— E então, como estou? – Dei uma voltinha na frente da Luna e da Gabi que se maquiavam. Elas me olharam e abriram um enorme sorriso.
— Perfeita. – Luna respondeu.
— Puxou a irmã, então nem preciso responder. Agora me fala, nossas fantasias ficaram um arraso né?
— Precisamos tirar fotos. – Luna disse animada.
— Com certeza. – Concordei.
Eu e a Gabi nos fantasiamos de coelhinhas e a Luna de líder de torcida. Estávamos lindas. Arrumamos toda bagunça que fizemos e tiramos várias fotos.
— Vamos ver como estão os meninos. – Luna abriu a porta, rindo.
— O que você escolheu pra eles? – Gabi perguntou.
— Unicórnio. – Gargalhou e eu acabei rindo também.
Gabi e Luna foram até o quarto dos meninos, mas como não queria ver o Justin, decidi ir pra perto da piscina onde será a festa. Tudo já estava arrumado, o som, a decoração, as comidas e bebidas, etc.
Briana e Ângela passaram por mim vestidas de gatinhas. Tenho que admitir que as fantasias estavam bonitas. Ambas estão iguais, vestidas com um macacão curto e preto de couro, onde tem um belo decote nos peitos. Em seus pés, botas pretas até os joelhos, e em suas faces, uma bela maquiagem noturna. Elas estavam lindas, mas eu também estava.
Pra esquentar meu corpo, peguei um copo de plástico e coloquei vodka. Essa noite eu queria me divertir bastante.
Justin Bieber.
— Não acredito que você fez isso com a gente, Luna olha essas saias. – Bufei.
— Ah Justin, eu adorei. – Gabi cruzou os braços, rindo.
— Se adorou, por que está rindo?
— Até que eu gostei, olha a minha bundinha. – Ryan virou de costas e começou a mexer a bunda. Impossível não rir.
— Para de ser idiota. – Falei dando risada.
— Tá vendo? Ryan adorou, só você que fica nessa chatice. – Luna falou debochadamente.
— Eu ainda te mato Luna Park.
— Só falta a tiara de unicórnio. – Gabi pegou a tiara em cima da cama e colocou em minha cabeça.
— Agora estou parecendo um chifrudo. – Acabei rindo.
— Eu não sei você, mas eu já fui muito chifrudo nessa vida, então nem ligo. Agora vamos logo arrasar com nossas fantasias, migo. – Ryan afinou a voz, fazendo as meninas rirem. Saímos do quarto e formos pra frente da casa.
A primeira pessoa que eu reparei foi a Ana, tomando algo em um copo de plástico. Ela estava fantasiada de coelhinha assim como a Gabi. Estava linda... E essa marquinha de biquíni, céus!
— Vamos dançar parceiro. – Ryan deu um tapa na minha cabeça e eu retribui.
— Coloca uma playlist boa.
— E eu lá sou de fazer playlist ruim?
Ryan ligou o som e colocou numa playlist de funk. Até que é legal.
Reparei também na Ângela e na Briana que também estavam lindas e gostosas pra caralho.
— Vamos dançar? – Gabi perguntou atrás de mim e eu virei pra ela.
— Vamos.
Começamos a dançar no ritmo do funk e Ryan se juntou a nós, nos ensinando o passinho da "sarrada". Como ele sabia isso eu não sei, mas é muito maneiro.
Gabi estava empinada pra mim e rebolava conforme a música. Meu pau já estava duro e ela sabia disso. Puxei seu cabelo só de raiva e ela gostou pelo sorriso safado que deu.
— Você gosta de provocar né? – Perguntei quando ela se levantou.
— Gosto não, eu adoro.
Nos beijamos. Minha mão acabou parando em sua bunda e eu apertei.
— Vão acabar transando no meio da festa desse jeito. – Ryan nos interrompeu, deixando a Gabi sem graça.
— Vai dançar vai Ryan. – Pedi e ele foi.
— Vou pegar algo pra beber, você quer? – Gabi perguntou.
— Trás o mesmo pra mim.
Ela assentiu e foi pegar. Percebi que todos estavam dançando e bebendo, menos a Ana que havia sumido. Onde ela estava?
E por quê eu quero saber? Isso não é da minha conta.
Gabi voltou com as bebidas e eu virei tudo de uma só vez. Estava empolgado e sabia que amanhã a ressaca viria.
— Calma Justin. – Ela riu.
— Eu estou calmo. – Apertei sua cintura e lhe beijei.
— Que delícia. – Falou quando paramos.
— Delícia é você. Vou no banheiro e já volto.
Quando entrei no banheiro, me deparei com a Ana sentada no chão e chorando. Me assustei por vê-la assim. Fechei a porta e ela me olhou.
— O que está fazendo aqui? – Ela limpou as lágrimas rapidamente.
— Eu só vim usar o banheiro, aconteceu alguma coisa?
— Não te interessa, agora me deixe sozinha.
Sua voz de choro partiu meu coração.
— Você vai ficar sempre na defensiva?
— Justin por favor, agora não.
E ela voltou a chorar.
Cheguei perto dela e me agachei em sua frente.
— Eu posso te ajudar em algo? Sei que não nos gostamos, mas você é irmã da mina que eu estou ficando.
— Não quero sua ajuda, única coisa que eu quero é que você me deixe em...
Ela não conseguiu continuar e voltou a chorar. Automaticamente eu a abracei.
— Me conta o que foi, eu não vou contar pra ninguém.
— Quando eu bebo eu acabo lembrando de coisas que não devo lembrar.
— Você lembrou de quê?
— Do meu ex namorado, ele me traiu mais uma vez e o mais ridículo é que eu ainda gosto dele, eu lembro das coisas boas que passamos juntos e isso acaba comigo.
— Infelizmente no coração a gente não manda, e se ele traiu uma mina gata feito você é porque ele é um idiota.
— Até parece que você me acha gata, você me odeia, esqueceu?
— Ainda te odeio, mas isso não muda o fato de você ser gata.
Ela riu.
— Já te fiz rir, tá vendo?
— Nem sei porque estou desabafando logo contigo, devo estar bêbada.
Limpei as lágrimas de seu rosto com as pontas de meus dedos e levantei. Suspendi a mão pra ela se levantar também.
— Tem uma festa lá fora esperando pela gente, vamos?
Ela balançou a cabeça concordando.
— Obrigado. – Disse envergonhada assim que se levantou.
— Não tem pelo o que agradecer.
Ao tentar abrir a porta, percebo que ela não estava abrindo. Franzi o cenho, sem entender o porquê.
— O que foi?
— A porta não está abrindo.
Ana tentou abrir e também não conseguiu.
— Merda, estamos presos.
Começamos a gritar por ajuda mas ninguém nos ouviu. O som estava alto pra caralho.
— E agora, o que vamos fazer? – Ela bufou.
— O único jeito é esperar. – Cruzei os braços.
Do nada a luz apagou sozinha, apertei na tomada ao meu lado para ver se ligava e foi em vão.
— JUSTIN ACENDE ESSA LUZ. – Ana gritou com medo.
— Não fui eu que apaguei, a lâmpada deve ter queimado.
— PELO AMOR DE DEUS EU TENHO MEDO DE ESCURO. SOCORRO, ESTAMOS PRESOS.
— Para de gritar no meu ouvido, não tá vendo que ninguém vai escutar?
Bufei, irritado.
Ana começou a chorar com medo da escuridão e era impossível não rir.
— Para de rir seu idiota, isso é sério.
— Eu estou aqui garota, acha que algo vai te acontecer?
— Você avisou pra alguém que vinha no banheiro?
— Avisei pra Gabi, mas ela está bebendo e dançando, provavelmente nem vai lembrar de mim.
— Mas que inferno, maldita hora que você entrou nesse banheiro.
— Agora a culpa é minha?
— Sim, é sua, foi só você entrar que tudo isso aconteceu.
Ela continuou chorando de medo e eu já estava irritado com isso. Mas que garota chata.
A puxei pelo braço e a abracei.
— O que está fazendo?
— Cala a boca e fica quieta, pelo menos assim esse seu medo idiota passa.
Não sei como, mas ela não retrucou. Deitou a cabeça em meu peito e ficou quietinha. O cheiro do seu perfume chegou até as minhas narinas, me causando conforto. Ela é muito cheirosa e é até fofinha quando fica quieta.
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