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História O clã - Interespecies - O começo


Escrita por: DarkQueen16

Notas do Autor


Primeiro Capitulo postado do ano!
Feliz ano novo para vocês

Capítulo 16 - O começo


            TUDO ESTARIA PERFEITO, NÃO FOSSE o relacionamento de Emily com o lobo. Eu preocupava com ela, porque mesmo que humanos não fizessem parte da cadeia alimentar dos lobos, eles não podiam aprender a se controlar. Eu esperava o melhor momento para fazer aquele lobo sumir da vida dela, mas enquanto aquele momento não chegava, fui seguindo minha vida.

            Uma noite, voltei para casa de uma caçada rápida e bem-sucedida na floresta, tomei banho e vesti um pijama. Então tive uma ideia: por que não ir até a casa de Roger? Avisei Adam, pois mesmo que eu fosse a melhor caçadora do clã, ele preocupava-se comigo como se eu fosse uma humana, e fui de pijama mesmo.

            Cheguei por volta de uma da manhã, e claro, Roger e Reymond já haviam ido dormir. Reymond estava visivelmente adormecido, mas Roger estava ainda de olhos abertos, virado para a janela. Era de se esperar o susto que levou quando entrei.

            -Shhh ... - eu disse, sussurrando - calma, sou eu. Não enlouqueci, só vim ver você.

            -Que bom que veio! - Disse ele, levantando-se desajeitadamente. Por sorte Reymond dormia profundamente. Eu me aproximei, ele colocou a mão no meu rosto e ficou me olhando por um tempo, depois me beijou. Nossos beijos se encaixavam tão perfeitamente que parecia um sonho. O beijo começou devagar, mais intenso e foi aumentando a velocidade gradativamente, então subi na cama dele, ficando ajoelhada como ele estava. A mão dele deixou o meu rosto e foi para minhas costas, me puxando mais para perto, peguei com vontade em seus cabelos, os quais sempre adorei, e ele fez o mesmo. Depois ele tirou sua boca da minha, e começou a beijar minhas buchechas de um jeito sexy e foi descendo até chegar ao meu pescoço. Ninguém tinha beijado meu pescoço antes, por isso eu não sabia que ia perder os sentidos por um tempo. Meu corpo inteiro se arrepiou, e eu pensei que não lembrava que o frio poderia ser tão bom. Derrepente, desejei que a mão que estava nas minhas costas descesse mais um pouco, foi então que me dei conta e acordei.

            -Pare! - Eu disse, sussurrando em meio a um suspiro, derrepente ele também parecia "acordado". Distanciou-se e disse:

            -Desculpe eu nem sei...

            -Eu só acho que não seria legal se todos os jornais ontem tivessem na primeira página a manchete: "namorado é morto por namorada vampira" seria um desastre!

            -Desculpa - disse ele novamente, me abraçando com uma ternura inexpicável, parecia mesmo cheteado.

            -Isso acontece, não? Olha, - eu disse, me distanciando para poder olhar para ele - vim passar a noite com você... quer dizer ... ver você dormir, ficar com você enquanto dorme.

            -Que bom que veio!

            Roger se encolheu todo e deitou com a cabeça na minha barriga e logo adormeceu, para mim ele sempre seria aquele menininho. A noite correu tranquila, e Reymond não abriu os olhos uma vez se quer, era perigoso para mim ficar ali, mas valia a pena. Fui embora um pouco antes do dia amanhecer. Remanejei Roger e ele nem viu, tinha sono pesado.

            Quando chegamos à escola, falamos sobre a noite anterior.

            -Quando foi que você foi embora? - ele perguntou.

            -Um pouco antes de o sol nascer.

            -Levei o maior susto quando acordei e você não estava lá. Por que não me acordou?

            -Porque aí eu não iria embora a tempo.

            -Fiquei preocupado. Achei que você tinha desaparecido.

            -Por que eu faria isso?

            -Não sei, mas você pode se quiser.

            -Posso ,mas não farei. - Eu disse e o beijei.

                                                                ***

            Na hora do almoço, estávamos eu e Roger em nossa mesa, já que Emily estava com Theo, quando um ser louro e rebolativo apareceu: era Clarissa. E não vinha sozinha, trazia consigo um rapaz bem alto, que passava os 1,90 m de altura, tinha um topete feito com o cabelo castanho claro, e parecia tímido. Usava o moletom do uniforme e calça jeans. Clarissa chegou em nossa mesa e disse:

            -Oi gente. Esse é meu novo amigo Lucas. Lucas, essa é minha melhor amiga Cristtie e o namorado dela, Roger.

            -Oi novo-amigo-da-Clarissa-que-se-chama-Lucas - eu disse, fazendo uma piada para disfarçar meu semblante malicioso direcionado à Clarissa. Roger acenou com a cabeça e soltou um "e aí".

            Lucas e Clarissa sentaram-se com a gente, e acabou que ele era um garoto bem legal. Nada do tipo atlético e galã perfeito que Clarissa tanto gostava, mas de longe o melhor de todos. Era inteligente e engraçado, e fazia Clarissa rir muito. Era geek e gostava de filme de heróis, acabamos virando amigos naquele exato momento.

                                                        ***

            Depois de ficar muito tempo tentando pensar em algo para acabar com o romance de Emily e Theo, eu encontrei o momento perfeito. Emily estava falando dele e de como era misterioso quando eu disse:

            -Você não acha ele estranho?

            -Cristtie, para de implicância - disse ela levemente zangada.

            -Não é implicância ... bom, talvez seja esse o motivo da minha implicância. Para pra pensar: o que você sabe sobre ele? Sobre a família dele e ... de onde ele veio?

            Os únicos seres não-humanos-racionais que são bom com desculpas, são os vampiros do clã Hoff, pois vivemos na sociedade dos humanos. Os vampiros do clã Marth, não se misturam com os seres humanos. Os lobos, geralmente não se misturam, e quando se misturam isso acontece tão facilmente que não precisam usar desculpas. Eles têm uma tripo, que são como os clãs, só que um pouco menos elaboradas e civilizadas. Eles vivem a vida toda em aldeias e geralmente casam-se co membros da mesma tribo. Theo não devia estar ali. Não era o lugar dele. Eu sabia que Emily era diferente, ela é do tipo que faz perguntas, que se interessa em saber muito mais do que a maioria dos humanos. Ela é do tipo que tem uma imaginação fértil e que não duvidaria da existência de Lobisomens se tivesse provas o suficiente. Sabia que ele não teria como fugir e a deixaria se ela desconfiasse de algo. Eu sabia que ela gostava dele e que sofreria, mas ela merecia coisa bem melhor.

            Era um dia muito ensolarado, Roger havia faltado por conta de uma virose, Emily já havia ido embora, e eu não fazia ideia de onde Clarissa estava, quando o último sinal bateu. Todos os alunos saíam apressados e eu fui para o estacionamento, o sol vibrando intensamente. Antes de chegar ao meu carro, sinto alguém puxar meu braço com violência. Me voltei para trás e vi Theo, a surpresa me deixou completamente sem ação.

            -Precisamos conversar - disse, parecendo muito zangado.

Então ele me levou pelo braço até a sala de leitura, que era um lugar que estava sempre aberto, mas o qual ninguém nunca visitava. Haviam desenhos e sitações de livros famosos por toda parte, enfeites feitos manualmente, quatro mesas redondas com quatro cadeiras cada uma, pufes e almofadas espalhados por toda a parte em cima de um carpete. Théo me jogou com violência em cima de um pufe. Já recuperada da esposição ao sol, levantei-me e acertei o rosto de Théo com um soco e arranquei-lhe sangue do nariz.

            -Você me feriu! - Disse ele - o que você é?

            -Quem você pensa que é para me tratar dessa maneira, verme.

Ele se aproximou, tentando me intimidar.

            -Olha, eu não sei o que você é, mas fica longe da Emily.

            -Fica longe você! - O empurrei contra a parede e me transformei. O problema com lobos e vampiros quando se transformam é que só detectam inimigos, é como se entrássemos em modo de luta, foi por isso que não percebemos que alguém abria a porta enquanto Théo se transformava, ouvimos um grito e rapidamente voltamos ao normal, mas já era tarde demais. Emily caíra desmaiada.

            Enquanto Emily permanecia inconsiente no hospital, eu e Théo tivemos tempo de conversar.

            -Olhe o que você fez! - Ele sussurrou.

            -Olho o que você fez! - Sussurrei de volta.

            -Vocês dois querem  calar a boca! - Gritou Clarissa, que tinha controlado toda a situação. - Isso é hora de brigar? Os dois têm culpa, pronto! Por causa de vocês temos uma humana que sabe dos nossos segredos. É melhor vocês pararem de discutir, estou avisando. - Disse ela, voltando a sussurrar. Ela não podia fazer nada pelo menos contra mim, mas mesmo assim, baixamos a cabeça e nos calamos, como duas crianças que são repreendidas pela mãe.

            -Por que, você está hum ... estudando na escola dos humanos? - Perguntei à Théo, depois de um tempo.

            -Eu briguei com um de meus irmãos.

            -Por quê?

Ele deu uma risadinha - Não quero me gabar, mas sou o mais forte dos meus irmãos. Então alguém que eu pensava ser meu melhor amigo começou a infernizar minha vida, por inveja. Você sabe como os lobos são ... nós brigamos. O chefe nos deu um cermão enorme na frente de todo mundo foi vergonhoso e eu tenho meu orgulho, então fui embora. E você por que está na escola?

            -Você já deve ter ouvido falar do meu pai ... Adam Hoff.

            -Ele é seu pai?

            -Adotivo, mas é. Respondendo sua pergunta... é uma missão dada por ele, a qual nem eu sei muito bem do que se trata. - Eu disse, omitindo a parte que eu sabia que precisava proteger Roger.

            -Eu acredito, parece típico dele - ele então pegou a mão de Emily, ainda desacordada.

            -Você realmente gosta dela, não é?

            -É, sim. Eu não me envolveria com uma humana por diverssão, é perigoso. E você, gosta de verdade daquele humano?

            -Sabe ... parece que eu encontrei alguém. Alguém para andar ao meu lado pelo mundo, sabe. Alguém com A maiúsculo. - Fiz uma pausa. -Sabe, se fosse não fosse um lobo fedido eu até poderia gostar de você. - Ele sorriu.

            -E se você não fosse uma vampira metida, eu também até que poderia gostar de você.

            -Quer saber? Temos que nos aturar. Pela Emily, ela é uma grande amiga. Combinado? - Estendi a mão.

            -Combinado! - Disse ele, apertando minha mão. Foi quando Clarissa chegou, e disse:

            -Cristtie, o Roger tá aí.

            -Ah! Eu tenho que ir. Diga à Emily que estive aqui?

            -Digo sim. - Disse Théo, olhando para ela.

O que causara o desmaio em Emily, clinicamente foi uma queda de pressão. Pelo que sei, ela contou à todo mundo que havia caído e batido a cabeça com força, todos logo deduziram que a dor a fizera baixar demais a pressão arterial, já que Emily havia passado a manhã toda sem ingerir nenhum alimento.

                                                         ***

            Então foi assim que tudo começou. Eu percebi o que estava ocorrendo na manhã seguinte, durante o almoço. Eu, Roger, Emily e Theo estávamos almoçando juntos, quando a extravagância em pessoa, Clarissa, chega com seu sorriso perfeito com Lucas. Quando chega à mesa, ela dispara.

            -Gente, eu preciso contar uma coisa: eu e Lucas estamos juntos!

            -Ah ... é mesmo? - Disse eu, em tom de deboche. Dei uma risadinha e disse: - senta aí, Lucas. Não tenha medo estamos todos bem alimentados.

            -E tem mais uma coisa - voltou a dizer Clarissa - ele sabe de tudo.

Eu teria motivos para brigar com ela, mas por minha causa, outros dois humanos já sabiam do nosso segredo. E eu nunca tinha visto Clarissa tão radiante como naquele momento, e se ela havia contado, queria dizer que Lucas era realmente muito importante para ela.

            Foi quando percebi: naquela mesa haviam três casais, duas vampiras com dois humanos e um lobo e uma humana. Nada, nunca mais, seria da mesma maneira.

               



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