História O clã perdido - Capítulo 19- País das ondas, espere por mim.

-Aqui, quando tivermos esse tamanho, a gente vê, ok? Bem, pelo menos quando eu atingir essa altura, porque eu não sei se você chega lá não, baixinha.

Sério isso? Eu sou só 5 cm mais baixa que ele! Ele não está em posição de falar esse tipo de coisa, mas mesmo um tanto quanto P da vida por dentro, entendo que é uma piada e o baixinha, olhando por outro lado, esse apelido carinhoso já tinha até outro significado para nós dois, eu sendo a baixinha representa que ele é muito preocupado em me proteger e cuidar de mim, e ele sendo o poste significa que eu cuido da sua parte emocional, ou como ele as vezes falava, sua energia.

Aceno com a cabeça indicando minha concordância com a proposta.

É, eu consigo esperar mais um pouco.

Ákyra on

Depois dessas muitas confusões mentais, se passaram algumas semanas, sem nada muito importante acontecer, me vestia apropriadamente para o frio que tinha chegado na região, ponho uma calça legging preta, sapatilhas ninja preta e uma camiseta branca simples e soltinha coberta por um moletom branco de gola polo com mangas cinza claras.

Ponho um pouco de chocolate quente (que tinha virado uma bebida recorrente na minha vida desde que o frio chegou) e ponho em uma garrafa térmica, a pondo em minha mochila, saindo de casa (de mansinho, pra não atrapalhar o sono de beleza do Kai, que dormia ao lado da porta) e indo para um campo de treinamento treinar com o Jean, havia combinado de treinar com ele hoje, em troca, lhe daria um pouco do meu famoso chocolate. Ao chegar lá, retiro meu moletom e começo a me aquecer com alguns treinamentos simples, até que eu decido tentar subir em árvores usando chacra nos pés, como o meu irmão faz repetidas vezes.

Quando eu estava pegando o embalo da coisa, correndo passando da metade da árvore, sou interrompida por uma águia louca me atingindo em alta velocidade, me fazendo cair dura de costas no chão, não tenho nem tempo de sentir dor, porque eu tava fula da vida com aquela porra de ave.

-Karmi! É bom que seja algo tipo, muito importante, porque eu já estou esperando o J á meia hora e você ainda me acerta e me faz cair de uma árvore bem alta!- me levanto, vou até ela e pego um pergaminho amarrado em suas costas. Como eu sabia o nome do bicho? Simples, era a águia mensageira da bixa louca meio ninja mais maravilhosa do mundo, vulgo Jean.

“Oi migs, turu bom? Então né? Mandei a Karmi porque eu estou gripado para um excelentíssimo senhor caralho e é! Não vou poder ir treinar! Só isso beijoos! <3”

Filho da... pera, não vou xingar a mãe dele, isso é feio, decido continuar treinando, já que o dia mal havia começado. Treino por mais algumas horas e consigo finalmente, graças ao bom senhor ao topo da árvore, desço e tomo rumo de volta pra casa, sentindo minhas costas (e corpo) doerem de tanto cair daquela merda, quando estou chegando em casa, vejo o Sas, se arrumando para sair.

-Eai gatinho? Aonde vai?- digo divertida rindo.

-O meu time recebeu uma missão de escolta pra fora da vila.

-Sério? Posso ir junto? Meu time deu um dia de folga!- profiro com os olhos brilhando.

-Bem... é que a missão pode ser perigosa e...- ele para ao perceber que se ele terminasse aquela frase, quem estaria em perigo seria ele, o mesmo suspira derrotado -tá bem, vamos falar com o Hokage.

-Isso! Deixa só eu tomar um banho rápido e trocar de roupa, e se você sequer pensar em ir sem mim, você vai ver o que eu vou fazer!- após deixar o recado dado, corro, e digo, CORRO para tomar a chuveirada mais rápida da minha vida, visto a mesma roupa de hoje de manhã, apenas trocando o moletom por um moletom todo preto com capuz, pego minha mochila e saio.

-Caramba, já foi?- Sas perguntou descrente.

-Já, vambora!

Vamos até o prédio do fogo avisar o Hokage sobre a minha ida na missão junto com o time 7, isso ai, avisar, porque eu iria nem que pra isso tivesse que ameaçar ele com uma kunai, isso não é crime, é? Mas o vovozinho deixou bem de boa, como eu amo esse cara! Eu estava muito ansiosa para ir nessa missão por três motivos:

1°- Eu estou precisando de um pouquinho de ação, porque essas missões fajutas que eu tô pegando já estão ficando difíceis de aturar.

2°- Uma missão mais complexa de nível C como essa deve render uma graninha razoável.

3°- Eu posso ficar de olho no Sas e ver como ele age em equipe (não, isso não é stalkear)

Fomos diretamente para o portão de entrada da aldeia, onde deveríamos esperar o sensei chegar com o nosso cliente, que o Sasu havia descrito carinhosamente como um velho bêbado e chato, ele também me informou que tomaríamos rumo em direção ao país das ondas, que não era muito longe, já havia lido sobre o lugar e a situação deprimente no qual se encontra, pois o lugar, em poucas palavras, poderia ser descrito como um país não ninja pobre, entregue de bandeja aos bandidos e comerciantes, que viam uma fonte de renda muito plausível no local, e era isso que me preocupava sobre a missão, bandidos e ladrões comuns são muito fáceis de se “mandar passear”, mas comerciantes ricos podem ter a sua disposição assassinos profissionais e ninjas de alto nível, sem falar que a história desse tal “Tasuna” estava muito mal contada, mas Sasuke me assegurou que não haveria perigo algum, já que era uma missão de nível ainda considerado baixo.

Ficamos esperando por um bom tempo, e não é preciso dizer que eu fui um elemento surpresa para os outros membros da equipe, Naruto ficou muito feliz, mas eu ri muito foi do quase surto que ele deu quando estávamos saindo da vila, dizendo estar muito animado, pois ele (assim como todos os outros membros da equipe que são gennins) nunca tinha saído da aldeia, depois de mais algumas tretas, envolvendo o loiro escandaloso favorito do povo querendo matar o cliente, o que é o exato oposto do que deveríamos fazer, tomamos a nossa caminhada rumo a missão.

País das ondas, espere por mim.