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História O Casamento - O Casamento


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Pessoas lindas do meu coração, voltei!!

Como dito nas notas finais de Storybrooke, estou de volta com mais uma OneShot.

Essa One ficou bem comprida, e até pensei em dividi-la em dois, mas então não seria uma One, se preparem que ela ficou grande huhuhuhu

Aqui temos praticamente a conclusão da história das festas de despedida de solteira tanto de Emma quanto de Regina, que é o Casamento. Confesso que alguns pequenos pedaços eu acabei pegando de Storybrooke, porque foi o meu momento de menor inspiração para escrever as cenas e diálogos. Ela se passa no ambiente da série, mas eu fiz algumas pequenas modificações em alguns personagens, mas acho que a mais significante é a Cora, eu a fiz gente boa e não a megera que ela é na série.

Espero que gostem!!

Aahh TallyYoungBlodd espero que goste :)

Divirtam-se e boa leitura!

Capítulo 1 - O Casamento


Fanfic / Fanfiction O Casamento - O Casamento

Seis semanas antes do casamento Regina estava calma e organizada. Quatro semanas antes do casamento, ela estava começando a se sentir um bocado estressada. Duas semanas antes do casamento, ela estava pronta para gritar. Preocupados com a irmã, noiva e mãe, Zelena, Emma e Henry se encontraram debaixo da macieira, o xodó de Regina, que tinha na mansão. Estes dias Regina era uma louca dos planejamentos fazendo e refazendo os planos A ruiva estava entrando em parafuso, pois quando achava que finalmente não mudaria nada no recém feito plano, Regina aparecia cinco minutos depois com tudo modificado. Naquela manhã em especial, Emma havia acordado imersa em papéis e anotações do casamento. Henry não conseguia ter uma conversa com sua mãe morena onde planos de casamento não fosse o assunto.

- Chega! – resmungou Emma – Regina está ficando louca e está nos levando junto. Eu não aguento mais toda essa papelada! – soltou um longo suspiro

Zelena assentiu com a cabeça seriamente – Acho que está na hora de uma ajuda profissional...

- Archie? – sugeriu Henry.

- Não! Um psicólogo não. – Zelena disse com um tremor – Mas um... Coordenador de Casamentos.

Emma assentiu com a cabeça – Nós estamos todos de acordo? – tanto Henry quanto Zelena assentiram concordando – Tudo bem, eu cuidarei disto. – os três apertaram as mãos como que finalizando o acordo, e cada um tomou um rumo diferente para que Regina não desconfiasse que estavam tramando algo.

Quando a noite caiu, no quarto estavam Emma e Regina – Um coordenador de casamento? Há duas semanas antes do casamento, e você contrata um coordenador de casamento? Se fossemos fazer isso, porque você não o contratou no começo? – a prefeita estava pálida, incrédula.

- Você estava fazendo um maravilhoso trabalho que eu não pensei que fosse necessário, querida. – tentou explicar – Acho que ele fará as coisas mais fáceis para você. Você trabalhou quase até a exaustão. – Emma tentou ser razoável.

- Necessário? – perguntou surpresa – Ah então agora ele é necessário? – a pergunta saiu com tom de sarcasmo – Oh veja Regina até estava indo bem, mas fez uma confusão enorme e agora nós temos que contratar um coordenador de casamentos para colocar em ordem toda a bagunça que virou o planejamento do casamento. Ela não deu conta sozinha. – ironizou.

- Você sabe que não é isso o que eu quis dizer. – Emma disse seriamente.

- Como é suposto que isto fará as coisas mais fáceis para mim? Agora terei que colocá-lo a parte de tudo o que já foi feito, e o que é mais urgente... – resmungou – Ele sabe que é um casamento entre duas mulheres? Porque tem isso, alguns não aceitam...

- Sim, ele sabe, tanto que a especialidade dele é casamento de pessoas do mesmo sexo, e foi difícil contrata-lo. – respondeu Emma rapidamente e já emendou – Você sabe o quão difícil é encontrar alguém disposto a planejar um casamento a poucas semanas da data.

- Maravilha, e ainda terei que ficar escutando essa desculpa ridícula dele quando não gostar de alguma coisa. – Regina andava de um lado a outro com a mão em sua testa, tentando digerir aquela informação.

Emma se aproximou de sua esposa, ficando de frente a ela, a segurou pelos braços, em um gesto amoroso – Regina, apenas dê a ele uma chance. Se ele não fizer o trabalho nós podemos nos livrar dele. – explicou olhando para sua noiva.

- Você promete? – questionou Regina a olhando intensamente.

- Dou-lhe a minha palavra. – prometeu Emma e sorriu. No segundo seguinte Regina abriu um tímido sorriso. Aos arredores do quarto, pode-se escutar o quieto som de uma rolha de champanhe estourando.

-SQ-

A primeira preocupação de Emma era que não houve atrito entre o coordenador e sua noiva, pois o pouco que conversou com ele, percebeu que ele era uma pessoa bem difícil. Se ao menos uma pequena coisa acontecesse para ofendê-lo, era provável que pegasse suas coisas e partisse, cobrando o dobro por qualquer tipo de serviço que ele já tenha feito. Depois de uma destrutiva meia hora de espera, a campainha finalmente tocou. Emma soltou um longo suspiro para acalmar seus nervos e deu as boas-vindas a sua descoberta dentro de casa.

Regina ergueu seu olhar da revista que estava lendo para encontrar um homem de estatura mediana em um terno e gravata prata, com uma camisa preta, invadindo sua sala de estar. Ele colocou abaixo sua maleta e puxou para baixo seus espelhados óculos de sol, para olhar a sala criticamente. Com um arremesso de sua cabeça, ele jogou sua inacreditável trança de cabelo preto, feito a noite para trás, sobre seu ombro e estendeu a mão para a prefeita.

- Você deve ser a outra noiva. – disse o homem educadamente.

- Sim, Regina Mills. – respondeu a morena ao apertar a mão do homem.

- Eu sou Brad Taylor. – disse com uma voz levemente afetada. Regina elevou a sobrancelha. Emma não sabia se isto não era um bom ou mau sinal – Você se importaria de me mostrar o que você já tem? – pediu indo direto ao ponto para o qual estava sendo pago.

Nas seguintes horas, Brad provou ser cativante e cortês, e claro, sensato em todos os seus comentários sobre os planos já organizados. Ele parecia ser a solução perfeita. Emma estava pasma como um bom montante de dinheiro já havia sido gasto, e o quanto sua noiva já havia feito e acabado dos preparativos em geral. Henry entrou rapidamente cumprimentando todo mundo e se trancou no quarto para fazer seus deveres de casa. A hora do jantar estava se aproximando, porém Emma começou se incomodar e querer saber quando o coordenador partiria para o Bed & Breakfast, mas ela acabou apenas se frustrando. Como sua habitual hora de jantar passou, ela se tornou mais interessada no assunto dos preparativos.

- Querida, não está ficando um pouco tarde? – soltou como que casualmente – Nós não deveríamos começar a preparar o jantar? – tentou novamente, mas Regina olhava atentamente para os vários papéis a sua frente, e antes que Emma pudesse perguntar novamente, sua nova mão direita respondeu por ela.

- Excelente ideia, Emma. Mas não se sinta obrigada a fazer algo caprichado por mim. – respondeu olhando para a loira – Nós provavelmente estaremos muito ocupados esta noite, para fazer mais do que comer um par de garfadas. – sorriu abertamente – Eu estou tão excitado sobre isto. – apontou para os planejamentos – Algo italiano seria encantador, entretanto. – continuou e então olhou escada acima – A propósito, qual quarto eu irei ficar? Isto tem sido sempre muito tão útil, e se você puder levar a minha maleta para cima. Facilitaria nosso trabalho.

Os olhos de Emma se alargaram com o abuso e ousadia do homem, ela não sabia que tê-lo como hóspede fazia parte do acordo – Regina? – perguntou, afinal não queria criar encrenca justamente quando sua noiva e o petulante homem estavam se dando bem nos planejamentos.

Regina olhou brevemente para sua noiva – Não faço questão de algo em específico, o que você quiser estará bem. – respondeu então voltou sua atenção aos papéis – E por favor, você poderia colocar as coisas dele no quarto de hóspede. – olhou rapidamente para sua noiva e sorriu abertamente antes de mais uma vez voltar em definitivo sua atenção para os papéis a sua frente.

Sem muita escolha Emma soltou um suspiro longo antes de colocar a mala do coordenador de casamento no quarto de hóspede e pegar a chave de seu fusca para sair em busca de comida.

-SQ-

- Qual o problema, Emma? – Ruby perguntou a sua amiga, assim que a viu se sentar no banco no balcão, já que ela estava atrás do mesmo.

- Uma cerveja, por favor Rubs. – pediu a loira soltando um longo suspiro.

- Pelo visto sim. – confirmou a garçonete colocando um copo de cerveja na frente de sua amiga.

Emma pegou o copo e tomou mais da metade em um gole só – O coordenador de casamento mal chegou e já está dando nos nervos. – explicou e terminou de tomar o resto de sua cerveja em um gole só novamente.

- Regina ainda o colocou para correr? – questionou Ruby indicando se ela queria outro e Emma negou com a cabeça.

- Eles estão se dando bem, que é o que interessa... – resmungou a loira – Mas ele é abusado demais. – soltou outro suspiro – Por falar nisso vocês tem algo italiano no cardápio?

- Acho que abobrinha e espaguete assado, apenas. – respondeu Ruby incerta, mas pegando o cardápio para conferir – Geralmente, quase ninguém pede, nem o Giuseppe. – conferiu – Mas temos sim.

- Ótimo! – respondeu Emma – Me veja três porções de cada e para a viagem.

Ruby assentiu e entrou na cozinha para falar para a sua avó – Emma, minha menina... Tem certeza de que levará isso? – questionou Eugenia incrédula.

- Certeza eu não tenho, mas prefiro não criar encrenca. – soltou a loira – Afinal o coordenador de casamento está ajudando Regina nos planos do casamento.

- Oh! – exclamou Eugenia – Tudo bem, farei porções caprichadas. – concluiu antes de voltar para a cozinha.

- Esse é por conta da casa. – disse Ruby colocando outro copo de cerveja a frente da amiga – Você está precisando. – piscou – Boa sorte. – disse e saiu para atender a mesa que estavam chamando. Emma sorriu e atacou o copo a sua frente.

-SQ-

Quando Emma colocou a comida sobre a mesa da cozinha, o homem de trança estava exigindo ver todos os planos que Zelena tinha na manhã seguinte. A ruiva também tinha se encarregado de costurar o vestido de sua irmã, e ajustar o terno de Emma assim como o de Henry. Exatamente quando a ruiva iria abrir a boca para dar ao homem uma curta resposta juntamente com um pouco de sua mágica, Regina valseou escada abaixo revigorada de seu banho.

- Zelena, vejo que você e Brad se conheceram. – comentou Regina sorrindo tranquilamente, com um acuado Henry ao seu lado. O jovem rapaz havia saído de seu quarto assim que terminou seus deveres e foi bombardeado por perguntas pelo coordenador que o deixou zonzo e o fez voltar rapidamente para seu quarto apenas para pegar suas coisas e correr quando Hansel tocou a campainha. Ele iria passar a noite na casa do amigo.

- Alguma coisa assim. – Zelena respondeu derrotada.

Durante uma refeição que estava usualmente quieta por parte de Zelena e Emma, em compensação Regina e Brad conversavam animadamente sobre todos os detalhes dos enfeites, as acomodações, tanto das cadeiras e das mesas que os convidados iriam ficar, além das roupas principais, enchendo a loira com tantas informações e mudanças no curto período que havia ficado fora, quando o coordenador comentou sobre lembrancinhas do casamento.

- Mas Emma... – falou Regina convencida pelo coordenador, coisa que ela veementemente não queria no casamento, pois achava aquilo cafona demais.

- Regina, conversamos sobre isso, e acabamos acordando que não teria, pois você mesma disse que não queria. – respondeu Emma depois de tomar um gole de sua água – Sem falar que entraria um gasto que poderíamos usar em nossa lua-de-mel.

- Mas Emma, seria tão lindo, eles receberem uma lembrancinha... – a prefeita tentou novamente.

A loira ponderou por alguns segundos, então tremeu a cabeça em negativo – Sinto, Regina, mas a resposta é não.

Os olhos verdes de Emma se arregalaram ao ver lágrimas se formaram nos encantadores olhos castanhos de sua noiva, e ela sabia que havia cometido um erro. Culpada, ela ficou em pé e foi se desculpar com sua noiva, mas o inconveniente Brad chegou ali primeiro.

- Ai ai, minha querida. – o indiscreto mediano homem acalmava, batendo de leve sobre o braço de Regina solidariamente – É frequente a outra parte não entender como importante estas pequenas coisas podem ser importantes para a noiva.

Emma estava ali em pé, parada em choque com o que havia acabado de escutar e fazendo pequenos barulhos de engasgo por alguns momentos. Zelena agiu rapidamente, receosa do que a loira poderia fazer, a arrastou até a sala para se acalmar. Ali na sala de estar, parecia que havia caído uma bomba de tanto papel espalhado com todos os planejamentos, alguns modelos de tecidos para a decoração. Emma espumava de raiva, apenas inspirando e expirando profundamente, quando decidiu finalmente aceitar um gole do copo que Zelena havia trazido consigo da cozinha. Depois de um pequeno gole, ela olhou surpresa sua futura cunhada.

- Zelena, isso não é água mineral! – exclamou quando o conteúdo alcoólico desceu rasgando sua garganta.

A ruiva encolheu os ombros – Algumas vezes somos pegos por algo um pouco mais forte que nossos nervos. E não podemos usar magia para compensar... – Emma soltou um suspiro e começou seu caminho de volta para a cozinha, dobrando as mangas de sua camisa de algodão verde – O que você vai fazer? – questionou assim que segurou no braço da loira, a impedindo de sair dali.

- Eu estou indo cortesmente convidá-lo para partir. – espumou Emma – Ele não está ajudando em nada. Na realidade, eu acho que ele está apenas piorando as coisas. – resmungou raivosa.

- Emma, eu acho que você deva dar outra chance a ele. – pediu Zelena no seu mais alto grau de serenidade e lucidez – Eu acho que está, de fato, aliviando um pouco a pressão sobre Regina. Claro, que essa pressão está caindo sobre nós, mas ela tinha que ir para algum lugar. – fez uma pausa e tomou um gole de sua bebida – Enquanto você esteve fora, eles foram diretos a todos os planos e, olhe seu rosto, é visível ela ter tirado um fardo enorme de seus ombros.

Emma suspirou e olhou através da porta, sua noiva que estava fazendo algumas anotações em algumas folhas e se divertindo com seu prato de macarrão assado, que fumegava ocasionalmente. Já Brad, ela notou com muita raiva, havia mal dado algumas garfadas e deixou o prato de lado.

- Tudo bem... – concordou por fim – Mas apenas por causa de Regina. – deixou claro. Zelena assentiu também.

-SQ-

Na manha seguinte, Emma estava na cozinha fazendo café quando viu Brad entrando no mesmo cômodo com Regina logo atrás. Eles já estavam envolvidos em uma profunda discussão sobre a recepção do casamento. Regina parou um momento para dar em Emma seu beijo de bom dia, para logo em seguida irem para a sala pegar alguns panos. A loira escutou todo o barulho que Henry fez ao entrar na sala – Você se divertiu, garoto? – perguntou Emma ao dar um beijo nos cabelos do filho, quando apareceu na cozinha.

Henry acenou animado com um gesto de cabeça e um sorriso no rosto – Jogamos muitos jogos de vídeo game e de tabuleiro. – fez uma pausa – Como vão as coisas com o coordenador de casamentos? – quis saber depois que partiu para a casa dos amigos.

Emma suspirou longamente e forçou um sorriso – Eu acho que ele está fazendo as coisas muito mais fáceis para sua mãe morena. – Henry apenas olhou ceticamente para sua mãe loira, pois ele era muito inteligente e conseguiu ver nas entrelinhas, apenas ergueu sua sobrancelha igual sua mãe morena fazia, então a loira decidiu não insultar a inteligência do seu filho – Ele está tirando sua tia Zelena do sério, querendo ver tudo e mudando tudo de cinco e cinco minutos, ele e eu não progredimos muito bem. – concluiu soltando mais um suspiro.

- Tudo bem, se precisar de alguma coisa estarei no meu quarto. – ele disse saindo da cozinha, deu um beijo em sua tia que estava saindo do quarto e depois em sua mãe, e rapidamente subiu fugindo do coordenador e suas perguntas.

- O que? – questionou Emma quando terminaram o café da manhã. Regina apenas a olhou amorosamente, e a loira sabia que já estava rendida. Soltou um suspiro, pegou sua jaqueta vermelha e saiu de casa.

Duas horas mais tarde, Emma se endireitou em seu assento, massageando suas cansadas mãos e examinou a crescente pilha de origami de pássaros. Era aquilo que sua noiva e o coordenador de casamento haviam decidido no último segundo. Mary Margaret emitiu um frustrado gemido de onde estava sentada, rodeada por um mar de papel amassado. A loira conseguiu juntar Ruby, Belle e Mulan, além de sua mãe para conseguir fazer os tantos pássaros que o Brad resolveu de última hora que precisavam para a decoração. Recorreu a Mulan, pois era a única que poderia salva-la, mas torcia para a asiática soubesse aquela dobradura, e para sua sorte, ela sabia, mas também era a única. Eugenia até tentou ficar brava, mas acabou cedendo duas mesas ao fundo de sua lanchonete para elas ocuparem e trabalharem na dobradura – Eu vou ficar doida com isso! – exclamou Mary finalmente. Ruby e Mulan trocaram um rápido olhar, e a asiática fora ajudar Mary mais uma vez, explicando mais uma vez todo o processo com paciência – Oh, então esta parte... É assim! – disse finalmente compreendendo – Por isso que eu prefiro bordar! – disse finalmente terminando um pássaro apresentável. Três horas depois todos os pássaros estavam em sacolas – Vamos comemorar! – pediu Mary sorrindo abertamente.

- Ótimo, assim vocês desocupam duas mesas. – falou Eugenia do balcão. Elas se olharam e decidiram ir para a outra lanchonete da cidade.

Assim que entraram, encontraram Zelena curvada em uma mesa, tomando uma xícara de chá quente. A ruiva sorriu ao ver as mulheres – Oh Zelena como estão as coisas? – Emma perguntou, seu tom era cuidadosamente neutro.

- Oh está tudo bem. Eu só precisava sair da casa por um momento. – respondeu sorrindo para o grupo. Resolveram deixar a ruiva na companhia de sua xícara de chá e foram para o outro lado da lanchonete.

Quando Emma chegou em casa, Regina e Brad estavam sentados sobre o sofá, bebericando uma taça de vinho tinto cada e discutindo tranquilamente sobre o buquê da noiva. Regina havia muito tempo decidido que queria lírios brancos, mas o homem petulante estava tentando arduamente convencê-la das virtudes das rosas brancas. Então ela escutou um murmúrio frustrado vindo do quarto que Zelena estava usando no preparo de tudo para o casamento.

- Regina, algum problema? – questionou a loira preocupada alternando seu olhar entre sua noiva e a porta do quarto da cunhada. Em suas mãos as duas sacolas com o monte de pássaros dobrados em papel, as deixou em um local seguro.

- Ah nada demais, Brad agora a pouco quis dar outra olhada nos planos, arranjos e tudo o mais, mas ela não o deixou entrar no quarto nem por decreto. – respondeu depois de tomar um gole de seu vinho – Ela parece um pouco tensa, está tudo bem?

Emma comprimiu os lábios para segurar as palavras, mas solto um longo suspiro – Zelena tem seus métodos, ela ficará bem. – respondeu e fez uma pausa – Bom, se vocês dois não precisam de mim para mais nada, eu acho que irei me retirar. Vocês não deveriam ficar acordados até muito tarde... – olhou para sua noiva – Você precisa descansar, Regina.

- Tudo bem, querida, vejo você pela manhã. – sorriu para sua loira segundo antes de começar a subir as escadas.

-SQ-

Emma acordou revigorada na manhã seguinte, mas com um inexplicável sentimento de medo. Ela se virou na cama para cumprimentar sua noiva, mas percebeu que o lado de Regina além de vazio, não havia sido desarrumado – O que será que aconteceu? – se questionou. Claro que deveria ter uma explicação lógica, provavelmente Regina havia dormido no sofá a noite anterior, exausta pelo infinito planejamento. Vestiu-se rapidamente e correu escadas abaixo para provar sua teoria. Quando entrou na sala, sobre o braço do sofá viu um amontoado de cabelo, o cabelo do coordenador. A raiva borbulhou em seu sangue. A loira se conteve para não pular sobre o sofá e estrangular a doninha petulante enquanto ele dormia. Andou cautelosamente e então ela encontrou sua amada entre as folhas de papel. Tragou novamente a raiva que se apoderou de seu ser, pois ali escondida atrás da mesa de centro, seu braço curvado protetoramente ao redor de uma pilha de papel, estava sua noiva. A loira moveu a mesa com cuidado para não misturar todos aqueles papéis, e agora a garrafa de vinho, vazia, abaixou-se para pegar sua noiva no colo. Subiu as escadas e foi para o quarto delas, e suavemente deitou sua morena na cama.

- Durma bem, morena. – sussurrou, depois de colocar um beijo nos cabelos da prefeita e carinhosamente a cobri-la com uma coberta. Ela puxou a porta fechando silenciosamente, andou nas pontas dos pés até chegar na sala, onde Emma foi golpeada por um desejo irracional para se tornar uma artista e desenhar um bigode e óculos sobre o rosto do intruso. Sorriu ao imaginar Henry se divertindo com aquilo. Agitou sua cabeça de um lado a outro algumas vezes para limpar sua mente e continuou seu caminho até a cozinha, para obter sua vingança levemente de uma maneira mais adulta, ou ao seu estilo. Emma moveu-se ruidosamente ao redor, dentro da cozinha, batendo portas de armário e panelas, até acordar o coordenador, e ver o amarrotado coordenador de casamento se sentar sobre o sofá, gemendo e segurando sua cabeça. Sorriu travessamente e se escondeu na cozinha novamente.

- Todo... Esse... Barulho... Realmente... É... Necessário? – ele perguntou bufando. Emma se inclinou para trás, olhando para o homem e sorriu angelicamente. Endireitou-se o mediano homem, virou a cabeça e soltou um fuzilante olhar para a loira.

- Oh sim, tentei ser o mais silenciosa possível. – disse debochada com um sorriso travesso, segurou um fumegante prato na altura de seu próprio rosto – Estava preparando algo para o café da manhã, Brad... Pois acho que vocês ficaram até tarde trabalhando. – respondeu debochadamente mais uma vez – O que você quererá? A abobrinha com parmesão ou o espaguete assado?

- Para... O café da manhã? – perguntou indignado – Você só pode estar fora do seu... Juízo? – fez uma pausa fechando fortemente os olhos para tentar se livrar da dor de cabeça, mas em vão, então abriu e encarou a loira – Você certamente não pode estar me... Oferecendo... Sobras do jantar... Para o café da manhã? Isso é sério?

Naquele exato momento Zelena, alertada pelo aroma ou pelos gritos, saiu do quarto que estava usando momentaneamente e se aproximou dos dois – Oh espaguete assado! Obrigada Emma. – a ruiva pegou o prato das mãos da loira e voltou para seu atual esconderijo.

- Eu acho que sobrou a abobrinha para você, Brad. Melhor comer enquanto está quente. – sorriu travessamente – Eu receio estamos completamente sem cereal para o café da manhã. Como nós estarmos tão ocupados não está sobrando tempo para passar no supermercado e comprar mais.

O mediano homem ao se levantar, tropeçou, murmurando para dentro da cozinha – Eu realmente não estou com fome. – disse e trocou o foco do assunto – Você tem algum remédio para dor de cabeça?

Emma negou com a cabeça toda jocosa – Não, acabou recentemente e também não deu tempo ainda de passar na farmácia.

- Qualquer outro remédio para dor? – perguntou ainda bufando, olhando irritado para a loira.

- Receio que não. – respondeu e sorriu debochadamente. O homem murmurou algo incompreensível e se arrastou escada acima, resmungando algo sobre um banho quente que talvez melhorasse – Seja cuidadoso para não acordar Regina. Ela teve uma noite difícil. A propósito, você gostou do sofá? Alguns amigos o acham muito confortável.

- Ótimo! – rosnou movendo seus pés e desapareceu dentro do quarto de hóspedes.

- Para você está você está mais que bom. – rosnou Emma de volta tendo certeza que ele não a ouviria, então escutou o chuveiro funcionando. Zelena saiu de seu quarto de trabalho e observou atentamente as escadas, um travesso olhar apareceu em seu rosto. Segundos depois, Emma ouviu o esganiçado som da descarga do banheiro do andar de baixo, então um amortecido grito desde o banheiro de cima. Zelena voltou sorrindo travessamente, e mostrou para sua cunhada um sinal de vê com os dedos, antes de retornar ao seu quarto. Emma sorriu travessamente balançando a cabeça de um lado a outro.

Minutos mais tarde a campainha tocou cedo naquela manhã – Quem será? – questionou a loira curiosa, e para sua surpresa, assim que abriu a porta viu um curioso grupo ali, seus pais, Ruby, Belle, Mulan, Kathryn, Graham, August e Killian. Depois daquela noite da despedida de solteira, Emma estava mais civilizada na presença do pirata, mas Regina certamente não.

- Como vão as coisas? – questionou seu pai, sendo o último a entrar, e ele segurava duas sacolas cheias de pássaros de papel – Apenas por precaução. – respondeu diante do olhar de questionador de sua filha.

- Até certo ponto, satisfatórias, exceto pelo pedaço de gente conhecido como “Senhor Coordenador de Casamento”. – respondeu Emma pegando as sacolas das mãos de seu pai e as colocando em um local seguro, juntamente com as sacolas de ontem.

- Apesar dele estar nos deixando loucas... – resmungou Zelena se juntando a eles – August e Kathryn, por favor, vocês podem vir aqui um minuto. – chamou já caminhando para dentro de seu quarto – Preciso de algumas sugestões e opiniões quanto aos arranjos de flores e onde ficarão os pássaros de papel. Opinião sobre as roupas... – explicou e os dois assentiram, já acompanhando a ruiva.

O restante achou um lugar para se sentarem enquanto Emma explicava os acontecidos para os rapazes, quando terminou Ruby suspirou, colocando a pilha de folhas de papéis que continha quase todos os planos sobre a recepção e cerimônia sobre a mesa novamente assim que folheou até o fim, então encarou a loira.

- Por que vocês estão argumentando com esse sujeito? Ao meu ver, vocês têm tudo de que precisam em mãos. Claro, algumas coisas precisam melhorar os detalhes, mas o está praticamente tudo pronto.

- Bem... – Emma tentou começar, pois ela havia pensado basicamente a mesma coisa nas últimas vinte e quatro horas, por mais que Regina precisasse da presença e energia do pequeno homem para dar andamento nos planos. Foi até a cozinha buscar bebidas a todos, e foi exatamente nesse que o coordenador desceu e encontrou todo o grupo a sua frente. Dois segundos depois Zelena, August e Kathryn se juntou ao grupo.

Segundos depois Brad estava entretido em uma conversa com August, que cada vez mais foi envolvendo mais pessoas, mas o coordenador não poupava seus “elegantes” elogios, e em questão de segundos a conversa já estava se tornando uma terrível discussão onde todos queriam matar o coordenador com cara de fuinha.

- Quem fará a comida? – o pequeno homem perguntou.

- Minha avó. – respondeu Ruby orgulhosa.

- Ela tem um buffet? – questionou mais uma vez.

Ruby negou com a cabeça – Não! Ela tem uma lanchonete.

A cara de nojo que o coordenador de casamento fez percebida por todos – Até imagino a comida gordurosa e como gosto de velha que terá.

Aquilo fez Ruby espumar de raiva – Aí que você se engana, ela faz a melhor comida da cidade.

- Então o povo aqui não tem noção de comida boa. – debochou – E você irá ao casamento?

- Eu serei uma das madrinhas. – respondeu a garçonete, mas ainda muito brava com o fuinha.

Brad a analisou de cima a baixo, de baixo a cima – Só espero que sua roupa seja algo apresentável e não essa falta de roupa vulgar que você usar. – destilou seu veneno.

- Eu gosto do estilo de Ruby. – comentou Mary desatenta a tensão da conversa.

- E você? Também irá ao casamento? – perguntou o coordenador abismado – Não responda, aposto que também será uma das madrinhas.

- Sim! – Mary respondeu abrindo um sorriso feliz.

- Sei que um milagre será impossível, mas acho melhor você fechar a sua boca e parar de comer para diminuir alguns centímetros dessa barriga se quiser usar algo decente no casamento. – soltou mais um pouco de seu veneno.

O sorriso alegre no segundo seguinte se entristeceu e seus olhos se encheram de lágrimas e seus lábios começaram a tremer mostrando que estava segurando o choro.

- Isso não foi muito elegante de se dizer. – disse Belle incrédula com a rispidez das palavras do coordenador.

- Eu nem sei quem você pensa eu é para falar algo a mim! – disse Brad se sentindo superior.

- Eu sou amigas das noivas, e trabalho na biblioteca...

- Ah que ótimo, uma rata de livro. – Brad soltou seu habitual veneno – Só deixo um aviso, estamos indo para um casamento, então aconselho deixar os livros em casa.

- Ora seu... – foi tudo que Emma escutou quando viu Ruby segurar uma peça decorativa, bem pesada, da estante e segurou a tempo o braço da amiga a centímetros da peça quebrar a cabeça do coordenador de casamento, a mesma peça que ela havia evitado meia hora atrás quando ele subiu as escadas na direção do banheiro. 

Olhando tão elegantemente quanto alguém com profundos círculos abaixo de seus olhos pode olhar, Regina desceu as escadas e sorriu para a reunião, o que fez acabar imediatamente com a discussão, afinal o grupo não queria provocar a ira da Rainha Má – Bom dia! Que surpresa, não esperávamos todos vocês reunidos aqui em casa antes do casamento.

- Bom, Regina, nós fizemos mais alguns pássaros só por precaução. – David apontou a sacola no chão, onde Emma havia deixado – E acabamos encontrando aos poucos cada um deles e... Bem, estão todos aqui. – explicou, ainda estava bravo com tudo o que o pequeno homem disse para sua esposa.

- Compreendo. – comentou baixo parando ao lado de sua noiva para dar um beijo em sua bochecha – Obrigada por deixar a aspirina sobre a mesinha da cabeceira para mim, Emma. Foi muito adorável de sua parte. – sorriu amorosamente para sua loira – Eu ainda preciso comprar umas última coisas, e gostaria de saber se você gostaria de se juntar a mim e Brad. – quis saber a prefeita – Vocês também querem ir junto? – convidou ao olhar restante do grupo.

- Só depois do café. – comentou Henry aparecendo no alto da escada, já vestido, mas com cara de sono.

Emma sorriu – Sem problema, Hen. Compramos algo no caminho. – respondeu para o filho.

Todos já estavam do lado de fora e separados em alguns carros apenas esperando pela loira. Emma colocou a cabeça para dentro do quarto de Zelena – Tem certeza de que não quer vir junto?

A ruiva tremeu a cabeça, mas sorriu enigmática – Não! Tenho muitos arranjos para terminar. – respondeu e voltou seus olhos para aquele amontoado de tecidos, flores e pilhas de papel. Emma soltou uma longa respiração e deixou sua cunhada sozinha em seus afazeres.

-SQ-

Depois de um desagradável, ao menos para Emma, trajeto até o “centro comercial” da cidade. O grupo havia passado um maravilhoso tempo ajudando Regina a escolher os detalhes finais da decoração, quando August entregou seus três pacotes para um ultrajado Brad e entrou acompanhando Regina na última loja. O coordenador de casamento frustrado caminhou até o carro da loira, se juntando com o restante do que havia sobrado do grupo, já que assim que chegaram ali, o pessoal se dispersou.

Imediatamente uma nuvem negra tomou conta da cidade, trazendo raios e uma movimentação muito estranha. Aquilo fez as pessoas da cidade começarem a se alvoraçarem em medo de ser um inimigo, ou então uma nova maldição.

- Irmã! – gritou Leroy e então segurou os braços de Emma – Nós vamos morrer! Você precisa fazer alguma coisa! Uma nova maldição está chegando! – saiu correndo em desespero, gritando que todos iriam morrer, que a maldição iria matar todo mundo.

- Mas o que? – foi tudo que Brad disse confuso com o que estava acontecendo, pois no segundo seguinte ele foi acertado com um daqueles raios e o transformou em uma figura bizarra – Eu vou matar todo mundo! – sua voz monstruosa e de suas mãos estavam começando a sair raios. Apontou a mão em várias direções enquanto raios atingiam o chão.

- Tudo que precisávamos! – exclamou Emma se escondendo atrás de um muro e olhou para ver a situação, enquanto Brad monstro lançava raios sem parar, vez e outra soltava umas gargalhadas sombrias.

- Destruição! – exclamou e soltou mais raios quebrando tudo.

- Emma precisamos fazer algo. – falou David que conseguiu se aproximar de sua filha.

- E vamos fazer algo! – falou Emma tomada de coragem e atirou uma luz branca saindo da sua mão na direção do coordenador – Onde está Zelena numa hora dessas? – questionou lançando mais um raio de magia branca na direção do pequeno homem.

- Não se preocupe que estou aqui. – surgiu de uma fumaça verde já lançando magia verde na direção do coordenador – Eu vou me divertir tanto agora. – sorriu travessamente.

Ruby em vingança conseguiu se transformar em lobo e correu na direção do coordenador que estava de costas e o jogou longe. Ela soltou um uivo e saiu correndo assim que voltou a forma humana e foi se esconder, pois o coordenador se levantou e começou a lançar raios na direção dela.

Zelena começou a alternar suas mãos enquanto jogavam magia para cima do coordenador, enquanto Emma fazia o mesmo do lado oposto. Pararam quando perceberam o monstro-coordenador zonzo e assim cada um do grupo aproveitou sua chance para descontar as grosserias que havia recebido, seja num soco no rosto quanto num beliscão, qualquer coisa estava valendo.

- Destruição! – exclamou o monstro-coordenador voltou a ficar consciente, enquanto raios ainda saíam de suas mãos.

- Mas o que está acontecendo aqui? – questionou Regina com os olhos arregalados em surpresa, quando viu toda aquela destruição e caos.

- Eu não sei! – falou Emma assim que conseguiu se aproximar de sua noiva – Do nada surgiu uma nuvem estranha, que lembrava muito uma maldição nova e um raio acertou o Brad... – começou a responder, então lançou outro raio na direção do monstro-coordenador – Ele se transformou nisso e estamos a todo custo tentando derrotá-lo, mas no momento nada está adiantando. No máximo conseguimos deixa-lo zonzo por um pequeno momento e então ele volta como se nada tivesse acontecido.

Regina analisou melhor a situação e estava achando aquilo tudo muito suspeito – Acho que conheço isso... – murmurou e olhou para ver algo que a estava inquietando.

- Sim, e enquanto isso vamos atacar com força. – falou Emma e saiu do esconderijo – Juntas Zelena. – gritou a loira e a ruiva apenas sorriu, e as duas mulheres lançaram suas magias no coordenador, que apenas sorria.

Os olhos de Regina varriam todos os lugares até que finalmente achou quem estava procurando e em seguida sumiu em sua nuvem de fumaça roxa e apareceu no segundo seguinte ao lado de sua mãe, que apenas ria com tudo aquilo – Mamãe! – exclamou com as mãos na cintura – Vamos para com isso?

- Ah Regina você é uma estraga prazeres. – falou Cora ainda sorrindo, só que travessamente agora.

- Mamãe!

- Ah minha filha, elas estão se divertindo. Você deveria tentar também assim tira um pouco do estresse do planejamento... – explicou a mulher mais velha. Regina apenas ergueu uma sobrancelha, e Cora apenas soltou um suspiro derrotada – Tudo bem. – murmurou e com um gesto de sua mão a tempestade se desfez imediatamente e o monstro assim que tomou a última magia de Emma caiu no chão e Brad voltou a normal, mas ele ficou ali parado, imóvel.

Mary se aproximou e deu um chute na perna dele – Mary! Cuidado! – exclamou David apreensivo.

- Estou apenas me certificando se ele ainda está vivo. – respondeu a mulher de cabelo curto preto melancolicamente – Infelizmente está.

- Mas o que aconteceu? – questionou Emma não entendendo mais nada.

Regina e Cora se aproximaram – Minha mãe aconteceu. – respondeu.

- Mamãe! – exclamou Zelena fingindo uma repreensão, mas estava agradecida, e o principal, desestressada.

A mulher mais velha apenas fez um gesto com a mão e tudo que estava destruído voltou ao normal – Vocês estavam precisando de um alívio. Ele estava acabando com vocês. – explicou.

- Desde quando você estava na cidade? – questionou Regina, agora sorrindo para sua mãe.

 Alguns dias, apenas observando tudo. – piscou – Eu achei que isso seria divertido e eu aproveitei para fazer a minha triunfante chegada. – sorriu travessamente.

- O que... O que aconteceu? – perguntou Brad voltando a realidade, e se sentando.

- Ah Brad! Isto foi incrível! Eu nunca vi alguém resistir a um ataque tão brutal com tamanha coragem. – falou Ruby com a cara mais lavada do mundo – Acho que devia ter pelo menos umas oitos pessoas.

O coordenador de casamento franziu o cenho – Lembro vagamente de raios elétricos, raios brancos e verdes, socos... – passou a mão na canela dolorida devido ao chute – Por que a minha perna está dolorida? – se questionou.

- Isso pode ser da sua batida de cabeça no chão... – comentou Ruby – Mas houve uma briga de fato, e você foi maravilhoso, com tamanha coragem nunca vista... – continuou tagarelando.

Regina apenas olhou para sua mãe – A sua sorte é que não houve feridos. – então olhou para sua esposa, que apenas engoliu em seco – E você também não se machucou, pois se tivesse acontecido algo a você, eu teria te matado. – virou as costas e foi conversar com o coordenador de casamento.

-SQ-

- Entre... – Regina disse exausta, assim que escutou batidas. A porta se abriu larga o suficiente para uma única rosa vermelha entrar. Regina aceitou a oferta de paz, parando para inalar o doce perfume da rosa antes de agarrar a mãe de Emma e a puxá-la para dentro do quarto. Sentaram-se na cama, encarando-se, e Regina encarava os verdes olhos de sua noiva.

- Eu sinto muito... – Emma começou. Regina sorriu, pois a conhecia muito bem, mas demorou um segundo para perceber que sua loira continuava falando – Que eu tenha que dar essa notícia, mas Brad decidiu que continuar trabalhando no nosso casamento era demais para seus nervos. Ele pediu as contas. E para ser justo, ele concordou em não nos cobrar pelo trabalho que fez nesses dois dias, desde que ele não tenha que manter o contrato até o final. – havia uma leve satisfação na voz da loira, mas um pouco cuidado também. O queixo de Regina se movimentou acima e abaixo algumas vezes, mas nada saía de sua boca enquanto seu cérebro absorvia a informação.

- Mas a recepção?... Nós não fizemos nem metade do que precisava. – tentou ter uma resposta, mas sua cabeça estava rodando com a notícia.

Emma fez sua noiva se acalmar – Está tudo certo, Kathryn e August concordaram em nos ajudar com o que você precisar.

Regina apenas considerou por alguns segundos tudo que tinha escutado, e por fim assentiu com a cabeça sua aprovação. De algum lugar escadas abaixo, elas ouviram o estouro de uma rolha de champanhe.

Seis semanas antes do casamento, Regina estava calma e organizada. Quatro semanas antes do casamento, ela estava começando a se sentir um pouco estressada. Duas semanas antes do casamento, ela sentiu que tudo estava indo conforme o planejado, e estava confiante de que tudo daria certo, mesmo August e Kathryn estavam perdendo a cabeça. Zelena enquanto ninguém estava vendo usava sua magia para terminar aqueles malditos arranjos, roupas e decorações, mesmo que o combinado foi fazer tudo sem magia. E Emma estava observando o número cada vez menor de cerveja em seu pequeno estoque, mas isso é história para outro momento.

-SQ-

Aquela noite todos se reuniram para o jantar, e estavam sentados em seus lugares. Uma grande tenda havia sido erguida nos fundos da mansão para acomodar o jantar naquela noite, e no dia seguinte o casamento. Uma empresa para servir havia sido contratada para os dois dias, e uma das garçonetes já havia servido suas saladas quando os problemas começaram. Mary e Kathryn brigava por uma cesta de pães. David estava tentando falar com Graham, mas ele tinha que gritar para ser ouvido. Ruby chamando a garçonete e pedindo que enchesse seu copo de dois em dois minutos. Quando o barulho alcançou o máximo, um sonoro estrondo foi ouvido desde a ponta da mesa.

- Chega! Eu não aguento mais! – todos pararam e olharam fixos para uma das noivas. Os olhos de Regina estavam brilhando, mas por baixo estavam mostrando profundos sinais de exaustão. Todo o corpo da esbelta mulher tremeu com irritação e cansaço – Eu tenho trabalhado por meses para ter certeza de que tudo ocorrerá perfeitamente, eu já não aguento mais! Não estamos na Floresta Encantada para agirem com tanta selvageria. – gritou e então deixou as lágrimas saírem. Emma rapidamente estava ao seu lado, envolveu seus braços ao redor de sua trêmula noiva, e a puxou para perto. Regina abraçou sua amada firmemente e enterrou seu rosto contra a roupa da outra mulher.

Por mais acostumados que estavam com as explosões de Regina, aquela em especial fez toda a atividade ao redor da mesa parar. Somente Zelena ousou se mover e se aproximou das duas mulheres, mas não sem antes tirar de sua bolsa um frasco de pílulas. Tirou uma de dentro do frasco e a entregou para a loira – Aqui! Dê isto para ela, em seguida a coloque na cama. – explicou.

Emma aceitou a pequena pílula – O que é isto? – perguntou cautelosamente, ainda abraçando sua chorosa noiva.

- É um valium.

- Por que você tem isso na sua bolsa? – perguntou Emma surpresa, com seus olhos arregalados.

- Para quando alguém precisar de um. – respondeu Zelena e a loira olhou não convencida – Isto é um casamento, alguém ia ter um ataque de ansiedade.

Emma soltou um suspiro, então olhou para sua noiva – Aqui Regina, tome isto. – pediu, oferecendo a pílula para sua noiva.

Os olhos castanhos cheios de lágrimas da prefeita olharam dentro dos verdes de sua noiva – Vo-você quer me dopar?

- Não, quero apenas que você seja feliz, amor. Você precisa de seu descanso. Amanhã será um grande dia. – Emma a abraçou firme, sorriu tranquilamente – Vamos, isto ajudará você a descansar. – deu um beijo nos cabelos da prefeita.

Regina pegou a pílula da mão alva – Mas você ainda vai me amar pela manhã? – quis saber.

Emma sorriu – Sim, e todos os dias até o final da minha ida... – sorriu amorosamente – E se você vier agora, eu te colocarei na cama – piscou.

A prefeita olhou a pílula – Eu tomarei isto mais tarde, primeiro quero tomar outro banho... – fez uma pausa para respirar fundo – Um banho quente. – completou.

- Tudo bem, querida, vamos voltar para nosso quarto, assim você pode tomar um banho quente e então descansar. – concordou acompanhando sua noiva para dentro da casa.

Quando Emma estava a porta da cozinha, ela ouviu uma movimentação suspeita atrás de si e se virou olhando fixamente para Zelena. A ruiva simplesmente brindou a elas com seu copo de água antes de um grande gole. Quando Emma e Regina já não estavam mais presentes, todos voltaram a comer, contudo de uma maneira mais civilizada e silenciosa.

-SQ-

A manhã seguinte Emma caminhava pelo lado de fora da mansão, atipicamente ela havia acordado cedo, ou melhor, nem tinha dormido direito. O dia era perfeito para um casamento. Ela respirou o ar puro da manhã. Ainda bastante cansada, pois ela havia ficado acordada boa parte da noite, apenas velando o sono de sua noiva. Regina tinha a expressão muito encantadora, e Emma ainda não acreditava que logo elas se casariam. Uma ideia surgiu em sua mente, uma volta com seu amado besouro amarelo ajudaria a espairecer e limpar sua mente. Não demorou muito para pegar a chave e entrar no veículo e se aventurar. Depois de rodar sem pressa por todos os lugares da cidade, ela acabou parando na praia. Saiu do carro e foi se sentar no antigo esconderijo de Henry quando criança, o castelo que Regina acabou revitalizando para que mais crianças pudessem brincar ali. Sentou-se e deixou suas pernas livres balançando, e olhando o vai e vem das ondas. O sol ainda não havia saído com força total, a leve brisa, o corpo estava cansado. Resolveu deitar ali no brinquedo por alguns minutos apenas, para descansar por alguns minutos. Os cálidos raios de sol a convidavam para fechar brevemente os olhos, que ela não conseguiu resistir – Não fará mal apenas alguns minutos... – murmurou.

-SQ-

- Bom dia! – cumprimentou Regina ao abrir a porta de seu quarto para sua irmã, que já estava carregada de bolsa e sacolas com a roupa do casamento.

- Bom dia! Vamos começar que temos um longo dia a frente. – disse Zelena sorrindo e entrando no quarto – Já que vocês quiseram um casamento de manhã. – completou colocando as coisas que carregava sobre a cama.

- Não é bem um casamento de manhã, é quase na hora do almoço...

- Ah quanta diferença... Se não passou da hora do almoço, então ainda é de manhã. – Zelena piscou travessamente.

- Tudo bem... – a prefeita disse derrotada – Vou tomar um banho rápido e já volto. – disse indo na direção do banheiro que era ligado ao quarto dela. Como dito a prefeita não demorou muito no banho – Por onde começaremos?

- Roupas íntimas. – Zelena sorriu brincalhona, apontando o closet.

Regina soltou uma risada e foi para o closet se vestir, quando saiu estava usando um conjunto de calcinha e sutiã, brancos rendados, e vinha com a meia calça em mãos. Sentou-se em seu banquinho da penteadeira para colocar a peça, e uma vez pronta Zelena se aproximou para cuidar de seus cabelos. Quando terminou um bem feito coque atrás da cabeça se apresentava, com apenas alguns fios soltos a frente. Então Regina se encarregou de sua própria maquiagem, realçando seus olhos. Ela se contemplava perfeita, então aplicou algumas gotas do perfume que Emma tanto amava em seu pescoço e punhos, com certeza fazendo esses pontos palpitar ansiosos. Satisfeita, Regina se virou e portando um radiante sorriso nos lábios. Antes que pudessem continuar escutaram batidas a porta – Quem será? – questionou a prefeita.

- Vou ver. – respondeu a ruiva e assim que abriu a porta – Mãe! Entre!

- Bom dia, minhas meninas. – cumprimentou Cora sorrindo feliz – Pronta para o grande dia?

Regina sorriu para sua mãe – As vezes acho que estou sonhando.

Cora sorriu para sua filha mais nova e piscou travessamente – E você, Zelena, quando irá se casar?

Zelena revirou os olhos – Se tudo der certo, nunca. – respondeu enfadonhamente, fazendo sua irmã e mãe caírem na risada, e ela depois não aguentou e começou a rir também – Mas estamos aqui para o casamento de Regina, e ela ainda está se arrumando. – completou, Regina assentiu e foi se virou para o espelho para dar os últimos retoques em sua maquiagem.

- Você está perfeita, agora só falta o vestido. – comentou Zelena maravilhada, quando Regina terminou.

- Onde está Emma? – questionou sentindo falta de sua amada.

Zelena a olhou desde que estava concentrada em tirar o vestido da sacola – Hum, ela deve estar com Ruby se preparando.

- Verdade? – parecia uma criança na noite de natal – Eu quero vê-la! Quero ter certeza de que isso está acontecendo, que ela não irá fugir... – soltou uma risada tola – Que eu não estou sonhando.

Uma sobrancelha ruiva se ergueu no gesto que era característico de Regina – Você não está sonhando, posso garantir. – a irmã mais velha ajudava a irmã mais nova a colocar o vestido para o grande evento.

- Eu preciso vê-la... – disse Regina pronta para o casamento – Por favor.

- Regina, você sabe que aqui nesse mundo dizem que ver a noiva antes do casamento trás azar. – Zelena tentou arrumar um jeito de convencer a sua irmã em ficar no quarto até a hora do casamento, que não faltava muito.

- Mas eu não disse dela me ver. – piscou travessamente, Zelena apenas franziu o cenho em repreensão, mas foi inútil, pois Regina já havia saído do quarto. A ruiva olhou para a mãe que estava calada o tempo todo.

- Errada ela não está. – brincou Cora rindo – E outra, essa superstição é só aqui, na Floresta Encantada não tínhamos nada disso. – completou.

-SQ-

Ruby juntamente com Elsa e Anna se juntaram Mary e David no quarto que era para Emma estar se arrumando para o casamento naquele exato momento – Onde está Emma? – questionou a garçonete.

- Provavelmente com Regina? – arriscou David aflito.

- Mas era para ela estar aqui se arrumando para o casamento! – exclamou Ruby em leve desespero – Daqui a pouco está na hora do casamento e nem sinal da loira. – soltou um suspiro frustrado.

Ali veio uma batida na porta.

- Será Emma? – questionou a professora. O resto do grupo apenas a olhou – Vou abri-la. – comentou Mary e foi até a mesma e a abriu – Uhh Re-Regina... – gagueou em um grito esganado misto de surpresa e preocupação.

- Onde está Emma? – murmurou a prefeita tentando olhando para dentro do quarto pela pequena abertura da porta.

- Bem, ela está hm... Aqui. – sorriu forçadamente – Então acho que já pode voltar para o seu quarto e terminar de se arrumar, assim como Emma está fazendo o mesmo.

A prefeita tentou olhar atrás dela, mas foi bloqueada – Oh está bem, achei um pouco estranho o que você disse... – tentou novamente entrar, mas foi bloqueada – Eu que quero vê-la. – disse mais firme.

Ruby, Davi, Elsa e Anna se olharam desesperadamente, relembraram o colapso de Regina na noite anterior, não queriam mais problemas e muito menos uma Rainha Má raivosa, também não queriam perturbá-la com a notícia de que Emma não estava ali com eles.

- O que nós vamos fazer? – David sussurrou para as três garotas.

A mente de Ruby girava incansavelmente até que ela pegou a visão de Elsa, com seu cabelo loiro solto, e rapidamente formulou um plano. Puxou uma cadeira e virou as costas da mesma para a porta, depois puxou Elsa pelo braço e a fez se sentar na cadeira – Não abra a boca e não se mexa. – sussurrou para a amiga.

Anna sorriu entendendo o plano – Você fique a frente dela e apenas sorria. – murmurou para David, que apenas assentiu e se posicionou como o combinado.

- Certo! – Ruby resmungou – Deixe a entrar. – completou pulando para o lado de Anna, e as elas duas meio que atrás de Elsa, fazendo pose com sua mão colocada debaixo de seu queixo em forma pensativa, enquanto Anna mexia levemente no cabelo da irmã como se estivesse terminando de arrumar o penteado.

- Sinceramente Mary... – Regina soltou um riso tolo – Você é a má sorte que Zelena me disse. – brincou e fez com que Mary fosse para o lado, dando espaço para ela entrar brevemente no quarto, então seus olhos brilharam ao ver sua esposa de costas, com as duas mulheres arrumando seu cabelo. Depois de alguns segundos que pareciam uma eternidade, viu Anna terminar e parar ao lado de Ruby e as duas ficaram olhando criticamente o cabelo. A prefeita tremulou sua cabeça de um lado a outro algumas vezes rapidamente e antes que pudesse falar algo, escutou seu filho.

- Mamãe! Achei você! – falou Henry parando a porta, ele havia sido requisitado por sua tia que mandou uma mensagem para ele pedindo para que ele fosse até o quarto de hóspede e a levasse de volta para o quarto principal  – Sabe que não pode ver a noiva antes do casamento. – brincou o rapaz e sem dar tempo para sua mãe morena dizer algo a puxou para fora do quarto – Vamos que você precisa dar seus retoques que a hora do casamento se aproxima. – terminou de digitar uma mensagem no celular e assim que a enviou guardou seu celular no bolso da calça social preta. Regina sorriu para seu filho e assentiu com um aceno de cabeça enquanto era acompanhada para o quarto principal.

- Henry salvou a nossa pele nesse momento. – comentou Mary fechando a porta e soltando um longo suspiro – O que vamos fazer? – quis saber assim que a adrenalina deu uma leve baixada.

Antes que alguém pudesse dizer algo, o celular de Davi apitou indicando mensagem. O homem pegou o aparelho e leu a mensagem na segunda vez em voz alta – O carro de Emma não está em lugar nenhum aqui na mansão. Onde ela poderia ter ido? – terminou e soltou um suspiro frustrado.

- Será que Emma fugiu? – questionou Elsa ao se levantar e olhar para todos ali no quarto.

- Ela não faria isso! – disse David convicto, então olhou para o grupo – Faria? – questionou receoso.

- Claro que não David. – falou Mary em tom de repreensão – Esse casamento era tudo o que ela queria.

- Então onde ela está? – perguntou Anna aflita. O silêncio respondeu a sua pergunta.

Ruby se exaltou – Ah sua loira doida! – exclamou furiosa – Agora sabemos que com Regina ela não está.

- Também não podemos arriscar ligar no celular de Emma, porque pode estar junto com Regina no quarto. – acrescentou David desanimado.

- E se alguém daqui sair para procura-la irá levantar suspeitas de que uma das noivas não está no próprio casamento. – disse Mary também desanimada.

- O que vamos fazer então? – questionou Elsa frustrada também.

Mary soltou um longo suspiro – Apenas esperar e torcer para ela aparecer a tempo de acontecer o casamento. – todos assentiram com um gesto de cabeça e em pensamento estavam apenas torcendo para que a loira não tivesse fugido e que voltasse o mais rápido possível de onde quer que tenha ido.

-SQ-

Emma sentiu uma cálida brisa em sua pele quente pelo sol e rapidamente abriu os olhos – Hmm... – respirou fundo – Por que estou aqui? – murmurou olhando ao seu redor, então seus olhos arregalaram em pânico – Oh merda! – resmungou – O casamento!! – saiu correndo para seu carro e antes de dar a partida, viu no visor do rádio, aquilo foi a única coisa que ela modernizou no seu veículo, em número digitais em vermelho que estava gritando a hora para ela – Droga! Merda! – deu partida e saiu em disparada a mansão que era do outro lado da cidade. A cidade era pequena, mas nesses momentos parecia maior que a maior cidade do mundo. Acelerou tudo o que seu carro aguentava, enquanto passava pelas ruas e ia buzinando nas esquinas e em alguns sinais vermelhos. Alguns transeuntes xingavam e acenava em protesto para o fusca – Regina vai me matar se eu chegar mais atrasada que ela no casamento. – murmurou. Assim que avistou a mansão, acelerou mais ainda, e acabou estacionando seu carro no meio do gramado da frente. Uma vez fora do veículo, saiu em disparada para dentro da casa, já começando a tirar sua jaqueta.

Dentro do quarto estavam os quatro sentados e sem saber o que fazer para achar Emma, quando a porta se abriu rapidamente e Emma entrou esbaforida dentro do quarto – Emma! – exclamou Ruby feliz em ver sua amiga ali – Onde você estava? – quis saber aliviada assim como todos ali.

- Eu adormeci. – falou a loira tirando mais um pouco da sua roupa, não se importando quem estava no quarto, pois ela precisava se arrumar rapidamente se não seria uma noiva morta.

- Em algum lugar aqui da mansão? – questionou Anna ajudando a amiga com as roupas.

Emma negou com a cabeça abotoando sua camisa – Não, lá na praia. Eu precisava limpar a mente e resolvi dar uma volta e acabei parando na praia... Adormeci no antigo esconderijo de Henry. – explicou colocando a camisa para dentro da calça.

- Quatro minutos para o casamento! – exclamou David olhando seu relógio no punho. Emma estava quase pronta. Assim que terminou de calçar seus sapatos David e Mary a acompanharam para fora do quarto. Anna se deixou cair na cadeira que outrora estava Elsa se passando por Emma – Se o casamento delas é essa correria e agonia toda, fico imaginando quando uma delas estiver grávida e o bebê estiver para nascer.

Ruby colocou a mão sobre os olhos – Não quero nem pensar nisso. – murmurou desanimada.

- Oh mãe! – exclamou Henry feliz ao vê-la no topo de escada, enquanto ele havia chegado a metade. Henry havia sido encarregado de acompanhar Emma até o pequeno coreto, enquanto David havia aceitado o pedido de Regina de leva-la até Emma – Eu estava indo justamente até você. – sorriu novamente – Tudo bem?

A loira abriu um sorriso imenso – Sim garoto, está tudo bem. – segurou a mão do filho e lado a lado os dois foram caminhando da porta da frente até o começou do caminho que levava até o coreto.

- Por que seu carro está no meio do jardim? – questionou curioso.

Emma soltou uma risada – Outra hora eu te conto. – piscou divertida enquanto caminhavam até o coreto e se postarem ali.

Os olhos de Emma se arregalaram surpresos diante de tanta beleza que era sua esposa– Simplesmente deslumbrante... – murmurou sem tirar os olhos de sua esposa por um segundo sequer. Regina apenas sorriu feliz para sua esposa

David apenas oferecendo o buquê a Regina que o pegou. O arranjo era todo feito de lírios, com destaques para a maior quantidade de lírios vermelhos. Depois o pai de Emma ofereceu o braço para a prefeita – Vamos? – perguntou, seu sorriso era de puro orgulho.

- Com todo prazer. – respondeu Regina aceitando o braço e passando o seu braço ao redor do braço oferecido de seu sogro. Enquanto a outra mão segurava o buquê a frente de seu corpo.

Com um gesto de Cora, a banda que havia parado de tocar assim que a noiva apareceu e agora começaram a tocar a marcha nupcial.

Lentamente David e Regina caminharam até chegarem ao pequeno coreto. Assim que se aproximaram, o loiro deu um beijo no rosto de Regina, que sorriu e se postou a frente da pequena bancada que havia entre elas e Archie, que realizaria a cerimônia. As duas mulheres eram apenas sorrisos.

O ruivo acenou em acordo com a cabeça, em seus lábios um sorriso feliz – Bom... – limpou a garganta - Meus queridos amigos e familiares... – recomeçou – Hoje é um dia de imensa alegria para todos, mas principalmente para Emma e Regina... Eu tenho o imenso prazer e uma grande satisfação por unir essas pessoas que aqui estão a minha frente. – ele fez uma pausa e olhou para todos ali presente e sorriu – Sei que muitos de vocês não sonhavam com esse casamento, mas hoje estamos sendo testemunha que o amor verdadeiro pode acontecer com o mais improvável casal... – riu – Mas quando Emma e Regina me pediram para realizar também a cerimônia eu não podia dizer não. – olhou para o casal – Como disse hoje é um dia de muita alegria e emoção para todos... – fez outra pequena pausa – Estamos aqui para celebrar o maior laço de união, o amor. Ele que nos faz sentir que estamos vivos e que nos dá coragem para continuar em frente. Somos o que temos no coração. Tudo a nossa volta gira em torno do amor. – fez uma pausa e viu que alguns convidados já derramavam algumas lágrimas de felicidade. Eugenia já tinha um lenço em mãos, e limpava algumas lágrimas que teimavam em cair. Archie sorriu – Da vida é apenas o que vamos conseguirmos levar, momentos... E esse momento com certeza ficará marcado na vida de todos. – tomou novo fôlego – Eu, diante dos poderes a mim investidos pela Floresta Encantada, realizo hoje o casamento desse casal, diante de vocês. – deu prosseguimento – Assim eu declaro válida a união estável de Regina Mills e Emma Swan. – fez uma pausa ao notar que as duas mulheres sorriam uma para a outra – Que a partir desse dia elas se tornarão apenas uma família... A família Swan-Mills... – sorriu diante da cena do casal sorrindo feliz – É de livre e espontânea vontade que estão aqui hoje para realizar essa união?

- Sim... – responderam juntas.

- Há alguém que é contra essa união? Este é o momento para se pronunciar, ou então cale-se... – falou Archie.

Assim que se calou, um repentino vento de tempestade soprou na festa – Juro que não sou eu. – falou Cora surpresa, quando alguns pares de olhos viraram em sua direção.

Raios e relâmpagos surgiram, e do centro da pista de dança um fogo esverdeado, diferente do verde de Zelena, brilhou e dele surgiu Maleficent – Ora, que magnífico casamento... Todos reunidos aqui, realeza, nobreza e cortesãos... – soltou uma risada olhando a todos, e seus trajes eram aqueles bem característico com direto aos chifres e tudo – Eu fiquei muito chateada por não ter recebido o convite de tão bela cerimônia...

- Mal, pode parar. – pediu Regina rindo – Claro que você recebeu o convite, e inclusive eu ainda te telefonei para confirmar sua presença.

Imediatamente tudo voltou ao normal – Ah Regina, você não sabe brincar. – resmungou.

- Eu te entendo Mal. – falou Cora fiz a mesma coisa e ela não soube aproveitar.

- Bom, eu gostaria de voltar para o meu casamento, posso? – brincou a prefeita sorrindo para a amiga.

Um sorriso travessa surgiu nos lábios de Maleficent, enquanto ela caminhava na direção de Cora, aproveitou para trocar de roupa literalmente num passe de mágica, para sentar ao seu lado – Claro! Continuem, eu já fiz a minha entrada triunfal mesmo. – piscou para as noivas.

Archie limpou a garganta – Querem que eu repita a minha pergunta? – quis saber.

Tanto Emma quanto Regina negaram com a cabeça – Não! – responderam juntas – Apenas continue como se nada tivesse interrompido. – completou Emma.

O ruivo assentiu com um gesto de cabeça, limpou novamente a garganta e continuou – As noivas gostariam de dizer algumas palavras? – perguntou ao casal Swan-Mills.

- Sim, nós pensamos e escrevemos algumas palavras... – disse Regina visivelmente emocionada – Tudo acontece por um motivo, hoje estamos formando a família Swan-Mills e espero quem sabe um dia aumentar... – fez uma pausa segurando o choro – Mas tenho certeza que tudo dará certo para isso... A vida, muitas vezes é feita de escolhas, e eu escolho passá-la ao seu lado... – Emma tinha os olhos marejados escutando os votos que fizeram juntas – Teremos bons momentos, teremos momentos difíceis, mas sei que com você ao meu lado, não terei medo de enfrentá-los... – limpou uma lágrima que desceu por seu rosto – Quero viver no calor do seu coração, quero chamar de lar o espaço entre seus braços... – Regina fez uma pausa para segurar a emoção – E prometo te fazer feliz e te querer feliz mesmo longe de mim... Só espero que essa segunda parte não aconteça. – riu entre as lágrimas fazendo com que Emma também risse.

- Eu também espero e vou trabalhar para que essa segunda parte não aconteça nunca. – comentou a loira com um sorriso nos lábios.

A morena continuou – Você tem um coração enorme e soube não somente reconhecer minhas qualidades, mas também os meus defeitos, e aceitou todos, me tornando alguém melhor. Eu aprendi muitas coisas contigo, uma delas foi que você é meio fora da casinha as vezes. – riu – Mas não faz mal. Eu amo você do jeitinho que você é. Fazendo brincadeiras, bobeiras... Eu sou a parte séria da relação, confesso, mas acho que isso que faz a nossa relação andar em perfeita sintonia. Eu sei que nem tudo vai ser alegria sempre. Mas quem disse que para sermos felizes tudo tem que ser perfeito? Hoje lhe declaro o meu maior sonho... Envelhecer junto contigo... – fez uma pausa para segurar a emoção que corria solta – Quando esse tempo chegar eu te lembrarei desse dia e te direi: eu não te amo mais como aquela época...  – sorriu abertamente e viu os olhos de sua loira se arregalarem, então sorriu abertamente – Hoje eu amo muito mais!

Cora, limpando as lágrimas, fez com que Ruby se aproximasse com as alianças, Regina pegou a aliança de Emma – Com essa aliança te peço que seja minha... – deslizou pelo dedo anelar da mão esquerda de Emma, as lágrimas desciam pelo rosto das duas mulheres – Eu, Regina Mills, aceito você, Emma Swan como minha esposa. E a partir de hoje aceito seu sobrenome, me tornando Swan-Mills.

A loira repetiu o gesto, pegando a outra aliança – Eu, Emma Swan, aceito você, Regina Mills como minha esposa. E a partir de hoje aceito seu sobrenome, me tornando Swan-Mills.

Archie olhou para os convidados e viu que não tinha um que não havia derramado pelo menos uma lágrima de emoção com todas aquelas palavras ditas, limpou a garganta novamente – Amar não é ocupar um lugar em alguém, mas criar um lugar que ninguém mais pode ocupar. – sorriu para o casal, que estava extremamente feliz e era visível pelas feições emotivas e as lágrimas que desciam de seus olhos – Dê a si mesmo o amor que você procura, então o universo te mandará pessoas que combinem com isso, e vejo aqui hoje que essas palavras são mais que verdadeiras. – olhou para todos ali presentes – O amor verdadeiro é de alma e não de corpo. – uma breve pausa – Assim, pelo poder investido a mim, as declaro casadas, podem se beijar. – disse o homem sorrindo abertamente. Elas se inclinaram a frente e deram um selinho demorado para selar a união.

Regina entregou seu buquê para sua mãe que havia se aproximado. Abraçadas a suas agora esposas, o casal começou um leve bailar no ritmo da música, assim que chegaram a pista de dança e quando a música acabou, lentamente os lábios foram se aproximando e selaram em um beijo um pouco mais duradouro.

No instante seguinte Emma e Regina foram rodeadas pelo filho, por Mary, David, Zelena e Cora. Elas se separaram e abraçaram cada um. David não se conteve e envolveu as duas em um forte abraço amoroso. A festa foi acontecendo, mas Emma pediu para não comentarem nada com Regina sobre seu sumiço mais cedo, principalmente depois que ela ficou sabendo que sua esposa havia ido a sua procura no quarto e o plano que bolaram para enganar a prefeita.

- Então peço que vocês levantem seus copos e façam um brinde conosco... – pediu Emma erguendo sua taça, gesto imitados por todos, riu juntamente com o resto do pessoal – Muito bom. – comentou ao ver que todos estavam com seus copos e taças erguidas – Agora sigam as instruções que vamos dizer... – como se possível seu sorriso se abriu mais ainda – Não tenha vergonha de chorar... – se lembrou da hora dos votos que muitos ali presentes estavam chorando, assim como elas e as madrinhas e padrinhos – Tire muitas fotos e nos ajude a eternizar este momento...

- Então peguem seus celulares e brinquem de fotógrafos, e o pessoal da fotografia... – falou Regina sorrindo abertamente – Sabemos que vocês irão fazer um excelente trabalho. – piscou travessamente – Faça como Emma e Ruby: comam bastante... – brincou a prefeita sorrindo travessamente – Pois Eugenia providenciou muita comida. E lembrem-se dos doces. Ah por fim tem o bolo, que eu tenho certeza que está divino.

- Só não fico brava porque é verdade. – riu Emma e depositou um beijo nos lábios de sua esposa – Também façam como Regina e Kathryn, que eu sei que vão fazer e muito, conversem bastante.

- Ai que ultraje, falando que somos faladeiras. – brincou Kathryn fingindo estar ofendida, mas seu imenso sorriso dizia o contrário. Regina apenas ergueu a sobrancelha para sua esposa, mas por fim acabou sorrindo.

- Não vá embora sem nos dar um abraço e tirarmos uma foto. – continuou Emma sorrindo feliz – Deixem um recadinho para nós logo ali na entrada... – apontou uma pequena caixa de madeira com alguns blocos de papel e algumas canetas – Leve com vocês uma lembrancinha... – apontou o outro lado que tinha uma mesa cheia de lembrancinhas – E por último, mas tão importante quanto as outras instruções... Agora aproveitem e bastante a festa. – por fim ergueu mais um pouco sua taça como se brindasse aos copos e taças de todos. Tilintou sua taça com a de Regina e todos tomaram um gole de suas bebidas. Depois de uma sessão de muitas fotos, o vocalista da banda anunciou que era hora da valsa.

- Nossa que coisa mais antiga. – brincou Kathryn – Valsa? Fale que está na hora da dança das noivas, ficar mais atual. – terminou assim que se levantou.

Cora soltou uma gargalhada – Como preferir, senhora Midas. Está na hora da dança das noivas. – corrigiu – Melhor? - questionou assim que viu sua filha e nora se levantarem.

Emma e Regina apenas riam da amiga, elas estavam de mãos dadas caminhando sem pressa – Confesso que tive muitas aulas com o meu pai para aprender a dançar valsa, afinal quem saberia mais sobre isso?

Regina sorriu – Então confesso que ele também me ensinou, pois essa era única coisa eu não sabia fazer. – piscou e sorriu para o surpreso rosto de sua esposa. Dançaram sem problema, até David se aproximar e pedir para dançar, primeiro com Regina, enquanto Emma dançava com sua mãe, e depois trocaram. Então a música mudou e Emma e Regina voltaram uma para os braços da outra. A loira assim que parou ao centro junto com Regina, deu dois passos para trás, e ofereceu a mão a sua esposa. Que sorrindo depositou a sua sobre a mão alva. A loira puxou sua morena para mais perto, depositando logo em seguida suas duas mãos na cintura da esposa, enquanto Regina envolveu seus braços ao redor do pescoço de Emma, e no ritmo suave da música começaram a mexer os corpos de um lado a outro. Seus olhares fixos um no outro. Sorrisos abertos em seus lábios. Seus corações batendo no mesmo compasso. Elas eram a perfeita demonstração de felicidade. Aos poucos elas foram se inclinando a frente até deixarem suas testas juntas e ali continuaram dançando.

- Quando vocês vão jogar os buquês? – quis saber Cora assim que se sentou a mesa junto com as mulheres. Depois da dança foi a vez de começarem a comer e se divertirem e ali estavam desde então.

Regina olhou para sua esposa – Acho que agora é um bom momento para jogar o buquê.

- Concordo. – disse Emma sorrindo.

- Hora do buquê! – anunciou Cora uma vez em pé para todos – Quem quer casar aproveite o momento para disputar o buquê.

No segundo que Cora anunciou que o buquê seria jogado, sobrou apenas Mary, Ruby, Eugenia, Cora e Emma sentadas e os homens. O restante das mulheres estava aglomeradas no centro da pista de dança para a disputa do sonhado buquê.

- Três!... – Regina começou a contagem regressiva para jogar o buquê, de costas para a aglomeração na pista de dança – Dois!... Um! – terminou e jogou o buquê sobre sua cabeça.

O arranjo floral sobrevoou todos. A multidão que acompanhava, não economizou nos puxões, pesadas no pé, cotoveladas enquanto o arranjo floral sobrevoava em baixo as mulheres se cotovelavam, puxavam, empurravam umas as outras. O buquê fez um alto arco no ar e começou a cair diretamente nas mãos de Belle, os olhos de Ruby se arregalaram imediatamente e antes que a bibliotecária pudesse agarrar o arranjo, “acidentalmente” a mão bateu no braço de Belle tirando o buquê de suas mãos. Como que ganhando vida depois desse momento, o arranjo saltou batendo na cabeça de Eugenia que estava sentada em uma cadeira perto da pista de dança, e estava caindo nos braços de Elsa, mas Mulan foi rápida e conseguiu tirar o arranjo dela, mas ele acabou voando em outra direção.

- Vem para a mamãe. – comentou Maleficent.

- Não mesmo! – resmungou Anna e Zelena que estavam ao seu lado imediatamente acabaram agarrando um punhado de lírios.

Assim, começou o momento de guerra bastante desagradável. Aquilo era guerra! Mal tentou bater nas outras duas mulheres com seus cotovelos, mas elas não iriam desistir assim facilmente. Na sequência da briga, o buquê voou para o alto e pousou nos braços de Belle. Todas suspiraram em alívio, achando que a bibliotecária não iria querer o buquê e o jogaria para o alto novamente. Para surpresa geral, Belle tentou correr com o buquê, somente para ser derrubada pelas outras três mulheres.

Elas se tornaram uma grande nuvem de poeira e pétalas. As pessoas podiam ver Zelena puxando a perna de Belle, ou Anna puxando o nariz de Mal. Elsa entrou na briga se jogando na nuvem de poeira. Mulan não queira fica de fora e se juntou aquela grande nuvem de poeira. Depois de alguns segundos que pareceram alguns anos, a poeira abaixou, e cada mulher emergiu olhando triunfante com um pequeno fragmento esfarrapado do buquê em mãos – Consegui! – exclamaram ao mesmo tempo.

O silêncio que se seguiu no instante seguinte era sepulcral. Olhos arregalados surpresos com o desenvolvimento do acontecimento. A perplexidade deixou todos boquiabertos com o acontecido. Regina estava pela primeira vez em sua vida sem palavras. Emma sorria divertida. Ruby era um misto de diversão e surpresa. Cora tinha um sorriso travesso de lado. Mary estava com a mão a frente da boca, visivelmente chocada.

- Por minha capa vermelha... Isso foi maravilhoso! – comentou Ruby ainda surpresa com tudo - Jogos mortais por um buquê de noiva. – terminou e não aguentou caindo na gargalhada, para segundos depois todos que haviam testemunhado a feroz briga pelo buquê também rirem de tudo aquilo.

Depois de todo o alvoroço da briga pelo buquê, os ânimos foram diminuindo, mais bebida era servida assim como a comida, então começaram os discursos dos convidados. Ruby fez um rápido discurso dizendo que estava feliz por finalmente as duas pararem de serem cabeça dura e darem uma chance para o que sentiam. Kathryn agradeceu a oportunidade de planejar o casamento juntamente com August, mesmo que aquela experiência de certo modo havia sido traumática. David comentou que estava feliz em ver tanto sua filha, quanto sua nora agora felizes e terem encontrado o final feliz delas uma na outra.

- Eu gostaria de falar algo. – Mary Margaret disse levemente embriagada, ao ficar de pé meio cambaleante – Quando eu senti que não tinha confiança ou experiência para assumir a minha posição na vida. Eu pensava que não era boa o suficiente, madura o bastante. Eu estava numa estrada de frustração, mas então Regina me ajudou a sair, me empurrou, não no sentido literal, me empurrou dura e rapidamente mais do que eu tinha ido por mim mesma. Claro que as duas vinham juntas, sempre juntas. Enquanto Regina me ensinou a usar totalmente uma mão firme, Emma me mostrou o idioma da habilidade e da conversa. Juntas elas me ajudaram a me tornar uma mulher melhor. – Mary deu uma risadinha tola – Eu tenho certeza de que David apreciou algumas mudanças.

David, chocado, borrifou vinho pela mesa no exato momento que tomava um gole do mesmo. Um silêncio caiu como uma bomba sobre todos – Saúde! – brindou o loiro, erguendo sua taça, para em seguida beber um gole, ato que todos imitaram.

- Hora do bolo. – falou Eugenia mudando completamente o foco depois daquele discurso.

- Sim, o bolo! – Emma confirmou rapidamente em choque, e as noivas sorriram e foram para a mesa que continha o grande bolo.

Emma e Regina apenas trocaram olhares se comunicando silenciosamente, imensos sorrisos adornavam os rostos das duas mulheres. Regina e Emma pegaram uma faca juntas, ao mesmo tempo elas cortaram o bolo. Fotos e mais fotos foram tiradas. Emma tinha um pratinho com um pedaço de bolo, então seu sorriso se tornou travessa. Ela passou o dedo no glacê da cobertura e arteiramente passou o dedo sujo no nariz e lábios de sua morena. Regina a olhou, indignada com o gesto, e antes que ela pudesse falar ou fazer algo, Emma passou a língua para tirar todo o glacê. Aquilo deixou Regina mais ainda sem palavras pela segunda vez no dia, novamente Emma agiu antes que Regina pudesse fazer ou dizer algo. A loira selou seus lábios com o de sua esposa em beijo calmo, suave. A morena por fim se rendeu e enlaçou o pescoço de Emma, que já tinha suas mãos na cintura menor e a trouxe para mais perto, aprofundando levemente o beijo. Como de costume, os fotógrafos não perderam nenhum detalhe das duas.

A festa prosseguiu então Emma e David conversavam sobre o ocorrido de mais cedo, e a loira comentou que talvez tivesse tomado muitas multas, mas sabia que não era o certo que estava pedindo para seu pai. Por fim David assentiu em acordo, a loira deu um beijo na bochecha dele e foi para o lado de sua esposa.

- Está na hora de irmos, amor. – disse Emma sorrindo para Regina. Cora anunciou que as noivas partiriam, mas que a festa iria continuar até o sol raiar ou até não sobra ninguém em pé, uma vez que Regina não estaria ali, Zelena poderia fazer aparecer bebida para se esbaldarem.

- Vai me contar sobre o que estava conversando com David? – questionou a morena enquanto fazia sua caminhada até a limusine que haviam alugado e as levariam até o aeroporto de Boston, então começarem sua lua de mel.

- Mais tarde, Regina, eu prometo. – piscou a loira.

Sentadas no banco traseiro do imenso veículo, Regina soltou um suspiro aliviada – Acabou! Agora é curtir a nossa lua de mel. – olhou amorosamente para sua esposa.

Emma sorriu de volta ao olhar para sua esposa – Eu entendo o sentimento... Nada mais de festa de solteiro, coordenador de casamento para mim, obrigada.

Regina assentiu com a cabeça enquanto chutava seus sapatos brancos para longe, deixando o sangue voltar a fluir nos dedos – O que você e David conversavam? – quis saber.

Emma suspirou derrotada, pois sabia que não teria como fugir, e contou tudo o que aconteceu naquela manhã – E então pedi para ele dar uma olhada no sistema e meio que sem querer apagar todas a minhas multas dessa manhã.

- Oh Emma, isso é muito errado. – comentou Regina sorrindo e imaginando sua esposa cortando a cidade feito uma desesperada.

- Ele relutou, mas por fim cedeu, e assim que for trabalhar ele faz isso para mim... – falou a loira com um sorriso travesso – Pois o meu serviço no momento é me concentrar na minha esposa pelas próximas duas semanas.

Aquela declaração fez Regina se derreter, mas ela não podia demonstrar – Emma você sabe que isso é muito errado... Peça pelo menos para ele somar quanto deu as multas, pois temos que ao menos pagá-las...

- Regina, por favor... – pediu Emma interrompendo-a.

- O que?

Emma deu a sua amada um olhar muito depravado e um piscar de olhos mais safado ainda – Guarde a repreensão para a cama. – selou seus lábios em um apaixonado beijo.

 


Notas Finais


Então é isso! Espero que tenham gostado! Agora eu irei focar no próximo capítulo de Storybrooke, mas já deixo adiantado que ainda tenho algumas ideias para novas Ones, mas se vocês também quiserem dividir comigo alguma ideia fiquem a vontade!! Tenho mais duas ideias que leitoras dividiram comigo, eu não esqueci não, minha mente sapeca ainda está pensando nas ideias e em uma maneira de escrevê-las ;)

Até a próxima!


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