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História O Caminho que Trilhamos - Suposições


Escrita por: Vany-chan734

Notas do Autor


Oie, gente
Venho aqui atualizar a fic, um beijinho :*
P.S: Leiam as notas finais.

Capítulo 12 - Suposições


Fanfic / Fanfiction O Caminho que Trilhamos - Suposições

As meninas foram até a churrascaria, comumente frequentada por Chouchou e seus pais. 

Elas se sentaram à uma mesa no centro do lugar e esperaram até um garçom gentil atendê-las:

- Olá, Chouchou! Vai querer o de sempre? - ele demonstrava familiaridade para com ela.

- Ah, não sei... - olhou para a Uchiha - Sarada, você come carne? Podemos dividir uma porção grande.

- Sim - apesar de comer pouco, sabia que a amiga comia com gosto as porções do lugar.

- Já está anotado! - o garçom respondeu animado, voltando-se para a cozinha e deixando-as à sós.

A morena permaneceu quieta, esperando que a outra lhe explicasse as "novidades" na Vila. 

- Bom, por onde eu começo? - foi uma pergunta retórica - Ah, já sei! - e começou a rir.

Sarada observava intrigada, afinal o quê era tão engraçado? Ela esperou o surto de riso da amiga passar com a expressão desgostosa. 

- Desculpa, Sarada! É que eu e o Boruto fomos "cupidos" - ela fez aspas com os dedos - no relacionamento do Inojim com o Mitsuki, embora não fosse essa minha ideia inicial...

A Uchiha continuava quieta, dando permissão para que a Akimichi continuasse e ela assim o fez: 

- Depois que você foi embora, na verdade, nas semanas seguintes, eu e o Boruto sentíamos muito a sua falta - o tom era melancólico - e nos aproximamos, acabamos conversando várias vezes e em muitas delas o Mitsuki estava junto... e você lembra como ele provocava nós duas? Aqueles comentários idiotas sobre garotas e suas "síndromes da heroína trágica" - ela fez as aspas novamente - eu, erroneamente, pensei que ele falava aquilo para chamar minha atenção e então comecei a me interessar por ele... 

Ela fez uma pausa para que a ouvinte assimilasse as informações dadas. A Uchiha entendeu que o interesse dela era de cunho romântico e em seguida balançou a cabeça afirmativamente para que ela continuasse a narrativa.

- Bem, nos meses seguintes as coisas só favoreciam a leviandade dos meus pensamentos, porque o Boruto começou a marcar encontros entre nossas equipes, como se fosse um cupido para mim e para o Mitsuki. Quando ele não fazia o convite, eu o fazia. E assim a situação foi se estendendo até que uma vez eu cansei daqueles encontros disfarçados e chamei o Mitsuki diretamente, claro, usando a desculpa que chamaria o Boruto e o Inojim - ela fez uma pausa pensativa - ... o Shikadai nunca ia nesses encontros, era preguiçoso até para sair comer! - levantou as mãos dando intensidade na fala.

Sarada sorriu de lado levemente. E Chouchou continuou:

- Voltando à história... naquela vez eu fui sozinha ao Ichiraku e esperei pacientemente o Mitsuki, que foi pontual e estranhou o fato dos outros estarem ausentes, mas eu fui logo fazendo um discurso sobre os sentimentos dele e que ele não precisava ser tímido, até ele me interromper dizendo que eu  estava equivocada...

Chouchou lembrava do momento exato:

" - ... Não precisa ter medo dos seus sentimentos, é totalmente normal você se sentir atraído por mim... 

- Chouchou, não sou atraído por você! - ele cortou o assunto avidamente, deixando a menina de boca aberta.

- Como assim? - ela tentava assimilar o que ele havia declarado - não é apaixonado por mim?

- Por você não - confirmou paciente e enrubrecido.

- Mas você vinha em todos os nossos encontros e até observava escondido a minha equipe treinando! 

Ele enrubreceu mais ainda.

- Não me diga que você está gostando do Inojim - zombou sarcástica revirando os olhos. 

O azulado não respondeu, apenas piscava nervoso sobre a declaração. Ela, enfim, entendeu que ele gostava de seu amigo loiro e que ela havia enganado-se em suas observações. Sentiu-se envergonhada, queria sair correndo dali, já que a sua paquera havia a recusado, e por um amigo pessoal! 

Eles se encararam por longos minutos até ela falar:

- Desculpe... achei que você gostasse de mim...

- Eu gosto, como amiga - respondeu menos avermelhado.

- Hum... eu não sei o que o Inojim sente... ele nunca comentou comigo sobre nenhuma garota ou garoto da Vila - comentou mais para si mesma, porém Mitsuki prestava atenção às palavras. 

O olhar atento dele tornou-se triste com a declaração final dela. A negra percebeu e se tentou melhorar o discurso:

- Quer dizer, ele é muito tímido sabe? Nunca fala muito sobre ele mesmo, sempre fica desenhando naquele caderno vermelho dele... 

Os olhos âmbar do azulado fitaram os dela, mostrando esperança. 

- ... você deveria tentar uma aproximação... - ela sugeriu.

Ele enrijeceu o corpo e tornou-se mais pálido ainda. Aquela hipótese estava fora de cogitação! Só de estar perto de Inojim sentia o coração bater acelerado e o estômago embrulhar, quando conversavam, eram rápidos e diretos. Sentia que seu sentimento não era recíproco, afinal o Yamanaka quase não o olhava. 

Chouchou fez uma careta percebendo a situação.

- Não fale nada para ele - Mitsuki sussurou envergonhado.

A menina queria debater, mas depois daquela situação com ele, ela não era a melhor pessoa para aconselhá-lo, então concordou com a cabeça. 

Minutos depois eles se despediram, indo cada um para sua casa, sem comerem seus ramens."

Ela contava sobre o encontro com nostalgia para a Uchiha. 

- Depois daquilo, eu conversei com Boruto, tentando saber se ele sabia da paixão do amigo, e ele me respondeu que sim. Os encontros eram para aproximar os meninos, mas todas as vezes eram falhos. Assim nós decidimos nos unir - o olhar dela brilhou - eu e Boruto combinamos de chamá-los para comer no Ichiraku novamente, mas sem eles saberem que a outra equipe ia. Eu convidei o Inojim que aceitou, e o Boruto o Mitsuki, também. Porém, nós os "cupidos" - fez as aspas de novo - não fomos. Ou seja, eles acabaram se encontrando lá... depois Boruto me contou, já que o Mitsuki se abria mais com ele do que o Inojim comigo, que eles ficaram mais de quinze minutos em silêncio conjunto, até o Inojim falar um singelo "oi". Eles começaram a conversar depois, porém pouco.

- Ele falou "oi" depois de quinze minutos?! - Sarada falou indignada com as sobrancelhas erguidas.

Chouchou riu e assentiu com a cabeça. 

- Inojim, coitado, achou que algo tivesse acontecido comigo para eu não ter ido! - ela ria mais ainda. 

- Nossa, quanta ingenuidade - Sarada comentou rindo.

O garçom voltou com uma travessa cheia de pequenos pedaços de carnes temperadas e a colocou sobre a mesa. Ligou a churrasqueira no centro e saiu sorrindo.

Chouchou depositou alguns pedaços sobre a grelha e jogou molho shoyo por cima. Sarada repetiu os movimentos e esperaram as carnes assarem. 

- E depois daquele encontro? - Sarada perguntou curiosa.

- Bem, eles começaram a se falar sozinhos... eu e o Boruto continuavámos marcando nossos encontros... mas demorou uns três meses até o Mitsuki se declarar... Inojin me contou que ele foi na Floricultura dele e comprou uma um lírio branco, que é a flor favorita do Inojin, assim que pagou por ela, a entregou à ele. Inojin não teve reação de início, depois saiu correndo para os fundos da loja - ela sorriu lembrando-se. 

Sarada pegou uma carne no ponto e comeu-a, ouvindo atentamente. 

- Depois disso, Inojin evitou o Mitsuki por uma semana, ai eu intervi pelo Mitsuki. Falei pro Inojin se abrir com ele e parar de isolá-lo, se não ele pensaria que estava sendo rejeitado. O Inojin me ouviu e escreveu "eu gosto de você" no seu caderno de desenhos e entregou ele para o Mitsuki. Foi a primeira pessoa que ele deixou olhar o caderno completo - ela parou de falar para comer seus pedaços de carne bem passados. 

Colocaram juntas mais pedaços na grelha e Chouchou continuou.

- Por fim, seis meses depois de você ter ido treinar com seu pai, ele e Mitsuki formaram um casal oficial, todos sabiam deles, por mais discretos que fossem. 

- Hum, Ino, Sai e Orochimaru aceitaram bem? - Sarada perguntou, pensando se fosse ela e Boruto, reprimindo o pensamento imediatamente.

- Bem, Sai e Ino sim. Na verdade, a tia Ino queria encher o Mitsuki de presentes e afagos, ao mesmo tempo que o ameaçou caso partisse o coração do Inojim - gargalhou. 

Sarada riu da situação vivenciada pelo companheiro e pela risada escandalosa da amiga. Aquilo aqueceu o coração da Uchiha. "Senti sua falta, Chouchou" refletiu observando-a comer três pedaços pequenos de carnes. 

- Já o Orochimaru não sabe... - continuou - o Mitsuki diz que não confia tanto nele a esse ponto. Por isso, o relacionamento deles só é oficial dentro da Vila e ele se recusou a falar o nome do Inojin no Exame. 

- Hum - Sarada grunhiu concordando enquanto comia mais carnes. 

- Mas e você, Sarada? - questionou com um sorriso malicioso. 

- O que tem eu? - falou entre a mastigação.

- Você e o Boruto vão se assumir quando? - foi extremamente direta.

- O quê?! - engasgou com a comida, tostindo em seguida. 

- Ah, qual é! Não se faça de desentendida! Desde que você voltou, ele não para de falar de você - ela revirou os olhos. 

- Eu não sei nada sobre isso - desviou o olhar e sentiu-se enrubrecer. 

- Deveria dar uma chance à ele - o tom era sério, chamando a atenção da Uchiha.

- Talvez eu passe na casa dele amanhã - enrubreceu novamente. 

Chouchou comeu um pouco mais e depois falou:

- Bom, sobre mais novidades... minha equipe perdeu para a equipe da areia do filho do Kazekage, naquele Exame Chunin, assim nós refizemos o Exame Chunin na edição anterior. 

- Hum, pelo menos nós passamos - comentou curvada comendo a última carne. 

Sarada terminou sua refeição. Estava satisfeita.

- Sim! Os meninos queriam se inscrever no Exame Jounin, mas o Shikadai estava viajando com o pai e perdemos a inscrição. 

- A minha equipe não era Chunin ainda, então esperaremos o próximo ano.

Chouchou acabou com a última porção da travessa e colocou as mãos sobre a barriga estufada. 

- Terminei. 

Sarada sorriu seu lado e acenou para o garçom que trouxe a conta. As meninas dividiram-na e depois caminharam juntas pela rua principal de Konoha.

- E sobre minha mãe e o hospital? - questionou curiosa.

- Ah, a tia Sakura ganhou mais prestígio ainda no mundo ninja, após desenvolver um tratamento barato e eficaz de uma doença respiratória com a ajuda dos avanços tecnológicos de Suna. 

A Uchiha arregalou os olhos supresa. Sabia que a mãe era uma das melhores ninjas médicas, mas ter suas atividades reconhecidas era sempre prazeroso. 

- O Hokage e a sua mãe foram juntos com o Rokudaime para Suna receber um prêmio. 

- O que o Kakashi-senpai foi fazer lá? 

- Pelo que o Boruto disse, ele estava auxiliando o Nanadaime em algum trabalho. 

- Hum - Sarada desconfiou daquilo, mas ficou quieta. 

As garotas caminhavam para o suas casas, até o ponto em que se dividiam. Chouchou abraçou a morena em despedida, que se surpreendeu da mesma forma que nas outras vezes. 

Não era acostumadas com tanto contato corporal assim. Mas não era uma sensação ruim, então aproveitou o momento.

- Tchau, Chouchou. 

A negra sorriu largamente e virou-se continuando seu caminho à esquerda, Sarada foi para sua casa, a qual estava vazia. 

"Onde estão eles?" perguntava-se até olhar um bilhete a mão da mãe preso na geladeira com um ímã. 

- Querida, tive uma emergência no hospital. Volto quando acabar. Com amor, Sakura - ela leu em voz alta. 

Suspirou e decidiu tomar banho, depois de um dia de caminhada até a Folha, sentia o corpo grudento e sujo. 

Saiu do banho e vestiu as peças de roupas novas que Sakura comprara.A blusa verde era mais curta do que parecia na frente, deixando a mostra seu abdômen, já o shorts branco era comum. 

Ao abrir a porta de seu quarto viu o pai de costa cozinhando no fogão, pelo cheiro deduziu que ele estava fritando ovos e tomates. 

- Você quer comer? - a voz rouca soou. 

- Não, obrigada. 

Ela permaneceu no batente da porta de seu quarto, observando-o. Pode vê-lo se virar e a franja movimentar, revelando o Rinnengan, o qual foi logo coberto pela franja novamente.

Ele deixou a frigideira em cima da mesa e começou a colocar a comida em um prato limpo. 

- Vai ficar ai parada? - ele perguntou calmo.

- Não. Vou sair - ela disse caminhando até a porta. 

Se arrependeu no mesmo instante. Para onde iria? Acabava de regressar da Vila da Névoa, queria descansar e apreciar a tranquilidade de sua casa, porém ficar com o pai a sós a lembrava de seu treinamento.

Ao pegar na maçaneta da porta decidiu que visitaria Boruto. Caminhou pelas ruas de Konoha até se deparar com ele conversando avidamente com Ayla. 

O loiro distraído mantinha os dois braços atrás da cabeça, enquanto ela pousava a mão direita na cintura e jogava o peso do corpo na perna esquerda. Boruto abaixou os braços falando algo, fazendo-a atirar a cabeça para trás gargalhando. Ela esticou o braço direito e tocou o ombro dele, massageando ligeiramente.

Uma menina extremamente parecida com Ayla andou até eles e puxou a barra da saia azul dela. A kunoichi olhou-a sorrindo e depois beijou Boruto na bochecha, como despedida, e caminhou de mãos dadas com a menina. 

Boruto a observou ir embora com uma cara abobalhada e corada. Quando ele olhou ao redor e percebeu a Uchiha, sua expressão mudou para espanto. A morena tinha as sobrancelhas franzidas, a boca repuxada pra baixo e os braços cruzados sob o peito.

- Sarada-chan! - ele correu até ela. 

Sarada virou o rosto desgostosa. 

- Nós estávamos conversando sobre... 

A Uchiha não prestou atenção nas palavras dele. Irritava-a a presença de Ayla e não sabia dizer a si mesma o porquê. Porém, Boruto não precisava saber disso.

- Isso não cabe a mim - ela foi grossa, mas verdadeira. 

Afinal, o que ele e a morena falavam competia, somente, à ambos. Ela não fofoqueira e muito menos mãe deles para cobrar alguma satisfação da situação. 

O Uzumaki queria explicar o mal entendido, mas chocou-se com a rispidez da garota, resolvendo falar melhor com ela depois. 

Quando Sarada estava prestes a voltar para casa, uma nuvem de fumaça surgiu ao lado deles, revelando Kakashi.

- Kakashi-senpai - proferiram juntos. 

- Olá, meninos. Por acaso, viram o verdadeiro Naruto? - a voz dele, assim como os olhos, apresentavam tranquilidade. 

Normalmente encontrava-se vários clones do Hokage realizando alguma tarefa na Vila. 

- Ele e minha mãe seguiram aquele ANBU, que apareceu em casa - Boruto respondeu.

Sarada o olhou de soslaio. "O que aconteceu?" pensou.

- Um membro do clã Hyuuga foi atacado perto dos portões da Vila - o loiro respondeu olhando-a.

A Uchiha zangou-se consigo mesma por ser descuidada e ter dito aquilo em voz alta. 

- Bom, nesse caso, eu estou indo - o grisalho acenou e desapareceu em seguida.

"Um ataque ao membro do clã mais conceituado de Konoha? Além disso, Kakashi-senpai está intervindo... meu pai deve saber de algo" Sarada refletia enquanto se afastava de Boruto, mas parou pela mão dele que segurava seu pulso esquerdo.

Ela olhou os olhos azuis cintilantes e esperou que ele se pronunciasse. 

- Podemos conversar?

- Já conversamos. Vou para minha casa.

Ele suspirou e deixou-a ir, sabendo que quando a garota quisesse falar, o procuraria.

Ela caminhou rápido pelas ruas de Konoha, pois estava intrigada com o fato. 

Chegou em sua casa e ouviu a voz do pai falar:

- ... Era completamente preto e sem rosto...

A menina entrou na cozinha e viu a mãe sentada à mesa com os olhos atentos ao marido, o qual estava encostado no batente da pia com os olhos fechados e os braços cruzados sob o peito. 

- Sarada! - ela reconheceu a filha animada. 

- O que era sem rosto? - perguntou ao pai. 

- O humanóide que atacou o Hyui - Sakura respondeu por ele. 

Sasuke assentiu calmamente.

- O que o Hyuuga disse, além da minha participação? - Sasuke abriu os olhos e fitou a esposa.

Sakura corou levemente e então fitou o teto pensativa, com o indicador no queixo.

- Bem, ele se referiu ao humanóide como uma sombra de chacra, porque não possuía nervos e nem ossos. Ah, - os olhos dela abaixaram ávidos - ele comentou que ele tentava atacá-lo principalmente na região dos olhos e que os membros dele se esticavam.

- Os membros esticavam? - Sarada franziu o cenho lembrando de Mitsuki. 

- Sim - a rosada confirmou balançando a cabeça. 

Sasuke suspirou. 

- Hyui agradeceu muito à você, enquanto eu o tratava na ala de emergência - a Uchiha sorriu. 

- Você rastreou o chacra desconhecido com o Rinnengan e interviu - Sarada concluiu olhando o pai. 

- Sim! Hyui estava em um combate bastante desigual, já que suas habilidades oculares não o ajudavam. Ele acabou quebrando duas costelas e a perna direita - Sakura explicava - foi então que seu pai apareceu e o salvou. Eu fui chamada e  o levei para o hospital - sorriu orgulhosa no fim. 

Sasuke assentiu novamente.

- Hey - Sarada teve um flash de lembrança - vocês viram todo o Exame Chunin, certo?

Sakura ergueu uma sobrancelha pela mudança súbita de assunto.

- Sim, querida. Por que?

- Vocês se lembram de terem visto um humanóide preto nas águas do mar ao redor da ilha durante a prova?  

- Não - Sakura arregalou ainda mais os olhos.

- Tinha muita neblina naquela parte. Só os vimos depois, na areia, encharcados - Sasuke proferiu.

- Bem, fomos atacados. Achei que fosse algo da prova, mas não voltou a nos atacar durante o Exame. 

- Interessante... as características são as mesmas - o moreno falou.

Eles ficaram em silêncio por alguns segundos.

- Hum... o Rokudaime estava procurando o Hokage - Sarada quebrou o silêncio sentando-se à mesa.

- Hum - Sasuke grunhiu atento.

- Será que há relação com os ataques nas outras Vilas? - a rosada questionou ao moreno.

- Talvez - respondeu - Kakashi só possui suposições, por enquanto.

- Foi por isso que o Kakashi-senpai foi com você e com o Hokage para Suna? - Sarada inquiriu. 

Os olhos esmeraldinos brilharam e ela concordou:

- Sim. 

- Kakashi disse algo à você? - Sasuke perguntou.

- Não - Sarada sabia que eram informações confidenciais.

- Vou atrás dele e de Naruto - o Uchiha caminhou pela cozinha, tocou a testa da filha e depois a da rosada. 

Ela viu a mãe segui-lo com olhar e depois voltar-se à menina.

- Como parou aquele humanóide no seu Exame? 

- Usei o jutsu de prisão d'água e depois fiz com que a água o cortasse. 

- Hum... - ela assentiu.

Sakura se levantou e pegou um livro na estante da sala.

- seu pai coletou um pouco da gosma dele... - procurou alguma página - vou precisar analisar no laboratório amanhã. 

- Tudo bem, mãe. Pode estudar agora - sorriu. 

Sarada fez o mesmo. As duas só pararam no fim da da tarde para Sakura cozinhar um ensopado de tomate. 

Quando a janta estava quase pronta, um falcão bateu na porta de vidro do quintal da casa deles. Sarada largou o pergaminho que lia e então abriu a porta de correr, reconhecendo o falcão do pai.

A ave entregou o pergaminho, que levava no bico, nas mãos da Uchiha e depois desapareceu. 

- O que foi, Sarada? - a voz preocupada de Sakura soou.

Sarada leu o pergaminho e avisou. 

- Meu pai viajou de novo. Foi em missão para o País da Grama e volta em uma semana. 

Os olhos da mãe marejaram, ela se virou e desligou o fogão. 

- Está pronto. 

Sarada sabia que cada vez que o pai viaja o coração da mãe se partia. Suspirou e depois disse:

- Mãe, os sentimentos dele estão conectados com os nossos. 

Sakura olhou a filha e sorriu verdadeiramente.

Depois daquilo elas comeram e continuaram estudando, até dormirem horas depois. 

A semana passou, Sasuke não voltou, Sakura não descobriu nada relevante sobre os tecidos do humanóide e nem Sarada se aproximou de Boruto de forma romântica, apesar de sentir necessidade de fazê-lo.

As barreiras emotivas construídas pela menina desmoronavam a cada segundo que passava com os amigos e com a mãe. Lembrava-se constantemente das palavras do tio e de como ficava mais forte com seus laços. Assim, a Uchiha continuou saindo com Chouchou e a treinar com o time 7. Eles realizavam algumas missões juntos e quando não, apenas se reuniam no Ichiraku. 

Contudo, Boruto ainda tentava uma aproximação maior com a garota e na terça daquela semana sugeriu que treinassem juntos.

No entanto, ele não se esforçava realmente para atacá-la, a qual percebia os péssimos movimentos do garoto. Nas vezes que  derrubava-o no chão, todas com facilidade, ela irritava-se ainda mais com a postura infantil dele, assim na sétima vez que ele caiu, depois de ficar com o joelho dela em sua garganta, ela disse:

- Você é patético. Vou treinar com Mitsuki - olhando-o com rigor.

- O quê?! - ele levantou-se rápido prestes a puxá-la pelo braço.

Ela jogou uma shuriken a milímetros do seu rosto, fazendo um corte ligeiro na bochecha esquerda.

- Eu errei de propósito. Você deixa seus sentimentos influenciarem em uma luta.

Ele arregalou os olhos e levou a mão ao corte, do qual escorria única e singela gota de sangue.

- Isso é só um treino - contrapôs irritado.

- Se você é um ninja têm que tomar decisões difíceis, às vezes - ela deu as costas e caminhou até o azulado que lutava contra um clone seu.

Mitsuki sorriu para Sarada e logo começaram um treino intenso.

Boruto sentou-se na grama e observou-os lutar, até que o azulado roubou a catana da menina e cortou-lhe a blusa, revelando as faixas que cobriam seus seios. O Uzumaki fitou-os descaradamente, até levar um xingo de Sarada e desviar o olhar, enrubrecendo em seguida. No instante que olhou de volta para os amigos, viu-a grudar no quimono de Mitsuki e lançá-lo em direção ao Boruto, o qual não se preparou para o impacto e sentiu fortemente o peso do amigo.

Caídos, ambos olharam a menina curvada, que mantinha as mãos na cintura e olhava-os irritada.

- Vocês são patéticos! E não gostei do jeito que você me olhou, Boruto! - ela semicerrou os olhos.

- D-desculpe é-é que v-você é bonita - ele balbuciava envergonhado, percebendo uma cicatriz no seio esquerdo dela.

O semblante irritado da menina, tornou-se surpreso e levemente rubro com a resposta, voltando rapidamente a irritar-se.

- Er.. pess - Mitsuki tentou dizer que sentia alguém surgir ao lado deles, mas não teve tempo, pois a figura de Sasuke apareceu.

O Uchiha levantou a  sobrancelha esquerda ao olhar a cena dos meninos no chão e sua filha com a blusa rasgada na frente.

- Pai? - ela olhou-o intrigada.

- O Hokage quer falar com você. 

- O que meu pai quer com a Sarada-chan?

Sasuke olhou-o e respondeu: 

- Pergunte para ele.

Boruto pensou que a grosseria Uchiha era algo genético.

- Eu já vou encontrá-lo, só irei passar em casa trocar de blusa, já que ele rasgou essa - olhou severamente para Mitsuki ainda no chão.

- Venha. Eu te levo - Sasuke estendeu a mão para ela, que a pegou, dando uma última olhada severa à Boruto, e ambos teleportaram.

Os meninos viram os corpos desaparecerem rapidamente num vórtice e depois fitaram a floresta, de pano de fundo, e o céu com tons róseos e laranjas.

- Você viu aquilo? - Boruto perguntou.

- É claro que os vi sumirem! Não sou cego! - apoiou-se no amigo e levantou.

- Não! A cicatriz - ele levantou-se também - ela tem uma cicatriz no seio.

- Por que eu olharia os seios dela? - falou confuso.

- Ah, esquece! - Boruto coçou o cabelo, lembrando-se de Inojin.

- Tudo bem... vou para casa e depois comer ramen com o Inojin, então... 

- Não vou te procurar hoje, já sei - interrompeu o amigo e andaram juntos até a casa do Uzumaki. 

Após trocar de roupa e ir ao escritório do Hokage, Sarada foi informada que seu desempenho ninja era excelente.

- Ah, obrigada, Hokage-sama - ela envergonhou-se e olhou para o pai sentado na janela.

- É por isso, que decidi torná-la uma ANBU. 

- O quê?! - Sarada arregalou os olhos.

- Eu já sabia que seu desempenho em campo era de alto nível, mas depois da sua luta no Exame Chunin, os conselheiros também olharam-na de modo diferente. Uma ninja apta à missões de ranking S. Além disso, você será escalada para a minha guarda pessoal, já que é possuidora de susanoo e seu pai rejeitou o convite. Ah, eu esqueci de perguntar - Naruto coçou o cabelo - você quer participar da ANBU? 

- S-sim! - Sarada gaguejou.

- Ótimo! Bom, pode ir pra casa agora, seus turnos começarão daqui dois dias.

Sasuke levantou-se da janela e sorriu para a filha. "Ele está orgulhoso" pensou feliz e caminharam juntos até a porta, quando ela olhou para o Nanadaime e perguntou: 

- E a minha equipe? O time 7.

Os olhos de Naruto brilharam ao ver que a garota já tinha se afeiçoado ao grupo e nutria laços com eles, mesmo que sem admitir.

- Bom, você continuará fazendo parte da equipe deles e realizando missões juntos, apenas não será requisitada quando houver uma missão ANBU.

Ela assentiu e girou a maçaneta.

- Ah, Sarada... eu sei que meu filho tem muito apreço por você - seu tom de voz era sério - mas ele não deve saber dessa parte de sua vida. É de extrema segurança que você oculte esse fato de todos.

- Minha mãe vai perceber - Sarada disse involuntariamente e logo se arrependeu com a falta de respeito.

Naruto gargalhou e coçou o pescoço.

- É... ela já sabe... Sasuke e eu tivemos uma certa dificuldade de lidar com ela - ele sorriu.

Sarada olhou o pai que sorria levemente.

- Mamãe aceitou? 

O Uchiha assentiu, deixando a menina grata por não ter que mentir para a mãe. 

Eles saíram da sala e viram dois ANBUS imóveis do lado de fora. "Eu vou estar com eles" refletiu ansiosa "Meu tio entrou para a ANBU com apenas treze anos, agora eu fui convocada... o Kakashi-senpai também foi um, será um honra poder fazer parte dessa equipe".

"Itachi, ela está crescendo", Sasuke sentia a presença do irmão, mesmo sem poder vê-lo.

Estava imerso em lembranças do treinamento da menina, quando esta o interrompeu: 

- Como convenceram a mamãe? 

Sasuke a olhou e refletiu por instantes. 

- Digamos que Naruto ouviu todas as reclamações e xingos possíveis, enquanto eu a agradei em momentos a parte... depois ela ouviu as explicações de Naruto... e mais agrados meus antes que eu viajasse... - Sarada entendia que os "agrados" do pai não eram favores como lavar a louça, mas sim, ótimas noites de sexo, enrubrecendo ao pensar isso deles - o que realmente a fez aceitar a decisão é que aproximaria você do seu sonho de ser Hokage. Sua mãe não tiraria essa chance de você - ele bagunçou o cabelo da menina, que estranhou a atitude - agora vamos embora, preciso continuar com os agrados. 

Sarada ficou totalmente vermelha ao ouvir aquilo e Sasuke a ignorou.

Quando chegaram na casa, ele fez dois clones, os quais começaram a fazer as atividades domésticas junto com ele, pois precisava da ajuda por ter apenas uma mão.

"Ele está realmente fazendo isso? Eu pensei... argh... só penso em sexo depois daquela noite" ela refletia quieta ao lembrar-se de Boruto e decidiu tomar banho para esquecer a lembrança sendo bem sucedida na tarefa.  

Saiu do banheiro e colocou o vestido vermelho que a mãe havia comprado antes do Exame. 

- Você demorou. Sua mãe chegou e está dormindo no sofá - Sasuke falava de costas para ela, usando um avental branco com babados rosas e mexendo uma colher dentro de uma panela.

Sarada olhou para a mãe que tinha a boca aberta e a respiração regulada, apesar de parecer exausta pela posição em que estava.

- Terminei. Pode acordá-la? - o pai pediu, levando a panela à mesa.

Sarada aquiesceu ao sentir o cheiro bom da comida, logo abaixou-se de frente para a mãe no sofá e a chamou: 

- Mamãe?                                            

Sakura permanecia dormindo.

- Mamãe - repetiu um pouco mais alto.

Sakura não se moveu.

- Mamãe - cutucou a bochecha da mulher com o indicador.

Sakura, sem despertar, virou o corpo para o lado. A menina olhou ao pai, como se pedisse ajuda.

- Assim, - ele caminhou até a mulher, colocou o indicador e médio em seu byakugou e a chamou delicadamente - Sakura.

Os olhos verdes brilhantes se abriram assustados, mas ao ver o marido suavizaram. A rosada sorriu e o puxou para um beijo, mas ele colocou o indicador em seus lábios.

- Sarada está aqui - a mulher enrubesceu completamente e olhou de soslaio para a filha - a janta está pronta.

Ele retornou à mesa e ela viu a filha rubra, enrubescendo também, deu-lhe um sorriso inseguro, levantou-se e caminharam juntas até a mesa, sentaram-se e comeram a refeição. 

- Está uma delícia! Você deveria cozinhar mais vezes! - Sakura disse entusiasmada.

- Eu concordo.

No entanto, o seu tom distante junto da frase fez com que a mulher interpretasse-a de modo errado, pensando que a resposta dele fora uma provocação para si.

- O que você quer dizer com isso?!

- Que eu deveria cozinhar mais vezes – respondeu franzindo o cenho.

- Eu sei que não sou uma boa cozinheira! Fico cansada demais para me dedicar à cozinha - ela abaixou a cabeça triste.

Sasuke olhou para a filha. Agora, ele lhe pedia ajuda.

- Mamãe, suas comidas são boas! Sabemos que você trabalha muito e se continuar a salvar vidas, tudo bem - ela apertou a mão da mulher e sorriu para ela.

- Desculpem, estou mentalmente exausta essa semana - Sakura suspirou e levou a mão à testa.

- Você deveria diminuir seus turnos - Sasuke disse.

- E deixar tudo para a porca da Ino? Ela vai enlouquecer os pacientes – falou, zombada da amiga.

- Seu nível de chacra está baixo - Sasuke estava nem estava com o sharingan ativo, apenas conseguia sentir o fluxo de chakra dela leve demais.

- Eu uso quase ele todo no hospital... 

- Isso vai prejudicar você - o tom dele era seco.

- E salvar pessoas - Sakura semicerrou o olhar.

- Saku...

- Sasuke, não! Eu não vou diminuir minha carga horária. 

Ele olhava-a atento, a teimosia da esposa era indiscutível, porém deixou-a tomar sua decisão. Assim terminaram a janta e quando Sakura quis lavar a louça Sasuke a impediu, dizendo: 

- Vá dormir. Eu e Sarada lavamos. 

Ela sorriu e beijou-lhe discretamente nos lábios, depois beijou a filha na bochecha, e caminhou pelo corredor a fim de descansar, porque – no fundo – sabia que estava precisando. Sarada e o pai lavavam a louça quietos até ouvirem um ronco suave da mulher. 

- Ela está se esforçando demais - ele disse severo.

- Ela não vai parar de trabalhar... você não estava aqui quando eu era criança - a mandíbula de Sasuke ficou tensa - e não sabe como foi... quanto mais eu ficava ausente pelas missões e treinos, mais ela focava no trabalho para se ocupar... quando me levou, ela deve ter se afogado em trabalho. 

- Então a culpa é minha dela estar assim - ele fechou os olhos.

Sarada não respondeu e Sasuke tomou seu silêncio como um "sim". A suposição estava certa, afinal. Terminaram de lavar a louça quietos e ele foi deitar-se, colocando o médio e o indicador na testa da menina.

- Vejo você amanhã. 

Após o habitual ritual de despedida da filha, ele caminhou até o quarto, no qual viu a mulher jogada no meio da cama, sem dar-lhe espaço para dormir. Sorriu e em seguida retirou as roupas com dificuldade para vestir seu pijama azul escuro. Voltou para a sala e viu a filha sair do banheiro, olhando-o confusa. 

- Vou dormir no sofá, sua mãe ocupou a cama inteira.

Sarada riu e ofereceu sua própria cama, mas o pai negou-lhe.

- Tudo bem, boa noite - Sarada entrou na porta da frente, olhou a flor de tinta de Boruto, colocou um pijama verde escuro, deitou-se e dormiu.

Sasuke foi para o sofá, que agradeceu pelo gosto confortável da esposa, adormecendo nos próximos minutos. Porém, no meio da madrugada fora acordado pelo roçar suave de lábios – muito conhecidos – aos seus.

- Por que está aqui? – a rosada perguntou.

- Você estava dormindo, não quis acordá-la - ele sentou no sofá, despertando aos poucos.

- Fiquei com frio e percebi que não estava lá. Vamos - ela pegou a mão dele e o guiou. 

Após entrarem, ela fechou a porta e Sasuke, sonolento, cambaleou até a cama, deitando-se calmamente, Sakura fez o mesmo, aninhando seu corpo ao dele. No entanto, apesar do Uchiha querer dormir, percebeu que a esposa estava tentando excita-lo.

- Sakura - ele pegou sua mão antes que ela a colocasse em sua calça - você está cansada. Vá dormir. 

- Eu estou bem - ela beijou-o, descendo a mão e fazendo rápidos movimentos com os dedos.

- Vá dormir - Ele segurou o braço dela, parando o vai e vem dela. 

- Já disse: estou bem! Qualquer coisa posso usar meu byakugou - ela beijou seu pescoço.

- Seu byakugou é uma reserva de chacra para situações importantes - ele a repreendeu.

- Essa é uma situação importante - respondeu com malícia, levantando a perna esquerda sobre o quadril dele.

- Sakura – disse, ainda esperançoso de que ela parasse, mas Sakura era teimosa e por isso reiniciou o movimento dos dedos, excitando-o.

- Não resista - falou em seu ouvido e depois mordeu o lóbulo da orelha.

Ele desistiu de tentar lutar contra a esposa, assim empurrou o corpo dela para baixo ao mesmo tempo que roubou um beijo dela. Apertou a coxa delgada enquanto roçava o membro duro na intimidade dela. Ele puxou a própria blusa pela gola, jogando-a no chão, enquanto a rosada tirava as suas roupas e ajudou-o a retirar a calça.

Sasuke beijava-a com intensidade, alternando entre mordidas no lábio e na linha do maxilar e quando finalmente a penetrou, colocou sua mão por cima da boca dela a fim de impedir que seus gemidos saíssem muito altos – e consequentemente atrapalhassem a filha no outro cômodo.  

Embora tentasse, Sasuke não conseguiu seu objetivo. Isto é, Sarada acordou com as batidas da cama deles na parede do seu quarto, constrangendo-se ao perceber o que eles estavam fazendo. Não era mais uma garotinha há tempos, mas saber e ouvir os pais transando eram incômodos completamente diferentes. Se não bastasse os gemidos da mãe, a morena ainda começava a fantasiar com Boruto... já que, bem, parecia bom aquele tipo de coisa.

Não soube dizer quando dormiu, mas antes de cerrar os olhos – e cobrir os ouvidos com uma almofada – ela decidiu procurar pelo loiro no dia seguinte. Quando acordou, pode presenciar a felicidade quase palpável da mãe que fazia o café.

"Nada discreta" observou irritada. Afinal, não fora ela quem acordou no meio da madrugada pelas atividade impróprias dos pais.

Sasuke juntou-se a elas minutos depois, aproximou-se quieto como sempre e bebeu uma xícara do líquido fumegante. A mãe foi para o hospital meia hora depois, Sasuke se dirigiu ao prédio do Hokage e como Sarada não teria turnos, decidiu arrumar o quarto e depois procurar pelo Uzumaki. Ela colocou um shorts preto e uma blusa verde escura com o símbolo nas costas, depois caminhou até a casa dele, batendo na porta da frente. 

- Sarada-chan! - o menino apareceu radiante, pois finalmente iriam passar algum tempo juntos. 

Ele vestia uma blusa cinza e uma calça preta, estava sem a bandana e a jaqueta.

- Entre.

Ela fez o que lhe foi dito.

- Estou com saudades - o loiro roubou um beijo.

- Faz só um dia que não nos vemos - contabilizou se referindo à ida deles com Mitsuki ao campo de treinamento. 

- Queria pedir desculpas pelo treino, eu não queria machucá-la, porque gosto de você - ele sorriu sincero.

Sarada respondeu com um sorriso fraco, após suspirar.

- Estamos sozinhos - ele falou em tom malicioso. 

Sarada já sabia disso, pois não reconhecia nenhuma assinatura de chakra na residência, além da dele. Assim piscou duas vezes entendendo que ele queria o mesmo que ela.

- Vamos para o meu quarto - ele começou a subir a escada em frente. 

A Uchiha retirou as sandálias e o seguiu pensando que poderiam conversar depois. Ela entrou no quarto dele e retirou a blusa, jogando-a no chão e ficando seminua, enquanto Boruto trancava a porta. Ele olhou para ela e disse: 

- Hey, vamos com calma... como da outra vez - pôs as mãos sobre as dela, impedindo-a de retirar o shorts. 

Sarada franziu a testa, estranhando a atitude, porém permaneceu calada. Ele colocou a mão esquerda em sua cintura e com a direita afagou sua bochecha, depois a beijou e caminhou até a cama, ele sentou-se e ela ficou de pé, esperando as ordens dele.

- Você é tão bonita - ele a admirava cuidadosamente - Sarada-chan, o que aconteceu para você ter essa cicatriz? - ele apontou para a marca. 

- Oh... - ela o empurrou para o lado e sentou na cama - sabe quando você foi me acordar pelos meus pesadelos? 

Ele assentiu, observando a menina olhar para as mãos cruzadas sobre o colo.

- Uma vez eu tentei acordar o meu pai... ele tem pesadelos com menor frequência que eu, mas mesmo assim... 

- Continue - ele estava curioso.

- Ele despertou bruscamente e enfiou sua catana no meu coração, naquele momento eu cuspi uma bola de sangue nele o que o deixou atônito e fiquei agonizando nos segundos seguintes... quando ele saiu de seu estado de choque, me pegou no colo e nos teleportou para o esconderijo do Orochimaru, onde Karin cuidou de mim... meu pai praticamente a obrigou a me curar, mesmo ela quase morrendo... ficou todo o tempo lá aflito, mas sem falar comigo, só xingando Karin e Orochimaru por demorarem a me tratar... 

- Sinto muito... mas por que ele não te levou pra sua mãe, no hospital? - Boruto pensou alto.

- Na época, eu achava que ele teria medo da reação dela para com ele... mas agora, penso que se ele ficou daquele jeito, minha mãe provavelmente não sairia do torpor e eu morreria...

- Fico feliz que esteja aqui - Boruto beijou-a na bochecha com delicadeza. 

Ela olhou para ele, analisando-o. 

- É por isso que eu não quero que toque essa região.

Ele assentiu, compreensível. A morena tinha a respiração pesada e os batimentos cardíacos acelerados. Quando ele mordiscou o seu lóbulo esquerdo, ela gemeu baixo, passou as mãos, até então paradas, para o abdômen dele, puxando a camisa para cima. Boruto entendeu o gesto, levantou os braços e a deixou despi-lo.

Não soube quanto tempo demorou – se foi rápido ou não – mas quando chegou ao fim, a Uchiha parecia contente e ele estava com a respiração ofegante, porém ainda queria saber seu veredito.

- Gostou? - perguntou ao acariciar suas costas.

A morena estava com alguns fios grudados no pescoço e apoiava o rosto na mão direita. Assim, assentiu com a cabeça, causando um sorriso vitorioso nele. Eles mantiveram os olhares apaixonados, um no outro, nos próximos minutos, até ela pedir para tomar banho, já que o suor a incomodava.

- Vou preparar algo para comermos - ele sorriu e desceu a escada vestindo a calça, enquanto ela entrava no banheiro.

A Uchiha saiu da ducha após cinco minutos, vestiu suas roupas e desceu a escada, indo para a cozinha no andar de baixo. Riu ao ver sobre a mesa duas tigelas de ramen, Boruto já devorava a sua avidamente. Ela sentou-se de frente para ele e começou a comer sua tigela. 

Eles conversaram trivialidades, após Boruto explicar que Ayla não passava de uma amiga para ele, deixando a Uchiha completamente satisfeita, por fim.

 


Notas Finais


Primeiro, obrigada por lerem! O final do ano chegou e com ele os vestibulares, por isso peço a paciência de vocês! Beijao


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