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História O casamento falso - "Não bastava um sim?"


Escrita por: contajogos799

Capítulo 47 - "Não bastava um sim?"


Pov Bruna

Entretanto, as primeiras aulas terminam, e logo o sinal toca avisando da hora do intervalo. Então, saio da sala acompanhada pelo Luís e decidimos ir até à biblioteca. Não gosto muito deste local e é exatamente por isso que vou para lá. Como assim, Bruna? É que eu tenho a certeza que o Felipe vai estar à minha procura neste intervalo, e como eu odeio este local, tenho a certeza que não se vai lembrar de me procurar aqui.
-Luís, posso pedir um favor?-pergunto.
-Depende do que for.
-Eu posso dormir na sua casa hoje?
-Bruna, já falamos sobre isso, você sabe que não é boa ideia. Eu sou irmão da Luísa e ela não vai querer você lá em casa.
-Mas eu prometo que não vou atrapalha-la, a sério, ela nem vai dar por mim.
-Ok, mas porquê que quer dormir lá?
-É que eu estou zangada com o Felipe e não quero olhar para a cara dele.
-Nossa, parecem até um casal verdadeiro.
-Mas nós somos um casal verdadeiro, nós vamos casar.
-Sim, sim, Bruna. Você pode enganar as pessoas todas do colégio mas a mim não me engana. Eu conheço você muito bem e já percebi que esse casamento é fake.
-Mas não é fake...
-Claro que é Bruna, você adora curtir a sua vida, nunca ia querer casar com alguém com apenas 18 anos mesmo que essa pessoa seja o Felipe. Vocês estão desconfortáveis com isso, eu não entendo porque decidiram casar, mas tudo bem.
-Como percebeu que era falso?
-Porque vocês mal se beijam aqui no colégio, vocês não tinham uma aproximação de casal, vocês estavam muito afastados e do nada, foram morar juntos e anunciaram casamento, é obvio que vão casar sem amor suficiente para isso.
-Mas não conta para ninguém.
-Ok, não vou contar.-sorrio.
-Mas posso ficar em sua casa?
-Sim, pode ficar lá.
-Obrigada, Luís.

[...]
Quando chega o final das aulas, eu me apresso a ir até ao portão para impedir que o Lipe fale comigo mas infelizmente não resulta.
-Bruna?-ouço ele chamar mas finjo que não ouço e entro no carro. Mas para meu azar, o motorista ouve a voz dele e fala:
-Oi, Felipe, entra no carro.-ele vem ate ao carro e entra.
[...]
-Vocês estão muito calados, aconteceu alguma coisa?-David questiona.
-Não.-minto
-Sim.-ele contraria.
-Então? Aconteceu ou não?
-Aconteceu mas eu não quero falar disso.-respondo.
-Então, e como é que foi o Colégio hoje?-o meu motorista tenta fazer conversa.
-Normal.
-Legal? Legal não foi de certeza!
-Eu disse normal não legal!
-Ok, mas normal também não foi, não é Felipe? O que você fez não foi de todo normal!-resmungo.
-Chegamos, meninos!
-Obrigada, David.-respondemos em uníssono.
-De nada.-ele fala e ambos saímos do carro. Ele se despede de nós com um aceno e vai embora.
-Bruna...-tenta dizer algo mas interrompo.
-Não fala comigo, não te quero ouvir!
-Porquê? Eu só quero conversar.
-Mas eu não, estou chateada com você e não quero conversa.
-Ok, desculpa.-ele fala triste, mas finjo que não me importo.
Entro no meu ap com ele mas não falo nada. Simplesmente ignoro a sua presença.
-Bruna, podemos conversar?-pede assim que fecho a porta.
-Já falei que não!-digo grosseira e ando até ao meu quarto.
Entro e bato a porta com força. Vou até ao meu banheiro, tomo um banho, e em seguida, volto para o meu quarto e aproveito para estudar.
[...]
-Bruna?-Felipe chama e bate na porta.
-O que é?-pergunto em tom grosseiro.
-Também não precisa de ser grossa!
-Ok, precisa de alguma coisa?-falo num tom mais simpático.
-O almoço está pronto.
-Eu não vou almoçar.
-Ok.
[...]
Depois de estudar, tomo outro banho e arrumo uma pequena bolsa com a minha roupa para dormir na casa do Luís.
Saio do quarto e vou até à cozinha para lanchar, mas ao chegar vejo o Felipe sentado numa cadeira e vendo algo no seu celular.
-O que está vendo aí?-ele pula.
-Ai que susto, Bruna!-eu rio.-Não estou vendo nada em especial.
-Hum...
-Podemos conversar?
-Já falei...
-Sim, já falou que não. Eu já ouvi isso várias vezes hoje. Até foi a frase que você mais disse mas eu vou falar na mesma.-bufo.
-Fala, então.
-Desculpa pelo que eu fiz. Sei que não foi certo eu tirar satisfação com o Caio sobre o assunto que você pediu segredo. Mas eu estava com raiva por saber do que ele fez e também por em certa parte, ele ter me enganado. Na minha cabeça, eu só pensava em te defender, e não pensei que ia estar quebrando a sua confiança dessa maneira, me desculpa.
-É, você quebrou um pouco a minha confiança.
-Eu sei, e eu peço desculpa por isso mais uma vez. Você pode me perdoar?
-Vou pensar...-deixo a frase no ar.
-Você não vai ficar chateada comigo para sempre pois não? Eu já estou suficientemente arrependido.
-Vamos ver...-me faço de difícil.
-Poxa, Bru, eu prometo que nunca mais conto algo seu e que também não bato em ninguém para vingar você.-eu me aproximo cada vez mais dele até os nossos rostos ficarem bem próximos.
-O que está fazendo?-eu não respondo, apenas beijo os seus lábios. Ele retribui o meu beijo, dando mais intensidade, eu peço espaço com a minha lingua e ele cede de imediato. Eu puxo os seus cabelos entre o beijo e só paramos porque estamos com falta de ar.
-Isso foi o quê? Você  decidiu testar como é que é o meu beijo para ver se me perdoa, é?
-Não, bobinho, essa foi a maneira que eu encontrei para te dar a resposta.
-Não bastava um sim?-pergunta e eu rio.
-Mas assim é mais legal.-ele ri.
-Safada.
-Sou mesmo.-sorrio maliciosa.




 



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