{P.V.O Jace}
Acordei com cutucões no meu braço.
-- Hum? - Me virei. Clary estava de cara amarrada para mim. - Amor? O que foi, pequena?
Ela se desvencilhou do meu toque.
-- Não venha com esse apelidos... e essas mãos cheias de dedos. - Ela cruzou os braços. - Sei muito bem o que você fez.
Franzi o cenho e bocejei.
-- O que eu fiz?
-- Me traiu.
-- Oi?!
-- Com a Jéssica.
-- Pelo anjo. - Passei a mão pelo meu cabelo. Me sentando. - Quem é Jéssica?
-- A mulher que você me traiu.
-- Eu não te traí. E eu não conheço nenhuma Jéssica.
-- Me traiu sim.
-- Quando?
-- No meu sonho.
Gemi enterrando o rosto nas mãos.
-- Amor, foi só um sonho.
-- Humpft. - Ela reclamou.
-- Vai ficar brava comigo por que? Você que sonhou.
Clary revirou os olhos.
-- Não conhece nenhuma Jéssica? Mesmo?
Ri e a envolvi em meus braços.
-- Não. Só conheço a Clary Ciumenta Fray.
Ela riu e se afastou um pouco.
-- Você não vai me trocar? Mesmo se ela tiver peitos enormes, e uma bunda gigante?
Fiz uma risada nasal e passeei meu dedo pelo rosto dela.
-- Não vai... - Ela continuou. - Perdêutesãoinmim?
-- O que? - Pergunto rindo.
-- Não vai perder o interesse em mim?
-- Você não disse interesse. - Sorri malicioso. - Disse tesão.
Ela corou, deu para ver mesmo na escuridão da sala.
-- Você entendeu! - Ela bateu de leve no meu peito.
-- Não vou. - Disse a abraçando de novo. - Nem o interesse... - Desci minhas mãos calmas, pela sua coluna. - Nem o tesão. - Apertei sua bunda e ela grunhiu.
-- Estamos na sala dos meus pais. - Ela lembrou enquanto eu me colocava em cima dela.
-- Eu sei. E todos estão dormindo.
-- Torçamos para que não acordem.
Sorri enquanto passeava minhas mãos pelo corpo dela. Clary suspirou.
-- Você faz eu me sentir macia.
-- Você é macia. - Disse. - Você é macia aqui. - Apertei sua bunda de novo. - Aqui. - Passei a mão sobre seus seios, os contornando. - E é deliciosa, doce e apertada aqui. - Disse acariciando sua intimidade por cima da calcinha.
-- Jace... - Clary se esfrega contra a minha mão. - Você sabe que estamos à mais de um mês longe.
-- Sei. - Senti ela estremecer e sua calcinha ficando mais quente e úmida. - Está molhada para mim?
-- Estive o mês todo. - Ouvi ela murmurar enquanto eu colocava minha cabeça para dentro do edredom e levantava a camisola dela. Dobrei suas pernas e as abri.
Tirei sua calcinha com impaciência. O que acabou rasgando.
-- Eu gostava dessa calcinha. - Ouço ela sussurrar.
Rio enquanto deslizei meu indicador por ela toda. Clary estremeceu e se abriu mais. Meu dedo lambuzado voltou para ela, fazendo um carinho em sua abertura.
-- Jace... - Ouvi ela implorar. Sabia o que queria.
-- Sim?
-- Por favor.
Sorri e finalmente fiz o que eu queria; coloquei a boca nela, deslizando minha língua pela sua intimidade molhada e quente para mim. Segurando sua cintura enquanto ela se contorcia com a minha língua nela.
-- Isso. - Ofegou.
Essa única palavra me excitou, mais de um mês fez peso, fazendo meu membro endurecer e se arquear a procura da umidade quente e apertada de Clary. Grunhi enquanto deslizava minha língua pela sua intimidade. Meu membro latejava em vão.
-- Jace... - Ela fechou as pernas, prendendo minha cabeça entre sua coxas. A mensagem foi alta e clara: - Continue.
Obedeci. Não consegui fazer outra coisa. A idéia de que alguém poderia nos pegar naquela situação me fazia querer parar. Mas os gemidos que minha namorada tentava segurar era maravilhoso. Eu a enlouquecia, e isso me trazia um triunfo absurdo.
Ela afastou as pernas. A lambi mais um pouco enquanto ela estremecia por causa do orgasmo atingido. Saí debaixo do edredom, vendo uma Clary ofegante e corada olhando para mim.
Eu me sentei e ela veio para o meu colo, a beijei com vigor, enquanto as mãos dela trabalhavam em abaixar minha calça de moletom. Quando conseguiu, eu montei Clary em mim apressadamente. Enquanto descia pelo meu membro, Clary mordia o lábio inferior segurando seus gemidos. Quando ela começou a cavalgar, a beijei, para abafar os gemidos de ambos.
O edredom estava enrolado na cintura dela. Da cintura para cima, nós éramos apenas um casal normal se beijando. E do edredom para baixo éramos duas almas desesperadas um pelo outro, fazendo amor enquanto podíamos ser vistos (se não fosse pela coberta). Mas aconteceu...
-- Tia? Tio?
Clary e eu viramos vagarosamente, vendo meu sobrinho com um pijama de dinossauros bocejando e esfregando os olhinhos.
-- Rafa... - Clary deu um sorriso.
Suspirei, ficar parado dentro de Clary era uma tortura.
-- O que vucês estaum fazendu? - Disse com sua voz puramente infantil.
-- Estamos abraçados. - Clary disse.
-- Isso. - Segurei meu suspiro. - A tia Clary está abraçando o tio. Bem apertado.
Minha namorada me lançou um olhar de repreensão.
A criança pareceu não ligar, bocejando novamente.
-- Quelu ágia.
-- Quer o que? - Eu perguntei soltando um pouco as costas de Clary.
-- Ágia é como ele fala água. - Explicou Clary saindo do meu colo com cuidado para a colcha cobrir minha ereção desapontada e ela. Mas sua camisola a cobria bem.
-- Eu não sou um dicionário infantil. - Dei de ombros me deitando de lado.
Ouvi Clary reclamar comigo ao longe, levando o sobrinho para a cozinha.
Quando eu penso ter me livrado de um Max...
{P.V.O Izzy}
-- Amor. - Sussurrei para Simon. - Amor.
Ele só reclamou e virou para o lado.
-- Simon! - Chamei mais alto.
Ele sentou na cama com um pulo, me fazendo rir.
-- Ahn..? - Ele passou a mão no cabelo zoneado. - O que foi?
-- Eles estão chutando. - Sorri para minha barriga. - De leve, mais estão.
Simon aproximou o rosto da minha barriga.
-- É verdade.
Sorri e fiz carinho no seu cabelo castanho. Ele relaxou.
-- Essas férias que tiramos estão nos fazendo bem...
Ri com seu comentário.
-- Verdade. - Concordei. - Vivemos mergulhados nos trabalhos.
Eu suspirei
-- Não vejo a hora de estar com 6 meses. - Mordi o lábio. - Quando vou comprar os enxovais.
-- Ai, meu bolso.
Fiz uma careta.
-- Quando é para comprar seus bonequinhos, você não economiza.
-- Não são bonequinhos. - Ele reclamou deitando de volta no lugar. - São Action Figures.
-- A mesma coisa.
-- São raros, caros, e de coleção. - Disse Simon. - "Bonequinhos" se compra em qualquer loja.
-- Me desculpe, senhor geek.
Ele riu.
-- Você eu desculpo. - Ele passou a mão pela minha cintura. Me aninhei perto dele. - É de manhã, mas eu não quero me levantar.
-- Nem eu.
E com isso, adormecemos.
{P.V.O Magnus}
Um mês depois...
-- Eu acho que já está na hora. - Ouvi Alec dizer a Jace. - Digo, não nos importamos que vocês fiquem aqui, mas faz praticamente uma vida que estão juntos.
Após descer as escadas da minha casa com meu filho no colo, vejo Jace e Alec sentados na bancada, conversando.
-- Do que estão falando? - Pergunto deixando Rafa no tapete, onde tinha vários brinquedos.
-- Jace está me perguntando qual a hora certa de se casar com alguém. - Respondeu meu marido.
-- Nesse caso, Clary. - Me sentei ao lado deles.
-- É. - Jace suspirou. - Estamos juntos como casal a quase um ano. É muito cedo?
-- Vocês se conhecem desde os 11 anos. - Rebateu Alec. - O-n-z-e!
-- Mas não namoramos desde os onze.
-- Quase isso. - Disse. - E se o medo é que Clary ache cedo demais... eu acho que ela está aflita.
-- Aflita? - Perguntou Jace.
-- É. - Confirmei. - Para se casar.
Jace respirou fundo.
-- Pense: - Continuei. - Os melhores amigos dela se casaram. Eu e Alec temos um filho, Izzy está grávida. E você e ela são os únicos que só namoram. Mas já vivem como casados.
-- Tem muita coisa para resolver. - Jace respondeu. - Casa, trabalho... trabalho principalmente; não quero ela como minha secretária. As fofocas lá seriam insuportáveis.
-- Demita-a. - Disse. - Ela pode trabalhar de outra coisa.
-- Talvez... - Ele entrelaçou as mãos.
-- Bom dia, rapazes. - Clary desceu as escadas. - Oi, Rafa.
-- Oi, tia. - Meu filho deu um sorriso para minha amiga.
-- Oi, amor. - Jace e Clary deram um selinho.
-- Oi. - Eu e Alec falamos em coro.
-- Vamos? - Perguntou Clary à Jace.
-- Vamos. - Respondeu.
Os dois deram tchau e saíram.
{P.V.O. Clary}
Dias depois...
Estava como sempre; atolada em folhas impressas, e-mails, documentos... Até que Jace ne chamou na sala.
-- Oi. - Entrei ajeitando meu cabelo despenteado para trás.
-- Sente-se. - Ele disse inexpressivo. Sério como uma parede.
-- Amor...? Tudo bem?
Ele assentiu com a expressão mais leve.
-- Então... - Ele se debruçou sobre a mesa, entrelaçando os dedos. - Tenho duas notícias; uma boa e uma ruim.
-- Fala a ruim primeiro. - Meu coração começou a bater rápido.
-- Senhorita Clarissa Fray, sinto muito mas você está demitida.
Eu arregalei os olhos.
-- Eu... O QUE?! - Minha respiração ficou mais pesada. - Como... Jace mas... Eu... Argh! Por... por que?!
Ele se encostou na cadeira e deu de ombros.
-- Tem mais uma notícia. A boa, no caso.
Boa. Certo. Vai ser algo bom. Tentei me tranquilizar.
-- Eu e você não somos mais namorados.
Meus joelhos fraquejaram, mas eu empurrei a cadeira para trás e me levantei.
-- Jace! Como... Como assim?! Mas... estavamos bem até ontem! - Gesticulei. - Até hoje na verdade! Por que isso agora?! - Meus olhos marejaram. Droga. - Só... por que...?
Estava prestes a chorar. Ele se curvou sobre a mesa de novo.
-- Porque eu decidi...
-- Ah, você decidiu?! - Minha voz fraquejou e uma lágrima escorreu. Praguejei e limpei rapidamente. - Foda-se também! Eu estou info embora.
-- Você não deixou eu terminar. - Ele cruzou os braços.
-- Termine! - Rosnei também cruzando os braços.
-- Eu decidi que não quero mais ser seu namorado.
-- Não quer?! - Engoli o nó da minha garganta.
-- Não.
Me virei para ir embora mas ele segurou meu pulso por cima da mesa.
-- Me solta! - Gritei. - Tira a sua mão de mim!
-- Me deixe terminar.
-- Você ainda não terminou?! - Dei uma risada seca. - Ah, ótimo!
-- Eu decidi que não quero mais ser seu namorado. - Ele repetiu soltando meu pulso. - Porque à partir de agora, eu quero ser seu noivo. E daqui a alguns meses; marido.
Senti meus joelhos falharem novamente. Mas me mantive de pé. Meu coração ia sair pela boca enquanto lágrimas desciam pelo meu rosto. Ele as enxugou com carinho.
-- E você, Clary, quer ser minha noiva... e depois minha esposa?
Eu ri enquanto chorava mais. Agarrei seu pescoço por cima da mesa.
-- Eu estou com tanta raiva de você, que quero falar não.
Ele riu.
-- E o que você vai falar?
Me soltei dele dando a volta na mesa.
-- Óbvio que sim! Eu quero estar minha vida toda com você, seu idiota! - Jace riu me puxando para perto e acariciando minha cintura. - Eu te amo tanto...
-- Eu te amo mais. - Ele beijou minha bochecha e depois me abraçou. - Por isso que quero que siga seus sonhos.
-- Meus sonhos? - O encarei.
-- Você sempre quis abrir uma galeria. - Ele disse com um sorriso travesso. - Eu já comprei um imóvel para isso.
Fiquei boquiaberta e me joguei nele. O abraçando com toda a força que eu tinha.
-- Você é o melhor noivo e futuro marido do mundo!
Senti seu tronco vibrar em uma risada.
-- E você é a melhor noiva e futura esposa do mundo.
As lágrimas pararam de descer. Mas meu coração estava inchado com tanto alívio e amor que eu sentia naquele momento.
-- Bom... temos algumas coisas a resolver. - Jace disse pegando minhas mãos. - Data, preparativos, convites, comidas, o casamento, a lua de mel. - Disse ele. - Casa, filhos...
Sorri de orelha à orelha.
-- Ótimo! Melhor começarmos então.
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