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História O casamento falso - "Desculpa pelo que eu causei."


Escrita por: contajogos799

Capítulo 23 - "Desculpa pelo que eu causei."


Pov Felipe
Explico tudo o que aconteceu na noite anterior para a Bruna. Entretanto, ouvimos umas batidas na porta, e me escondo debaixo da coberta, a pessoa em questão entra no seu quarto.
-Pai?
-Bom dia, filha. Eu vim aqui para avisar você que hoje vou trabalhar até muito tarde, e que não devo ver você. Por isso, até amanhã.
-Até amanhã, pai.
-Juízo, hein?!-ele fala e sai do quarto.
Eu saio de debaixo dos cobertores e ambos nos encaramos. Ela sorri e beija os meus lábios, eu retribuo o seu gesto...
-Filha?-paramos de nos beijar e olhamos para o seu pai.-Bruna? Eu não acredito que você trouxe um garoto para casa e que dormiu com ele! Ainda para mais, esse rapaz sem classe!
-Pai...
-Nem pai nem meio pai! Eu quero vocês os dois no meu escritório para conversarmos. Vistam-se porque não quero ver poucas vergonhas, e apareçam daqui a 5 minutos!-ele ordena e volta a nos deixar sozinhos.
-Droga, não acredito que isto nos foi acontecer!-ela resmunga.
-Nem eu.
-E agora? O que vamos fazer?
-Vamos fazer o que o seu pai pediu.-digo.-Relaxe, não é nada de muito grave.
-Lipe, se quiser pode ir embora. Você não tem que levar com isto.
-Que é isso, garota? Eu estou aqui com você não estou? Eu fui apanhado também, por isso,vou assumir as consequências e conversar com ele.
-Obrigada, Feh.-ela me abraça.
-Vamos, Bruna.-falo e desfaço o abraço.
Eu pego na sua mão e saímos do quarto.
[...]
Abro a porta do escritório e o seu pai já lá estava. Nós encontramo-lo sentado na sua cadeira com a perna cruzada como se o seu escritório fosse uma empresa e ele fosse o dono.
-Finalmente!-ele ironiza.
-Então, pai? O que quer falar connosco?
-Eu quero que vocês se casem.
-O quê?-ambos falamos em uníssono.
-É exatamente o que escutaram.-Bruna suspira.-Eu não admito estas vergonhas na minha casa, e se esse rapaz tirou a sua honra, vocês vão ter de casar.
-Mas já não estamos no século passado! Além disso, eu não tirei a honra de ninguém.-reclamo.
-Tirou sim, tirou a honra da minha familia ao dormir com a minha filha. Eu não queria uma pessoa pobre como você para a minha filha, mas como você já tirou a honra dela, agora vão casar.
-Mas nós não queremos casar!-ela contraria.-E somos muito novos para isso.
‐Pensassem nisso antes!-reviro os olhos.-Eu não dou outra hipótese.
-E se eu não fizer o que você quer?-eu enfrento o pai dela.
-Se você não fizer o que eu quero...-o seu pai se aproxima.-eu vou destruir toda a sua família, um a um! Não se atreva a me contrariar! Ah, e a Bruna já sabe o que lhe acontece não já, filha?-ele olha nos seus olhos e ela assente com a cabeça, está tremendo muito.
-E não se preocupe, garoto. Apesar de tudo, vai ter recompensa.
-Recompensa?
-Sim, você vai receber um bom dinheiro para casar com a minha filha.
-O quê? Mas eu não...
-Não?
-Eu não quero esse dinheiro. A Bruna é uma mulher, e como qualquer outra merece respeito. Ela não é nenhum objeto para ser obrigada a casar com quem não quer, e muito menos em troca de dinheiro.-a defendo e ela me olha e está quase caindo no choro.-Ela merece respeito, porra! Como é possível que o senhor não perceba que isso é errado?-o pai revira os olhos.
-Garoto, quem você acha que é para dizer como é que eu devo tratar a minha filha?-ele pergunta com agressividade.
-Sou amigo dela, e me importo com ela! Você é nojento! Nós não queremos casar, mas se o senhor quer isso, então saiba que só o vou fazer pela sua filha, e que mesmo casando obrigado, eu não quero o seu dinheiro.
-Pensava que era pobre...-ele debocha.
-Sou pobre mas tenho dignidade!
-O que precisam de saber é que não têm mais nenhuma hipótese a não ser casar.
-Mas porquê?-Bruna questiona.
-Porque eu preciso que a minha empresa e a minha família recebam mais atenção da imprensa, e como não estou tendo pelo meu trabalho, vou ter através do vosso casamento. Não se preocupe com a sua família, eles vão receber tudo o que precisarem, se você colaborar comigo.
-E como é que vamos fazer isso?-pergunto.
-Eu quero que os dois comecem a fingir uma aproximação em público, e mais tarde, a procurar casa para morarem juntos e a decidir as coisas para o casamento.
-Desculpe mas isto não pode ser assim, eu não posso deixar a minha família sozinha.
-Não se preocupe, se fizer o que eu quero, a sua família vai receber todo o apoio que precisar, eu já disse. Agora, pode ir.
Bruna me acompanhou até à porta.
-Desculpe pelo que eu causei.-ela fala e começa a chorar.-Espero que possa me perdoar um dia. Eu estraguei a sua vida, desculpa.-soluça.
-Calma...Calma, Bruna...As coisas vão se resolver...Só temos de morar na mesma casa mas podemos seguir a nossa vida, e a minha família vai ter ainda mais apoio, pode ser que não seja assim tão mau. É só durante um tempo, depois volta tudo ao normal.-eu envolvo os meus braços à volta do seu corpo para lhe dar um abraço e ela me aperta contra ela.
-Eu tenho de ir, Bruna.-desfaço o abraço.-Vemo-nos por aí.-abro a porta e saio.



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