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História O canalha perfeito - Capítulo XII - O mistério da camisola - Parte final


Escrita por: Bad-Lady

Notas do Autor


Demorei um pouco porém cheguei KSKSKSKSKS

Capítulo 12 - Capítulo XII - O mistério da camisola - Parte final


CAPÍTULO XII - O MISTÉRIO DA CAMISOLA - PARTE FINAL

 

Na primeira chance que surgiu, Sakura voltou para o seu quarto, decidida a se isolar pelo resto da noite - e possivelmente boa parte do dia de amanhã também -.

Irritada e com o corpo ainda lhe traindo, ela tomou um banho longo e então se sentou na janela para ler. O problema era que não conseguia se concentrar nas palavras, pois sua mente ficava insistindo em lembra-la que Sasuke logo estaria deitado há algumas paredes de distancia. Em qual quarto iriam lhe colocar? Talvez estivesse logo ao lado do seu...

Não, sua mãe não faria isso.

A antiga duquesa ficaria ao seu lado, e Sasuke provavelmente no fim do corredor. Não que isso importasse para ela.

Sua atenção se voltou para “orgulho e preconceito”, mas não ficou lá por muito tempo. Sakura já havia lido esse livro diversas vezes, e sempre relia quando estava buscando algo leve e divertido. Mas no momento não estava se divertindo.

No momento não conseguia se concentrar.

Saindo da janela voltou para a cama. Ainda estava cedo para dormir, não era nem mesmo uma hora da manhã, e não se sentia cansada. Sua mente precisava de uma distração, pois aparentemente estava decidida a compensar os dias que evitou pensar no duque e no que tinha acontecido na carruagem.

Precisava comer.

Com um pulo Sakura saiu da cama. Ia pegar a sobremesa do jantar - era bom que ainda tivesse! - e ir para a biblioteca. Era costume os empregados deixarem a lareira acesa antes de irem dormir pois sabiam que ela gostava de ler durante a madrugada, e considerando que a casa tinha acabado de ficar silenciosa, ela tinha certeza que todos haviam se recolhido há muito pouco tempo. Isso se houvessem realmente se recolhido.

Não importava, disse a si mesma.

Com uma vela na mão, Sakura desceu as escadas.

Na cozinha encontrou a torta totalmente inteira, exceto pelo morango que havia roubado mais cedo. Com água na boca buscou uma colher, já que havia deixado a outra no seu quarto.

Com um sorriso feliz ela equilibrou  torta em uma mão, colocou a colher na boca e com a outra mão segurou a vela. Precisou usar os quadris para abrir as portas, mas não era algo difícil: Sakura estava acostumada a roubar sobremesas durante a madrugada e se enfiar na biblioteca depois.

Como supunha, a lareira estava acesa quando entrou.

Quase sorriu, mas precisou se controlar no último instante, pois se sua colher caísse no chão teria que comer torta de morango com as mãos, pois certamente não iria buscar outra na cozinha.

A porta se fechou atrás de si e ela saltitou até para perto do fogo, pronta para se sentar em uma das poltronas confortáveis. Tinha alguns romances novos nas prateleiras, então era só deixar a torta na mesinha e ir encontrar algum. Podia passar a madrugada toda comendo e lendo, exatamente como gostava.

Ela parou quanto estava a um metro da primeira poltrona.

Aquilo era algum tipo de punição, só podia ser.

Ninguém menos que o duque Uchiha estava ali.

Mordendo a língua para evitar praguejar, Sakura começou a andar de costas, tentando chegar a porta antes que ele se desse conta da sua presença. Sua atenção estava focada em um livro, e por mais que uma parte sua estivesse curiosa para saber o que era do interesse do Sasuke a ponto dele ir ler durante a madrugada, ela sabia que o mais sensato era ir embora.

Distancia do Uchiha era exatamente o que ela precisava.

- Já está fugindo de mim? - ele perguntou, sem tirar os olhos do livro.

Desgraçado.

Sakura parou de andar, dividida entre deixar a colher cair para responder ou simplesmente ignora-lo. Alguns segundos se passaram, e ela não fez nenhum dos dois.

Sasuke levantou o rosto e se virou para ela.

Ele ficava lindo iluminado pelo fogo.

Seu primeiro pensamento foi ir até ele e se sentar em seu colo. Engolindo o seco, ela fincou os pés no chão, com medo de que realmente fizesse o que havia pensado.

O Uchiha a avaliou de cima a baixo, e só então ela se lembrou que não usava nada além de uma camisola. Seu rosto corou. A última vez que havia ficado tão exposta perto dele, Sakura acabou em seu colo fazendo sons que mesmo depois de uma semana ainda eram constrangedores.

Sasuke deu um sorriso malicioso.

- Vejo que encontrou a camisola desaparecida.

De novo ela engoliu o seco, e então deu um passo para frente, se forçando a andar. Devia recuar, sabia disso, porém, não podia simplesmente sair sem dizer nenhuma palavra. E isso não tinha absolutamente nada a ver com educação. Ela só não queria que ele pensasse que ganhou. Por deus, podia não conseguir controlar seu corpo, mas no geral conseguia controlar sua língua.

Dando a volta por ele - com um pouco mais de distancia do que realmente era necessário -, Sakura se sentou, largando a vela e tirando a colher a boca. Sasuke a seguiu com os olhos, porém, ela não o encarou.

- Essa é uma camisola de dormir, Uchiha.

- E qual a diferença?

Ele era burro ou estava querendo lhe irritar? Sasuke com certeza tinha mais experiência com roupas de baixo do que ela, era improvável que não soubesse a diferença;

- Para quem tem tantas amantes, fico surpresa que não saiba - Sakura deu um sorriso, se recusando a olhá-lo nos olhos.

Em vez disso focou sua atenção na torta, enfiando sua colher nela. Foi necessário um pouco de pressão para fazer a massa partir, porém assim que ouviu o “crack” sentiu sua boca salivar.

Amava torta de morango.

- Nunca me interessei pela roupa que usavam.

Ah, claro. Ele estava mais interessado em tirar.

Irritada, Sakura enfiou a torta na boca, sentido o gosto do creme. Seus olhos se fecharam e ela soltou um gemido, decidida a não se irritar com ele. Tinha coisas mais importantes para fazer, como comer e voltar para o quarto o mais rápido possível.

Deveria trancar a porta e jogar a chave pela janela.

Nem de perto ela pensava que ele iria invadir seus aposentos: Sasuke nunca faria isso. Ele gostava de provocar, de fazê-la admitir o que queria. Só iria para o seu quarto se ela o chamasse. Não, não estava preocupada com ele invadindo. Sua preocupação era que ela própria fosse até ele, buscando o calor do seu corpo.

Não iria fazer isso. E com certeza não confiava em si mesma, não quando se tratava dele. Maldita a hora que fez o acordo com  o duque de olhos negros. Sakura sabia naquele instante, quando suas mãos se tocaram que tinha cometido um erro, mas seu orgulho a impediu de sequer admitir isso a si mesma, quem dirá para ele. E esse mesmo orgulho a mantinha sentada em frente a lareira, comendo torta quase sem roupa perto do mesmo homem que fazia todo seu autocontrole desaparecer.

Mais uma colher cheia se enfiou em sua boca, e Sakura se acomodou na poltrona, colocando os pés em cima dela.

Talvez, só talvez tivesse feito isso de propósito.

Sabia que a sua camisola subia facilmente, e considerando que em pé chegavam nos seus joelhos, sentada ficavam em suas coxas, e nessa posição... bem, ela não iria pensar nisso, pois se não ficaria com vergonha.

Não usava nada por baixo do pano branco e também nada por cima.

Repentinamente quis uma manta para se esconder.

Mantendo os olhos na torta, ela comeu mais um pouco.

- Por que não me contou que estava doente?

Sakura olhou para o duque, arqueando as suas sobrancelhas.

- E por acaso você é medico?

Ele a fitou com raiva.

- Deveria ter me contado, Haruno.

- Não vejo como isso pode ser da sua conta, Uchiha.

Quando encarou os olhos negros, uma parte sua queria recuar. Discutir com ele não acabava bem, e era exatamente isso o que ela havia evitado a noite toda. Mas aqui estava ela, sentada sozinha com ele e ainda por cima discutindo. Sakura devia recuar, mas ela não recuava: não podia, em sua sã consciência deixá-lo com a vitória.

Por isso ela sustentou seu olhar.

- Na próxima vez, irá me avisar.

Uma risada escapou de suas lábios.

- Não terá uma próxima vez.

Em uma semana estaria no campo, em uma semana estaria bem longe dele. O pensamento a deixou tão feliz quase na mesma proporção que ficou triste. Talvez um pouquinho mais de um do que do outro, não que ela fosse admitir que sentiria falta dele.

Até porque não sentiria, ponto final.

Sasuke não respondeu, apenas fechou o livro que lia e focou toda a sua atenção nela. Seu estômago se agitou e ela precisou pressionar as pernas para se controlar.

Aquilo definitivamente não ajudou.

O Uchiha deu uma risada, como se soubesse exatamente o quanto o corpo dela estava respondendo ao seu simples olhar.

Corpo idiota.

Precisava mudar o foco dos pensamentos dele.

- Por que está na biblioteca tão tarde?

Não estava tão tarde assim.

Por estarem na temporada - por mais que estivesse no fim -, era comum todos irem dormir umas três da manhã, até depois. Sakura mesmo tinha ido para a cama várias vezes após o amanhecer. Mesmo assim, ela não retirou suas palavras.

- Estava sem sono.

Mentira.

Tudo bem, podia não ser totalmente mentira, mas também essa não era a completa verdade. A biblioteca era território seu, todo mundo sabia. Sua mãe preferia bordar, seu pai ficava no escritório: a biblioteca era basicamente sua. E ele tinha decidido ficar justamente ali? De todos os lugares da casa enorme, ele tinha escolhido ficar ali?

Tinha mais alguma coisa por trás dessa decisão, ela só não sabia o que era.

Indicando o livro que estava em sua mão, ela procurou um assunto.

- Achei que não soubesse ler.

Sasuke deu um sorriso charmoso, inabalado por sua provocação.

- E o que te fez pensar isso?

Sakura deu os ombros.

- Nunca te vi lendo.

- Isso porque fica difícil me concentrar quando você está por perto.

Ela sabia que ele só estava lhe provocando de volta, mas mesmo assim seu coração disparou dentro do peito. Foi impossível não provocá-lo de volta.

- Quem o escuta falando assim até acredita que eu sou o foco de sua atenção.

- Você é o foco de todo pensamento meu, Sakura.

Dessa vez, ela não tinha certeza se ele a estava provocando. Pelas palavras definitivamente sim, porém, o modo como ele lhe olhava era desconcertante. Ela não parecia estar brincando, mas também não era possível que fosse verdade.

- Assim você me deixa sem graça, Uchiha - respondeu rindo, tentando voltar para quando o assunto era leve e o ar não estava pesado, cheio de expectativas.

- Preferia te deixar sem roupa.

Sua boca abriu e fechou várias vezes, mas nenhum som saiu. Sakura se levantou, deixando a torta na sua poltrona. Precisava sair dali o mais rápido que as suas pernas permitissem.

Deu dois passos em direção a porta quando sentiu a mão dele em seu pulso, lhe segurando. O aperto não era forte o bastante para a impedir de ir embora, Sakura sabia que bastava puxar a o braço ele lhe deixaria ir. Novamente a decisão estava em suas mãos, e ela preferia que não estivesse. Se ele tomasse a atitude, podia dizer a si mesma quando amanhecesse e seu cérebro voltasse a raciocinar que ele era o culpado, que ela havia sido seduzida. Mas ele a segurasse com força, a impedindo de ir, então ela não iria querer ficar.

Mas ela queria.

Mordendo a boca, olhou para ele.

Sasuke permanecia sentado, esperando que ela se decidisse. Os olhos negros brilhavam em expectativa, mas ele não disse uma palavra para induzi-la a qualquer coisa. Podia tê-la provocado como fez para que ela ficasse na biblioteca em vez de ir embora assim que chegou, poderia tê-la puxado para o seu colo, poderia simplesmente pedir. Mas ele não fez nada.

Se ela escolhesse permanecer, seria uma decisão sua e só sua. E isso era aterrorizante.

Sakura puxou o braço e ele a soltou.

Algo muito parecido com decepção brilhou nos olhos do duque.

- Boa noite, Sakura.

Ele realmente a deixaria ir.

Mesmo querendo que ela ficasse, mesmo sabendo que ela queria ficar, ele iria respeitar sua decisão. Algo se aqueceu dentro dela ao perceber isso, e sem pensar suas vezes montou no corpo do duque novamente, capturando seus lábios.

No mesmo instante sentiu as mãos dele passando pelas suas costas e apertando seu quadril, puxando-a para mais perto. Um gemido escapou da sua boca e ela pressionou seu corpo no dele, sentindo-se quente.

A boca do Sasuke tinha gosto de álcool, mas não era forte. Algum licor, provavelmente. Sakura manteve os olhos fechados, aproveitando a sensação.

Mais um vez começou a sentir seu corpo ansiando por algo, e mesmo que não entendesse completamente o que aquilo significava, sabia que ele podia lhe proporcionar.

- Me toque... - sussurrou.

Mesmo sem ver podia jurar que ele sorriu de forma maliciosa.

- Com prazer.

Em um movimento brusco Sasuke se levantou, levando-a consigo. Sakura deu um gritinho e se segurou nele, dando risada logo em seguida. Devagar ele se abaixou, deitando-a no tapete macio. Ela passou as pernas pelo seu quadril, querendo mantê-lo imóvel, ou talvez trazê-lo para mais perto.

Sasuke arfou. Um som baixo e rouco que fez cada pedacinho do seu corpo se arrepiar. Uma das mãos dele acariciou sua coxa, levantando a camisola até chegar em sua cintura. A boca do duque encontrou um ponto sensível na curva do seu pescoço e Sakura arqueou o corpo como resposta. No mesmo instante sentiu ele lhe tocar naquele ponto tão delicioso.

Ela gemeu.

Mesmo sem ver, sabia que ele sorria, mas não se importava com isso. Era tão gostoso que ela mesma estaria sorrindo se não estivesse ocupada tentando controlar os sons que escapavam de seus lábios.

Sakura passou as mãos pelas costas dele, querendo sentir sua pele. Em uma tentativa ansiosa e desajeitada ela tentou soltar os botões da camisa, mas Sasuke começou a se afastar, descendo os beijos. Um dedo a penetrou ao mesmo tempo que a boca dele encontrou um dos mamilos  já excitados.

Ela se encolheu, mordendo o lábio inferior.

Aquilo era maravilhoso.

Suas mãos estavam nos ombros dele e tudo o que conseguiu fazer foi enfiar as unhas ali. Não sabia se fazia isso para puxá-lo mantê-lo no mesmo lugar, mas não se importou a ponto de refletir sobre o assunto.

Sasuke fez alguma coisa com a mão e ela foi inundada por várias sensações ao mesmo tempo, como se todos os pontos do seu corpo estivessem sendo tocados ao mesmo tempo.

Era inebriante.

Ele começou a descer a boca novamente e por mais que ela sentisse falta da onde ele estava até o momento, foi dominada por uma ansiedade, curiosa para saber o que ele faria seguir.

O duque tirou o dedo de dentro dela e no mesmo instante Sasuke sentiu falta. Ele se ajoelhou entre as pernas dela e usou as mãos para fazê-la afastar os joelhos.

Sasuke ficou paralisado com a visão.

Com uma careta ela tentou se sentar para ver o que diabos tinha no meio de suas pernas, mas ele a parou com uma das mãos.

- O que foi? - perguntou.

Ele continuava encarando alguma coisa.

- Estou apreciando.

Por um momento ela não entendeu  ao que ele se referia, mas assim que se deu conta seu rosto ficou vermelho, mas ela voltou a se deitar. Queria conseguir desviar os olhos dele, mas era impossível. Ele parecia tão fascinado, e por mais que fosse vergonhoso, Sakura se sentia poderosa por ter colocado aquela expressão no rosto dele.

Tomada por uma sensação de poder que até o momento era desconhecida, ela começou a deslizar uma das mãos pelo corpo. Quando chegou na curva suave da barriga Sasuke a segurou, mantendo a mão parada lá.

Ela deu um pequeno sorriso.

- O que pensa que está fazendo? - questionou.

- Você está demorando demais.

Ele a encarou com raiva, o que só serviu para que ela se sentisse melhor.

- Nem pense em se tocar - antes que ela pudesse responder ele soltou sua mão e colocou o rosto entre as suas pernas. Qualquer sorriso sumiu do rosto dela assim que sentiu o hálito quente dele naquele ponto sensível - Você é minha... - sussurrou contra sua pele, distribuindo beijos pela parte interna da sua coxa.

Quando sentiu a boca dele, Sakura gritou, sem se importar em estar fazendo muito barulho ou não. Suas mãos foram até o cabelo dele, e dessa vez ela tinha certeza que estava o mantendo ali.

Seus olhos se fecharam e suas pernas se abriram ainda mais para acomodar o ombro largo dele  Mantendo a língua nela, ele a penetrou com um dedo novamente.

A sensação que a atingiu era inexplicável.

Sakura nunca foi de implorar por nada, mas dessa vez não conseguiu conter as suplicas que escapavam de seus lábios. Ela não estava processando o que falava, apenas sabia que pedia para ele não parar.

E ele atendeu seu desejo.

Sasuke passou a língua em cada centímetro dela, em cada pequena dobra, cada ponto sensível, e quanto mais ela gemia, mais ele fazia. Era ao mesmo tempo uma tortura e uma bênção, como se ele a estivesse castigando e adorando na mesma proporção.

- Sasuke... - sussurrou pelo que parecia ser a milésima vez.

Antes que pudesse implorar de novo foi atingida por sensações tão intensas que fizeram seu corpo se contorcer e então desabar. Um grito ficou preso em sua garganta e ela não sabia como poderia sobreviver aquilo.

Aquilo era a melhor coisa do mundo, simples assim.

Seus olhos permaneceram fechados, seus lábios abertos soltando a respiração ofegante. Ela ainda sentia espasmos quando ele se afastou, deitando-se do seu lado e puxando-a para perto.

Sakura esperava algum tipo de provocação, alguma coisa que mostrasse o quanto ele gostou dela implorando, mas o que recebeu foi um beijo na testa, e então ele a apertou contra o próprio corpo.

Ela estava cansada demais e relaxada demais para protestar. Apenas se aconchegou no corpo dele, sentindo seu calor e seu cheiro, e se perguntando o porque de tê-lo evitado todos esses dias. Se soubesse que era assim, teria ela mesma o convidado para dormir em sua casa muito tempo atrás.

Estava quase dormindo quando ouviu o barulho do vidro quebrando. O Uchiha se jogou em cima dela, tentando lhe proteger com o próprio corpo. Seu coração disparou e ela se agarrou nele, ainda atordoado demais para entender o que tinha acabado de acontecer.

Alguns segundos se passaram no puro silêncio, exceto pela respiração acelerada dos dois. Devagar, Sasuke se afastou, observando seu rosto com atenção.

- Você está bem? - perguntou em voz baixa.

Nunca tinha ouvido esse tom dele, parecendo tão... preocupado, talvez. Sakura engoliu o seco, ainda agarrada na camisa do Duque. Deitada no chão, olhando para ele, Sakura não confiou na própria voz. Alguma coisa nesses poucos segundos havia mudado, e ela ainda não entendia totalmente.

Ele tentou lhe proteger.

Assim que o vidro se quebrou, seu primeiro instinto foi protegê-la.

Ela não sabia como interpretar isso.

Não sabia nem se queria.

Por isso apenas concordou com a cabeça.

Sasuke começou  se afastar mais, porém, ela o puxou de volta. Ou ao menos tentou. O duque não foi para longe, mas também não voltou para perto. Por que o estava segurando?

Os olhos negros focaram nela.

- Só vou ver o que quebrou a janela.

Ele continuou a olhando, esperando que ela o permitisse ir. Sakura sabia que ele podia simplesmente se levantar, e ela não conseguiria fazer nada mesmo se quisesse. Porém, ele escolheu esperar sua decisão;

Ela também não sabia como interpretar isso.

Devagar e com relutância, Sakura o soltou.

Sasuke saiu de cima dela e caminhou até o vidro. Ela se sentou no tapete, arrumando sua camisola no corpo. Esticando o pescoço tentou ver o que era. Um pássaro morto.

Com uma careta ela se levantou para se juntar a ele, porém, o duque se colocou em seu caminho antes. Não estavam encostando um no outro, porém, ela se sentia como se estivesse.

- O chão está cheio de vidro.

Mais uma coisa que ela não sabia como interpretar.

Perturbada, concordou.

- Acho que vou para a cama.

Ele assentiu em resposta.

Antes que ela pudesse se afastar, Sasuke a beijou. Dessa vez não foi como antes. Não tinha desespero ou desejo, apenas... carinho? Foi um beijo calmo e sem pressa, como se fosse uma doce despedida. Algo intimo, e não no sentido físico.

Ela também não sabia o que pensar sobre isso.

Dando um selinho, ele passou a ponta dos dedos pele seu rosto, descendo até seu pescoço e parando no seu ombro. Não era um carinho com segundas intenções, mas mesmo assim ela sentiu que já estava pronta para outra rodada.

Sasuke apenas ajustou a sua camisola que novamente caia.

- Até amanhã.

Saindo da biblioteca, ela se deu conta de algo muito importante: corria um grande risco de desenvolver sentimentos pelo duque, isso se não já houvesse desenvolvido.

Era isso, Sakura não podia passar o dia seguinte na companhia do Sasuke. A solução era ficar o mais longe de casa. O mais longe que conseguisse, e de preferência muito bem acompanhada.

Pela segunda vez na semana, ela entrou no seu quarto e sentiu que algo estava estranho. A janela estava aberta e onde estava sentada a pouco agora se encontrava encharcado. Ela podia jurar que tinha fechado a mesma, mas agora, depois dos acontecimentos da madrugada, ela não tinha mais certeza de nada.

Sakura trancou a janela e se enfiou em baixo das cobertas, decidida a dormir e pensar sobre isso depois.


Notas Finais


Pretendo terminar essa fic até o final de dezembro, até porque em janeiro quero postar o principe dos canalhas KSKSKSKSKS
Eu calculo mais uns 10 ou 15 capítulos, alguns já estão escritos, ou pelo menos uma parte deles KKKKKKKKKK

Não sei se já recomendei minhas fic novas, mas vamos lá!

FINGINDO - https://www.spiritfanfiction.com/historia/fingindo-20389102

Sinopse:
Precisando desesperadamente de um ponto para passar de semestre e não perder a bolsa de estudos, Sakura Haruno pela primeira vez na vida implorou para um professor ajudar. O que ela não esperava era que ele realmente tivesse um coração por baixo de toda aquela frieza e arrogância, concedendo então o bendito ponto.

Aliviada por poder continuar seus estudos, Sakura saí com as amigas para comemorar, porém, a sensação boa dura pouco, considerando que ao fim da noite, depois de umas bebidas, ela acaba se encontrando com o professor demônio e os criadores de todo o mal.

Escutando a história do diabo ter uma noiva que também é sua aluna, Sakura acredita que acabou de descobrir a fofoca do ano, isso até a sua descrição ser dada como referência a mamãe Diaba.

Com o raciocínio prejudicado pelo álcool, ela decide devolver o favor e fingir ser sua noiva, sem o seu consentimento expresso, óbvio.

Agora, presa em uma mentira que começa a criar proporções gigantescas, sua única opção é continuar fingindo, e tomar cuidado para não cair na própria mentira.


ALPHAS - https://www.spiritfanfiction.com/historia/alphas-20731890

Sinopse:
Sakura Haruno estava acostumada a se meter em encrenca - afinal, havia crescido em um orfanato -, porém, essa era de longe a pior situação que ela já havia se metido. Havia perdido o emprego há duas semanas, sua conta no banco estava completamente zerada, contrabandistas perigosos estavam buscando sua cabeça, seu ex namorado tinha tido uma crise de ciúmes e destruído 95% dos móveis que ela havia batalhado a vida toda para comprar, e tinha dois filhotes de tigre escondidos no seu apartamento, apartamento esse, que estava prestes a ser despejada.

Tudo parecia estar desmoronando bem em cima da sua cabeça, até uma luz surgir no fim do túnel. Um testamento de uma vó que ela nunca ouviu falar apareceu na hora em que ela mais precisava, lhe deixando uma casa numa cidade no meio do nada, que acompanhava várias responsabilidades sem sentido e uma renda anual enorme.

O único problema era que essa casa ficava cercada por uma densa floresta, e essa floresta, de acordo com os moradores da pacata cidade de Konoha, estava infestada de lobisomens.


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