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História O contrato - Coisas que odeio em você


Escrita por: _Wisteria_

Notas do Autor


Ohayo!
Chegamos ao final da shortfic!
Obrigada aos 104 favoritos! Foi mais do que eu esperava! kkkkk
Aos que comentaram, valeu pelo feedback! Me diverti muito teorizando com vocês!
Bem, eis o capítulo final!

Capítulo 11 - Coisas que odeio em você


No dia seguinte após o baile, tudo o que Shinobu queria era esquecer o que havia acontecido. O celular não parava de vibrar. Shinobu olhou para a tela e viu o nome de Giyuu Tomioka na tela. Ela se enfureceu e jogou o celular pela janela. De repente, ela ouviu um grito.

— Aaaaii! Que isso?! 

Shinobu olhou pela janela e viu Nezuko no andar de baixo.

— Amiga, me desculpa!

Shinobu correu até o andar de baixo e abriu a porta. Nezuko alisava a cabeça e segurava o celular dela nas mãos.

—Que ideia maluca foi essa, Shinobu?! —  disse Nezuko.

—Desculpa, amiga… Eu só queria me livrar das ligações desse idiota… — ela disse.

— Quase me matando!? Que ideia! Bem, eu quero saber como você está.

— Acabada, porém um dia passa… — Shinobu afirmou.

— Bem, amiga, eu tenho algo para confessar… — Nezuko se aproximou dela.

— O que você fez, Nezuko?! — Shinobu cruzou os braços e a encarou.

— É que eu meio que ajudei o Tanjiro a descobrir coisas sobre você… —  confessou Nezuko.

— Ah, não! Não você! — disse Shinobu.

Nezuko ajoelhou no chão e agarrou as pernas de Shinobu. 

—Me perdoa, amiga! Eu não queria que tivessem te magoado assim, mas eu precisava passar na disciplina!  — disse Nezuko, que começou a chorar.

—Aff! Que deprimente! Vai me dever essa, está ouvindo? Vai levanta daí, coisinha. — ela puxou Nezuko e a amiga a abraçou.

— Buáaa! Sinto muito amiga! — disse Nezuko.

— Tá, tá… Eu vou sobreviver… — disse Shinobu.

Nezuko limpou as lágrimas e sentou na cama com Shinobu.

— E o que pretende fazer agora? — perguntou Nezuko, enquanto secava as lágrimas.

— Só temos a final do campeonato e tudo se encerra. Eu não contei a ninguém, mas eu passei em três universidades. Irei escolher a mais longe e irei embora daqui. — disse Shinobu.

O celular dela começou a vibrar de novo. Shinobu apenas ignorou a chamada e o desligou.

— Ele te liga desde que horas? — perguntou Nezuko.

— Desde que estapeei ele no baile! Aquele cínico! Agrrr! Maldita hora que o deixei se aproximar de mim! — os olhos de Shinobu se encheram de lágrimas.

— Você estava mesmo gostando dele, não é, Shinobu? — disse Nezuko.

— Eu não quero mais falar disso… — disse Shinobu, que começou a chorar.

— Com licença… — disse Kanae, que entrou. — Eu vim verificar como você está, pois papai e eu estamos preocupados…  — disse Kanae.

— Vou sobreviver… — disse Shinobu.

—Bem, eu comprei sorvete, baixei uns filmes…. Vou ficar ao seu lado hoje até você se sentir melhor! — disse Kanae.

— Obrigada, Kanae — disse Shinobu.

As três foram até o sofá da sala e fizeram várias rodadas de sorvete para que Shinobu afogasse as mágoas. Já no outro lado da cidade, era Rengoku que fazia o papel de amigo.

— Desculpa, cara! Eu deveria imaginar que essa história de contrato iria te trazer problemas… — disse Rengoku.

— Eu que sou um merda! Eu deveria ter feito da maneira certa... —  disse Giyuu. 

— Como assim? — perguntou Rengoku.

— Eu só aceitei isso para criar coragem de chegar na Shinobu! Eu sempre fui apaixonado por ela, desde que cheguei na escola, mas em meio a tantos boatos, imaginei que ela não ia me querer e eu tomei coragem depois dessa ideia idiota de você! Precisava de uma desculpa… — disse Giyuu.

— Eita… E como vai resolver tudo isso? — perguntou Rengoku.

— Vou tentar falar com ela hoje à noite, se ela não me matar antes… — disse Giyuu.

— Boa sorte, então… — disse Rengoku.

À noite, Giyuu foi até a casa de Shinobu. Ele tocou na campainha, mas foi o senhor Kochou que abriu a porta.

— O que quer? Veio destruir o resto? — ele disse.

— Boa noite, senhor. Eu só queria dar uma palavrinha com a Shinobu. Não adianta dizer que ela não está, pois sei que ela deve estar em casa… — disse Giyuu.

— Pode deixar, pai… — disse Shinobu, que desceu as escadas em direção a eles.

— Tudo bem, querida. Estou de olho em você, moleque! — disse sr. Kochou que mirou nos olhos e depois mirou para Giyuu. 

Shinobu saiu da casa e fechou a porta.

—Shinobu, eu… — Giyuu tentou dizer, porém ela levantou a mão e o interrompeu.

— Não aqui, vamos até o parquinho… — ela disse. 

Ao lado da casa dela, havia um parquinho com brinquedos infantis. Shinobu sentou em um dos balanços e Giyuu sentou ao seu lado.

— Shinobu, eu… — Giyuu tentou falar de novo, no entanto ela levantou o indicador.

— Não vim na intenção de lhe ouvir. Vim para obrigar você a me escutar… — ela disse, pegou uma folha de papel do bolso e limpou a garganta . — Eu tinha coisas a dizer que não podia esquecer e anotei. Peço que não me interrompa. 

— Mas… — Shinobu abriu a mão e colocou na frente do rosto dele.

—Caham… Caro senhor Tomioka, ou melhor, caro senhor mentiroso de uma figa. Tudo bem? Para você, deve estar ótimo, pois está com os bolsos cheios de dinheiro sujo, que conseguiu enganando uma idiota. Primeiramente, parabéns! Você conseguiu algo inédito! E eu achava que eu nunca iria ser enganada. Você me surpreendeu. Agora eu sei os motivos das pessoas ficarem longe de você: você é desprezível. Bem, eu poderia me prolongar, mas irei dar dez motivos porque quero que você vá para o inferno. Um: você me enganou com seu olhar. A ternura que eu via era apenas chacota. Dois: seu abraço acolhedor era apenas uma armadilha sorrateira. Três: sua voz encantadora era apenas como uma flauta hipnotizadora para trouxas. Quatro: sua companhia tão agradável era forçada. Cinco: suas intenções nobres, eram falsas. Seis: seu apoio…  

Shinobu começou a travar um pouco, com os olhos cheios de lágrimas. Tomioka só ouvia tudo em silêncio, envergonhado. Shinobu respirou fundo.

— Seis: seu apoio que era tudo para mim, virou algo podre. Sete… sua presença… que era tão especial para mim… eu não a quero mais…. Oito: seu carinho… agora é como o toque de espinhos… Nove… seu beijo… que era tudo o que mais gostava, passou a ter gosto de traição… e dez… — Shinobu começou a chorar.

—Shinobu… — Giyuu tentou tocar no ombro dela, mas ela desviou.

— E dez: o amor que eu senti por você, você o desprezou… — Shinobu chorou bem alto e Giyuu sentiu seu coração partir. — E o pior, que eu queria te odiar, entretanto esse coração idiota só me faz pensar em você! E por isso, eu te odeio ainda mais! — Shinobu levantou do balanço.

— Shinobu, me perdoa por favor! Eu fui um idiota! Mas eu sempre amei você! Eu só sou um imbecil imprudente que não teve a coragem de se declarar antes! — disse Giyuu.

— Guarde essas desculpas esfarrapadas para você mesmo… — disse Shinobu. Ela entregou o papel nas mãos dele e ia se afastar, porém Giyuu a segurou pelo punho.

— Eu vou te provar! Eu vou te mostrar o quanto eu te amo! Nem que eu me exponha, nem que eu seja ridículo, eu vou mostrar! -—disse Giyuu.

— Hahahaha. Conta outra, Tomioka! Ah, eu passei em uma universidade bem longe! Acho que não nos veremos mais! Então, isso é um adeus! — disse Shinobu, que o deixou sozinho no balanço.

Uma semana se passou desde o evento do baile. Com o fim das aulas, a equipe de Shinobu treinou intensamente durante a semana. Giyuu sempre estava lá para assistir, todavia suas tentativas de interagir com Shinobu eram ignoradas. Nezuko tentava ajudar os dois, porém nada dava certo. Ela sabia que Shinobu amava Giyuu e que ele não havia aceitado o resto do dinheiro. Ela o chamou em um canto, sem Shinobu notar e eles bolaram um plano de reconquista-la.

- Dia da grande final -

A escola toda estava presente para ver a final do campeonato feminino, já que todos tinham se decepcionado com a derrota do futebol americano masculino. Sanemi estava com um óculos escuros, tentando se camuflar em meio a multidão.

— Ei, Sanemi, acha mesmo que não vão nos reconhecer!? — perguntou Uzui, com suas três namoradas ao redor.

— Só não quero que me encham! Me gabei tanto que ia ganhar, que nem sei onde enfiar a cara… — disse Sanemi.

— Acha que as garotas vão ganhar? — perguntou Uzui.

— Quero que vão para o inferno. — disse Sanemi.

— Oi, meu lindo! — disse uma garota.

— Daki, gata, compra cerveja? — perguntou Sanemi.

— Claro, lindo! — disse Daki.

— Pelo menos, não terminou sozinho! Hehehehe. -— disse Uzui.

— É, deu pro gasto… — disse Sanemi.

Antes de entrar no campo, Shinobu reuniu o time para uma última frase motivacional.

— Bem, meninas, treinamos bastante. Nos esforçamos. Vamos conseguir! Dêem o seu melhor e joguem com raça como sempre! Juntem as mãos! — gritou Shinobu. As garotas obedeceram e ela gritou. — 3,2,1… A vitória...!

— É nossa! — gritaram as meninas.

Enquanto entrou no campo, Shinobu olhou para a arquibancada. Ela viu Inosuke e Aoi, viu Nezuko gritando com o Zenitsu que trouxe um isopor, viu Kanae com as líderes de torcida, entretanto não viu Giyuu. Ao mesmo tempo que se sentiu aliviada, ela também ficou triste. No fundo, ela queria que ele estivesse lá e torcesse por ela. A partida começou e a torcida estava empolgada. Enquanto Mitsuri pulava, alguns rapazes babavam por ela. Obanai deu chega para lá neles e cruzou os braços, enciumado. Mitsuri mandou um beijo para ele e ele se derreteu todo. Rengoku acenava para Kanae que alegrava a torcida. Tanjiro chegou acompanhado de Kanao e sentou ao lado dele.

— Atrasamos, mas chegamos! — disse Tanjiro.

— Opa! Está tudo pronto para o esquema? — perguntou Rengoku.

— Sim! Vamos torcer para que isso dê certo! 

Dentro do campo, a partida estava complicada. O outro time era muito bom e Shinobu começou a perder a confiança.

—Vamos, Shinobu, nós precisamos de você! — gritou Nezuko.

—Estou tentando! — gritou Shinobu.

O outro time começou a ganhar força e Shinobu começou a perder as esperanças. No fim, as emoções a estavam desestabilizando. Ela queria muito vencer, porém tinha que admitir que sentia muita falta de Giyuu naquele momento. Tudo aquilo mudaria em instantes. O som de um piano começou a ecoar pelo campo. Todos começaram a olhar para o lado, curiosos. O som começou a ficar mais alto e ouviu-se uma voz dizer:

— Shinobu Kocho, essa é para você.

Shinobu parou de jogar na hora e arregalou os olhos. De repente, ela ouviu alguém cantar.

“Making my way downtown, walking fast, faces passed and I'm homebound… Staring blankly ahead, just making my way, making my way, through the crowd…”

Shinobu olhou para a arquibancada e haviam várias pessoas segurando setas, que apontavam para a direita. Quando ela virou o rosto, ela viu Giyuu sair do meio da multidão, segurando um microfone e uma fita de ginástica rítmica. Shinobu ficou incrédula. As jogadoras do outro time pararam e o juiz interrompeu a partida.

— Só faltava essa! — disse Muzan, enfurecido.

“And I need you. And I miss you. And now I wonder…”

Giyuu apontou o dedo para Shinobu e começou a girar a fita no ar, enquanto cantava. Ele começou a rodar a fita rosada, enquanto o pessoal da arquibancada levantava plaquinhas com corações. Shinobu levou a mão até a boca, sem saber como reagir.

“If I could fall into the sky… Do you think time would pass me by? 'Cause you know I'd walk a thousand miles. If I could just see you. Tonight”

Giyuu começou a fazer como se estivesse voando e começou a descer as escadas devagar. Muzan começou a se irritar e decidiu ir até ele.

— Giyuu Tomioka, largue esse microfone! — gritou Muzan, que foi até o garoto, entretanto, Tomioka começou a correr dele, enquanto continuava a cantar.

Algumas pessoas apareceram  com balões em formato de coração e formaram um G e um S. Shinobu ficou emocionada e Tanjiro correu até o campo e entregou um presente para ela. Quando Shinobu abriu, era uma presilha com o formato de uma borboleta, como ela costumava usar.

“And I, I, don't want to let you know. I, I, drown in your memory. I, I, don't want to let this go. I, I, don't.”

Muzan escorregou na perseguição, Giyuu o enrolou com a fita de ginástica e começou a descer pela arquibancada por um corredor de corações. Ele foi até a beira do campo, se aproximando de Shinobu.

“Making my way downtown. Walking fast. Faces passed and I'm home bound. Staring blankly ahead. Just making my way. Making my way. Through the crowd.”

As líderes de torcida correram até o campo, rodearam Shinobu e começaram a sacudir os pompons, Shinobu olhou para Kanae, que sorria, empolgada. Shinobu sentiu o coração acelerar quando Giyuu se aproximou e cantou um último trecho.

“If I could fall into the sky. Do you think time would pass me by. 'Cause you know I'd walk a thousand miles if I could just see you. If I could just hold you. Tonight.”

— Eu te amo, Shinobu, de todo coração. — Giyuu falou no microfone e o deixou cair no chão. Ele foi até Shinobu, a pegou no colo e a beijou. Todos que assistiam começaram a comemorar e a gritar, alvoroçados.

—Parem, parem com isso! — gritou Muzan, que pulava para se soltar da fita.

Quando o beijo se encerrou, Giyuu beijou Shinobu no rosto e a colocou no chão.

— Não pense que vai cantar uma musiquinha e vai me convencer… — disse Shinobu, sorrindo.

— E se essa música vier com o vinil exclusivo dos Hashiras, que comprei com o dinheiro que um idiota aceitou para sair com uma garota perfeita? — disse Giyuu.

— Ai, não acreditoo! — ela disse, empolgada. Logo ela voltou ao controle. — Caham, nesse caso, podemos conversar…. 

— Bem, tenho pouco tempo. Vença esse jogo, estarei torcendo por você da sala de detenção! Hahahaha. — disse Giyuu, quando Muzan o puxou pelo braço. — Eu te amo! Você tem que vencer! — ele gritou.

Como os alunos começaram a vaiar Muzan, ele desistiu de levar Giyuu para a detenção e o deixou ver o jogo com os outros alunos. Faltando dois minutos para o fim do jogo, Nezuko fez o gol decisivo e o time foi campeão. Os alunos começaram a comemorar, animados. Mitsuri pulou no colo de Obanai e sussurrou no ouvido dele, o que o fez sair correndo com ela nos braços. Aoi e Inosuke fizeram bullying com o time perdedor. Nezuko correu até os braços de Zenitsu, pulou, o prendeu entre suas pernas e o beijou, o que fez Zenitsu desmaiar com ela no colo. Tanjiro e Kanao apenas gargalhavam da cena, enquanto estavam de mãos dadas. Kanae e Rengoku trocaram um selinho, enquanto Sanemi rangia os dentes na arquibancada.

Giyuu correu até o campo, pegou Shinobu no colo de novo, a girou no ar e a beijou novamente.

— Vocês conseguiram! Estou orgulhoso de você! — disse Giyu.

—Obrigada! Nós treinamos muito para isso! — disse Shinobu.

— Bem, acho que depois desse mico, você percebeu que eu faço qualquer coisa para ficar perto de você. Mas nada mais de dinheiro sujo! — disse Giyuu.

— Acho bom mesmo… — disse Shinobu.

— Eu li sua carta… Eu mereci… — disse Giyu.

— Se você tirar as letras vermelhas, vai ver o que eu realmente queria dizer… — disse Shinobu.

— Bem,nossa cerimônia dos diplomas  formatura é amanhã… Então, é verdade que vai embora? — perguntou Giyuu.

— Bem, é o lugar que sempre sonhei, na cidade de Pilares. — disse Shinobu.

— A Universidade de Pilares? Eu também recebi uma carta de lá. — disse Giyuu.

— Mentira que eu ia ter que te aguentar lá… — disse Shinobu.

— Você nunca mais vai se livrar de mim. — disse Giyuu, que sorriu. Shinobu ficou surpresa, pois aquilo era algo raro.

—Vem, pessoal! Festa da vitória! — gritou Nezuko.

Os alunos se divertiram no pátio da escola e comemoraram. Enquanto isso, Giyuu e Shinobu faziam planos para nova vida que os esperava.

 


Notas Finais


Obrigada @gabi_lcpd pela capaaa! Amei muitoo!
Bisous!
Não sei se ficou tão bom, mas foi divertido escrever!
Pegaram as referências?! hehehhe
Talvez, faça uma fic no mundo canon, com foco em Obamitsu, mas com outros ships tbm! xD
Planos p 2020!
Bisooous!
A música é "A Thousand miles". Vocês devem conhecer do filme das branquelas! Kkkk
https://m.youtube.com/watch?v=Sg0CeRog-yQ


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