se arrumou mais rápido do que o menor, obviamente o Byun era bem mais vaidoso do que ele. 

— Vamos? Não quero que cheguemos tarde. — Falou, saindo de seu quarto, simplesmente exuberante. O Park lhe olhou dos pés a cabeça.

— Você ‘tá lindo. — Elogiou, ainda embasbacado com a beleza alheia. 

— Obrigado, Yeol. — Sorriu. — Você também está lindo, na verdade, você é lindo, belo. 

Baekhyun continuava com os cabelos desarrumados, vestia uma calça preta e uma blusa branca de listras pretas na horizontal que deixavam seus ombros aparentemente mais largos, estava com uma maquiagem bem natural, apenas passou um corretivo em suas olheiras e selou com um pó, também delineou os olhos levemente, um modelo tem que estar preparado sempre, por isso tinha maquiagem em casa.

Foram no carro do baixinho, e quando chegaram no lugar, ambos desceram. O Byun ficou feliz ao sentir o cheirinho de café vindo do estabelecimento.
Entraram, pediram uma mesa e se acomodaram. Enquanto liam o cardápio para fazer o pedido, Baek fez algo que deixou o outro surpreso, tirou de seu bolso uma caixinha de óculos, e colocou em seu rosto para ler. Era um óculos com a armação bem fininha e as lentes arredondadas.

— Você usa óculos? — Perguntou surpreso, e o ruivo levantou o olhar para si por debaixo do acessório. — Aish, não me olha assim!

— Eu não consigo ler direito sem eles, confio no seu gosto ‘pra pedir o mesmo prato que você, mas gosto de variar. Se a comida daqui for boa eu como o meu, e ainda roubo do seu. — Sorriu.

— Não ouse encostar na minha comida, Byun. — Grunhiu.

— E você vai fazer o que caso eu faça isso? 

— Te amarro ‘pra você não roub-

— Ai, quero. Não sabia que você gostava dessas coisas. Ou tinha esse fetiche. Anotado. — O interrompeu e Chanyeol abaixou a cabeça. — Cara, eu amo te deixar sem graça. Você fica tão fofo!

— Eu desisto de você.

— Desiste não, a gente tá só começando.

Quando a comida chegou os rapazes conversavam sobre assuntos banais, e comeram ficando muito satisfeitos. Até que o tempo passou, e Baekhyun quis prolongar o encontro, que do jeito que estava indo, não iria dar em nada. 

— Garçom, quatro garrafas de soju. — Pediu. — Duas minhas, duas suas. — Disse animado. — Ou você não aguenta beber, belo adormecido?

— Eu diria que aguento até mais do que você. 

Meio que fizeram um desafio bobo, e Chanyeol tomou apenas uma garrafa de Soju, o ruivo pegou sua outra. O Park tentou impedi-lo de ficar COMPLETAMENTE bêbado, mas não conseguiu, era impossível conter Baekhyun às vezes. 

Pagaram a conta, e o baixinho não conseguiu dar dois passos sem cambalear e falar besteiras.

— Ch-chan, tá tudo girando. Uhul! — Gritou animado. — Uiii! — Soltou-se do rapaz e desceu as escadas para sair do estabelecimento muito rápido, acabando por tropeçar em seus próprios pés no último degrau.

— Socorro, você ‘tá muito louco. — Riu correndo para ajudar o outro a se levantar. — Sua sorte, é que eu sou forte ‘pra álcool, diferente de você pelo visto.

— Eu sou forte sim, viu? — Colocou seu dedo indicador no rosto do moreno e tocou seu nariz. — Fofo. 

— Vem cá, vem. Eu dirijo agora. — Escorou o outro em si e quando estavam chegando perto do carro o ruivo virou-se e começou a berrar.

— SOCORRO! ESTOU SENDO RAPTADO! — Gritou. — TEM UM POSTE QUERENDO ME SEQUES…

— Qual é o seu problema? — Chanyeol perguntou dando passos para trás. — Quer que alguém chame a polícia e eu seja preso.

— Hoje eu que quero te prender. — Riu e soluçou. — Channie, me leva nas suas costas? — Ergueu os braços na direção do mais alto e fez um bico enorme nos lábios.

— Como é que é? — O Park perguntou com as mãos na cintura e desacreditado. — Eu não vou te carregar. 

— Por favor! — Pediu esperneando. 

E Chanyeol não acreditou que teve pena de um marmanjo bêbado, mais velho do que si, esperneando e pedindo para ser carregado em suas costas. Porém, depois de alguns micos que o ruivo fez o moreno passar, acabou aceitando. Baekhyun pulou todo desajeitado em suas costas e lhe abraçou fortemente, parecia um verdadeiro coala agarrado em uma árvore, mas o Park preferiu dizer outra coisa:

— Você ‘tá parecendo um carrapato. — Riu, enquanto caminhava.

— Calado, uber. 

— Eu vou te deixar na caçamba de lixo mais próximo.

— ‘Nhão! — Disse manhoso o abraçando mais forte. — Você não é um uber humano, é o meu belo adormecido. 

O moreno balançou a cabeça e sorriu feliz pelo apartamento não ser tão longe do Pub’s, Baekhyun não era tão pesado, mas era o suficiente para lhe fazer cansar. Quando lhe tirou das costas para entrar no elevador do condomínio suspirou de alívio e reparou no olhar pesado do baixinho em si e lhe olhou de volta.

— Já disse ‘pra não me olhar assim. — Reforçou o que ficou dizendo durante a noite toda.

O ruivo tirou seu olhar do Park e fixou-o em qualquer outro ponto, ficou quieto por poucos minutos. Quando abriu a porta de seu apartamento, e impediu Chanyeol de se despedir segurando em sua camisa, o puxando para dentro do lugar em que a brincadeirinha entre aqueles dois iria começar.

— Não vai embora, Yeol. — Disse, segurando a camisa do moreno, e o mantendo perto de seu corpo. — Fica comigo… — se aproximou do rosto alheio 

— Eu vou ter que ir de manhã ‘pra o restaurante, Baekhyun. — Falou virando o rosto para o lado, tentando desviar e sentindo o hálito de álcool com hortelã.

— Nãooo! Você trabalha ‘pro meu pai, ‘tá justificado.— O abraçou enquanto falava de forma manhosa.

— Baek…

— Eu digo que você tava comigo.

— NÃO! Você ‘tá louco?! — Perguntou já ficando nervoso.

— Mas, channie…

— Mas seu pai vai me demitir. — Imitou o tom de voz de dengo do menor.

— Vai não… — Choramingou, para em seguida colocar as mãos nas costa alheias e ficar na ponta dos pés para poder chegar com seus lábios no pescoço alheio, já beijando aquele lugar. — Não me deixa aqui sozinho, Yeol… — Disse com a respiração pesada enquanto fazia o mais alto se arrepiar por aqueles toques.

Porém, antes de tomar um choque de consciência estava quase pondo as mãos na cintura alheia. O segurou pelos ombros e afastou.

— Baekhyun, você está bêbado. Para. — Falou sério, porém parecia estar falando com as paredes, porque o ruivo voltou a atacar seu pescoço e ousou descer um pouco mais. — Ei, para! Eu não vou me aproveitar de você, olha o seu estado. — O segurou novamente lhe afastando de si.

— Sou EU que quero me aproveitar de você. — Falou ainda mais sério lhe olhando intensamente.

— Você, está bêbado. — Disse pausadamente.

— E você é um lesado. — Xingou soltando-o. — Eu não ‘tô bêbado. Eu só queria te trazer ‘pra cá de alguma forma. Af. — Cruzou os braços, batendo o pé no chão várias vezes. — Você fica só nesse chove não molha, me enrolando só porque eu sou filho do seu patrão. — Falou meio nervoso.

Chanyeol lhe olhava com os olhos semicerrados sem acreditar ainda. — Eu não acredito que você me fez te trazer até aqui, nas minhas costas, PORQUE ESTAVA FINGINDO ESTAR BÊBADO PRA CHAMAR MINHA ATENÇÃO! Eu vou ficar todo travado amanhã, sabia? 

— Desculpa, belo. Mas, se quiser, eu faço uma massagem em ti. — Se ofereceu sugestivo. 

— Eu não sei se fico com raiva, ou admirado pela sua insistência. — Disse com os braços cruzados. — Você é demais, sabia?

— Foi um elogio? 

— Sim. 

Os dois ficaram em um silêncio perturbador por alguns poucos minutos, até o moreno quebrá-lo perguntando como iria ser, e o que fariam. O ruivo apenas suspirou e disse o que já estava claro a muito tempo.

— Eu só sei que eu quero você. Desde aquele primeiro dia na cozinha, desde que começamos a conversar e eu fiquei dando em cima de você, que visivelmente gostava. — Se aproximou. — Vai, Chan. Não seja tão puritano, o que vai acontecer não vai influenciar em nada no seu emprego, talvez até te ajude. — Sorriu. — Eu estou muito interessado em você, Park. — Colocou as mãos no peitoral alheio. — E acredite, eu não falo isso pra qualquer um que faz meu coração bater mais rápido, contigo, ele parece que vai saltar do meu peito quando você se aproxima de mim com essa carinha fofa e inocente. Que de inocente não tem nada, é o belo adormecido mais gostoso do mundo. 

Sem dar chances do moreno falar alguma coisa, se viu perdido olhando os lábios cheios do mais alto, e ao subir o olhar ao reparar que estava sendo encarado, não se aguentou. Empurrou o Park para trás, lhe fazendo quase bater as costas na parede. Agradeceu ao seu vizinho do prédio da frente, por estar dando uma festa com música boa, que só melhorou para um clima ser formado ali. Puxou Chanyeol para um beijo rápido e afoito, ambos mexiam a boca de forma sincronizada e rapidamente o contato se tornou mais íntimo quando a língua do moreno adentrou sua boca, Baekhyun chupou-a. O Park o puxou para ficar com o corpo ainda mais grudado ao seu.

Em questão de segundos já pode sentir as mãos grandes do moreno em seu corpo, adentrando por sua camisa enquanto os dois se beijavam. Mãos essas que rapidamente desceram para a bunda do mais baixo, apertando as bandas. O ruivo mordiscou o lábio inferior do outro, e cessou o beijo. 

Segurou em sua mão e andou consigo pela casa até chegar na porta de seu quarto. O ruivo mordiscou o lábio inferior do outro e cessou o beijo. 

— Parece até que eu estava adivinhando que você iria conhecer minha cama hoje, até arrumei o quarto. — Disse bem humorado. 

— Que bom, ‘né? Agora vem cá. — O puxou com rapidez para mais perto de si. — Você vem me deixando louco esses dias, sabia? — os lábios quase tocando os do outro. — Eu quero você… — e suspirou, encostando sua testa na do ruivo. 

Começaram com os beijos e amassos e, em questão de dois minutos, já estavam sem camisa. Baekhyun provocava Chanyeol de uma forma que o Park era capaz de fazê-lo seu ali mesmo, em pé. Porém, o baixinho o virou fazendo-o ficar de costas para sua cama, e o empurrou no colchão. Os olhares dos dois pareciam que trocavam farpas de tão cheios de luxúria que estavam, o ruivo sorriu malicioso antes de tirar seu cinto e descer sua calça já engatinhando na cama para ficar por cima do moreno apenas de boxer.

— Tira a camisa. — O menor pediu e assim o outro fez. — Lindo. — Sorriu de canto, observando a beleza alheia.

— Eu quero muito continuar com isso, mas e se eu acabar pegando no sono…

— Eu vou entender perfeitamente, e assim que você acorda, a gente continua onde parou ou volta tudo de novo. — Disse compreensivo, porém sem perder a sua malícia.

Chanyeol assentiu e abraçou Baekhyun lhe enchendo de beijos e carinhos, vice-versa. Era a melhor coisa ouvir os barulhos fofos que o Park fazia a cada mordidinha que o menor deixava em seu peitoral, inesperadamente o ruivo parou o que estava fazendo e sentou justamente em cima do quadril alheio.

— Não faz isso do nada. — Reclamou e sorriu já sentindo o seu baixo ventre fisgar a cada vez que o baixinho fazia questão de colocar a mão em seu membro por cima da calça. 

— Então, sabe quando estávamos no bar? E você me falou sobre ter um certo fetiche… — Disse, enquanto sentia as mãos do outro em sua bunda. — Calma, apressado. Me escuta falar primeiro, depois você dá atenção ao meu corpinho lindo.

— Não me diga que você é masoquista. — Perguntou semicerrando os olhos. 

— Não, cara. Mas, sabe… Se você topar, eu só queria dizer que eu tenho um par de belezinhas, guardadas na minha gaveta. Que a gente poderia usar, os dois. — Falou com a maior expressão de luxúria.

— Os dois?

— Ou acha que só você que vai me foder hoje? — Perguntou como se fosse óbvio e riu alto quando percebeu que o outro não demonstrou nenhuma reação. — Você é uma graça, meu príncipe. 

Quando os dois estavam pelados e aproveitando cada parte do corpo um do outro, depois de um oral mais do que perfeito que fez Baekhyun pensar que valeu a pena a cada centavo por seu quarto ter isolamento acústico, assim não teria uma queixa de todos os seus vizinhos. Segurou os cabelos do Park, parando o que este estava fazendo, já que estava perto de chegar em seu ápice, mas não queria isso agora, tinha o restante da noite pela frente. O ruivo estava ofegante enquanto o moreno estava dando o seu melhor para chupar o pau do Byun, que estava fazendo daquela noite, uma das melhores.

— Porra, você faz melhor do que eu sonhei. — Sorriu e segurou o outro pelo queixo, lhe levantando e dando um beijo de língua mais do que quente, sentindo seu próprio gosto. — Deita, que agora é que a festa vai começar ‘pra você. 

— Baekhyun, eu amei as suas tatuagens. — Chanyeol tinha esquecido de citar aquilo antes, mas achou o corpo alheio ainda mais sensual com as tattoos.

— Obrigado, Chan. — Sorriu agradecido.

Enquanto o Park deitava na cama, o ruivo foi até a gaveta de seu criado-mudo pegou uma coisinha e a escondeu nas mãos. Voltou para cima de Chanyeol novamente beijando-o, todavia, pegou as duas mãos do moreno e as levou até a cabeceira da cama. O maior parou imediatamente o beijo quando se deu conta de como estava.

— Você não fez isso. — Disse desacreditado.

— Ah, eu fiz sim. E agora eu vou aproveitar você todinho, belo. — Sorriu de canto.

Um modelo de algema revestido com pelúcia, para prender na cabeceira. Aquilo foi o auge da noite sem sombras de dúvidas.

E de fato, aproveitou. Explorou com a boca cada centímetro do corpo alheio, descobriu os lugares em que Chanyeol era mais sensível, e como ficou indefeso daquela maneira. Dava leve espasmos, seu corpo vibrava a cada toque mais obsceno do ruivo, ganhou mordidinhas e leves chupões na coxa, estava completamente excitado. 

De olhos fechados e com a cabeça deitada, mas sempre que ousava erguê-la para poder ver o que o outro fazia era sempre um baque com grande impacto. Ver a boca de Byun Baekhyun, o ruivo mais lindo que já conhecera, em seu falo enquanto lhe olhava nos olhos era a melhor visão de sua vida.  

— Baek.... Você é…

— Eu sou incrível, eu sei. — Soltou o membro alheio apenas para falar aquilo. Voltou com a sucção descendo para os testículos do moreno colocando um de cada vez em sua boca enquanto massageava o outro. — Me fala, Yeol… Você quer algo específico? 

— E-eu quero que você me solte. — Disse meio trêmulo.

Parecia que ia explodir de excitação, o clima daquele quarto era demais para si. O cômodo cheirava a sexo, e estava quente de verdade, o fato de não poder corresponder ou tentar se satisfazer lhe deixou ainda mais quente, até sua temperatura parecia estar mais alta. 

— Só depois que eu te fazer chegar nas nuvens, Park. 

Com aquilo, Baekhyun levou dois de seus dedos até os lábios do outro, e arqueou a sobrancelha, Chanyeol chupou-os com rapidez, apesar do que estava fazendo e  o que estava prestes a acontecer, ainda era meio tímido. O ruivo levou os dedos até a entrada do Park e começou a penetrá-lo, devagar, iniciando um vai e vem calmo, sem muita pressão ainda. O maior parecia estar gostando, pelos gemidos baixos que dava e por estar se remexendo tanto nos dedos do outro.

— Você gosta? — Baekhyun perguntou.

— Eu gostaria mais se fosse você.

— E o que mais? — Instigou, tirando os dedos de dentro do moreno. — Você prefere a mim?

— Sim, eu quero você, Baekhyun. Por favor, logo… 

O ruivo fez uma expressão satisfeita ao ouvir o pedido do mais alto, e faria o que ele quisesse. 

Abriu com delicadeza as pernas do moreno, lhe deixando totalmente exposto para si, colocou os tornozelos do que estava deitado em cima de seus ombros, e posicionou seu membro na entrada alheia, começou a se introduzir devagar no interior de Chanyeol, sentindo as paredes internas lhe expulsarem. Aquilo deixou o Byun ainda mais excitado.

— Você está bem? — Baekhyun perguntou cuidadoso. 

— Hmrum. 

Era nítido, estava estampado na testa do Park que naquele momento sentia dor apenas, e parecia nervoso, muito nervoso. O ruivo queria perguntar, mas achou que seria um pouco inconveniente — mais do que já costumava ser —, entretanto achava que aquela estava sendo a primeira vez do mais alto como passivo. Baekhyun tinha um jeito meio agitado, e era ainda mais quando se tratava de suas relações sexuais, parecia que estava entrando em ebulição, mas não queria se afobar demais e acabar somente tendo prazer, não fazendo com que o parceiro pudesse sentir isso também. Então pensou em ajudar o outro de alguma forma.

— Yeol, relaxa… — Disse calmo. — Se tiver doendo muito, voc…

— Continua, q-que tá ficando bom… — Falou com os olhos fechados, sua expressão estava menos tensa de fato. — Não precisa se preocupar tanto.

— É claro que me preocupo, e aish, não me aperta desse jeito. — Pediu arregalando os olhos. — Eu vou m-me mexer, ok? — Estava gaguejando por ter que se controlar ao máximo e não atacar o outro completamente.

— Ok. — Abriu os olhos. — Me faça completamente seu, Byun.

— Eu farei, belo. — Sorriu.

Começou a se mover minimamente, e esperou o primeiro gemido de Chanyeol que veio como uma verdadeira melodia até seus ouvidos. Suspirou audivelmente quando ouviu o moreno, ficou a estocá-lo em um vai-e-vem ritmado, ambos estavam em puro êxtase, gemiam. O Park rebolava em busca de mais contato, até o Byun começar a ir mais forte.

— Ah! Baekhyun-ah! — Gemeu.

— Não geme meu nome, por… — Iria falar um palavrão, mas foi interrompido por outro gemido ainda mais alto do outro. 

Chanyeol estava duríssimo, sentiu que estava quase gozando. Avisou ao ruivo, que saiu de seu interior e colocou a mão no pau do outro, o masturbando, até que chegou ao orgasmo, e se derramou na mão deste. Que sorriu satisfeito.

O Park estava suado, seu topete estava totalmente desfeito, alguns fios grudados em sua testa e seu peito subindo e descendo, estava ofegante. E exalava tensão sexual. Baekhyun deitou-se em cima de si e foi até seus lábios lhe dar um beijo, um beijo lento. Os lábios se mexiam com mais calma, e suas línguas tocaram-se minimamente.

— Vai me soltar agora? — Chanyeol perguntou com a voz rouca. 

Foi cuidadoso com o mais alto, mas não queria que ele fosse cuidadoso consigo. 

— Eu faço tudo o que você quiser, agora. — Falou maliciosamente, já pegando a pequena chave em cima do criado-mudo e abrindo as algemas. 

— E o que você quer que eu faça contigo? — Disse abraçando o corpo do menor.

— Eu quero que você me pegue de jeito.

O Park não respondeu nada, apenas dirigiu os lábios até o pescoço do menor, beijando ali e dando chupões deixando algumas marcas que mais tarde tomariam uma coloração bem mais forte do que a do momento. Lambeu aquele lugar, e foi até o lóbulo da orelha alheia mordisca-lo, quando passou a mão pelo braço do ruivo, sentiu que ele estava arrepiado. Sorriu vitorioso. 

Antes que Baekhyun falasse alguma coisa, sentiu um tapa estalado em sua bunda. Gemeu baixinho e sorriu, rebolando por cima do membro do Park. Chanyeol o puxou para um beijo, um beijo com volúpia e parecia que seria o último da vida daqueles dois, mordeu o lábio inferior do menor, que sorriu ao sentir o moreno já se posicionando em sua entrada. O Park iria perguntar se precisava o preparar, porém, foi mais rápido na resposta.

— Eu me preparei antes da gente sair. Acredite, eu já sabia que iríamos terminar a noite assim. — Disse baixo.

— E como você sabia?

— Eu sempre consigo o que eu quero, Yeol. — Falou sexy. 

Colocou as mãos espalmadas na bunda de Baekhyun, e apertou aquele lugar, o puxando para cima, pois estava se ajeitando, para se escorar um pouco na cabeceira. Com um joelho em cada lado do corpo mais alto, o ruivo estava sentando no membro do Park que tinha as mãos em sua cintura, quando o baixinho desceu completamente em seu pau, ambos gemeram juntos, não demorou muito e o Byun já estava rebolando ali. Deitou-se para frente, com a cabeça no peitoral alheio, enquanto permanecia empinado com Chanyeol em seu interior. 

— Yeol, me dá um tapa. — Baekhyun pediu com a voz ofegante e manhosinha.

O moreno obedeceu o pedido rapidamente. Deu um tapa forte, que recebeu um gemidinho dengoso em resposta.

— Você é uma delícia, sabia? — Perguntou.

— Eu sei, Byun. Eu sei. — Sorriu. 

Ainda com as mãos na cintura alheia, começou a ditar os movimentos do quadril do outro e o ruivo permitiu-se isso. Em alguns minutos, o menor já estava vibrando em cima do Park, enquanto praticamente cavalgava no membro de Chanyeol, o mais alto lhe masturbava com a mão livre. Era tesão demais, Baekhyun gemeu arrastado, chegando em um longo ápice e ainda meio cansado pelo orgasmo que teve, foi virado. Ficando agora com o outro por cima de si, deixando uma trilha de beijos em seu corpo, lhe lambendo e dando mordidas em lugares estratégicos, até que recebeu uma atenção especial em seus mamilos, lugar que era extremamente sensível. 

Quando chegou no rosto do baixinho, Chanyeol sorriu e lhe deu apenas um selinho, e tirou seus fios ruivos que estavam grudados em sua testa. 

— Você foi incrível. — Baekhyun falou respirando fundo. — Mal espero para que possamos rep…

Antes que pudesse terminar de falar, sentiu o peso do outro em cima de si completamente. Se assustou por um segundo, porém ao olhá-lo e ver que seus olhinhos estavam fechados, percebeu o que havia acontecido. O Park tinha pegado no sono.

O ruivo sorriu, lhe deu um beijinho na testa e com certo cuidado, mesmo sabendo que ele não acordaria nem com um terremoto, o tirou de cima de si, levantou para o cobrir com seu edredom, e depois se juntou ao moreno, lhe abraçando a cintura. Naquela madrugada, os dois dormiram como bebês, felizes e mais do que satisfeitos.

[...]

No dia seguinte, Baekhyun acordou depois de muita insistência de si mesmo. Abriu os olhos devagar e coçou-os. Esticou os braços para abraçar Chanyeol, porém, o lado da cama estava vazio. Ficou levemente preocupado, e triste. O que lhe fez estranhar. Geralmente não era do tipo sentimental, mas queria acordar ao lado do Park, e não sabia o exato motivo de estar querendo tal coisa.

Levantou meio dengoso, querendo que o mais alto estivesse ali. Todavia, foi ao banheiro fazer suas higienes pessoais, pensando aonde o moreno estaria. Quando saiu do banheiro, foi em direção a cozinha, estava morrendo de fome.

Assim que abriu a porta do quarto e saiu, sentiu aquele cheiro divino vindo de sua cozinha, abrindo o maior sorriso do mundo, sabendo o que lhe esperava. Ao chegar no cômodo, suspirou, era sempre lindo de se ver, e agora ainda mais. Park Chanyeol cozinhando sem camisa, com aqueles ombros largos a mostra, o ruivo sorriu feliz.

Ainda mais feliz por notar que estava de volta ao mesmo ambiente, e da mesma forma no ponto de início entre os dois. Ele tinha acabado de acordar e foi surpreendido por aquele grandão de orelhas salientes cozinhando para si, igual na manhã em que se falaram pela primeira vez.

— Bom dia, Baekhyun. — Chanyeol virou para si e sorriu, desligou o fogão e foi até o menor lhe dando um beijo na testa.

— Bom dia, belo adormecido. — Byun Baekhyun respondeu com um sorriso trouxa e uma estranha voz, de bobo apaixonado.



 


Notas Finais




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