Procurei por tudo que era canto a bendita da garota, mas já estava a pensar que não a encontraria tão cedo.A chuva caia ainda mais forte e o desespero, por um momento, acabou me dominando por completo só por pensar em que condições aquela garota poderia estar e que só basta a mim achá-la.
J/k: — Havana! — gritou em meio ao grande campo. — Cadê você sua patrici… — Para quando vê algo brilhar, quando aponta sua lanterna para frente. — Havana? — Corre até o local, então vendo que se tratava realmente da mesma caída inconsciente em meio ao mato. — Meu Deus! Garota, acorda. — Pega a mesma em seus braços, logo começando a bater levemente em seu rosto.
Não sabia mais o que fazer, pois ver Havana assim em meus braços completamente inconsciente, me deixava ainda mais nervoso e desesperado por ajudá-la.
Os batimentos do coração da menor eram quase nem notáveis, o que, por decorrência, me fazia me questionar o que fazer.
Percebi que em sua perna havia alguma coisa, então vou apalpando até chegar no local, logo vendo que se tratava de uma armadilha para capivaras, o que, de fato, me deixava a par do que tinha realmente acontecido.
J/k: — Garota burra! — Suspira sem paciência, logo em seguida, desarmando a armadilha. — Acorde!
Penso e repenso no que deveria fazer, até que chego em uma ação que talvez ajudasse. Me aproximo lentamente de seus lábios, que pelo frio, se encontravam quase roxos.
Não demorou muito para que meus lábios se encaixassem aos de Havana, logo então fazendo como nos filmes, a clássica respiração boca-a-boca.
Fiz 5 vezes seguidas e quando me encontrava prestes a perder minha esperança, ouço uma leve tosse vinda da menor, o que, por decorrência, me fez abrir um grande sorriso ainda entre seus lábios.
Havana: — V-Você… — diz com um pouco de dificuldade. — Você me salvou? — Levo minha mão direita até sua bochecha, que se encontrava molhada.
J/k: — Ah, sim! — fala sem jeito, logo em seguida, recuando. — Não me entenda mal, apenas lhe beijei para que você voltasse a si.
Havana: — Você… — Levo minhas mãos aos lábios. — Meu Deus! Me sinto tão envergonhada. — Tento levantar, mas minha perna doía o bastante para que eu não tentasse por uma segunda vez. — Droga! — Levo meus fios de cabelos para trás.
J/k: — Você é muito burra! Como pode ser presa a uma armadilha? — pergunta incrédulo.
Havana: — Como o nome já diz é uma “armadilha”, ou seja, não é para ser vista — ironizo.
J/k: — Boa! — diz simplista. — Quer ou não minha ajuda para voltar? — O mesmo estende sua mão. — Pois até eu já estou a passar mal aqui nessa chuva.
Havana: — Não tenho mais nenhuma opção, então sim, eu quero sua ajuda. — Rodeio meus braços em seu pescoço, logo em seguida, sentindo o mesmo segurar meu corpo e se erguer. — Aliás, muito obrigada por estar a me ajudar, mesmo sem gostar de minha pessoa.
J/k: — Hum, quem disse que não gosto de sua pessoa? — questiona a mesma.
Havana: — Apenas acho isso. — Fito a paisagem, sem olhar para o moreno.
J/k: — Tem que ter certeza, para dizer algo assim.
Havana: — Certeza? — digo a mim mesma em voz baixa. — Acho melhor ter uma opinião incerta, já com o pensamento que tem algo errado, do que no final quebrar a cara ao me surpreender com algo indesejado.
J/k: — Diz isso por causa daquele rapaz, certo? Kim Taehyung. — Vê a expressão da mesma mudar. — O Yoongi me contou mais ou menos o que houve.
Havana: — Ele não deveria ter contado! — Arregalo os olhos, ao me ligar da gravidade. — Você deve me achar ainda mais burra, agora — murmuro baixo, tentando esconder minha vergonha.
J/k: — Não, não acho nada. Você estava apaixonada, ou talvez, ainda esteja… Mas o amor é algo explicável, pelo menos, é o que ouvi dizer, então seus atos não pensados na época, é por conta do que sentia — diz gentil. — Algum dia, ainda ei de encontrar aquela pessoa que me faça pensar, por diversas vezes, sobre como farei para lhe fazer feliz, naquela manhã.
Havana: — Não sabia que você era o estilo de homem que leva café na cama. — Solto uma leve risada. — Desculpa! — Paro imediatamente quando vejo a expressão de Jungkook mudar.
J/k: — Você realmente acha graça de tudo, não? — fala seriamente. — Não lhe deixo aqui em meio a essa chuva, porque não sou tão insensível a esse ponto… Mas tenho vontade, não nego.
Havana: — Tá, tá bom! Já vi que o roceirão ficou aborrecido.
J/k: — Não curto que me chame de roceirão, como creio que você também não ache nada agradável que lhe chame de patricinha — diz convicto.
Havana: — Ok, beleza... Jungkook! — digo com uma certa ironia, mas, logo em seguida, sentindo uma fisgada em minha perna, o que fez com que eu acabasse por me mexer. — AI! — digo tentando conter a dor, que agora estava a se fazer bastante presente.
J/k: — O que você tem, garota? — Segura a mesma mais fortemente.
Havana: — Dor, muita dor! — Tento tocar minha canela, mas acabo sendo impedida por Jungkook que me prende com duas mãos.
J/k: — Não mexa! — a repreende. — Aguenta mais um pouco, estamos quase lá.
Encaro a mesma que estava prestes a chorar de dor, o que, por decorrência, me fez ficar um pouco chateado por não poder fazer absolutamente nada para que pudesse ajudá-la.
Havana: — Não me olhe assim — falo manhosa, após ver a expressão de pena do moreno.
J/k: — Não gosto de ver ninguém chorar, então, por favor, não chore em minha frente. — Encara atentamente a mesma.
Havana: — Você tem um coração bom, sabia? — Olho bem em seus olhos. — É o cara por quem, algum dia, gostaria de casar. — Fito a fazenda, que se encontrava mais a frente. — Mas não se sinta incomodado por eu chorar. — Sorri limpando as lágrimas. — Apenas pense que são os pingos de chuva.
Ver o jeitinho fofo e manhoso da mesma ao falar, me dava uma grande vontade involuntária de olhar para seus lábios. Não sei o que está acontecendo, mas eu realmente desejo sentí-los por uma segunda vez, é estranho, mas eu quero.
É quase impossível não ter essa sensação, pois ter Havana assim, em meus braços e tão próxima de mim, me deixa com muitos desejos, que até o momento, estou até a desconhecer.
J/k: — Havana? — chamou a atenção da mesma. — Eu quero fazer algo, mas talvez seja errado, não sei.
Havana: — Hm, o que seria? — Espero atenta pela resposta do mesmo.
J/k: — P-Por isso — diz entre pausas, logo em seguida, se aproximando.
Trago o rosto da mesma para mais perto, quando a ergo em meus braços. A vergonha permanecia a me constranger, mas minha curiosidade por saber o gosto dos lábios da mesma, era sem dúvidas, bem maior.
A respiração de Havana batia em minhas bochechas, o que, por decorrência, me deixava a um passo apenas de tocar meus lábios aos seus.
A mesma não estava nem um pouco nervosa e muito menos tentou recuar, o que se tornava visível seu também querer por aquilo.
Ouso um breve sorriso da mesma preencher seus lábios, antes que os tocasse, mas quando estava prestes a fazer tal coisa, escutou uma voz abranger o local, então me dando total visão de Taehyung vindo pela extensa estrada de chão batido, com sua lanterna em mãos.
T/h: — Havana!? — grita. — Fiquei tão preocupado com você. — Se aproxima rapidamente, então encarando Jungkook sem um pingo de empolgação ao ver a mesma em seus braços. — O que é isso? — diz sem entender o motivo dos olhares de ambos, que aparentavam envergonhados.
[Havana POV'S]
Me sentia imensamente envergonhada por ter quase beijado Jungkook e o pior de tudo, é agora pensar em uma desculpa para Taehyung, sem demonstrar nem um tipo de incômodo, para que não fique deveras estranho.
Havana: — Ah, é que o Jungkook está a me ajudar, pois acabei me machucando, olha. — Aponto para o local. — Aí, estou agradecendo ele pela grande ajuda. — Olho para o mesmo, que apenas desvia o olhar, talvez por vergonha.
T/h: — Entendi, mas, Jungkook! — chama a atenção do moreno. — Pode largar ela, eu posso fazer isso.
J/k: — Quê? — diz fingindo não entender. — Não! — fala breve. — Eu a trouxe até aqui, então eu a levarei até lá, até porque não me custa nada, já que fiz absolutamente tudo, enquanto o bonitão estava apenas a relaxar. — Passa por Taehyung, que apenas o encarou incrédulo.
T/h: — Ei, cara! — Puxa o braço de Jungkook, que apenas o olha sem nada a dizer, então seguindo em frente.
J/k: — Mané! — Corta o clima de silêncio.
Havana: — Não fale assim! Ele estava preocupado comigo — repreende Jungkook.
J/k: — E você é pior ainda por achar algo assim! Cai na real, Havana… Ele não dá um ovo podre por você. — Deixa a mesma na sacada, onde tinha uma poltrona (Sabe aquelas de vovó? Sim, essas!).
Havana: — Sai daqui! — Faço sinal para que saísse. — Você ainda depois de querer me beijar, ainda por cima deseja xingar o cara que amo? Realmente, isso faz com que minha opinião ruim permaneça sobre você.
J/k: — Hum, perfeito! Como disse, não estou aqui para agradar nenhuma patricinha, como você… Que não atura escutar a verdade e fica usando atitudes que até mesmo estava a favor, para se sair bem. — Vira as costa, indo até o celeiro. — Você vai quebrar a cara com seu príncipe encantado. — Fecha a porta com força.
Havana: — Seu aproveitador, idiota!
T/h: — Falando sozinha? — Surge em meio a toda a escuridão.
Havana: — Sim, estou! — Vejo-o se aproximar. —Poderia me ajudar a entrar?
T/h: — Hm, entra! — Faz sinal para que passasse. — Já está aqui, então bem pode percorrer o resto do caminho sozinha — fala rude, enquanto passava pela mesma.
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