— Galera, vai rolar uma super festa na casa do Obanai! Estão todos convidados! — gritava Sanemi no corredor.
— Ahh! Uma festinha! Adoro festinhas! — disse Mitsuri, empolgada.
— Ei, que ideia é essa?! — gritou Obanai, no fim do corredor.
— Obanai, amigão! Estamos recrutando o pessoal para sua festa ! — disse Uzui, que se aproximou dele.
— Mas era uma festa privada para o pessoal do time e… — dizia Obanai, quando Sanemi o puxou pelo braço.
— Cara, vamos chamar a galera toda! Vai ser mais legal assim! — disse Sanemi.
— Eu acho que vai dar merda! A festa pode sair de controle e… — dizia Obanai, mas Uzui se aproximou pelas costas dele e o envolveu com o braço.
—Relaxa, vai dar tudo certo. E, aliás, eu posso te apresentar aquela gatinha ali… — Uzui indicou o rosto na direção de Mitsuri. — Não é por ela que você é apaixonado?
—Mi-Mi-Mitsuri? —disse Obanai, nervoso. — Então, tá! Vamos deixar essa festa rolar!
— É oficial, galera! Vamos ter festa! — gritou Sanemi.
— Ouviu, Kanae? Vamos ter festa! — disse Mitsuri, empolgada.
— É… Porém do que adianta se eu não vou poder ir. — disse Kanae, entristecida.
— Vamos torcer para que o plano do Sanemi dê certo. Será que aquele cara tem alguma chance?— perguntou Mitsuri.
— Só posso rezar pela alma dele! — disse Kanae.
Enquanto isso, Giyuu Tomioka começava sua odisseia para conquistar Shinobu, entretanto, não era algo muito simples.
Naquela manhã, após o anúncio da festa na casa de Obanai, todos foram para suas atividades extracurriculares. Shinobu e Nezuko foram para o time de futebol, treinar para o campeonato estudantil.
— Passa a bola, Nezuko! — gritou Shinobu, que se aproximava do gol.
Nezuko cruzou a bola, Shinobu saltou e a acertou com a cabeça, não dando chance para a goleira.
— Uhuu! Arrasou! Shinobu! — gritou Nezuko.
— Nossa capitã é a melhor! — gritou outra jogadora.
— Ah, que isso, meninas! — disse Shinobu, sem graça.
Quando ela olhou para o lado de fora do campo, notou Giyuu a aplaudindo. Shinobu fez uma careta para ele e continuou a jogar. Shinobu começou a derrubar todas as jogadoras com empurrões e a dar chutões na bola, enfurecida.
— Shinobuuu! Pega leve! — gritou uma das meninas.
Quando o treino acabou, todas saíram gemendo. Shinobu saiu de campo e foi até sua mochila e Giyuu estava sentado ao lado.
— Ótima partida, capitã. Vejo que tem muito entusiasmo.
— Obrigada, apesar de eu não lembrar de ter pedido sua opinião. — disse Shinobu, que sorriu para ele e pegou a bolsa.
—Tenho certeza que se sairão bem no campeonato estudantil. Estarei aqui para vê-la jogar. — disse Giyu.
— Por favor, me poupe de ver essa sua cara de idiota. — disse Shinobu, que se afastou.
Giyuu ficou em pé, apenas a observando sair. Tanjiro e Rengoku que estavam sentados na arquibancada, se aproximaram dele.
— Parece que não está tendo muita sorte, Giyuu. — disse Tanjiro.
— A garota tem um gênio forte. Vocês terão que me pagar um pouco mais se quiserem que eu a conquiste. — disse Giyuu, que os encarou.
—Mais dinheiro?! — disse Rengoku, que levou as mãos até a cabeça. — Ah, cara, fala sério… Certo, certo! Qualquer coisa para o Sanemi não arrancar minhas tripas — ele disse e pegou mais dinheiro na mochila. — Será que isso vai dar?
— Acho que isso já ajuda… — disse Giyuu.
Nezuko se aproximou deles, com um olhar irritado.
— Será que pode não aparecer por aqui?! Ela quase matou a gente! Tanjiro, maninho, eu já volto para irmos para casa. — disse Nezuko, que se afastou. Giyuu apenas deu as costas para eles.
— Eu não estou botando fé nesse cara. — disse Rengoku.
— Vamos torcer para que tudo dê certo. — disse Tanjiro.
Mais tarde, Rengoku foi para a biblioteca e encontrou com Kanae para a aula de espanhol. Kanae parecia desconcentrada e aborrecida.
— Está com algum problema, Kanae?
— Ah, não é nada…
— Você pode confiar em mim… — disse Rengoku, que tocou de leve na mão dela. Kanae o encarou.
— Ah, eu queria ir para a festa na casa do Obanai na semana que vem, mas, se minha irmã não for, meu pai não vai me deixar ir… E eu queria ir me divertir.
— Ah, você está querendo ir para a festa? Poxa, que pena… -
— O problema é que minha irmã nunca iria, já que ela prefere os bares que tocam rock. Hoje mesmo ela vai no Nichirin, ouvir a banda que ela adora, que são os Demon Slayers.
— Ah, ela vai na Nichirin hoje? Que coisa né? — disse Rengoku, que arregalou os olhos de leve.
— Enfim… Eu meio que estou me acostumando com essa vida reclusa… — disse Kanae.
— Não se preocupa, Kanae. Eu acho que posso te ajudar.
— Me ajudar? Como?
“Acho que falei demais…Mas, acho que não tem problema ela saber” — pensou Rengoku.
— Bem, eu pensei que poderia te ajudar a ir ao baile, então eu bolei um plano…
— Hã!? Um plano?
“Desculpa, Sanemi, mas é a minha chance de me aproximar da Kanae. Hehehe” — pensou Rengoku.
E ele contou a Kanae sobre o plano de tentar convencer Shinobu a ir ao baile.
— Ah! Assim, eu vou poder ir ao baile! Ah, obrigada, Rengoku! — disse Kanae, que agarrou Rengoku pelo pescoço.
— De nada, Kanae! — disse Rengoku, que abriu um sorriso.
— Assim, eu vou poder ir com o Sanemi! Você é demais, Rengoku! — disse Kanae, animada.
Rengoku ficou decepcionado, porém manteve seu sorriso no rosto.
— Tudo para te ver feliz, Kanae.
Depois da aula, Rengoku mandou uma mensagem para Giyuu sobre a festa que Shinobu iria aquela noite, enquanto observava Kanae dar risadinhas em meio a uma conversa com Sanemi.
— Ah, Kanae… Se ao menos eu tivesse chance… — disse Rengoku, entristecido.
À noite, Shinobu e Nezuko foram ao Nichirin para se divertirem ao som da banda de rock favorita de Shinobu. As duas curtiam animadas no meio do pessoal, quando Shinobu resolveu ir ao bar pegar uma bebida. Quando chegou lá, ela encontrou Giyu, que bebia uma cerveja.
— Ah, não, fala sério! Você está me seguindo, por acaso? — perguntou Shinobu.
— Hã?! Ah, você está aqui? Nem tinha reparado! Eu sou vim escutar minha banda preferida, a Demon Slayer. — disse Giyuu.
— O quê?! Sua banda preferida?
— Claro, ela nem se compara ao Hashiras, mas, tem até um som bacana. Bem, bom te ver. — disse Giyuu, que saiu do bar e deixou Shinobu confusa. Ela voltou para onde estava Nezuko, com um refrigerante para as duas.
— O que foi, Shinobu? Parece que viu um fantasma! — disse Nezuko.
— Bem, parece que foi quase isso. — disse Shinobu, que olhou para o lado e notou que Giyuu a encarava. Ela levou uma mecha do cabelo para trás da orelha e continuou a curtir a música ao lado de Nezuko.
— Olha só. Aquele cara da escola. Ele não tira os olhos de você, Shinobu.
— De olho em mim? É viagem sua, Nezuko! Nada a ver!
— Hahahaha. Não acho que é viagem minha. Ele é até bonitinho, por que não fala com ele?
— Humpf! Ele deve ser igual aos outros!
No meio da festa, um homem embriagado agarrou Shinobu pelo punho e a puxou.
— E aí, princesa? Que tal um beijinho?
— Ah, me poupe. Procure outra para lhe saciar, seu porco.
— Solta minha amiga, seu idiota! — disse Nezuko.
— Sai daqui, tampinha! — gritou o homem, que a empurrou e fez Nezuko cair no chão.
— Seu idiota! — gritou Shinobu, que torceu o braço dele e lhe deu um chute nas partes baixas, o que fez o homem se curvar. Ela foi até Nezuko e a ajudou a levantar. — Está bem, amiga?
— Sim.
— Ah, sua… — gritou o homem, que ia para cima de Shinobu, quando alguém segurou o braço dele.
— É melhor deixá-la em paz.
— Giyuu!? Isso é perigoso! — disse Shinobu.
— Ah, você quer bancar o machão, agora? — disse o bêbado.
— Deixe ela em paz. — disse Giyuu, sem expressar qualquer reação.
— Hahahaha. Você vai apanhar, cretino! — disse o bêbado, que tentou acertar Giyuu com um soco. Giyuu desviou com facilidade dos golpes, pegou o braço do bêbado, o torceu e fez o homem ir ao chão.
— Vai cair fora daqui ou vai querer que eu use da minha gentileza? — perguntou Giyu.
— Aiaiaiai! Tá bom, tá bom! Eu vou! — disse o bêbado. Giyu o soltou e o homem saiu correndo, desesperado.
— Você está bem? — perguntou Giyuu, que se aproximou das duas garotas. Shinobu tinha uma expressão de surpresa.
— Sim, obrigada, Giyuu. — disse Nezuko.
— Melhor irmos para casa. Ele pode voltar com amigos — disse Giyuu.
— Sim, você tem razão. Vem, Shinobu. — disse Nezuko.
— Sim, boa ideia. — disse Shinobu, ainda surpresa.
Giyuu deu carona para as duas, deixou Nezuko em casa primeiro e levou Shinobu até a casa dela. Ele parou na frente da casa e eles ficaram no carro por um tempo.
—Não sabia que você conseguia derrubar um cara. Você é mesmo perigosa, garota. — disse Giyuu.
— Hahahaha. Ele bem que mereceu! Obrigada, talvez o resultado fosse bem pior se você não estivesse lá.
—Se quer me agradecer, poderia sair comigo…
— Hã?! Ah, como você é aproveitador!
—Acho que é o justo…
—Tá, tudo bem… Você realmente mereceu um agrado, porém não vá ficando mal acostumado! E onde pretende me levar?
— Ótimo. Vamos a festa do Obanai, então. — disse Giyuu.
— Ah, sério!? Não tinha algo mais incômodo? — perguntou Shinobu, insatisfeita.
— Prometo que vai se divertir.
— Hahahaha. Duvido muito... Certo! Combinado! Até a próxima...— disse Shinobu, que ia saindo do carro, quando Giyu segurou sua mão.
—Tenha mais cuidado. Não quero que se machuque! — disse Giyuu.
— Hahahaha. Eu sei me virar! Mas… valeu a preocupação! — disse Shinobu, que soltou sua mão da dele e saiu do carro. Giyuuu a observou até entrar em casa.
Da janela do quarto, Kanae estava boquiaberta.
— Shinobu veio com um cara?! Não acredito! O plano do Rengoku pode dar certo! —disse Kanae, empolgada.
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