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História O Caso Literário (4T EO5) - Livros Criminais


Escrita por: BTSHunt

Notas do Autor


Biscoitinhoooooooooooossssssssssssss

Vamos falar mais sobre esses livros criminais aí
Apreciem ♥♥

Capítulo 9 - Livros Criminais


Busan, Distrito, Sala Trinta, Quinta-feira 08:33h

POV NAMJOON

— Okay… a ideia genial era abrir um sebo pro Natal? — me perguntou Chaerin ao ver todos aqueles livros sobre a mesa da sala de reuniões.

A reunião foi agendada logo cedo, na sala estavam, além de Jin e eu, os Yoonmin, Chaerin, Ian e Bambam, que veio infiltrado e não quis sair de forma alguma.

— Eu queria, de verdade, que fosse apenas isso — garanti para ela — Ontem, eu e Jin estávamos fazendo compras de Natal e, claro, eu fui em uma livraria. Ouvi uma conversa entre duas garotas que estavam procurando o lançamento de uma escritora chamada Shin Mina.

— Nunca ouvi falar — comentou Jimin.

— É porque ela não lança livros na Coreia do Sul. Este livro em específico está em inglês, na prateleira dos estrangeiros e nunca fez o mesmo sucesso aqui, apenas estudantes da língua inglesa e amantes de horror e terror já ouviram falar da mulher.

— E o que tem de tão especial nesses livros? — perguntou Yoongi.

— O conteúdo deles. O último livro lançado foi “Infame”, que conta a história de amor entre Selina e Moe, um rapaz recém liberto de uma clínica psiquiátrica e uma trans que não era aceita em sua cidade. A trama desenvolve para um assassinato brutal, a culpa caindo sobre Moe, pistas frias e um final sem nada conclusivo.

— Assassinato? — perguntou Chaerin — Que assassinato?

— O mesmo que encontramos essa semana — explicou Jin — Senhoras e senhores, neste livro está, com detalhes, todo o modus operandi do assassinato de Soocho.

Os Yoonmin pegaram os exemplares do livro e passaram a folheá-los, sem acreditar no que estavam ouvindo.

— Agora, o que precisamos saber é: Shin Mina é culpada? Ou há alguém que está usando dos seus livros para cometer assassinatos iguais?

— Essa mulher está na cidade? — perguntou a chefe.

— Acreditamos que ela esteja em Seoul.

— Vou conseguir uma conversa com ela — anunciou — Se ela é culpada ou alvo, nós precisamos ficar de olho. Quais serão seus próximos passos?

— Vamos nos dividir e ler os volumes o mais rápido possível, depois, vamos procurar outros crimes com base nos crimes que encontrarmos nos livros e ver o quão longe o assassino foi.

— Bam, ajude-os no que puder, traga Jungkook aqui um dia para que ele possa cruzar esses dados e encontrar alguma coisa.

— Deixa comigo.

— Cuidado, muito cuidado — alertou ela — Tratem qualquer um como suspeito.

Chaerin estava certa, precisávamos tratar qualquer pessoa como suspeito nesse momento.

— Quem aí quer pegar café e deitar na sala de descanso pra ler? — perguntou Jimin, já com o seu primeiro volume em mãos.

— Vamos nessa — Jin sorriu e pegou também um volume. Claramente, Bambam também recolheu um livro e tratou de nos acompanhar.

 

Busan, Distrito, Sala de Descanso, Quinta-feira 15:58h

POV BAMBAM

Estávamos ali desde cedo e a diferença entre tipos de leitores nunca havia ficado tão clara. Jimin havia compartilhado seus fones de ouvido com Yoongi, afinal, eles eram do tipo que gostavam de fazer tudo com música. Jin e Namjoon estavam deitados no sofá-cama, não ouviam música, estavam muito concentrados na leitura.

Enquanto isso, eu estava ouvindo girl groups bem baixinho em meus fones de ouvido, fazendo pausas de leitura vez ou outra. Tiramos apenas uma hora de almoço, logo voltamos a ler.

— Isso é impressionante — comentei, o que chamou a atenção de todos eles.

— O quê?

— Jimin hyung e Jin hyung lêem em uma velocidade parecida, enquanto Namjoon hyung e Yoongi hyung também, mesmo usando técnicas diferentes. O impressionante é que vocês já quase terminaram o primeiro volume.

— A letra é grande — Jin deu de ombros — Você conseguiu entender tudo?

— Apesar de algumas palavras não fazerem sentido pra mim, eu consegui pegar a essência. A parte boa é que um livro não depende do outro, mesmo que eu acredite que as histórias estejam interligadas.

Deixei o segundo volume, o que eu havia pegado para ler sobre meu colo e estiquei o corpo.

— Escritores costumam fazer isso, interligar suas histórias e deixar pistas de uma para a outra — comentou Yoongi.

— Principalmente quando a temática é a mesma — concordei — Eu terminei o meu.

— É sério? Mesmo em inglês? — me perguntou Namjoon.

— Sim, eu leio muito rápido. Posso começar outro, ou…

— Nos conte primeiro como foi — pediu Jimin.

Todos os rapazes que estavam deitados confortavelmente se ergueram e me encararam. Eu devia dizer a verdade, em todo caso.

— Não é uma leitura para qualquer pessoa. A forma fria e até mesmo detalhada demais que a autora escreve chega a incomodar, como se ela fizesse isso de propósito. É um livro que expõe o que há de mais vil em um ser humano, seu lado mais perigoso. Porém… há um detalhe interessante.

— O quê? — perguntou Yoongi.

— Há uma certa romantização sobre tudo que o assassino faz. Veneno Mortal foi lançado em 2012, um romance onde Thomas, o protagonista, era um obcecado médico cirurgião que matou suas três esposas com um veneno indetectável. Neste caso, ele não abriu nenhuma ao meio ou removeu uma parte dos seus órgãos, mas havia rosas brancas sobre a barriga de cada uma delas, em cada funeral.

— As rosas brancas são um tipo de assinatura — concluiu Namjoon.

— Exatamente, hyung. Em Veneno Mortal, diferente dos outros livros, tudo foi muito exposto. O título do livro já nos dava uma ideia do que viria e a autora nunca escondeu que o homem era psicopata e queria, sim, matar todas as mulheres que eram parecidas com o seu amor de infância. Clássicos da literatura revelam o mesmo comportamento e até mesmo na vida real isso acontece com certa frequência.

— Você quer nos dizer alguma coisa com isso? — perguntou Jin — Porque, me desculpe, o homem de QI alto é o meu marido.

— Acredito que a resposta para que ela seja inocente ou culpada está em sua própria escrita. Se houver uma progressão nos detalhes e nos motivos da morte de cada assassino que Shin Mina descreve…

— Significa que ela matou usando seu próprio modus operandi e aprendeu com isso — ponderou Namjoon.

— Exatamente — eu me levantei — Vou conversar com o Kookie, pedir que ele venha nos ajudar com o cruzamento de dados e aproveito para ver como está o Hoseok hyung.

— Nós vamos continuar lendo, se encontrarmos essa progressão, nós avisamos você — me garantiu Jimin.

— Ótimo. Boa leitura pra vocês.

Fiz uma pequena reverência e saí da sala um tanto pensativo. Se Mina não era culpada, ela deveria, pelo menos, ouvir essas histórias de alguém. Seria ela capaz de entregar a sua fonte de inspiração?

 

Busan, Apartamento dos TaeKookHope, Quinta-feira 16:45h

POV BAMBAM

— Obrigado por terem me recebido de última hora — agradeci os rapazes ao aceitar o copo de água que Taehyung me entregava.

— Você sabe que é bem-vindo a qualquer momento — sorriu o agora moreno.

— O que precisa, Bam? — me perguntou Jungkook, sentado ao lado do marido no sofá da sala.

— Sei que não devia atormentá-los com esses assuntos, mas vamos precisar da genialidade do chefe de dados. Basicamente… precisamos cruzar alguns dados para entender algumas coisas sobre a nossa principal suspeita.

— Vocês já têm uma suspeita? — perguntou Hoseok, interessado.

Contei sobre os livros que havíamos encontrado, a forma que Namjoon descobriu aquela coleção e  como cada detalhe foi descrito com precisão por ela. O fato da mulher estar em Seoul apenas nos deixava mais intrigados, afinal, ela podia ter vindo para Busan a qualquer momento, mesmo que a viagem fosse longa.

— Minha ideia é cruzar todos os modus operandi meramente parecidos com o que temos no mundo todo e descobrir se essa mulher estava em algum desses lugares. Depois, precisamos verificar o que as vítimas tinham em comum e tentar traçar um perfil psicológico.

— Eu não tenho certeza, mas acredito que isso vai gerar uma massa de dados muito grande pra ser examinada — comentou Jungkook ao apoiar o queixo na palma da mão.

— É o que eu também acredito — comentei — Por isso eu vou contar com meu noivo, Lalisa e Lee, que estão um tanto ociosos. Em todo caso, já vamos chamar a tal Shin Mina pra conversar.

— Espero que vocês consigam alguma coisa com ela — desejou Hoseok — E se precisarem de mim, é só me chamar.

— Curtam as suas férias, eu só preciso mesmo que Jungkook trace esses dados, o resto nós vamos conseguir.

— Tudo bem, eu irei amanhã de manhã — concordou o outro num sorriso.

— Obrigado, Kook. Agora, eu preciso ir, mas ainda volto pra contar mais histórias.

— Eu vou ficar esperando! — Hoseok me respondeu num bico, ele realmente gostava das minhas histórias.

Com um sorriso, eu me despedi e peguei um carro por aplicativo para me levar de volta até o Distrito; desci um pouco antes e entrei em uma confeitaria, estava com fome e apostava que Jackson também não havia comido nada descente.

Fiz os pedidos e recolhi as sacolas depois de pagar, caminhei tranquilo pelas duas esquinas que ainda faltava para chegar quando senti alguém pousar o braço em meu ombro.

— Boa tarde, garoto Bam — aquela voz grave preencheu meus ouvidos e um arrepio ruim passou pelo meu corpo.

— Kai? Seu turno começa agora?

— Eu vou bem, sim, e você? — ele deu o seu melhor sorriso, só então notei a minha falha.

— Me desculpe, eu estou com a cabeça um pouco cheia. Você está bem? D.O está bem?

— Muito obrigado por me cumprimentar mesmo com tudo isso acontecendo. Estamos bem, D.O está preocupado, porém não é nada que já não sabíamos. Posso ajudar a levar isso?

Kai pegou uma de minhas sacolas e passamos a caminhar mais devagar pela rua. Seu cabelo escuro estava arrumado como sempre, mas ele estava inquieto com alguma coisa.

— O que descobriram sobre o assassinato? — perguntou sem me olhar diretamente.

— Descobrimos que há livros baseados neles. Sim, neles, são mais do que dois assassinatos, tenho certeza.

— Então você também acha que é um serial killer.

— Sem sombra de dúvidas.

— E o autor, o que sabe sobre ele?

— Que, na verdade, é ela — comentei e senti Kai parar andar, ficando dois passos para trás — O que foi?

— O fato de ser uma mulher — comentou por alto, voltando a andar ao meu lado — As estatísticas sempre apontam para um homem.

— Mas algumas mulheres cometeram os assassinatos mais brutais da história — ponderei, já estávamos quase chegando — Me diga, Kai, sincero como você sempre foi, qual o motivo das suas perguntas?

— Preocupação — ele deu de ombros — Veja bem, eu já livrei a bunda bonita dos detetives dessa porra de Distrito algumas vezes e não me agrada em nada esse novo caso.

— Acha perigoso demais?

— Eu acho… que não quero outro assassino brincando pela minha cidade — a voz do homem se tornou muito mais profunda e perigosa, até mesmo seu semblante sempre muito gentil havia se tornado sério demais.

— Sei que não vai brincar na sua cidade por muito tempo — comentei ao parar diante da porta da frente do Distrito — Vamos pegá-lo, ou então eu sei que você irá pegá-lo.

— Esse é o espírito, garoto — sorriu o rapaz ao me entregar as sacolas — Você me viu hoje?

— De forma alguma.

Com um aceno, ele se foi. O jogo que eu fazia com Kai era extremamente perigoso, porém, aparentemente eu era o único capaz de conversar com ele de igual para igual. Isso me deixava assustado, muito mais do que participar de qualquer investigação perigosa. Bom, eu sabia de uma coisa: Kai também estava atrás do assassino e ele não teria escrúpulos algum de matá-lo na primeira chance que tivesse.

Mandei uma mensagem para Jackson, perguntando onde ele estava e a minha resposta não podia ser melhor: estava em sua sala, no terceiro andar. Abri a porta sem bater e entrei, encontrando-o com os pés sobre a mesa e o rosto voltado para uma pasta amarela do Distrito.

— Hey, baby! — o chamei como ele gostava de me chamar, o que logo resultou em um sorriso bonito.

— Hey! 

— Você jantou? Eu trouxe comida — disse ao colocar as sacolas sobre a mesa dele, em um canto desta.

— Pra ser sincero, eu sequer tive muito tempo para almoçar — respondeu em um bico nos lábios — Tivemos alguns incidentes recentes, investigações que eu realmente não queria fazer. Tantos jovens tirando a própria vida…

— E o seu trabalho é um dos mais difíceis, por isso eu o admiro tanto.

— Obrigado, baby — ele sorriu, aquele sorriso lindo que eu tanto amava.

— Vamos comer, eu ajudo com os relatórios que ainda faltam, assim nós podemos ir pra casa, tomar um banho e assistir algum filme.

— Eu já disse que te amo hoje?

— Só de manhã — respondi num sorriso que logo foi coberto pelo beijo rápido do detetive perfilador.

Aquela era a minha maneira de cuidar do homem que sempre cuidou de mim.

 


Notas Finais


Foi curtinho, mas foi importante!
Gostaram? Me deixem saber ♥♥

2beijo


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