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História O Clã Northson - MIKAELA - Gênova


Escrita por: bslorenco

Capítulo 15 - Gênova


Fanfic / Fanfiction O Clã Northson - MIKAELA - Gênova

#Christopher#
Já estava incomodado enquanto descia do carro, não pela viagem longa, por Gênova estar beirando os 13°C, nem mesmo pela gravata com broche que o fazia parecer o conde drácula moderno. Ele simplesmente não queria ir aquela festa, porém por ter prometido estar lá não havia nada que pudesse fazer.

_ Vai ser divertido, relaxe._ disse Luccia ao seu lado. O anfitrião era um conhecido do Antônio e da filha e estava interessado em contratar a Vecchio Security, mas Antônio não se sentia bem então Christopher havia se oferecido para acompanhar a menina.

_ Me desculpe, eu prometo ser uma boa companhia Luccia._ disse solenemente.

Caminharam pela escadaria iluminada, o sol já havia desaparecido a alguns minutos quando passaram pela porta de entrada e mais convidados enchiam o grande salão de arquitetura barroca, não pode deixar de se sentir inferior, era tudo grandioso demais. Sua mente divagou por alguns instantes, foi direto pra ela, sua Mikaela. Pensava menos nos últimos meses, mas nunca houve um dia em que ela não povoasse suas memórias e sonhos. Faltava pouco tempo agora, temia não ter honrado o sacrifício dela nesse tempo. Já haviam se passado 3 anos e meio e Chris não havia feito muito além de ganhar massa muscular e passar todo tempo possível trabalhando. As mãos estavam com mais calos agora, o cabelo na altura dos ombros arrumados de forma despretensiosa. Nada parecido com o homem que fora antes de Mikaela. Não que houvesse forma de seguir vivendo sem ela, para ele não havia.

_ Me perdoe._ disse ele ao esbarrar em um sujeito. Sentiu aversão imediatamente ao vê-lo se virar, os olhos do homem eram escuros e sem vida, nem pareciam ter alma, nenhum dos vampiros Northson tinha olhos como aqueles. O homem assentiu breve e continuou andando sem dizer nada.

_ Aquele foi o Nathan. Ninguém sabe muito sobre ele mas há rumores de que é perigoso._ Luccia disse segurando seu braço.

_ Não me surpreende._ disse se virando para alcançar um copo de whisky na bandeja de um garçom que passava apressado.

Não poderia dizer ao certo se foi o som familiar que chamou sua atenção mas ao se virar  reconheceu de imediato os olhos castanhos claros que o encararam assustados, não havia como se enganar perante aquele olhar, era ela.
Estava tão surpresa quando ele, mas a preocupação que se formou no rosto da vampira era clara, era uma péssima hora pra um reencontro.
Christopher sentiu a respiração falhar por alguns instantes e tentou caminhar até lá. Reconheceu James ao lado dela, a situação toda subitamente pareceu estranha, a tensão no semblante dos dois era óbvia, estavam trabalhando. Toda a atmosfera mudou e antes que ele pudesse alcança-la Philip apareceu entre os convidados caminhando em sua direção e o abordou animadamente.

_ Meu amigo, que ótimo ver você aqui, eu não sabia que viria._disse o vampiro alto o suficiente pras pessoas ao redor ouvirem sobre o som da música clássica._ Entendo sua situação mas não pode comprometer o disfarce, todos aqui estariam em perigo se fizesse._ disse baixo.

_ Eu percebi, é só que... droga Philip, eu preciso dela.

_ Espere. Não tente se aproximar, nem mesmo olhe diretamente pra ela._ disse ele._ Ou melhor, pegue a menina que estava com você e vá embora.

_ Não. Eu não vou me afastar dela uma segunda vez._ disse com firmeza. Não sabia o que poderia acontecer ao certo, mas precisava ficar._ Não vou interferir, tem minha palavra.

_ Certo. Mika vai surtar se eu não avisar você, fique atento, talvez as coisas se compliquem, nesse caso saia imediatamente._ disse o vampiro saindo logo depois. Tudo parecia turvo ao redor de Christopher, como estar preso a um sonho. Foi tirado dos pensamentos pela voz de Luccia.

_ Está tudo bem? Quem era aquele homem?_ perguntou ela arrumando o lenço da lapela.

_ Um amigo. Já cumprimentou todos que pretendia?

_ Já sim. Vamos ficar só mais um pouco e aí pode voltar a ficar sozinho como gosta Chris._ disse ela em provocação.

Assentiu em concordância, mesmo duvidando da possibilidade de ficar sozinho depois daquele dia.
Tentou se conter o máximo quanto pode mesmo olhando pra ela vez ou outra, o vestido preto fazendo cada curva parecer ainda mais convidativa, o batom vermelho lhe fazendo lembrar de cada vez que ela distribuiu beijos no seu corpo deixando uma trilha. Chris pensou ser óbvio pra um cego que sentia falta de tudo que vinha com ela, mas a sensação que ele tinha no peito agora era nova, não conseguiria passar mais um mísero dia sem a mulher que o fazia sentir-se o homem mais sortudo que já existiu.
Algumas horas passaram entre o tilintar das taças de bebidas caras e conversas tediosas, todas aquelas pessoas superficiais destilando veneno umas sobre as outras, sussurros e o trio de vampiros misturados entre as pessoas no grande salão. Christopher estava impaciente quando de canto viu o vulto do vestido preto passar por ele acompanhado do sussurro quase inaudível, mesmo não tendo super sentidos entendeu e a seguiu de longe pelas escadas do lugar.

_ Ainda é cedo, anjo._ disse ela ao vê-lo entrar pela porta daquele cômodo alheio, só então percebeu o quando precisava ouvir aquela voz novamente.

_ Eu diria que o tempo nunca passou tão devagar como nos últimos 3 anos.

Observou quieto ela se aproximar com cautela, nem um fio de cabelo diferente das lembranças que Chris tão solenemente guardava, mas não significava que ela seria a mesma pessoa. Envolveu seu rosto entre as mãos e depositou um beijo terno nos lábios cerrados do italiano, viu o temor evidente nos olhos dela pouco antes de sentir o metal frio em contato com seu rosto. Segurou suas mãos para olhar, lá estava, o anel que lhe dera no campo de flores, sentiu o coração esquentar pela lembrança.

_ Me desculpe, eu precisava de um pra esse trabalho e não tenho nenhum outro.

_ Não se desculpe pequena. Eu gostei de você usando-o, e ainda pretendo me casar com você._ disse antes de puxa-lá para entre os seus braços e esmagar os lábios juntos.

_ Senti sua falta._ ela sussurrou depois de separarem os lábios.

_ Três anos e meio é tempo demais longe de você.
Christopher não tinha parado pra reparar no cômodo que estavam, nem poderia mas se forçou a fazê-lo quando a vontade de toma-la ficou forte demais. A cama grande com dossel chamou sua atenção mas estava com pressa, beirando o desespero.

_ Eu preciso de você agora. Por favor não me negue._ disse a ela. Sabia do risco para a missão mas não importava, estava com ela finalmente.

_ Há muito tempo deixe claro que sou sua._ ela disse levando as mãos até o peito do italiano e empurrando até perto da poltrona, o quarto estava quase na penumbra mas ele podia ver claramente cada curva dela, olhava atento o momento em que ela puxou o zíper lateral do vestindo e deixou que o tecido deslizasse pelo corpo. A imagem o fez tremer, não pela lingerie que ela usava ou pela tatuagem nova nas costelas, mas a arma presa na liga que ela usava foi o que chamou a atenção dele.

_ Desculpe._ disse tirando a arma e colocando em cima do criado mudo. Depois voltou até ele que já tirara o paletó e se desfazia do cinto.

_ Está mais linda do que nunca. É nova. Algum significado bella?_ disse passando as pontas dos dedos nos traços finos da tatuagem.

_ Tem sim. Você._ ele não entendera a princípio o porque. A tatuagem era um sol  desaparecendo na água._ O dia em que nos conhecemos.

Sorriu quando se deu conta. Era o pôr do sol no rio, no dia em que sua vida mudara pra sempre.
Por mais bonito que fosse o gesto não foi ternura que tomou Christopher, foi luxúria e Mikaela também sentiu, também foi engolida por ela.
Sentiu as mãos dela o empurrando com mais violência até cair sentado na poltrona, os olhos dela tinham algo, algo que ele também sentia, necessidade crua.
Observou fascinado ela subir no seu colo e se encaixar nele, molhada, pronta.

_ Sem riscos, sem vida._ sussurrou ela antes afastar a calcinha de renda fina e sentar fazendo com que todo seu comprimento desaparecesse na sua entrada apertada. Gemeram em uníssono, Christopher sentiu o corpo queimar, como muitas vezes já queimara, mas era diferente, mais intenso.
Segurou na cintura nua da mulher com quem sonhara por tanto tempo, era real agora, abandonou todas os pensamentos e a puxou contra si com força. Os corpos batendo um contra o outro, os gemidos dela que naquele momento já não poderiam ser contidos, os olhos selvagens que ela falhava em manter abertos, a sensação dos musculos apertando-o, fizeram Christopher se perder em lascívia. Tomou-a no colo e se levantou. Notou o olhar que ela lançou pela perda.

_ Eu quero tudo._ sussurrou ela quando o italiano levou-a para a cama e a deitou ficando entre as coxas dela.

_ Sim senhora._ disse sorrindo e se afundando novamente. Nem mesmo houvera tempo para preliminares, ela já estava pronta, seu corpo ainda respondia a ele, ainda era a sua mulher.
Ficaram ali, conectados, sentia o corpo dela tremer com cada investida, as pernas da sua vampira entrelaçadas nas suas costas também o deiraxam beirando o orgasmo, mas não o faria antes dela, nunca antes dela.

_ Ainda tão receptiva._ disse a ela.

_ Eu te amo._ indagou entre os gemidos  ofegantes._ Por favor, eu preciso, eu…

_ Você pode gozar, pequena. Eu quero sentir você se apertando, os espasmos, seus gritos. Me dê tudo._ falou.

Foi como acender o pavio de um explosivo, alguns instantes depois ela se contorceu e puxou-o para si arranhando suas costas, o orgasmo rasgando através dela, Christopher não pode evitar e a acompanhou na explosão de prazer, se derramando dentro dela. Sentiu dor subitamente, e outra onda de prazer o atravessou, a sensação dos ossos derretendo, incrível e inacreditável.  Levantando o tronco entendeu o ocorrido, havia sangue nos lábios inchados da vampira, o seu sangue. Os olhos dela agora vermelhos, o sorriso com caninos pontudos tirando qualquer dúvida que poderia existir. Virou os corpos ainda juntos, ainda enterrado nela assistiu com fascínio ela alcançar algo na mesa e fazer um pequeno corte no pulso, o líquido se derramou pelo braço.

_ Beba._ disse a mulher, Christopher não sabia o porque mas obedeceu, sorveu o líquido com cautela, o gosto encheu seu paladar e subitamente sentiu a necessidade de ter mais.

_ Devagar anjo._ disse ela num gemido voltando a enterrar os dentes no pescoço do italiano. Remexeu os quadris ao mesmo tempo, sentiu outro orgasmo se construir rápido condizendo com o dela. Gozaram juntos.


🌹

Christopher encarou a bela mulher que o encarava, os seios pressionados contra seu peito, sentia o calor que fluia dela, agradeceu silenciosamente, três anos sem tocar aquele corpo, sem ter a sensação que tanto amava.

_ Posso estar errado mas a troca de sangue não forma uma união? _ perguntou a ela alguns minutos depois, ainda deitados com ela sobre o seu peito.

_ Não está errado. Eu peço perdão. Eu não sei o que deu em mim._ disse o encarando, pesar nos olhos agora de volta ao castanho._ Está doendo?

_ Não peça perdão. Foi incrível. E não, não está doendo bella._ disse ele ao se levantar, realmente não estava, o sangue que tomara de Mikaela estava fazendo sua parte, a ferida estava curando._ Estamos casados?_ perguntou se súbito.

_ Tecnicamente, mas pra ser "oficial" você teria que estar transformado._ disse se levantando e colocando de volta o vestido._ Eu sujei sua roupa._ disse sorrindo. Mas sua expressão mudou repentinamente._ Está queimando._ levou a mão o ventre._Chris tem alguma coisa errada._ falou com os olhos assustados antes de gritar. Christopher levantou rápido e a segurou no colo antes que caísse.

_ Fique calma. Eu estou aqui. Vou chamar ajuda._ disse beijando a testa da vampira. Sabia que não podia ser normal, nunca a vira dizer que sentia dor antes.

_ Espere. Fique aqui. Já vai passar. Por favor._ disse com os olhos marejados.

_ Mas …

_ Por favor.

_ Tudo bem._ disse ele sentando com ela no colo, ficaram ali alguns minutos. Até Mikaela se acalmar e prometer que estava bem.

_ Tem certeza?! Vamos embora, eu estou num hotel na cidade, você pode ficar comigo._ ofereceu o italiano, não queria, nem podia se afastar dela, não depois do que acabara de acontecer, a necessidade de protegê-la era tão latente que sentia queimar na pele.

Antes que pudesse responder Mikaela ficou tensa, se levantou e correu pra pegar a arma, Christopher mal pode ver o que aconteceu antes de ter o corpo da vampira contra ele e sentir o impacto de algo se chocando contra ela. 


....continua....


Notas Finais


15/20


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