História O caminho para recomeçar II - Novos recomeços. - Medo.

Segurava tremula o papel em minha mão com o POSITIVO escrito em letra maiúscula, as lagrimas caiam em minha bochecha e eu queria pular de felicidade, meu segundo filho, um irmão para Alice, o filho do homem que amo, Justin estava eufórico, Pattie estava conosco, minha mãe chegaria em seguida, Alice só ficava grudada comigo acho que ela estava com medo de me perder pro bebê, mas ela era minha vida e eu nunca a trocaria, a felicidade agora era dupla.

— Mãe, posso conversar um pouco asós com a Alasca?

— Claro que sim.

Pattie e Alice saíram e Justin se aproximou sentando ao meu lado, sua mãe esquerda tocou a minha e nossos olhos ainda molhados pela emoção se olharam intensamente.

— Sinto muito por ontem, fui negligente e talvez você tenha razão...

O interrompi e sorri de lado.

— Xiii, ei. — Passei a mão em sua bochecha e continuei — Está tudo bem.

— Certeza?

— Claro que sim, foi só algo que aconteceu e sei que não acontecerá de novo. — Peguei sua mão e coloquei em minha barriga. — Somos quatro agora.

Justin me abraçou e tocou seu lábio em meu ombro.

— Eu te amo Alasca...

(....)

Sexta feira.

Entrei no carro e fui em direção ao medico, comecei o prenatal, e pelo menos uma vez na semana precisava ver como o bebê estava.
Fiz todos os exames necessários e sentei pra conversar com a medica que se chama Rose.

— Alasca, você me disse que sua última menstruação foi no dia vinte porém esta errado pois o bebê está bem grande pra estar de duas semanas.

— Como assim... não, espera. — Comecei a repensar e cai na real que fazia dois meses que eu não menstruava.

— Você está quase de três meses, logo você poderá ver o sexo do neném — A medica dizia sorridente.

Mas eu não estava me sentindo bem, sai do consultório sentindo uma coisa estranha dentro de mim, a três meses eu ainda estava com o Nathan, se eu estava com ele pode ser que o filho seja dele.
Minhas mãos tremiam enquanto segurava o volante, eu estava com medo, medo de tudo e medo de magoar o Justin, mas o maior medo de todos era de perde-lo. Passei em três sinais vermelhos, cheguei na casa da minha mãe e nem toquei a companhia, apenas entrei e me sentei no sofá.

— Alasca, o que foi? Você está pálida.

— Mãe, vem aqui por favor.

Ela se sentou ao meu lado e deitei minha cabeça em seu colo,

— O que foi meu anjo?

— Não consigo falar agora, só fica comigo...

Seus dedos acariciavam meus fios e fechei os olhos para ver se parava de pensar naquilo.

Acordei ainda sonolenta e ouvi minha mãe conversar com alguém, cocei os olhos e virei a cabeça pra trás, vi Emily com a minha mãe na cozinha, ela parecia bem, quando ela me fitou veio até mim sorridente.

— Acabei de sair do hospital. — Disse ela me abraçando. — Estou muito melhor.

— Parece mesmo que você está bem.

— Mais e você está abatida, o que houve?

— Eu preciso conversar com alguém mais estou com medo.

— Pode falar comigo o que for estou aqui pra você sempre!