História O Contrato - Trato

Abri os olhos devagar. Olhei para o lado e não vi ninguém. Ai, graças a Deus eu estava sozinha no quarto.

- bom dia!

Dei um pulo e coloquei a mão no coração.

- porque você sempre aparece como uma alma penada hein?

- porque você é sempre tão assustada?

- bom dia...

- dormiu bem?

Olhei pra ele com cara de "o que você acha?".

- já tive noites melhores... - respondi

- uau! isso magoou.

Ele estava com um semblante diferente. Parecia animado.

- o que foi? está feliz? - perguntei rindo

- estou animado, só isso.

- hum, que milagre! 

- o café já está na mesa.

- sério? A Margot que fez, aposto!

- não. Eu contratei uma cozinheira.

- sério? mas porque?

- porque precisamos oras.

- mas eu posso cozinhar!

- você só vai ter mais trabalho daqui pra frente! não vai poder cozinhar.

Ele tinha razão, mais uma vez.

- é... tudo bem, mas depois me diga quanto você vai pagar para essa pessoa, porque quero dividir as despesas!

Ele revirou os olhos e eu entrei no banheiro. Quando saí ele estava sentado na cama.

- ué, não desceu? - perguntei

- estava esperando você.

Ele estava levando essa história de namorada muito a sério. Dei um sorriso sem graça e saí do quarto. Ele me acompanhou colocando uma das mãos nas minhas costas. Pelo menos ele sabia fingir bem e eu precisava mesmo desse teatro todo para convencer a Margie e a Mel.

- bom dia! - falei animada

- bom dia!!! - Mel e Margot responderam juntas

- bom dia meninas! - Taylor disse animado também

Margot me olhou com cara de safada e eu fiz uma careta pra ela.

- a noite parece ter sido boa hein! vocês estão com outra cara! - ela disse baixinho

Respirei fundo e sorri envergonhada. 

Taylor sentou ao meu lado na mesa e enquanto comíamos ele colocou uma das mãos na minha coxa. Seria normal se ele fosse meu namorado de verdade, mas ao sentir aquela mão na minha pele eu fiquei igual a uma pedra. Eu nem me mexia. Olhei pra ele, mas o cretino nem deu bola! 

- vocês tem trabalho hoje? - Margie perguntou

- não... - respondemos juntos

- podemos ir na piscina de novo? - Mel pediu

- claro! vai lá colocar seu biquíni! - eu disse

Mais um dia longo de piscina.

(...)

Taylor ficou o dia todo no sofá, enquanto eu e as meninas ficamos na piscina. Eu estava me divertindo como nunca. Era sempre bom ter alguém da família por perto.

Depois do jantar Mel ainda queria fazer algo, então Margot teve uma péssima idéia.

- vamos assistir um filme? - ela sugeriu

- podemos ver Lua Nova!? meu sonho é assistir esse filme com você Taylor! - disse Mel

- ai não! pelo amor de Deus esse filme é uma porc...

Minha nossa! Eu ia falar uma baita besteira! Taylor me olhou sério.

- ah, Lua Nova, agora eu já sei qual é! eu gosto! por mim tudo bem! - disfarcei

E lá fomos nós para a sessão tortura. Terminar a noite assistindo essa porcaria não ia ser fácil.

Sentei no sofá e Taylor me acompanhou sentando ao meu lado, claro. Mel e Margot estavam em outro sofá, super concentradas.

Aquele filme estava me dando sono. Aquela Bella sofrendo por aquele vampiro sem graça me dava nos nervos. 

- essa menina é besta ou o que!? - bufei

- porque? - ele perguntou

- esse vampiro é muito sem graça! com certeza eu ficaria com o...

Eu ia falar lobisomem e ele estava pronto para me pegar no pulo e se gabar pro resto da vida!

- pode confessar que você é Team Jacob.

O sorrisinho dele nos lábios me deu nos nervos.

- sou nada! eu ia dizer que eu ficaria com o outro vampiro fortão que eu esqueci o nome...

- ah, claro.

Eu realmente estava pegando no sono, quando de repente senti seu braço passar por detrás do meu pescoço. Sua mão tocou meu ombro e sem motivo algum ele começou a acariciar minha pele.

Virei para olha-lo e ele se virou para fazer o mesmo. Ele passou a olhar para a minha boca e eu como não sou idiota olhei para a dele também, mas não por muito tempo.

- eu sei que você quer. Você só não admite. - ele disse baixinho

Bufei.

- as coisas só iam parecer mais reais. - completou

- as coisas já estão reais demais pro meu gosto! - respondi

Os carinhos dele começaram a ficar mais intensos. Poxa! Eu não sou de ferro! Olhei pra ele mais uma vez e ele fez o mesmo. Começou tudo de novo...

- Taylor, eu não sinto o que você sente.

Eu tinha que falar para não criar nenhuma expectativa. Ele tirou o olhar de mim e ficou sério. 

- como sabe o que eu sinto? - ele perguntou olhando para a televisão

Olhei para Margot e para a Mel para ter certeza de que elas não estavam ouvindo, mas elas estavam tão concentradas no filme que eu me tranquilizei.

- não sei o que você sente, mas seja lá o que for, não é recíproco.

Ele respirou fundo e depois de alguns segundos disse:

- tudo bem.

Olhei pra ele sem entender. Uau! Ele virava rápido a página!

Sorri com a resposta dele e voltei a assistir aquele filme insuportável. Quer dizer, até ele começar a acariciar uma das minhas mãos.

Soltei um riso discreto. Ele ia continuar com o teatro, ou seja, ia se aproveitar de mim de qualquer jeito. Quem sabe eu não seguia o conselho da Tina e não me aproveitaria também!? Já que ele era o único que eu poderia transar durante um ano.

Resolvi entrar na dança e provocar. Comecei a acariciar a coxa dele, indo e voltando. Ele me olhou surpreso com a minha atitude, mas eu não retribuí o olhar. 

Eu, Georgia Banks, já tinha transado com alguns caras e vários foram só por diversão. Eu não era o tipo de garota que me apaixonava fácil, então, eu conseguia separar muito bem sexo de sentimento. O único problema é que eu tinha que tomar cuidado, porque se eu me apaixonasse eu estava ferrada, literalmente!

- você tem coxas grossas... - falei

Eu sabia ser louca. Ele sorriu e ficou da cor de um pimentão.

- e você tem a pele macia... - ele disse ainda acariciando o meu ombro

Isso é só o melhor que você pode falar Lautner? Revirei os olhos.

- aliás, tudo em você deve ser muito macio...

Ae! Finalmente uma cantada que preste! Quer dizer, uma melhorzinha do que ele estava acostumado a dar.

Olhei pra ele sorrindo e ele me olhou de volta retribuindo o sorriso. Aquele sorriso faria qualquer mulher se entregar a ele, mas eu não era qualquer mulher.

Enquanto nos olhávamos ele foi se aproximando devagar e eu sabia o que ele ia fazer. Eu não sou burra, nem besta, então resolvi me entregar ao momento e tirar umas casquinhas, como a Tina dizia.

Nossos lábios se tocaram devagar, mas o beijo começou a ficar intenso. Mais uma vez a língua dele pediu passagem e dessa vez eu deixei. Pelo menos ele sabia usar a língua muito bem e eu confesso que aquele beijo já estava me deixando bem excitada. 

Quando paramos para retomar o fôlego ele me olhou e sorriu. Eu desviei o olhar e me levantei, indo até a cozinha pegar uma água e tentar me recompor, mas é claro que eu não fiquei sozinha por muito tempo.

- está com calor?

Comecei a rir, mas nem me virei para olha-lo. Continuei tomando a minha água, mas quase engasguei quando senti duas mãos grandes na minha cintura. Deixei a garrafa de água no balcão e me virei, ficando de frente pra ele.

- só vim tomar uma água. - respondi

Nossos rostos estavam tão próximos que eu sentia a respiração dele.

- o que veio fazer aqui? veio beber água também? - perguntei 

Ele sorriu e respondeu:

- eu vim continuar o que começamos na sala...

Uau! Essa frase deu uma arrepiada.

- melhor não. - respondi

- porque? - ele franziu a testa

- porque as meninas estão na sala... sei lá... - disfarcei

- no quarto então?

Que cachorro! Ele só queria transar comigo!

- no quarto? agora? - bufei

- qual o problema?

- Taylor, por favor... - revirei os olhos me desvencilhando dele 

Ele ainda quis me segurar pela mão, mas eu soltei.

- Georgia...

Antes de sair da cozinha ele me chama. Como ele era insistente! Virei-me para olha-lo.

- poderíamos tentar.

O QUE!? Ai não, isso não!

- como assim?

- já que estamos nessa de teatro, porque não tentamos algo de verdade?

Porque eu não estou a fim!!!

- Taylor, eu não quero que seja assim. Isso já começou errado, então jamais daria certo!

- você fala como se eu estivesse pedindo você em namoro!

Eu sorri.

- porque não deixamos tudo como está? - perguntei

Ele deu um sorriso torto.

- como está não é o suficiente.

- é o que eu posso oferecer...

- sério? é só isso que pode oferecer?

Se dependesse dele essa conversa seria eterna! Ele não sabe aceitar um não?

Revirei os olhos e joguei a cabeça pra trás. Se ele queria sinceridade ele ia ter sinceridade.

- posso oferecer no máximo uma diversão... diversão, no caso, pra mim...

Ele fez uma cara de "uau".

- você parece um cara falando.

Gargalhei.

- é sério! tem certeza de que você é uma garota? - ele disse rindo se aproximando mais de mim

E nessa de rir e se aproximar ele me encostou no balcão da cozinha e pegou na minha cintura.

- você prestou atenção no que eu disse Lautner?

- em cada palavra.

Ele se aproximou mais, a ponto de quase nossos lábios se tocarem. 

- dá pra você pelo menos esperar o filme terminar? 

Eu nunca imaginei que ele ia sorrir com tanta satisfação.

- claro que eu espero.

Engoli seco sentindo meu estômago embrulhar. Tá, eu confesso! Ele não era qualquer cara! Era Taylor Lautner! E não é porque ele é famoso, nada disso... É porque ele é gostoso mesmo... E muito, muito gato!

Voltamos para a sala em silêncio. Mel e Margot estavam dormindo e o filme ainda estava na metade! Comecei a rir.

- qual é a piada?

- esse filme é tão ruim que até mesmo quem é fã não aguenta!

- ha, ha, ha.

- vou chama-las para subir.

- deixa elas. - ele disse

- porque?

- elas estão de férias. Porque nós não subimos?

Engoli seco de novo. Ele era tão sem vergonha que não conseguia nem esperar! Eu que estava sem sexo há séculos estava muito mais tranquila.

Eu fui na frente. Ele foi no meu encalço e em determinado momento colocou uma das mãos nas minhas costas.

Assim que entramos no quarto ele fechou a porta e eu ouvi ele dar a volta na chave. Ele era mesmo muito safado e rápido! Quer dizer, eu achava que ele era rápido, mas ele estava simplesmente... tímido. 

Fiquei lá parada olhando pra ele e ele olhando pra mim. O que deu nele?

- o que foi? - perguntei

- ahm, não quer ir no banheiro antes?

Comecei a rir.

- se eu não soubesse que um monte de garotas entra nesse quarto eu juraria que você era virgem! 

Ele sorriu e veio na minha direção me pegando pela cintura e me beijando com força. Eu retribuí o beijo e a vontade de transar era grande.

- calma... - pedi

- o que foi?

- nós não vamos transar... - falei

Ele me olhou sem entender.

- porque?

- porque não! eu disse para mantermos as coisas como estão!

- é, mas... - ele suspirou alto. - quer ficar só nos beijos, é isso?

- é... - dei de ombros

Ele sorriu torto.

- porque? não gosta de me beijar? - provoquei

- normal.

Normal!???

- normal!??? seu idiota! - falei batendo no braço dele enquanto ele ria

- pára! estou brincando! 

- idiota! eu sei que pra você é normal! você beija uma diferente todos os dias!

Ele ria muito.

- estou brincando! claro que eu gosto de beijar você!

- tá bom! eu vou me trocar e vou DORMIR! - enfatizei

- Georgia, volta aqui, estou brincando!

Bati a porta do banheiro na cara dele. Ele não me enganava! Ele pode ter as mulheres mais lindas, mas é claro que ele queria transar comigo e se gabar para os amigos depois. Ele ia dizer que mesmo sendo um contrato ele conseguiu o que queria!

Saí do banheiro com a minha camisola sexy. Bem feito! Eu ia provocar esse cretino até o talo!

Deitei de bunda pra cima, deixando a calcinha aparecer. Fechei os olhos fingindo estar dormindo.

- Georgia...

Eu sabia que ele ia insistir.

- o que é?

- eu estava brincando!

- tudo bem Lautner... - falei ainda de olhos fechados

- vira pra mim. - ele pediu

- pra que?

- pra gente conversar.

- não quero conversar. Estou cansada.

De repente, as mãos dele começaram a acariciar as minhas costas. Porra! Eu não sou de ferro! Mas eu nem me mexia! Ele continuou e então eu disse:

- se encostar a...

- não precisa falar. Eu só vou pegar na sua bunda quando a gente transar.

Comecei a rir. Ele era um cretino engraçado.

- então pode olhar bastante pra ela, porque você não vai pegar. - eu disse

E se já não bastasse a mão boba ele começa a beijar as minhas costas, onde a camisola não cobria.

- eu sei que você quer... - ele sussurrou no meu ouvido

- como você é convencido. Pode esperar sentado ou ir se masturbar no banheiro! - respondi

Ele soltou uma risada.

- eu tenho certeza que você quer. Você está toda arrepiada!

- claro! eu sou um ser humano normal. Se eu não me arrepiasse teria algum problema.

E finalmente, ele desistiu. Senti o peso dele cair ao meu lado na cama. Ele estava ofegante e eu também, mas tentava não demonstrar. Os lábios dele eram deliciosos e eu comecei a pensar as loucuras que ele poderia fazer com eles.

De repente, eu tive uma idéia! Era a minha chance de provocar! Já que ele só queria mesmo transar comigo e me tratar mal ele ia ter que me mostrar muito que quer, mas muito mesmo! E fazer por merecer! Se isso realmente for possível.

Virei para olha-lo. Ele estava de barriga pra cima e me olhou sem entender. E, então, em um só impulso eu subi em cima dele. 

Ele me olhou maravilhado, mas continuava sério.

- mudou de idéia? - perguntou

- quero fazer um trato com você... - falei

- que trato?

- podemos brincar, mas sem nenhum sentimento, okay?

Ele sorriu.

- brincar? falá sério... - bufou

- nunca falei tão sério em toda a minha vida. 

- ah Georgia...

- e não vamos fazer isso sempre. Vai ser apenas quando eu quiser.

Ele riu de novo.

- tá. tudo bem.

- ótimo! - falei toda sorridente

- já acabou? - ele perguntou

- acabou o que?

- de falar?

- já...

Ele se levantou, mas ainda me deixando em cima dele. Ele me olhava como se eu fosse uma obra de arte e engoliu seco enquanto me admirava.

- vai ficar só olhando?

Ele sorriu lindamente. 

- estou reparando o quanto você é bonita.

Hum. Ele sabia ser gentil também?

Sorri com o comentário dele e o beijei.

O beijo ficou mais intenso, claro, mas eu já sabia o que eu queria e eu não ia transar com ele. Mas ele ficou muito empolgado e eu por um segundo tive pena. Atiçar e parar não era o meu perfil, mas com ele as coisas tinham que ser diferentes. Ele era o tipo de cara que poderia ter qualquer garota e eu queria mostrar para ele que o mundo não era tão perfeito assim. Eu queria mostrar pra ele que no mundo existia uma mulher chamada Georgia Banks que não ia sair correndo assim que ele chamasse e que não ia se entregar sem ao menos ele merecer isso. 

Parei o beijo e o olhei. As mãos dele já tinham passeado por todo o meu corpo, e como eu estava sentada nele, literalmente, eu percebi que ele já estava mais do que excitado.

- porque parou? 

- eu disse que só vamos brincar...

- e brincar é só isso?

Ele realmente sabia ser engraçado quando queria.

- não, mas eu sei que você não vai querer parar.

- eu sei que você não vai querer parar. - se gabou

- então vamos dormir... - falei saindo de cima dele

Ele sorriu e aceitou a sugestão de dormir. 

(...)

Abri os olhos devagar e vi que estava sozinha na cama e no quarto. Fui me trocar e fazer minha higiene matinal. Ouvi vozes na cozinha e fui até lá.

- bom dia! - falei

Mel e Margot me cumprimentaram, mas Taylor deu um sorriso sem graça e saiu. Achei estranho, mas talvez ele não tivesse curtido a história do "brincar".

- Geo, eu e a Margot vamos no shopping! quer ir? - Mel perguntou

- eu adoraria, mas hoje eu e Taylor temos fotos pra fazer... 

- ah é. Ele comentou.

- mas vão vocês e divirtam-se!

Elas saíram e eu fui até o jardim. Taylor estava lá mexendo no celular.

- oi... - eu disse

Ele me olhou torto e eu como sou louca sentei no colo dele.

- eu disse oi!

Ele sorriu finalmente.

- que cara é essa? - perguntei

- nada.

- você disse que ia melhorar e já está sendo grosseiro de novo! - reclamei

- eu? grosseiro? - revirou os olhos

- fala Lautner! eu sei que algo está incomodando você... - falei apertando as bochechas dele

- você me incomoda!

- eu!? porque? - perguntei incrédula

- você não sabe que você fala dormindo?

Eu o olhei sem entender.

- e o que eu falei dormindo?

- você me chamou de Theo!

Coloquei a mão na boca e abafei o riso. A minha vontade era de gargalhar.

- eu fiz isso? 

- fez Georgia!

- mas, as vezes eu só estava sonhando com ele, sei lá...

- você começou a acariciar as minhas costas, daí eu fiquei todo empolgado achando que você queria finalmente algo a mais e de repente... Theo... - ele disse fazendo voz de mulher

É. Eu não resisti e gargalhei. Ele me levantou do colo dele e saiu andando.

- Taylor volta aqui! foi um sonho! que culpa eu tenho disso?

Eu ainda ria.

- se fosse o contrário eu queria ver só!

- mas você nem é meu namorado de verdade! se fosse ao contrário eu...

- tudo bem Georgia. Encerrado o assunto.

Comecei a perceber que para ele as coisas eram mais sérias, mas eu estava disposta a fazer tudo para ter um ano de paz.

- vem aqui! 

Eu o peguei pela cintura e ele finalmente me olhou.

- nós fizemos um trato não fizemos? Vamos tentar conviver em paz durante esse um ano, por favor?

Ele respirou fundo e disse:

- é. Nós fizemos. 

Dei o meu melhor sorriso e quando ia sair ele me puxou.

- e o trato de brincar, ainda está de pé?

Se eu pudesse teria filmado a cara que ele fez. Eu não pude evitar o riso.

- claro que está! mas lembre-se que é quando eu quiser e como eu quiser! - pisquei

- você quer agora?

Ele me puxou para mais perto. Nossos corpos se chocaram e eu arrepiei.

- temos que fazer as fotos! se ficarmos aqui brincando vamos nos atrasar! 

- eu só estava falando de um beijo! não vamos atrasar por causa disso.

E então, ele me beijou. Foi delicioso e beijá-lo até que não era um sacrifício tão grande. O único problema é que depois do beijo nós subimos as escadas e ele não tirou as mãos de mim. Não tinha ninguém em casa, então não precisávamos fingir que éramos um casal. 

Parei de subir a escada e me virei de frente pra ele. Ele me olhou sem entender.

- você está levando isso muito a sério não é Lautner?

Ele entendeu o que eu quis dizer.

- e se eu tiver?

Ele me olhou intensamente e meu estômago revirou. Eu não queria e não estava preparada para levar alguma coisa a sério. Não com ele.