Me encontrava totalmente rendida a Jungkook, mas não durou muito o clima de êxtase, dado que o bendito celular do mesmo tocou, acabado com tudo.
Vejo-o sair de sobre mim e pegar o celular, logo o pondo na orelha. Pude ouvir um: “Droga!”, do moreno, o que deixou claro sua aflição, pelo que estava ao ouvir.
A ligação logo se encerrou, me deixando com aquele leve arzinho de curiosidade. E piorou ainda mais quando vejo-o ir até à sala e lá pegando suas peças de roupa.
— Antes que pergunte, eu vou ir pra casa da minha mãe — explicou, enquanto vestia sua camisa rapidamente. — Areum me ligou e disse que ela não está bem, por isso preciso ir — ressaltou, ao perceber a expressão nada boa da menor. — Ela é minha mãe, espero que entenda.
Queria realmente entender, mas, para mim, é claro a cena dessa velha sem vergonha. Ela quer o filho por perto a qualquer custo e, para melhor tudo, ela deseja ter Areum como nora.
— Eu realmente não me importo. — Sorri fingindo entender. — Vá com segurança — digo quase entre dentes, após vê-lo sair sem ao menos me desejar uma “Boa noite”. — Ok, está tudo bem. — Suspiro ao escutar a porta ser fechada com força. — Que droga, essa velha — grunhi, chutando o pequeno puff.
Essa viagem só me trouxe problemas e mais problemas, o que só me faz pensar em quando voltaremos para casa novamente. Essa vinda à Busan está atrapalhando minha relação com Jungkook, ao invés de nos deixar mais próximos.
[...]09:00
O relógio do meu celular, que agora já estava carregando, informava que já seriam nove horas da manhã.
Mal consegui pregar o olho ontem a noite, pois esperava que amanhecesse logo, dado que ficar nesse lugar sozinha é como viver um filme de terror.
Liguei diversas vezes para Jungkook, mas apenas o que recebia era avisos da maldita caixa postal. Questionava-me do porquê um homem do campo, que acorda tão cedo, ainda estaria dormindo. Quando vim nas férias para cá, o moreno acordava até mesmo antes dos galos cantarem. O que tem de errado dessa vez? Era o tipo de pergunta que rodeava minha cabeça.
Sem muitas opções, “nesse fim de mundo”, apenas optei por ir até à casa da mãe do mesmo. O caminho era longo, então ao decorrer que caminhava, já ia pensando no que diria a Jungkook, caso ele realmente estivesse apenas dormindo. Realmente, não desejava parecer a namorada louca e surtada, por isso vou praticando meu pequeno texto.
— Fiquei preocupada, pois você saiu ontem à noite sem ao menos me explicar direito o que estava acontecendo. Só me disse que viria ver essa velha descarada, que está por fingir muito bem seus ataques. Droga! — Suspiro frustrada, após dizer pela décima vez o mesmo final. — Não é possível, eu tenho que conseguir! — Bato firme os pés no chão.
Surpreendo-me ao perceber que já estava a poucos metros da casa da velha rabugenta, todavia, estava tudo fechado, exatamente tudo. Aproximo-me da janela, na qual me dava uma péssima visão do quarto, quarto esse que creio ser o que me encontrava logo que cheguei.
Bato na janela duas vezes seguidas, logo percebendo uma leve movimentação no local. A luz foi ligada, me deixando totalmente a par do que estava acontecendo. Pude ver claramente Jungkook e Areum deitados juntos, quase totalmente pelados. O moreno levantou rapidamente, logo olhando em volta um tanto confuso, não demorando muito para que seus olhares se cruzassem aos meus.
Pude vê-lo ir até a porta, mostrando seu ato de coragem, dado que me encarava na vidraça, quase a quebrando.Faço a volta imediatamente, lá por fim o vendo, com sua clássica cara discada.
— O que aconteceu? — Olha para seu próprio corpo. — Eu não lembro, realmente não lembro, mas, de qualquer forma, desculpa. — Coça a nuca, ainda sem entender.
— O que aconteceu? — pergunto irônica, enquanto segura seu maxilar, logo mais atrás de seu pescoço, vendo uma marca de batom bordô. — Você foi pra cama com essa vadia! Simples. — Mordo meu lábio inferior fortemente pela intensa raiva. — Eu sabia que tinha algo errado, eu tinha certeza! — Suspiro inconformada.
— Eu não sei o que é isso! — exclamou rude, ao ver os arranhões em seu abdômen. — Eu nunca deixaria isso acontecer — diz pensativo. — Eu não sinto nada por ela, nem uma atração sequer. Isso é impossível, acredite. — Tocou as bochechas da menor, mas foi afastado em um estalar de dedos. — Não faça isso! —a repreende, manhoso.
— “Não faça isso”? — pergunta incrédula. — Só pode estar de brincadeira, certo? — Vejo-o apenas negar diversas vezes. — Porque eu devo sim, agir dessa forma! — Afasto-me. — Olhe para você… — Aponto para seu corpo. — Você está arranhado, cheio de batom e, ainda por cima, com um belo chupão, digno de um vampiro, bem escancarado em seu pescoço. — Penso em apenas ir embora, mas esqueço a ideia, quando vejo Areum e a mãe de Jungkook surgirem.
— Eu não sei como isso aconteceu, ok? Mas saiba que eu jamais lhe trairia, jamais! Ontem a noite, vim pra cá, ajudei minha mãe e fui dormir, apenas isso. Não faço ideia como esses chupões vieram parar aqui e muito menos esses malditos arranhões.
— Deixa de cena, Jungkook! — se manifestou Areum, com o celular em mãos. — Você fez exatamente o que ela acha que você fez. — Mostrou um pequeno vídeo, no qual mostrava Jungkook acordado e com as mãos no vestido de renda da mesma. — E foi bom — ciciou baixinho.
— Tem algo errado, não é possível! — Bate na parede, pela raiva que sentia.
— Deu, acabou! — gesticulo, esgotada. — Vão todos pro inferno! Incluído até mesmo a velha que se diz doente. — Me inclino para o lado, pois precisava ver seu rosto novamente. — E vocês dois… — Penso, por alguns segundos. — Podem seguir o mesmo rumo ou até mesmo irem rachar uma lenha, “estilo casal”. — Saio, após desabafar tudo que estava por sentir, todavia, sinto meu braço ser puxado pelo moreno, me trazendo ainda mais ira. — O que você quer!?
— Eu quero que você procure me escutar. Não precisa ser agora, mas apenas tente quando poder. — Lubrificou os lábios. — É difícil eu dizer isso diariamente, mas eu amo você.
— infelizmente, eu também, mas que se dane! Nada disso mais importa. — Solto-me, agora, por fim, seguindo em frente.
Parecia tudo ainda mais duro para mim, dado que já sofri tanto nas mãos de Taehyung e agora teria de lidar com mais um relacionamento frustrante. Pensei, por um momento, em perdoá-lo, todavia, no momento que o vídeo foi mostrado, fui do inferno ao sub-inferno.
Por que ele fez isso comigo? Certo que não sou uma das namoradas mais espetaculares, dado que não tenho nada de tão impressionante, mas por quê?
Agora só queria voltar a minha infância, onde na qual fazia maratonas sem sentido algum, como: “Alcance esse carro, antes de tal coisa”. Minha vida era tão sem problemas, nessa época, eu só a vivia livremente, para mim, nada disso era possível existir.
Sem perda de dúvidas, esse momento de agora doeu bem mais do que minha decepção com o Taehyung. Droga! Por que fui me apegar tanto a alguém?
[...] Seoul, Coreia
[Taehyung Pov's]
Para mim, parecia inacreditável, tal assunto de família que meus pais estavam a falar para mim. Pedi para que dissessem tudo novamente, dado que a ficha realmente ainda não havia caído.
— É surdo, por acaso? — ditou firme Kim Dak-ho, pai do mesmo.
— Não fale assim com nosso filho, pois o erro foi seu! — rebateu. — Mas é isso mesmo, Taehyung, Jeon Jungkook é seu irmão. — Fitou o pai do mesmo, pensativa. — E você só está sabendo disso agora, pelo fato de ter tocado no assunto da sua ex-namorada com ele, dado que, pelo contrário, não saberia.
— Não, isso não é possível! — Bate sobre a mesa. — Eu odeio aquele cara.
— Pois trate de começar a gostar — diz simples seu pai.
— Não diga nada! — o repreendeu. — Deixa que eu explico, pois quem sabe tudo, desde o princípio, sou eu.
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