1. Spirit Fanfics >
  2. O Crush da Cafeteria >
  3. Capítulo XIII

História O Crush da Cafeteria - Capítulo XIII


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Atrasei, desculpe!

Vamos direto ao ponto, boa leitura, perdoe os erros e até as notas finais!

Capítulo 13 - Capítulo XIII


JEON JUNGKOOK's POINT OF VIEW

— Omma! — Min Ki gritou, permitindo que sua voz ressoasse por toda a rua, e saiu correndo pela mesma.

Arregalei meus olhos, não sabendo se eu corria atrás de Min Ki, que ia em direção àquela mulher deplorável, que cambaleava bêbada pela rua, ou se amparava o Park mais velho, que parecia prestes a entrar em um colapso. Era uma situação tão delicada, e eu não fazia noção de como agir. Eu olhava de um para outro, as coisas acontecendo em câmera lenta. Até que Jimin Hyung começou a caminhar em passos rápidos e pesados, e eu apenas segui atrás. Era um momento familiar e que merecia o máximo de cuidado possível, e eu provavelmente não deveria estar ali, mas eu e Jimin estávamos iniciando algo, e eu não o deixaria desamparado.

— Park Min Ki, pare aonde está — Cheguei a me assustar com a potência da voz de Jimin e a raiva que transparência pela mesma. Eu ainda não havia o escutado falar daquela forma. — Se afaste agora.

A voz dele também chamou a atenção da mulher que se apoiava em uma lata de lixo para se manter em pé. Ela sorriu quando o viu.

— Ora, veja só! — Exclamou, suas palavras saindo emboladas, uma palavra atropelando a outra. — Quanto tempo, meu amor — Ela abriu os braços para Min Ki, quase caindo ao realizar tal ato.

— Omma! — O garoto, inocentemente, abriu o maior sorriso e correu para os braços da mulher, ignorando o seu Hyung. Quando aquele pequeno corpo se chocou ao corpo magro e delicado da mulher, a mesma foi, vergonhosamente, de encontro ao chão, carregando o menino consigo. Eu não sei como, mas em segundos eu já havia passado por Jimin e estava com o garoto em meu colo, checando se o mesmo estava bem.

Eu senti meu coração se apertar quando o olhar do menino encheu-se de medo e confusão, ao ver a mulher no chão sujo de concreto, jogada e rindo de si mesma. Era completamente deplorável. Eu sentia uma fúria sem igual ao imaginar a situação em que ela vivia agora. Ela abandonara os filhos para viver de forma boemia assim? Para estar de forma vergonhosa jogada na rua, bêbada como uma porca. Eu não podia acreditar.

Deitei a cabeça de Min Ki em meu ombro, escondendo seu rosto em meu ombro, para que o mesmo não visse mais daquele cenário traumático, e observei Jimin Hyung, que se mantinha de pé ao lado da mulher risonha e fora de si. Ele parecia estar em um conflito interno. Aquela era sua mãe; a mulher que lhe pôs no mundo, e que — querendo ou não — o criara. Como ele poderia se manter alheio a sua situação? Eu o compreendia perfeitamente. Eu também vivia imerso em uma guerra interna diariamente por conta de minha mãe.

Por fim, ele pareceu optar por se solidarizar. Agarrou os braços da mulher e a colocou de pé, passando seus braços pela cintura fina da mesma, que era no mínimo dez centímetros menor que ele.

— SeoHyun-ssi — Chamou de modo tão frio e impessoal que chegou a me arrepiar. Eu entendia seus motivos, porém. — Vamos, eu irei te levar até aonde precisar. — Avisou, mas o que recebeu foi um empurrão. A mulher se afastou, voltando a se apoiar a lixeira, e negou veemente com a cabeça, como uma adolescente.

— Saía, seu pirralho! Não chegue perto de mim. Você não vê que me libertei? Eu me libertei de tudo aquilo que me amarrava — Discursava de modo arrastado e pouco compreensivo. — Deixei aquelas obrigações de mãe, deixei esses filhos que só me davam trabalho. Agora eu sou livre! — Gritou, empurrando Jimin mais uma vez, e trançando as pernas ela seguiu pela rua, enquanto gritava que era livre e que não voltaria nunca mais.


— Min Ki, eu sei que sente saudades, tudo bem? Mas entenda, por favor. Não questione seu Hyung sobre esse assunto. Quando quiser conversar, fale comigo. — Pedi, acariciando os cabelos negros e macios do garoto.

— O Jiminie Hyung está triste, Hyung? Eu deixei ele triste, né?

— Não, querido. Ele está com muitas coisas na cabeça, apenas. Ele trabalha bastante, não é? — Ele assentiu. — Mas, depois de dormir um pouco, tudo estará bem. Agora, vamos descansar, porque amanhã nós dois temos aulas.

Beijei a testa do menino, ajeitando o cobertor sobre seus ombros, e suspirei, voltando a sala. Jimin estava sentado em sua poltrona, os olhos vidrados na televisão desligada. Ele havia se mantido em silêncio desde o ocorrido. Por todo o caminho, sua voz não havia sido ouvida uma só vez. Eu não sabia o que fazer por ele. Eu não sabia como melhorar aquela situação. O que eu poderia dizer.

— Você já fez muito, Jeon. — Sua voz soou como se lesse meus pensamentos. Cocei a nuca, indeciso. Caminhei até ele, agachando-me a sua frente, minhas mãos apoiadas em suas coxas. — Obrigada por cuidar de Min Ki.

— Como você está? — Questionei baixinho, acariciando sua coxa.

— Melhor do que eu achei que estaria se um dia a encontrasse novamente. — Sorriu triste. — Você tem como ir embora, ou vai querer dormir aqui? Já está bem tarde.

— Seria um incômodo se eu dormisse aqui? — Seus olhos se ergueram para mim e eu sorri sem graça. — Eu não sei se conseguiria te deixar desse jeito sozinho. Eu sei que deve estar querendo ficar sozinho, mas eu posso ficar em um canto em silêncio. Apenas me deixe ficar, hã?

Esperei por uma resposta ansiosamente, minha respiração quase presa por conta do medo de que ele me mandasse embora, mas sua resposta veio repentina. Em um piscar de olhos eu estava sobre seu colo, e sua cabeça enterrada em meu pescoço. Eu iria considerar aquilo como um sim. Sorri abertamente, o apertando mais contra meu corpo, meus dedos se embrenhando entre seus fios castanhos para deixar um breve carinho ali. Talvez, com aqueles pequenos carinhos e mimos, eu pudesse fazê-lo se sentir melhor. Eu esperava que sim.

Permanecemos por incontáveis minutos daquele jeito. Eu não saberia lhes dizer, mas poderiam ter sido horas também. Eu apenas permiti que Jimin se escondesse em meus braços e ali derramasse toda a sua mágoa guardada por tanto tempo. O permiti chorar as lágrimas proibidas por todos esses meses. Eu apenas o acolhi.

— Desculpe — Fungou, afastando-se minimamente. Encarei seu rosto, limpando os resquícios de suas lágrimas, e selei nossos lábios levemente.

— Hyung, você não tem que me pedir desculpas. Eu é que tenho que te agradecer por confiar em mim e por me permitir te ajudar, nem que seja dando meu ombro para você chorar. — Ele sorriu e eu apenas deixei sair por minha boca, as palavras que estavam guardadas em minha mente: — Aliás, eu quero tornar-me responsável por cada uma de suas lágrimas a partir de agora, Park Jimin. Não quero que as derrube senão por alegria. — Concluí, e admito que fiquei em choque por tê-las deixado sair daquele jeito.

Eu abri a boca após aquilo inúmeras vezes, mas não pensei em nada que pudesse falar, então fiquei em silêncio. Jimin Hyung me olhava de um modo diferente. Eu não poderia explicar seu olhar. E então, ele sorriu e selou nossos lábios. Selou nossos lábios de maneira tão intensa quanto seu olhar. Um simples selar e todo meu corpo reagiu.

Quem diria que eu estaria assim com aquele garoto que eu observava desde que chegara a cidade. Meu crush por mais de um ano. O cara que eu imaginara ser impossível para mim, que por mais de doze meses nunca nem mesmo percebera minha presença; nunca percebera que eu ia ali todos os dias, fazendo o mesmo pedido, sentando na mesma mesa, observando-o atentamente.

Puxei os cabelos de Jimin, intensificando o beijo, sentindo as mãos dele em minha cintura, apertando-me. Aquela proximidade era boa; ótima, para ser sincero. A proximidade com Jimin Hyung era a melhor coisa do mundo. Eu nunca havia gostado tanto de estar próximo a alguém, como amava estar próximo do castanho que me sustentava em seu colo. Eu nunca desejei tanto um beijo, quanto desejava os beijos de Jimin. Tudo com ele era mais intenso, mais gostoso. Eu me sentia fora de órbita.

— Espero que não se arrependa dessas palavras mais tarde, Jeon JungKook. — Murmurou, descendo seus lábios por minha bochecha e maxilar, até chegar a meu pescoço.

— Eu sei que não irei, Hyung. — Garanti, rindo levemente.

Permanecemos daquela maneira por longos minutos. Trocávamos beijos e caricias, enquanto conversávamos sobre qualquer coisa que pudesse aliviar o clima e esvaziar a mente do Hyung.

— Acho que já passou da hora de dormirmos, JungKook-ah. — Jimin murmurou, apoiando a cabeça no encosto da poltrona, seus olhos atentos em mim. — Você tem aula amanhã, e eu não quero que se desconcentre por minha culpa. — Advertiu preocupado e eu ri.

— Não é como se eu fosse conseguir prestar a devida atenção em algo depois dessa noite. — Dei de ombros, repousando minha cabeça em seu ombro. Ele riu, seu corpo se movimentando embaixo do meu.

— Eu vou pegar os cobertores no quarto. — Avisou, levantando-se comigo ainda em seu colo e me colocando no sofá em seguida. Arqueei uma de minhas sobrancelhas. Ele foi e voltou em menos de um minuto, logo começando a estender os cobertores no único sofá da sala. — Tome, eu acho que isso irá servir em você — Entregou-me uma camiseta batida, cinza e com furos em algumas partes, e uma calça de moletom.

Apenas assenti, seguindo até o banheiro que eu já sabia aonde ficava. Tirei minha camiseta preta, após retirar o cinto, e observei as marcas avermelhadas em meu pescoço. Sorri com aquelas pequenas amostras que deixavam evidente o que acontecera na sala, minutos mais cedo. Jimin Hyung havia me marcado e — caralho! — eu estava gostando tanto de ver minha pele alva manchada de vermelho daquele jeito. Meus lábios estavam inchados, e eu estava corado. Havia muito tempo desde que eu apenas havia ficado assim com alguém. Desde que eu me mudara para Seul, eu apenas havia me focado nos estudos, então, não ficava com alguém há bons meses.


Lembrar da minha vinda a Seul, lembrou-me também do lugar de onde saí. Busan. Dali a dois dias eu estaria voltando para minha cidade. Era o aniversário da morte de meu irmão, e minha mãe gostava de relembrar aquilo. Ela não fazia questão da minha presença, mas meu pai, sim. Eu não entendia o porquê de remexer na ferida, de querer abrir novamente o machucado cicatrizado, mas era a mesma coisa, todo ano. Eu iria ficar trancado no quarto a maior parte do tempo, saindo apenas para almoçar e jantar. Ela iria querer ir ao cemitério, mas iria negar a minha presença. Então, ela e papai iniciariam uma briga: ele dizendo que eu tinha de estar junto e ela dizendo que eu matara meu irmão, não tinha o porque estar lá. Então, eu iria inventar alguma coisa, e iria mais tarde, sozinho. Passaria o resto da manhã chorando em meu quarto, esperando a tarde para que pudesse ir finalmente visitar meu irmão.

O único motivo de eu estar indo, mesmo após conseguir me libertar daquela mulher, era porque amava meu irmão acima de tudo, e respeitava o homem que me criara com o amor de um pai. Ele podia não ser meu pai de verdade, podia me irritar por sempre me tratar como seu filho legítimo, mas a verdade era que eu amava o senhor Jeon como se ele fosse meu progenitor, e sempre o respeitaria e acataria seus pedidos e vontades. Ele gostava que eu estivesse presente em tudo. Quando eu ainda morava lá, ele gostava que eu fosse nos jantares de família, ou nas comemorações da empresa, afinal, segundo ele, a empresa de advocacia seria minha quando ele se fosse. Minha mãe odiava quando ele dizia aquilo. Ela lançava um olhar fulminante a mim, e o mandava calar a boca.

Era graças a ele que eu sempre tivera uma vida extremamente confortável, com todo o luxo que me era permitido por seu trabalho. Por minha mãe, eu nunca teria estudado em uma boa escola, ou teria uma mesada generosa para poder comprar roupas e as demais coisas que me fossem necessárias. Para ela, eu não tinha permissão de me sentar a mesa de jantar junto deles, já que havia tirado de meu irmão a chance de fazer o mesmo. Se não fosse pela intervenção do Jeon mais velho, eu provavelmente comeria os restos e nunca teria a oportunidade de ter uma festa de aniversário. Eu realmente tinha um carinho e uma gratidão imensa para com aquele homem.

Respirei fundo, piscando rapidamente quando percebi que poderia chorar a qualquer momento, e me troquei. Quando saí daquele cômodo, encontrei Jimin na cozinha, já vestindo roupas mais leves, e com um copo de água na mão.

— Você está bem? Está pálido — Indagou, vindo até mim e me entregando o copo d’água que estava tomando.

— Jura? — Fiz-me de desentendido, tomando o copo em um único gole. — Não imagino o que possa ser.

— Tem certeza? — Assenti. Ele já tinha muito na cabeça para saber de meus devaneios estúpidos. — Bom, eu vou estar no quarto de Min Ki, caso precise.

Mordi o lábio, pensando em como seria bom se pudéssemos dormir juntos. E, por favor, não me interpretem mal! Eu apenas queria dormir ao seu lado. Ele me fazia bem, e eu sabia que depois de relembrar tanta coisa naquele banheiro, minha noite seria inquieta. Talvez, dormir com ele...

— Jeon! — Chamou, fazendo-me piscar. — Tem certeza que está bem?

— Sim! Tenho certeza, eu só... Estava pensando em algumas coisas. — Sorri.

— Posso saber o que seriam essas coisas? — Sorriu, aproximando-se de mim lentamente. Pensei mil vezes, antes de resolver arriscar e pedir o que queria.

— Eu estava pensando — comecei, puxando-o pela cintura. — Que, talvez, você pudesse dormir comigo hoje. — Sorri como uma criança, e ele riu alto.

— JungKook-ah, aquele sofá mal permite que eu tenha uma noite de sono confortável, imagina nós dois. — Negou com a cabeça.

— Não seja estraga prazeres. — Resmunguei. — Só hoje.

— Você vai ver que eu tenho razão, JungKook.

Dei de ombros.

E bom, ele tinha razão. Mas eu não permiti que ele soubesse disso. Puxei ele contra mim de maneira que nem mesmo uma pequena formiga seria capaz de passar entre nossos corpos, e nossas pernas se entrelaçaram, lutando por espaço debaixo do pesado cobertor. Ele abraçou minha cintura, rindo de como eu o prendia contra meu corpo para que ele não caísse daquele móvel. Sua cabeça repousou em meu peito, e eu deixei um beijo em sua cabeça desajeitadamente, sabendo que aquela noite seria ótima, mesmo que eu não pudesse me mexer durante ela.


Notas Finais


E então? O que acharam? Revisei que nem a bunda mesmo, descurpa os erros!

Eu acabei me atrapalhando com o horário e quando fui ver, já se passava das duas da manhã de hoje (uma segunda feira). Não culpem a mim, mas sim a Aaron Yan que me prendeu de frente a TV por dois dias inteiros, só para apreciar sua beleza e sua atuação maravilhosa em Just You!

Em fim, esse capítulo é um dos meus preferidos, bem amorzinho, água com açúcar mesmo, e Jeon todo bebezinho porque eu adoro! E, falando em Jeon bebezinho, isso me lembrou de lemon, smut, hot... Em fim! Eu sei que isso é muito importante para algumas pessoas, principalmente quem é uke quem é seme... Só deixo avisado que eu não me importo com isso, e deixo para definir quando já estou escrevendo a cena. O que combinar na hora vai (mas geralmente fica em um revezamento gostoso, mesmo).

Acho que era só isso que eu queria falar. O próximo sai quarta feira, Okay?
Muito obrigada por cada favorito e por cada comentário, que aos poucos vai aumentando mais também. Eu gosto muito de saber o que estão achando e prometo tentar respondê-los sempre que possível!

Até o próximo!
tt: fckujeon


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...