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História O Chenle é filho do Thor - "Olha só, eu posso explicar!" - Huang Renjun, 2020.


Escrita por: wonudisc

Capítulo 4 - "Olha só, eu posso explicar!" - Huang Renjun, 2020.


— Tá legal, eu vou matar o Renjun!

Bufou. Estavam na casa de Jisung, fazendo o maldito trabalho de espanhol. Acontece que já haviam terminado e, como de costume, Jisung estava tentando se comunicar com o irresponsável do seu melhor amigo.

— Relaxa, ele deve estar ocupado.

— Há cinco dias?! – o olhou, desacreditado. – 'Cê quer morrer?! Fala sério! – andou se um lado para o outro. – Nenhuma mensagem, nenhuma ligação! Eu vou chamar a polícia pra esse desgraçado!

Chenle rolou os olhos e observou o carregamento do raio de três quilômetros que praticamente flutuava no meio da sala. Aos poucos, as casas iam ganhando cores e essas coisas. Era só esperar.

— Se ele não te responde, deve ter um motivo. Vocês brigaram?

— Não, a gente tá de boa. Ele só foi dormir e, no dia seguinte, sumiu. Deixou essa porcaria de bilhete!

Mostrou o pedaço de papel para o asgardiano, este que o pegou e leu rapidamente.

"Vou faltar por uns dias, preciso resolver umas coisas. – Renjun"

— Ele disse "uns dias".

— Ele nunca me fala que tipo de coisas vai resolver. Ele não me fala nada! EU QUERO MATAR ESSE PUTO!

Chenle deixou o bilhete de lado.

— Ele vai voltar. Você disse que ele sempre volta, então confia.

Jisung andava de um lado para o outro, massageando o próprio couro cabeludo. Estava nervoso.

— Eu tô preocupado, ok? Preciso saber onde ele tá antes que enlouqueça!

Silêncio. Ai, caramba. Seria uma má ideia fazer o que Chenle pensava em fazer? Seriam só alguns minutos, talvez não houvesse problema... Né?

Suspirou profundamente, derrotado pela própria consciência.

"Não acredito que vou fazer isso."

— Tá legal, cabeça de vento... – pegou o aparelho do trabalho e o guardou, indo até Jisung e o puxando para fora da casa. – Vamos achar o tapado do Renjun.

— Espera aí, onde a gente vai?

Chenle nada respondeu. Foram para o outro lado da rua, lado este que havia uma floresta. Pararam perto. Chenle olhou para o céu com os olhos meio estreitados pela luz do sol.

— Espero que meu pai não me mate.

— Chenle, o que você-

Heimdal, leva a gente!

Cerca de um segundo depois, um feixe de luz de arco-íris os engoliu. Sumiram e a única coisa que sobrou foi um enorme símbolo queimando a grama. O grito de Jisung foi cortado pelo teletransporte.

E o percurso era... Magnífico.

Chenle segurava a mão de Jisung e não parecia se importar com a paisagem a sua volta. Deveria estar acostumado. Estavam numa espécie de tubo de energia, sendo sugados. Jisung observava a galáxia infinita, encantado. Era lindo. Havia várias estrelas e tons de azul e roxo diferentes espalhados, até vermelho. A sensação de leveza se fez presente e um frio na barriga também.

Jisung viu seu mundo parar. O percurso parecia demorado, mas durava apenas dez segundos. Dez segundos estes que pareceram uma eternidade.

De repente, uma luz forte invadiu o tubo de energia colorida e Jisung sentiu algo gelado na cara. Ah. Era o chão.

— Ai...

— Tem que manter o equilíbrio, senão você nunca vai cair em pé, gatinho.

A fala veio de Chenle.

— Isso foi uma cantada?

— O quê? – se fez de desentendido e recebeu um estreitar de olhos.

Ajudou Jisung a se levantar, e quando este se deu conta de onde estava, seu coração falhou uma batida.

Puta merda, que lindo. E nem estava falando de Chenle.

Uma sala imensa e toda decorada em ouro. Em seu centro, uma espécie de palco residia, e em cima dali, um homem alto e negro. Sua armadura também era de ouro, assim como sua espada que encaixava num suporte estranho.

— Senhor Chenle, seu pai sabe que está aqui?

Sua voz era grossa, parecia um guardião. Quer dizer, ele era. E seus olhos eram grandes e num tom alaranjado. Jisung pensou que fosse desmaiar.

— Meu pai? Er... Não.

— Não deveria trazer terráqueos. Lembro-me de quando Thor trouxe Jane e os elfos negros invadiram Asgard. A partir daí, Odin proibiu a entrada de outros seres sem que soubesse.

— Então quer dizer que você desobedeceu a lei quando me deixou entrar?

O guardião sorriu sem mostrar os dentes e Jisung o acompanhou. Que comparsa bom.

— Quem é Jane?

— Minha mãe...

— Então quer dizer que... A gente... A gente tá em Asgard?

— E só agora que tu foi perceber, meu filho? – debochou. – Jisung, esse aqui é o Heimdal, ele é o guardião da ponte do arco-íris. Ninguém entra ou sai sem que ele veja. Ele pode ver tudo, tem o conhecimento de... Quantas almas mesmo? Três trilhões? – tentou lembrar. – Enfim, é isso aí.

— Acho que eu vou desmaiar...

— Ah, não! Nem inventa! – se virou para o guardião. – Então, Heimdal... Você sabe que eu te amo, né...? Hihi...

O guardião estreitou os olhos.

— Fale logo o que quer.

Chenle sorriu.

— Queria que você procurasse por uma alminha que tá por aí, sabe? Assim, não que você seja obrigado e tals, sabe como é, e...

— Huang Renjun?

"Droga, não dá pra esconder nada dele!", pensou.

— Como conhece ele? – Jisung se aproximou. Estava maravilhado. Chenle rolou os olhos.

— Eu disse que ele sabia de tudo.

A atenção do guardião se voltou para frente. Ele parecia realmente ver algo.

— E então...?

Após alguns segundos, houve um suspiro.

— O que foi? Ele morreu?! Ele tá bem, né? Por favor, fala que tá!

— Ele está bem. Não posso revelar sua localização, é um segredo que apenas o próprio Huang pode contar. Ele está esperando o momento certo.

Meu Deus, e que lugar era aquele tão importante? Um puteiro?!

— Ele vai voltar logo?

— Isto eu não sei dizer. Só depende dele, Park Jisung.

Chenle soltou todo o ar de seus pulmões e andou de um lado para o outro.

— Okay, não foi uma boa ideia vir pra cá – foi até Jisung e segurou seu punho. – Leva a gente de volta.

— Espera aí, o qu...

Nem deu tempo de terminar, pois sua fala foi cortada pelo feixe de luz. A espada de Heimdal já estava em seu devido lugar. Um silêncio predominou o local por um tempo.

Na Terra, Jisung caiu de cara no chão, de novo.

— Ai...

— Você tem que aprender a manter o equilíbrio, idiota!

Jisung levantou com ajuda e resmungou enquanto limpava as roupas.

— Pra você é fácil falar...

Passaram a andar em direção a casa do mais novo.

— Por que levou a gente pra lá?

— Porque achei que o Heimdal pudesse ajudar, mas pelo visto ele adora um segredinho...

— Viu o que ele disse? E se seu avô resolvesse aparecer lá do nada?!

— Ele é velho e não sai do trono, então tô de boa.

— Você é...

De repente, Chenle travou. Pôs seu braço na frente do corpo de Jisung, impedindo que ele seguisse em frente.

— É... O que tá acontecendo?

— Shh!

Como pedido, calou-se. Chenle franziu as sobrancelhas e olhou para o céu. Parecia estar concentrado, ouvindo algo. Jisung olhou na mesma direção e pôde ver um pontinho em alta velocidade se aproximar cada vez mais, e de pontinho, virou um PUTA PONTO. UM PONTO EM NEGRITO TAMANHO 70.

Chenle arregalou os olhos e agiu rápido: estendeu o braço. Rapidamente, o famoso martelo apareceu e grudou em suas mãos. Jisung pôde vê-lo entrar em ação. Girou o martelo, puxou o mais novo para perto de si e mandou que ele se segurasse. Fez impulso e saltou.

— Como é que- pUTA QUE PARIU!

Saíram do chão.

"Meu. Deus. Eu tô voando. EU TÔ VOANDO. PAPAI DO CÉU, EU TÔ VOANDO."

E estava. Um estrondo foi escutado e ousou olhar para baixo, vendo que o "pontinho" havia caído bem em cima da sua casa. Quer dizer, do quarteirão. Chenle havia os salvo.

Não soube o que fazer. Se gritava por estar voando agarrado ao amor de sua vida; se chorava desesperadamente pela casa repleta de coisas e memórias 100% destruída; se desmaiava pelo nervosismo ou se intensificava o aperto para que não caísse.

— Droga... – suspirou. – Tá tudo bem?

Não houve resposta.

— Jisung, eu... – passou a descer lentamente, até encostar os pés no asfalto destruído. – Sinto muito...

O outro deixou-se levar pela emoção e caiu de joelhos. O pontinho era uma espécie de destroço, provavelmente vindo do espaço. Parecia um fragmento de meteoro.

— M-Minha... Casa...

Como estava cego pela tristeza, não percebeu uma terceira presença. Thor mantinha uma expressão séria.

— Eu já não mandei que não chamasse meu martelo enquanto eu estou trabalhando?!

— Se eu não tivesse pego, estaria em baixo desse troço aí!

A explicação saiu calma e simples.

— O que é isso? Mais aliens atacando a Terra ou... Sei lá...?

— Os elfos resolveram vir atrás de uma das jóias. E você deve ficar fora disso! – tomou o martelo.

— Mas pai!

— Nem vem com essa de "mas pai", não! Sua mãe está em Asgard e vou ter que tirá-la de lá, é capaz de invadirem também. Arr! Maldição!

Jisung escutava tudo sem entender, mas ele não se importava. Raios de jóias! O que uma pedra poderia fazer? SUA CASA FOI DESTRUÍDA! E OLÍVIA ESTAVA LÁ DENTRO!

— E pra onde é que a gente vai?

O deus do trovão pareceu pensar e deu a resposta com certa relutância.

— Vou ter que levar vocês pra casa do Stark, não conheço lugar mais seguro.

— A gente vai pro tio Tony?!

De repente, um sorriso invadiu a cara de Chenle. Caramba! Adorava aqueles móveis luxuosos.

— Pensei no Clint, mas ele já tem crianças demais. É, vamos pro tio Tony. E... Seu amigo deveria ir também.

Chenle agradeceu com um olhar. Foi até Jisung com o maior cuidado e abaixou ao seu lado.

— Jisung... A gente tem que ir. Vão atacar de novo, não podemos ficar aqui...

Falava baixinho e gentil.

— Mas a Olívia... E a minha mãe... Pra onde ela vai voltar?

— Depois desse desastre, ela vai ter que passar mais tempo ainda no hospital, muita gente vai chegar lá. E a Olívia... Bem, ela tá com o Heimdal.

Sussurrou a última parte, pois seu pai não poderia saber. A postura triste de Jisung mudou drasticamente para uma confusa.

— Como é que é?!

— Shh! Fala baixo! – pediu. – Quando a gente teleportou, ela acabou indo junto, agora tá com o Heimdal. Relaxa, sua gata tá bem.

Eles não sabiam, mas a gata estava no ombro dele, sendo gentilmente acariciada. Seria uma cena fofa se não fosse cômica.

Cinco segundos depois, Jisung voou em Chenle e lhe abraçou fortemente. O ruivinho salvou sua vida e a da sua gata, é mole?

— Obrigado, de verdade...

— Ok, agora me solta antes que meu pai te dê uma martelada.

— Já soltei!

Levantou as mãos em sinal de rendição.

— Já terminaram? É que assim, eu preciso muito levar vocês pro Tony antes que mais algum ataque surja...

Jisung travou ao cair a ficha. Ia pra casa do Tony Stark. Com o Thor.

— T-Tamo pronto...

Chenle e Jisung estavam se segurando no corpo definido do deus do trovão, e em pouco tempo, já estavam no ar.

Jisung pôde ver o azul do céu e as nuvens bem de pertinho, até mesmo os pássaros que migravam pela mudança de estação. O vento na cara era meio desesperador, mas talvez fosse questão de costume.

Muitos minutos depois, pôde perceber que Thor diminuiu a velocidade e passou a aterrissar. Do alto, viu a imensa casa que uma vez Tony revelou o endereço em rede nacional e daí o tal Mandarim atacou a residência e ela foi destruída, mas nada que dinheiro não consertasse. Ele não morava mais lá, só usava para emergências.

— Wow...

Pés no chão, tontura e enjôo. Nada fora do normal.

— Venham, vamos entrar.

O alto e loiro foi na frente, sendo seguido pelo filho e pelo fã. Antes mesmo de pisarem os pés na casa de luxo, já puderam ouvir duas vozes discutindo.

— Mas pai!

— Eu não quero saber! Se sua mãe souber que saiu comigo, vai me matar!

Jisung reconheceu as vozes. A segunda era carregada de ironia e graça, podia enxergar o cara fazendo as coisas enquanto falava. Antony Stak. Ai, caramba. E a primeira... Bem, franziu as sobrancelhas e adentrou a sala, já desconfiado. Meio que descobriu, mas precisou ver para ter certeza. A voz o encarou em espanto assim que pisou na sala.

— RENJUN?!

— JISUNG?!

Falaram ao mesmo tempo. Puta merda.

— O que você tá fazendo aqui?!

A pergunta veio do sumido. Jisung teria que esperar os adultos saírem para que pudesse surtar.

— O que VOCÊ tá fazendo aqui!

— Ah, ótimo, já se conhecem? Menos inimizade, mais amor, crianças. Chenle, não inventa de pegar o martelo do seu pai pelas próximas vinte e quatro horas e- Ah! Renjun, não tenta invadir minha sala de armaduras, porque se eu pegar, vai ficar sem a sua – sua voz era ouvida e ele já estava saindo da casa. – CAPITÃO! A GENTE JÁ TÁ INDO, ANDA LOGO! – voltou para dar o último recado. – Crianças, não saiam daqui, ou eu mando a Mark 43 ir atrás de vocês. Tem comida na geladeira e smart TV. ANDA LOGO, STEVE! AQUELES DUENDES VÃO DESTRUIR NOVA YORK!

— JÁ TÔ INDO!

Tony deu um sorrisinho e o Capitão América desceu as escadas. Estava usando seu uniforme. Meu Deus. As coisas estavam acontecendo tão rápido que não dava tempo de surtar.

— Chenle?

— Oi...

Fizeram um toque de mão e Steve olhou para Jisung. Poderia ter desmaiado ali mesmo. Sua fala saiu fininha e fraquinha, parecia uma bexiga perdendo o ar.

— C-Capitão...

— Boa tarde, meu jovem – sorriu e estendeu a mão, que foi apertada gentilmente. – Você é...?

— P-Park Jisung...

— Park Jisung. Legal. Toma conta desses dois aqui, a gente volta em poucas horas.

Ouviram um barulho parecido com o de um jato se aproximar e, na beira da montanha onde a casa foi construída, uma nave de tamanho mediano apareceu. Clint e Natasha estavam lá dentro. Um vento forte balançava os cabelos. O Capitão saiu pela janela e entrou na nave, que teve a porta aberta justamente para tal ato.

— E aí, Chenle! Renjun!

O Gavião Arqueiro cumprimentou seus sobrinhos, que responderam. Natasha também. Eles pareciam bem tranquilos para quem estava indo acabar com uma raça inteira de vilões.

— Juízo, cambada!

A armadura do Homem de Ferro começou a surgir rapidamente pela nanotecnologia e logo ele estava voando do lado de fora. O último a sair da casa foi Thor, que reforçou a frase "juízo!".

E depois de dez segundos absorvendo todas as informações que havia recebido em menos de dois minutos, virou-se para o melhor amigo, que estava sentado no sofá. Um olhar bastou.

— Olha só, eu posso explicar!


Notas Finais


i rapaz


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