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História O Ceifador - Capítulo 28


Escrita por: Asukahime-sama

Notas do Autor


Boa leitura

Capítulo 28 - Capítulo 28


Fanfic / Fanfiction O Ceifador - Capítulo 28

Lucy pulou na cama macia e sentiu seu corpo todo agradecer assim que seus músculos relaxaram, ela e Levy haviam acabado de voltar do café da manhã do hotel, e já fazia um dia que as duas estavam hospedadas ali. Jude não mentira quando afirmara que aquele era o melhor hotel da região e apesar de Magnólia ser uma cidade turística do interior pequena, eles sabiam muito bem como agradar os hospedes.

Levy caminhou até a sacada, mastigava uma maçã vermelha que carregava na mão e abriu as cortinas para que o sol entrasse, espreguiçou o pequeno corpo fitando Magnólia e recebendo o sol da manhã, o cheiro de cerejeira invadiu o quarto, virou-se ainda na sacada fitando a amiga na cama de olhos fechados.

- Então o que vamos fazer? – perguntou engolindo o pedaço de maçã – Hoje finalmente é Hanami! Mas as cerejeiras arco-íris só aparecem à noite o que significa que temos a manhã e tarde toda antes de irmos para o parque livre!

- O que você costumava fazer no Hanami quando morava aqui? – Lucy continuou com os olhos fechados sentindo o colchão macio, não devia ter comido tanto na café da manhã, começava a sentir um sono indesejado, por culpa da digestão.

- Ficava em casa até o horário do festival do templo – deu de ombros mordendo mais um pedaço da maçã – Mas podemos fazer algo diferente, não precisamos ficar esperando o horário no hotel, afinal as cerejeiras da praça são bonitas também...

- Eu ia dar a ideia de compramos lembrancinhas… - ela abriu os olhos – Mas como é feriado tudo está fechado…

- Isso é verdade… - as duas ficaram um tempo em silêncio enquanto pensavam.

- Você podia me mostrar o bairro que morava! – exclamou Lucy sentando-se e olhando a amiga animada – Vamos dar uma volta por lá quem sabe rever seus vizinhos!

- É uma boa ideia! – disse Levy, jogando o resto da maçã no lixo – E voltamos a tempo de nós arrumarmos para o festival!

- Isso! – disse Lucy, ainda se sentindo mole, mas abrindo os olhos e se esforçando a sair da cama.

Começaram a se arrumar, Levy vestiu uma blusa vermelha com um short jeans enquanto Lucy colocou um vestido branco soltinho que vinha até metade de suas coxas e o colar que ganhara da pessoa misteriosa, as duas deixaram os cabelos soltos e pegaram suas bolsas e saíram.

Entraram em um taxi na porta do hotel e Levy falou o nome do bairro assim o carro seguiu. As ruas estavam lotadas por famílias, amigos e casais todos felizes e rindo e por isso o veículo deslocava lentamente, Lucy observava pela janela maravilhada, era por aquele clima familiar e romântico que ela amava o Hanami, acreditava que sua mãe também se apaixonara pelo mesmo motivo.

- Magnólia atrai muitos turistas das cidades vizinhas nessa época do ano, apesar de muitos desconhecerem as cerejeiras arco-íris pelo mundo, aqueles que conhecem não abrem mão do espetáculo! – Levy explicou fazendo com que a loira entendesse melhor o lugar – Fazia muito tempo que não vinha aqui… Sinto-me nostálgica.

O carro parou e o taxista informou que haviam chegado, as duas desceram do carro, Levy respirou profundamente dando uma boa olhada em volta, tinha se esquecido como o ar dali era diferente da barulhenta e agitada Tóquio. Olhou para Lucy com a intenção de perguntar se a loira tinha reparado a diferença quando ficou preocupada ao vê-la, a loira tinha os olhos arregalados, parecia assustada com algo, sua respiração rápida e uma das mãos sobre o peito.

- Lucy? – ela se aproximou da amiga, colocando uma mão em suas costas e a encarando – O que você está sentindo? Está bem? Prefere voltar para casa?

Ela apenas balançou a cabeça o olhar ainda confuso, fitou a rua novamente e a sensação estranha voltou, mordeu o lábio com raiva dela mesma, ela não queria se sentir daquele jeito justamente naquele dia, não queria fazer com que Levy se preocupasse com ela.

- Lucy? – chamou mais uma vez a azulada fitando a amiga com os olhos castanhos preocupados, sorriu para acalma-la.

- Não se preocupe… - pediu abaixando a mão sobre o peito – Só foi mais uma sensação estranha…

- Que tipo de sensação?

- É uma sensação como se algo estivesse errado, como se eu devesse me lembrar daqui sabe... - Levy engoliu em seco ao lembrasse que no Hanami passado ela e Natsu vieram a Magnólia, possivelmente ele a levara para fazer o mesmo passeio – Porém é impossível isso, só são coisas da minha cabeça, talvez parte do desejo que minha mãe estivesse aqui me apresentando tudo, não sei, mas você tem razão quando eu voltar a Tóquio irie passar em um novo psicólogo e depois mais uma vez no cardiologista para entender o que está acontecendo. – sussurrou, a Levy baixou a cabeça triste por saber o que acontecia e não poder explicar.

Lucy percebendo que Levy tinha ficado cabisbaixa pela situação, sorriu novamente e fitou a amiga.

- Não se preocupe já estou bem! Vamos andar um pouco e assim você me conta das lembranças sobre o local! – falou tentando passar animação, Levy a fitou com os olhos marejados.

- Desculpa – Levy fungou e esfregou os olhos secando as lágrimas que se formaram antes que elas caíssem – Você que está cheia de problemas e eu que estou aqui quase estragando o passeio fazendo você me reconfortar... Vamos lá!

Então Levy começou a andar pelo bairro, a azulada tinha um brilho nós olhos a cada vez que apontava um local e contava mais sobre ela, Lucy se divertia com algumas estórias rindo alto, nunca imaginou que a amiga pequena podia ter aprontado tanto, ainda mais por ela aparentar ser uma pessoa séria desde sempre. Levy contou sobre vizinhos antigos enquanto mostrava as casas que passava e apelidos estranhos que crianças colocavam nos adultos, sobre situações das quais se meteu por outras pessoas, sobre sua escola e amigos que tinham, porém foi em uma rua onde tinha um lugar parecido com um reformatório com alto muro branco que Lucy parou, curiosa e incomodada.

- O que é esse lugar? – perguntou a Levy, a pequena que iria continuar seguindo parou e voltou alguns passos encarando o local.

- Isso é uma espécie de orfanato – explicou Levy – Essa era a antiga casa de Erza, Gray e Na… - Levy pigarreou – Moram aqui crianças que nunca tiveram a chance conhecer os pais por fatalidades, até aquelas que os pais preferiram não cria-los e dar uma chance deles encontrar uma família de verdade e... E infelizmente tem aquelas crianças que perderam os pais e os familiares preferiram enviá-los para cá pagando uma mensalidade do que ficar com eles – Levy olhou novamente o muro – Iria passar reto, pois não gosto de imaginar que existem familiares desse tipo, apesar que as duas primeiras situações são completamente aceitáveis.

 - Hm… Erza e Gray foram deixado pelos familiares?

- Ah, não, somente Nat... Naturalmente algumas crianças! – Levy prometeu a sí mesma esquecer junto de Lucy Natsu, pois ela tinha certeza que seria a culpada em breve de falar toda a verdade – Erza e Gray perderam os pais, Gray a mãe de adoção, e Erza os dois pais morreram quando era nova.

 Levy continuou em frente e Lucy a seguiu com a sensação estranha, balançando a cabeça e tentando esquecer aquilo começou a prestar atenção nas estórias da amiga mais uma vez, andando vários quarteirões à frente.

- Olhe! Olhe ali Lucy! – exclamou a amiga animada apontando em direção de um senhor – Aquele era o meu vizinho! Venha vou apresenta-lo para você! – então seguiu em direção do senhor acenando para ele, Lucy iria acompanhar a amiga, mas paralisou ao fitar uma casa.

Uma cena dela parada ali no mesmo lugar vieram em sua mente, como se estivesse vivendo um djavu. 

Olhou para Levy, mas a mesma conversava animadamente para o senhor que encontrara, decidindo não atrapalhar a amiga deu alguns passos em direção a casa, era uma grande casa de dois andares não tinha nada de especial ou diferente, mas olha-la fazia sentir um desconforto enorme.

Uma pontada em seu coração fez com que Lucy se curvasse, daquela vez sentia dor não uma sensação estranha, então respirou fundo algumas vezes se sentindo tonta se agachou com as duas mãos sobre o peito como uma colegial indefessa.

Imagens dela correndo sozinha invadiram sua mente, a cena se passava como um filme onde ela corria daquela casa para alguns metros em linha reta dali e depois se embrenhava em uma mata fechada estranha, a cena acabou assim que ela parecia conseguir chegar onde queria. Assim que a  estranha “visão” parou, sentiu seu corpo voltar ao normal, e levantou-se, olhou para os lados e depois para Levy, a azulada ainda conversava com o vizinho e agora outras pessoas que pareciam ter saído de dentro da casa.

 Ela fitou para a direção que seguiu em sua mente, e antes que pudesse achar uma explicação para impedi-la de seguir o mesmo percurso que fez em sua breve alucinação, correu para lá sem avisar Levy, parte dela sabia que era loucura, mas outra parte gritava em seu intimo que ela precisava provar a sí mesma se era ou não verdade com os próprios olhos para não passar o resto da sua vida sentindo coisas estranha que não a levariam a lugar algum é só provavam o que estava tentando negar aqueles últimos meses, ela estava ficando louca.

Continuou correndo, suas duvidas se acumularam assim que parou no que era exatamente o lugar que ela começara se aprofundar na mata, mas uma vez ignorando seus sinais de alerta e medo, começou adentrar o meio do mato que para sua surpresa o caminho estava bem fácil de seguir, como uma pequena trilha, alguns gravetos batiam em sua pele e deixavam vergões na mesma, ao sentir um grande graveto que lhe provocou um arranham no tornozelo, desacelerou o passo temerosa.

  E se ficasse perdida no meio daquele matagal? Caminhou mais lentamente e olhou para trás, pensando seriamente em voltar, depois para frente, ali tinha sido o mesmo lugar que parou na cena, rindo amargamente deu passos firmes para frente colocando na cabeça que não iria parar no mesmo lugar duas vezes, mesmo que fosse uma cena, ainda assim tinha parado.

Continuou andando afastando agora os galhos no meio do caminho que ficavam na trilha, mas não parou, avistando o que parecia ser o final da trilha respirando fundo sorrindo, ela havia conseguido, aquelas sensações loucas e essa visão absurda, tudo seria resolvido a partir dali! Antes que pudesse dar o último passo um forte vento a acertou fazendo com que seus cabelos cobrissem um pouco sua visão, baixou o rosto e tentou proteger-se do vento, uma mão sobre os olhos e a outra segurando o vestido, para que ele não virasse e a deixasse semi-nua.

 Assim que o vento acabou tirou sua mão do rosto, e afastou os últimos ganlhos que a impediam de chegar ao final da trilha, quando os ultrapassou, sem perceber prendeu a respiração ao ficar maravilhada com o que via, a trilha finalizava em uma clareira cheia de flores em uma colina, o lugar era lindo, parecia aqueles lugares exóticos em revistas para atrair turistas! A colina terminava em um grande penhasco, e foi ao terminar de avaliar o lugar que percebeu ao lado da única árvore da clareia havia um homem, não estava sozinha. Deixou escapar um suspiro de surpresa, que tentou conter para não ser percebida ali, o homem alto usava uma jaqueta marrom e fitava provavelmente a paisagem que se formava no penhasco que Lucy não conseguia ver dali, ele tinha cabelos róseos incomum que combinava com a cerejeira que se apoiava e usava um cachecol branco em vota do pescoço.

Lucy sentiu sua visão ficar turva assim que fitou melhor o homem, ficando tonta, imaginou que sua pressão havia caído por ter subido as pressas naquele lugar.

O homem finalmente a notou, virando-se ele a encarou, os solhos de ambos se encontraram, porém não houve nenhum reconhecimento pela parte dos dois, somente estranhos se encarando e constrangidos por um não esperar a presença do outro no local.

 Lucy iria abrir a boca para dizer algo, mas uma pontada forte no peito parecida com a que teve minutos atrás de frente da casa a acertou, ainda tonta e sem tempo de pensar o que fazer caiu de joelhos no chão, sentindo segundos depois as mãos do homem a envolverem pela cintura para lhe dar apoio e não cair no chão, Lucy arregalou os olhos surpresas ao sentir seu corpo estremeceu ao toque, ela foi preenchida depois por uma sensação gostosa de conforto e a dor em seu peito parou, o fitou sem entender aquela reação espantada.

Porque ao olhar aquele estranho ela se sentia... Em paz?


Notas Finais


Gente reta final da fic, próximo capitulo sera o último! espero que estejam gostando, estou lendo os comentários com muito carinho e agradeço por todos que estão comentando, desculpe por não respondê-los ainda. kissus


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