História O chefe bonitão - Pequeno imprevisto delicioso

Eu olhei para aquela figura parada na porta e ergui uma sobrancelha, até onde esse Satanás consegue me perseguir? Tudo bem que uma parte minha ciumenta de Chanyeol relembrou o fato de que ele quase que casou com essa bruxa e ele não ficou nada satisfeito de relembrar isso.

— Como você me encontrou aqui? — questionei e seus olhos estavam pesquisando toda área, ela não me encarava.

— Bem... Não é bem uma boa visão te reencontrar, mas eu tenho alguns assuntos pendentes com o Chanyeol a serem resolvidos. Eu e meus pais estamos tendo que viver na casa de campo da minha avô logo ali na esquina, vi vocês dois chegando. Não encontraria outra oportunidade a não ser essa. — ela entrou na casa e antes que eu pudesse detê-la e mandá-la pastar, ela grita: — CHANYEOL!

— Hey! O que pensa que está fazendo? Nem te dei autorização para entrar aqui, sua louca. Penso que qualquer assunto entre vocês dois já está mais do que resolvido. — parei a sua frente.

— Baekhyun, eu fiquei sabendo que agora você tem um nome todo importante, mas isso nunca vai mudar quem você é, sempre foi e será: uma pedra no meu caminho. Você conseguiu destruir minha vida, tudo por conta desse seu amor de conto de fadas com Chanyeol. — eu ergui uma sobrancelha. — Por culpa de todo o teatro que ele fez no jantar de noivado, minha família virou piada e eu quero uma recompensa por isso.

— Ele não tem mais nada haver com sua família, a incompetência do seu pai nos negócios que é o responsável. Eu vi que estavam querendo dar um golpe no Chanyeol, ele só conseguiu ver isso antes que você terminasse essa cagada. — escutei passos e assim que virei meu rosto encontro com Chanyeol.

— O que ela está fazendo aqui? Helen, como você...

— Eu estou tendo que ficar na casa da minha avô que fica na esquina dessa rua, eu vi vocês dois e como eu sabia que não iria falar comigo se eu te procurasse e você também sumiu do mapa, e eu ainda preciso esclarecer as coisas com você. — vi Chanyeol erguer uma sobrancelha. — Você causou o desastre da minha família, somos a piada entre as famílias de Nova Iorque mais importantes, meu pai não consegue reerguer o negócio dele, porque você conseguiu estragar todo o respeito que ele já tinha conseguido com sua carreira.

— Helen, eu só contei a todos a verdade, mais cedo ou tarde, as pessoas descobrem. Eu não ia seguir com essa atuação, eu não ia passar o resto da minha vida infeliz em uma casamento insuportável para deixar sua família bem na vida. Eu sabia que seus pais estavam planejando um jogo baixo, não posso colocar uma máscara e agir com naturalidade. — vi que ela estava espumando de ódio, meu lado capetinha adora ver isso e está quase querendo subir na mesa e fazer dancinha de comemoração. — Eu arrisquei tudo para estar ao lado do Baekhyun e quando disse aquelas palavras, eu queria soltar um grito de alívio.

— Você não entende a gravidade da situação, mas tudo bem... Sei que vamos recuperar tudo, mas se tem uma coisa que eu ainda tenho a ambição de conquistar é você, Park Chanyeol. — ranço! Quem ela pensa que é para falar assim em frente ao meu Chanyeol? — Sua avó não tem mais nenhuma influência sob minhas ações, você ter perdido a fortuna não está fazendo mais diferença para mim, mas graças a existência de Baekhyun, eu ainda continuo a ideia de ficar ao seu lado Chanyeol.

— Hey! Baixa sua bola aí, querida! — caminhei até o lado de Chanyeol. — Estamos juntos de novo para sua infelicidade e pode ter certeza que nunca permitiria que uma pessoa venenosa como você tentasse estragar isso ou que influenciasse na minha vida de novo. É muita cara de pau você assumir isso bem na minha frente. — ergui meu braço até que minha mão alcançasse o maxilar do Chanyeol, virei um pouco seu rosto e virei meu corpo para deixar uma selar demorado em seus lábios. — Desista dessa ideia, vá viver sua vida e nos deixe em paz.

— As coisas parecem ser tão simples para vocês dois, mas esse namorozinho não tem vez. Logo saberão o motivo, quando saírem dessas suas férias e voltarem para a realidade. — ela caminhou até a porta que tinha permanecido aberta.

— Pelo jeito, Baekhyun continua possessivo como sempre. — ele abriu um sorriso em minha direção quando fechei a porta. — Eu fiquei feliz com esse selar, eu amo sentir seus lábios sobre os meus e quando é uma iniciativa sua, sinto que meu coração pode explodir. Não se importe com o que ela falou. Deve estar frustrada com a vida. — ele entrelaçou meus dedos nos seus.

— É doida mesmo, nem ligo mais! Eu vou tomar um banho e vou até seu quarto para receber meu presente. — levantou meus pés e dou um pequeno beijo em sua bochecha. Acho que esses pequenos carinhos que fazem a diferença entre ir rápido e devagar.

Depois de secar meu cabelo com a toalha, coloco-a em um lugar para secar e vou até o quarto de Chanyeol. Quando abro a porta encontro um Chanyeol sentado na beirada da cama apenas com a calça do conjunto de moletom tendo seu rosto iluminado pela luz do luar encarando um pingente. Seus cabelos estavam molhados e achei fofo quando ele ficava limpando as gotas que caíam em seus olhos.

Como sua toalha estava jogada do seu lado, eu peguei e comecei a secar seu cabelo, dizendo:

— Você vai ficar gripado se deixar seu cabelo encharcado assim, senhor. — fazia os movimentos com carinho. — E o que é isso que tanto encara.

— Nem vi que estava aqui, parece um fantasma. Devia sempre cantar enquanto anda por aí. Eu adoro quando está dançando e cantando com toda sua alegria, como se aquela música fosse sua favorita. Você me mostra uma lado divertido que contagia. — ele coloca sua mão sobre a minha e me puxa de cima da cama para ficar a sua frente. — Esse é meu presente. — ele abriu um pouco sua mão e deixou cair de lá um colar. Era uma espécie de medalhão. — Abra o medalhão.

Quando eu abri encontrei um papel muito bem dobradinho.

— Eu fui um admirador secreto seu no Ensino Médio e eu resolvi fazer mais um bilhete para você ficar relembrando que sempre vai existir um admirador de olho em você, em qualquer que for o momento ele cumprirá sua missão de te observar e te dar forças através de palavras. — depois de um esforço para desfazer as dobraduras do papel, eu li:

“ Não se preocupe por sua história estar meio torta. Foi assim que ela cruzou a minha e conseguiu fazer um nó para toda eternidade.”

— Pode parecer um pouco brega, mas foi a primeira frase que veio a minha cabeça quando eu a escrevi e... — ele mostrou outro medalhão igual ao meu. — Eu quero que escreva uma para mim também, qualquer coisa que venha do seu coração. — ele ergueu um papel e uma caneta que ele tirou do bolso da calça de moletom. — Você se sente confortável fazendo isso?

— Sim, eu me sinto. — eu peguei os objetos e fui até uma pequena mesinha que tinha ali.

O que eu escreveria para ele?

Não, eu não posso pensar demais. Escreva o que sente Baekhyun, seja direto.

Eu escrevi a frase e e dobrei o papel até ficar um pequeno pedacinho, entreguei para ele.

— Leia. — eu pedi.

“Não deixe que os milhares de medo, vários defeitos, alguns problemas, te façam desistir da única pessoa que te faz esquecer tudo isso. Nunca esqueça que estou aqui para o que der e vir, meu grandão.”

Vi que os olhos dele lacrimejaram e sua primeira reação foi me puxar pela cintura.

— Baekhyun... Obrigado, por estar me deixando viver sua vida ao seu lado. Por estar me dando esses momentos que eu pensei que nunca chegariam de novo... Muito obrigado, eu te amo muito. — o que quer que ele vá falar em seguida é abafado pela minha boca e eu monto nele para que possamos passar um bom tempo exprimindo a saudade por beijos. Esse sentimento que atormenta os amantes, mas que tem a capacidade de deixar todos os toques, mágicos. — Pode dormir comigo aqui hoje? Juro que ficarei quietinho do meu lado da cama, eu só quero ter a certeza de que quando eu acordar, você ainda estará ao meu lado.

— Seu malandro, eu fico sim. — ele se jogou na pilha de travesseiros que ali estavam e deu umas batidinhas ao seu lado da cama. Antes de me deitar ao seu lado e aproveitar seu delicioso perfume, eu abri a porta que dava para uma pequena varanda, a brisa do ar campestre era uma delícia e aproveitá-la em um boa noite de sono, é perfeita.

Ficamos parados ali por um instante, sem saber o que fazer. Nós dois sabemos que essa aproximação é perigosa, pois nossos corpos sabem muito bem o que é ter o outro em cima de si. Sabe muito bem o quanto é delicioso cada beijo e língua no lugar certo... Cada memória continua vívida em nossas mentes. O que estamos sentindo? Essa atração quase irresistível que nos arrasta um para o outro? É como uma imã ou um quebra cabeça que a pessoa que está montando fica ansiosa para colocar a última peça para gerar a imagem.

Essa noite tornou tudo mais difícil, esse gesto do medalhão me deixou um pouco soft e eu não conseguia esconder meu sorriso, são atitudes assim que me fazem ficar com cara de idiota apaixonado, não importando com merda nenhuma de passado, não ligando para ninguém.

O desastre de algo maior acontecer entre nós está em cada olhar, em cada toque de mãos, cada dor e puxão do coração de estarmos tão pertos novamente um do outro. Meu medo me diz para correr para meu quarto no final daquele corredor, mas parte de mim já está viajando nas sensações deliciosas que Chanyeol pode me causar. A adrenalina que ele faz correr em mim não é brincadeira para criança e uma programação de horário nobre. Esse turbilhão fazem meus músculos tremerem.

A julgar pelo modo como Chanyeol olha para mim enquanto sua mão está abraçando minha cintura demonstra que ele sente o mesmo. Ele puxa minha mão de leve. Mal há alguma pressão, mas eu me movo como se ele estivesse me puxando com um cabo de aço e fico em cima do seu corpo. Caminho para dentro dos seus braços, pousando minha cabeça em seu peito, escutando seu coração acelerado por mim.

Sua respiração está acelerada e trêmula enquanto ele enterra seu rosto nos meus cabelos e seu afunda em mim feito mel em uma torrada quente.

Tão quente que me derrete. Ficamos um bom tempo assim e eu sem perceber a calmaria que ele me passa e a segurança de tê-lo novamente tão perto de mim, faz com que eu durma.

Com paz e tranquilo.

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Na manhã seguinte queríamos aproveitar o último dia naquela maravilhosa casa, passamos a manhã toda maratonando série. Vimos os episódios da quarta temporada de Sherlock, Outlander... Fizemos uma maratona comendo brigadeiro e pipoca. Ficamos vegetando no sofá comendo feito dois loucos famintos.

— Eu quero preparar um jantar romântico para nós dois, hoje. Com uma mesa bem bonita, com direto a um garçom que também será seu acompanhante. — O que acha? Você pode ir lá em cima, tomar um banho, colocar uma roupa que goste e depois você vai descer até a varanda, onde terá tudo pronto. Pode demorar bastante, tenho que terminar de arrumar alguns detalhes.

— Você está mesmo investindo duro, hein? — eu dei um beijo em sua testa, ele me abraçou de retribuição.

— Eu tenho que dar meu melhor todos os dias. Ainda mais depois que voltarmos, tenho que dar satisfações para Haruma, Jerry e seu pai sobre o que aconteceu entre nós.

— Como meu pai acabou enrolado nisso tudo? Não sabia que ele incentivava o romance do próprio filho.

— Ele veio conversar comigo, ou melhor, nós dois queríamos falar um com o outro. Ele acabou me chamando no escritório dele e conversamos muito sobre você e eu. Ele viu a forma como eu falei de você, eu vi que eu poderia ser plenamente sincero, pois ele é um homem bom, que não julga. Ele me disse que eu era uma parte importante da sua felicidade e que eu tinha que lutar para continuar com o posto. Ele não queria ver o tão estimado filho sofrendo, ele me disse que quer recompensar todo esse tempo que não soube de sua existência.

— Eu já amo esse homem, nem sinto falta do tempo perdido, pois o importante é o agora. Estamos juntos, isso que importa. — eu abri um sorriso. — Vou subir. Tomar um delicioso e demorado banho. Nos encontramos em...

— Uma hora?

— Oh! Quanto tempo para uma decoração... Tudo bem, vou continuar assistindo Friends no Netflix enquanto isso. — isso era mentira, porque eu gastaria todo esse tempo para me arrumar, isso sim!

Quando fui para o meu quarto, aquele guarda roupa com as coisas escondidas de Haruma estavam me tentando, meu lado capetinha que deseja se entregar a luxúria e prazer está falando mais que o lado casto e puro. Procuro uma roupa descente naquela mala, porque acho que Haruma não conhece esse conceito: a maioria das vestimentas é transparente, tem buracos em lugares que não deveriam ter, além de fantasias de profissões que eu estava.... CHOCADO!

Encontrei uma calça preta de couro que realçava minhas curvas, uma camisa branca justa e joguei por cima uma blusa xadrez vermelha e preta. Vesti meu tênis e coloquei uma gargantilha que garantia a mim um sex appeal. Fui secar meu cabelo e dar uma ajeitada nele, além de maquiar um pouco para dar um toque diferencial.

Obviamente, eu queria ficar bonito para Chanyeol, afinal, receber elogios nunca é demais vindos desse homem.

Eu me perguntei o que ele tanto aprontava, encarei com um enorme sorriso o medalhão que ele me deu e até senti um arrepio percorrendo minha espinha, eu tinha tomado a decisão correta sobre ele. Eu não posso viver no passado, isso traz angústia, eu quero viver o presente, quero fazer da minha vida uma passagem boa, sem peso, não quero ficar ansioso pensando no futuro e não quero trazer o passado do futuro causando arrependimentos.

Quero viver o aqui e o agora. Agradecendo todos os dias pela vida que tenho e pelo grande amor que zela por mim.

Fico encarando o teto do quarto até escutar um assovio de longe. Penso ser um sinal para que eu descesse. Eu estava ansioso, dei uma última olhada no espelho para conferir se eu estava lindo de morrer e abri um sorriso para ver se meus dentes estavam bonitinhos. Senti meu hálito e estava tudo certo!

Eu fui seguindo uma música alta e logo soube que Chanyeol que a tinha colocado. Tocava Thunder do Imagine Dragons, ele me conhece para saber que eu amo essa banda e que música faz parte de mim, aliviando e descrevendo sentimentos quando meu peito e minha cabeça estão confusos. Fui escutando os pequenos galhos quebrarem com minhas pisadas até o lugar onde Park deveria estar.

Eu vi umas pequenas luzes cintilando por dentre as folhas e fiquei um tanto quanto maravilhado com o que vi em seguida. Chanyeol estava apoiado em uma árvore um pouco torta com um sorriso no rosto.

Vários planos foram amarrados com linhas ou até mesmo usando a árvore como suporte. Existia um enorme lençol branco estendido pela grama com uma grande quantidade de almofadas por tudo sua extensão, umas pequenas velas estavam no centro e nas laterais, deixando um ambiente que poderia ficar completamente escuro com aquela luz baixa que dava um ar romântico àquela decoração.

Eram pequenos detalhes que eu observava que estava me deixando impressionado, eu queria parar e olhar tudo. Chanyeol para provocar, porque ele sabe que é lindo tesudo, estava sem camisa, tendo apenas uma calça preta e um pequena flor branca em uma de suas mãos.

— Tenho que pedir desculpas para a mãe natureza, porque tive que arrancar essa linda flor para te dar. — ele estendeu a flor até mim e eu aceitei de bom grado. — Como eu sabia que você não comeria minha comida, o que eu vou fazer é te empaturrar de torta de morango e chocolate. Está geladinha do jeito que acho ideal. Tive que deixá-la no congelador, porque eu comprei quando vim ver a casa com Jerry. Está gostosa, ou eu espero que esteja. — ele andou até a parte de trás daqueles panos. — Para aproveitarmos um pouco, também trouxe uma garrafa de champanhe fornecida por Jerry para comemorarmos o retorno do Chanbaek!

— Você é impagável, Mr. Park. Você sabe que um doce unido a uma bebidinha é meu fraco, quer mesmo me ver caidinho por você... Um absurdo!!! — escutei o estouro do champanhe e tomei a garrafa da mão dele dando o primeiro gole. — Isso aqui ficou incrível! Como conseguiu fazer isso?

— Eu tinha começado a montar antes, deixei em um local estratégico para que não visse, hoje foi a hora dos acabamentos decorativos. Acho que cumpri meu trabalho. — ele ficou no meu lado com a mão na minha cintura, observando seu feito. — Uma noite para relaxarmos, filosofarmos sobre a vida, jogar um papo fora. Como dois amantes!

— Você pensou tudo... Chanyeol, eu prometi ser grato todos os dias por uma coisa diferente que acontecesse no meu dia e hoje, eu quero ser grato por você me mostrar que ainda existe esse tipo de amor que queremos ver o outro feliz, que a nossa felicidade é a de quem nós amamos. — abracei sua cintura e deixei um beijo em seu pescoço. — Esses momentos são tão preciosos, podemos não reconhecê-lo, mas no futuro está na caixa de boas lembranças. Obrigado por fornecê-la a mim.

— Baekhyun, você está sendo tudo para mim. Eu arrisco tudo por você e se eu tivesse que ser grato por alguma coisa essa noite é por eu estar vendo seu lindo sorriso direcionado a mim, eu pensei que esse dia nunca mais chegaria. Eu não consigo explicar tudo o que eu penso, só consigo sentir e saber que esse sentimento é muito forte para qualquer furacão que tiver. Eu nunca mais arrisco estar longe, nunca mais... — ele segurou meu rosto com suas duas mãos. — Agora vamos comer essa torta e falar bobagem!

Ficamos tagarelando sobre tudo o que aconteceu com a gente nesse tempo que ficamos separados. A bebida já estava nos deixando alterados e nós estávamos rindo de qualquer coisa, desde piadas até qualquer barulho no mato. Eu olhava para ele e ficava pensando o quanto meu coração tinha taquicardia por causa desse homem. Muitas pessoas acham que alma gêmea é mentira, mas eu sei mesmo que não exista, eu declaro hoje que eu tenho uma que está bem a minha frente, estamos ligados por um fio vermelho.

Meus pelos arrepiam com cada simples toque dele. Eu estou deitado no peito de Chanyeol, olhando para um céu estrelado que é digno de uma tela realista, como uma fotografia. Eu tirei algumas fotos para manter esse momento arquivado com o auxílio da tecnologia e guardei em meu coração todo o misto de sentimentos que aquele momento garantiam a mim. Ele enrolava fios do meu cabelo em seus dedos e eu só conseguia apreciar o toque e sentir todo meu corpo responder pelo carinho. Aquele aquecimento em nossa pele por estarmos no sentindo bem é a melhor sensação...

Chanyeol provocava isso em mim. Só ele consegue.

— Eu me sinto protegido perto de você, Channie. Esse calor de proteção, eu não quero mais nada que não seja ele, eu também quero ser seu protetor, quero que a confiança que deposita em mim seja a minha armadura.

— Eu que quero ser assim. — diz ele, baixinho. — Quero ser cada dia mais forte. Tenho vergonha pelo que fiz, tenho vergonha de não ter tido força para proteger quem eu amo do jeito certo. Sinto que ao seu lado eu serei capaz disso.

Meu coração bate forte e eu faço círculos em sua clavícula nua. Ele me olha atentamente. Esperando por uma reação àquelas palavras. Eu o quero mais perto ainda, meu corpo sente saudade do dele.

Os segundos passam. O tempo se estica à nossa volta em um completo silêncio que dizia muito mais do que palavras.

Chanyeol levanta o corpo, mas permanece sentado. Eu me sento a sua frente. Ele segura minhas mãos. Nossas pernas se tocam. Duas camadas de brim não são suficientes para me isolar do efeito do corpo dele sobre o meu e a bebida só piora a situação. Nossos rostos estão próximos. Seria tão fácil eu me aproximar, porque eu que sou o incontrolável aqui. Eu quero roçar meus lábios por todo seu corpo e ver se a pele dele é tão quente quanto a que eu me lembro.

— Baekkie... — ele fez um carinho com as costas das mãos em minha bochecha e eu me aproximei com isso e fechei meus olhos. Ele foi descendo o contato pelo meu pescoço, pousando a mão em meu ombro e roçando minha pele com o polegar. Algo em sua voz não me faz manter a firmeza que eu queria ter. — Eu sei que consigo manter meu controle perto de você caso não queira continuar com isso, mas... Fale-me agora, porque é muito difícil ficar sem tocar em você. Meu corpo sente falta do seu, eu quero uma conexão e eu sei que você quer esperar e eu respeito, é claro...

— Chanyeol, não faça meu cérebro refletir, pelor amor de Deus! Deixa meu coração ser insensato para dar o que você quer e eu quero. Está foda de controlar aqui também. Tenho minhas necessidades e... — ele colocou o indicador sobre meus lábios me fazendo calar. Quando abro meus olhos, eu olho fixamente para ele que está com um sorriso aberto.

Meu coração já está apertado.

Ele beija minha testa... a ponta do meu nariz... minhas bochechas... meu queixo... meu maxilar e por fim meus lábios. Ele suga o lábios superior e dá uma pequena lambida quando volta sua atenção para o inferior. Tudo é lento e delicioso, era como se cada segundo, aquela onda de êxtase e prazer nivelado fossem marcados com ferro em brasa, nunca ninguém conseguiria ser Park Chanyeol e fazer o que ele faz comigo e com minhas bambas pernas. Eu abro minhas pernas para que ele tenha mais espaço para se aproximar de mim, de me proporcionar aquelas fisgadas no meu baixo ventre.

Ele desce para meu pescoço e deixa ali uma trilha de beijos dos dois lados e no meu pomo de Adão. Ele sabe onde me tocar... quando me tocar. Suas mãos tiram aquela blusa flanelada e em seguida a de malha que eu usava. Ele continuava com seus beijos quentes e agora... Ah! Excitava meus mamilos, meu ponto fraco junto com meu pescoço. Eu não suportei e trouxe seu rosto para perto do meu, puxei ele para mim.

Ele coloca os braços ao redor de mim...

E eu o beijo como se o fim do mundo fosse em poucos segundos. Não há nada de cuidadoso nesse beijo, por mais que ele quisesse me torturar com o tempo, eu sou muito afobado com tudo! Não tinha nada de vago ou desonesto nesse beijo, era esse beijo que mostrava como estar amando é prazeroso e delicioso. É apaixonante e sufocante, e seu desespero é quente, me queima e aquece meu corpo deixando aquela brisa fresca ser só um detalhe para o ar puro do campo. Por longos minutos nos beijamos tão vigorosamente que o mundo pode parar de dar suas voltas e parar para apreciar.

—... Você é meu tudo, Baekhyun... — ele disse com a respiração acelerada.

Ele me beija novamente e tudo se torna uma confusão de línguas e lábios com sons obscenos que são músicas para meus ouvidos. Eu tombo seu corpo para o lado e monto nele enquanto afundo meus dedos em seu cabelo voltando a beijá-lo, sem tempo para respirar, aguenta aí pulmão.

Ele está incrível. Gosto incrível. Como um homem pode ter um gosto tão bom vai além do meu conhecimento.

Sei que estou fora de controle, a seca causa isso. Meu “sequestro” terminou sendo bem divertido. Mas estar com ele vinte e quatro horas durante esses dias foi uma tortura sexual.

Eu o beijo por todo o rosto, como ele fez comigo e sua deliciosa risada faz com que eu não queira parar. Desço para seu pescoço enquanto acrescento umas mordidinhas, porque sei que isso o deixa louco.

— ...Só...Ai, porra. — ele disse entredentes. — Jesus, Baekhyun!

Eu movimento meus quadris em círculos. A minha blusa presa em meus pulsos caem ao lado e eu fico com meu torço nu. Eu pressiono meu peito no dele e me sinto aliviado, pois conseguido sentir as batidas rápidas e ritmadas do seu coração junto ao meu. Quero beijá-lo inteiro. Começo a me deleitar no pescoço e vou descendo por toda sua pele enquanto esfrego meus quadris contra os dele.

Ohhh, ele é duro e perfeito. Todas as suas outras partes tem um gosto bom e eu me pergunto se isso também.

Só de pensar nisso fico mais desesperado e algo tem de acontecer antes que eu exploda em chamas.

— Calça. — eu digo, e mal é uma palavra. É mais um latido áspero.

— Quê? — Chanyeol sabia que isso era morte na certa, eu estava um tanto quando desesperado aqui. VÊ A MINHA SITUAÇÃO!

— Chanyeol, pelo amor de tudo que é sagrado e profano, tire sua maldita calça.

Ele volta a ficar em cima de mim e a me beijar, eu com as mãos ágeis abro o fecho de sua calça e puxo o tecido jeans para baixo, apertando sua bunda e depois o tocando. Ele geme e agarra uma das minhas coxas enquanto sua outra mão fornece apoio ao seu corpo ao lado da minha cabeça. Ele brinca com a sensação de acariciar minha pele com a ponta dos dedos.

Ele para para me observar por uns segundos passando os dedos pela minha barriga, então lentamente sobe para meu mamilo. Ele me provoca ali, enquanto beija meu pescoço. Quando acho que ele não pode me incendiar mais, ele desce as mão mais e mais até o zíper da minha calça e em seguida o botão. Ele me toca gentilmente, então pressiona mais duro, tornando minha respiração mais superficial. Ele toma controle do meu prazer como se tivesse um manual de instruções, olhando para meu rosto o tempo todo para captar minhas sensações.

Como isso é possível? Como ele pode saber o que fazer com meu corpo na hora certa para provocar a sensação que eu quero?

Em sessenta segundos ele me deixa mais próximo do orgasmo do que consigo chegar sozinho em dez minutos. Inconscientemente eu me esfrego na mão dele, para tentar encontrar o momento mágico de sensação que vai me levar até o limite.

— Esse olhar. — ele diz enquanto aperto minha cabeça contra as almofadas. — Pertence a mim. A forma como sua boca se abre. Suas pestanas tremem. Esse olhar é todo meu.

Então perco o ar, porque ele volta a me beijar no momento que sinto meu corpo ter o baque máximo de prazer, sua língua preenche o céu da minha boca. Eu aperto os olhos fechados enquanto ele toca em várias partes minhas. Tudo é respiração pesada e ruídos graves.

Uau...

Uau!!! THANK GOD!

Os últimos tremores passam e eu derreto nos braços dele, mais do que relaxado.

— Vamos lá para cima, Baek? — eu concordei e ele abriu um sorriso, levantando-se e depois me puxou para seu colo. Nossas calças estavam abertas e o volume era visível. Em todo o caminho, mesmo que ele estivesse preocupado em não bater de cara com uma árvore até chegarmos até o quarto, ele continuou meu beijando.

Lábios. Línguas. Ai, Deus. A língua dele.

Ele tem gosto de tesão. Cheiro também. Eu conheço suas zonas erógenas tão bem quanto ele conhece as minhas.

Quando chegamos ao meu quarto, sinto seu olhar ávido em mim. Seu olhar esquenta minha pele enquanto ele me observa tirando aquela porcaria de calça que me atrapalha. Ele faz um som e juro que é o fim de sua força de vontade de ser calmo e paciente.

Mãos e boca, e ruídos sombrios, necessitados.

Eu o empurro até a parede, abaixo e beijo sua barriga. Pelo quente. Músculos tremem sob meus lábios enquanto ele aperta sua mão em meu cabelo. Além de prazer tinha amor, cada toque ficava mais intenso, aliado a saudade, tudo estava uma loucura. Eu me abaixo para onde ele é duro, abaixo sua calça e roço meus dedos primeiro, então lábios e língua. Ele faz um longo ruído tenso que vibra por todos seus músculos.

Levanto o olhar e vejo que ele está assistindo, extasiado. Pela primeira vez, ele está totalmente aqui. Na minha frente, o homem que eu amo e nunca deixei de amar.

Ele toca meu rosto gentilmente, a expressão em sua face reverente. Eu movo minha boca sobre ele, fazendo cada toque sob o tecido valer a pena. Assim, ele é meu. Completamente. É tão claro na forma como ele me observa, o olhar terno e carinhoso. A sensação dele me faz querer mais ainda.

— Você é tão lindo, Baek. Eu te amo demais!

Eu o beijo. Sua resposta é faminta e desesperada e eu nunca precisei de nada tanto quanto preciso dele dentro de mim. OKAY, talvez eu tive a pretensão de fazer uma chuca na hora do meu banho, porque eu queria que isso acontecesse, mas deixemos isso quieto. Estou tomado por uma onda de nervos e uma felicidade incontida.

Fui deitado na cama e minha cueca foi arrancada e vejo ele pegar o lubrificante que eu tinha usado na noite retrasada para proporcionar a arte do auto prazer.

— Como você sabia que ele estava, aí? — coloquei minhas duas mãos em seu pescoço.

— Eu vi você escondendo hoje de manhã quando eu fui te dar café e você estava escondendo de mim. Foi engraçado e fofo mesmo. — ele colocou o indicador na minha testa. — Tem certeza?

— Sim, eu quero. — ele lubrificou os dedos e levou até minha entrada. Ele primeiro provoca minha entrada com um dedo e com o maior cuidado e carinho ele espera qeu eu acostume com cada um, até conseguir com os dois. Ele me beija para aliviar a dor. Ele fica entre minhas pernas e provoca uma pressão ali, muito mais do que meus dedos, e aumenta enquanto ele empurra para frente. Ele não vai longe. Grunimos contra o lábio um do outro antes de parar, testa com testa.

— Você está bem?

Faço que sim.

— Não pare.

Ele se move novamente, então a pressão começa a queimar. Quando fecho meus olhos contra a dor, ele para.

— Não, continue, por favor.

— Olhe para mim.

Abro os olhos e vejo tensão e preocupação no seu rosto.

— Apenas continue olhando para mim, tá? Não pense na dor, fique comigo. — ele se move à frente novamente até não poder ir mais longe. Eu grunho em frustração. Ele se afasta antes de empurrar com mais força e desta vez dor e prazer se misturam, eu lembro exatamente dessa sensação, é um passo para o prazer completo. Eu gemo e ele tenta me distrair com sua boca. — Você é incrível. Desculpa por doer assim, eu nunca quero te machucar e você sabe disso.

Eu olho para ele surpreso. A dor pulsante deu lugar a uma queimação pulsante, mas não impede que eu fique impressionado como sempre. Tudo o que ele está sentindo reflete em seus olhos e eu amo isso. Prazer, choque, tensão, amor, euforia.

Ele beija meu ombro e pressiona a testa contra ele enquanto dá as estocadas. Sua voz está falha, quando diz:

— Você é tudo para mim, Baekhyun. Tudo...

Quando ele está próximo ao orgasmo, um som gutural vibra seu peito. Ele cai à frente e murmura cochichos desconexos.

Estou em um momento de gratidão opressiva por Chanyeol estar comigo enquanto dividimos um momento impressionante e delicioso, provando que saudade é um sentimento delicioso.

Eu me aninho ao seu peito e escuto:

— Hoje eu sei... Eu sei o que é amor! Amor é este sentimento de carinho, respeito, admiração que sinto por você; é esta segurança de conquistar sonhos, objetivos ao seu lado. Tudo com o amor fica mais fácil, mais claro e significativo para vencer os obstáculos da vida. Te amo, te adoro! Você é meu coração e por estar nele, minha vida é você! Você me prova isso todos os dias, Baek.

Quando eu apago, sonho com ele. E todos os momentos são sempre de um final feliz.

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Tínhamos que voltar para Nova Iorque, mas não parávamos de sorrir. Quando meu celular entrou em área de acesso, vejo mensagem de Haruma até dizer chega. Nem quero ver seus conteúdos, porque depois desse tarado fazer aquelas coisas, quero nem ver o nível das perguntas.

Quando já chegamos em Nova Iorque, vejo uma ligação do meu avô pedindo que eu fosse a empresa, porque tinha uma pessoa me procurando. Falei com Chanyeol para irmos para lá, porque queria falar com meu pai que voltamos com nosso relacionamento e queria ver Kyungsoo também.

Chegamos ao prédio e fui direto para meu escritório, onde meu pai disse que esse alguém estava me procurando. Ele não conhecia, mas essa pessoa insistiu em falar comigo sobre negócios. Chanyeol estava sem bateria.

Quando abri a porta, vejo uma das cadeiras que ficavam em frente da minha se virar e revelar uma presença que pensei nunca ter de ver de novo.

— Vovó!? — Chanyeol arregalou os olhos e eu levei o mesmo susto.

A Sra.Park estava a minha frente com um sorriso debochado no rosto.