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História O Cupido Faz: Au, Au! - Isso é perseguição?


Escrita por: pinksunoo

Notas do Autor


LeeYongbok! Uh!~
Hey, hey, hey! Vivi finalmente apareceu pra postar as histórias de que tanto andava falando!
Mas antes de fazer um nota do autor maior do que a história, eu vou dar os créditos a algumas pessoas talentosas.
Primeiramente ao @Entour que foi aonde eu pude adotar esse plot e capa.
Segundamente a @blackoutY ela é o gênio por trás desse prot lindo!
Terceiramente, mas não menos importante a @Given-Taken que fez essa capa linda, esplêndida, maravilhosa e brilhante. Aff. Linda!
Obrigada as duas que se esforçaram pra criar uma capa e inventar um plot.
Se alguma das duas ler isso. Espero que goste. Desculpa a demora pra utilizá-los.

Mas assim. Eu mesma me decepcionei comigo por ter demorado tanto tempo fazendo isso pra no final não ficar tão bom. (Eu não tô me martirizando e dizendo que tá ruim só pra ganhar elogios, ok?) Eu não gostei muito, não. Mas sei lá. Seja o que tiver de ser.
Tô indo  com a coragem porque a vergonha me falta hahaha!

Capítulo 1 - Isso é perseguição?


Sydney, Austrália.

16:30h

 

É uma tarde quente e ensolarada em Sidney e nossa história começa em uma casa azul de cerca branca, com um belo jardim em volta e um pracinha com playground, e alguns estabelecimentos em frente.

 

É nessa casa que a família Shim está passando suas férias.

 

Como dito antes, hoje é uma tarde ensolarada, o sol brilha radiante, praticamente tostando o asfalto e fritando os miolos de Jake.

 

"Mas porque os miolos do Jake?" Vocês me perguntam.

Bem, deixe-me explicar. Nosso jovem Shim tem 17 anos, e nessa idade todos, repito todos, os amigos dele tem alguém. Seja uma amizade colorida como Niki, uma ficante como Heesung ou uma namorada igual Sunoo. Todos tem alguém para beijar. Menos Jake.

 

Isso está o deixando meramente aflito — sintam a ironia — ele já tentou pensar em algum jeito de conseguir trocar saliva mas todas as suas atitudes foram falhas.

 

Então, derrepente, como um lâmpada que ilumina a escuridão, uma ideia se acendeu na mente dele e em um pulo o mesmo se levantou e rapidamente correu para a sala.

 

— PAI! PAI! —

Jake chegou na sala, onde o Sr. Shim estava, aos gritos e pulos fazendo com que o pai dele tivesse um susto.

 

— Meu filho?! Posso saber o porquê desse escândalo? Onde é o fogo?—

O susto foi tão grande, que ocasionou em muitos livros no chão, ele então se levanta enquanto ajeita as pilhas de livros que acabou derrubando. Jake se aproxima um pouco envergonhado, afinal ele tinha assustado o próprio pai.

 

— Desculpe pai, é que eu tive uma ideia e fiquei ansioso pra poder contar ela pro senhor.

 

— Tudo bem, tudo bem. Espere só eu terminar de organizar isso aqui. Ok? — Se passaram alguns minutinhos e os montes de livros finalmente estavam organizados. Jake se sentou no braço do sofá e o pai voltou sua atenção à ele.

 

— Agora pode me contar a sua ideia. Sou todo ouvidos! — Jake ficou um pouco envergonhado, mas a ideia precisava ser posta em prática. Então após respirar fundo 1. 2. 3 vezes. Ele começou a falar.

 

— Bom... À alguns dias eu estava na cozinha, e a mamãe falou que quando era novo e solteiro o senhor era muito namorador. Então eu cheguei a conclusão de que o senhor tinha alguma técnica pra isso. E vim perguntar qual era essa "técnica". — Jake falou tudo muito apressadamente, se engasgando com algumas palavras, Theodore já era acostumado com isso, então ele conseguiu entender perfeitamente oque o filho quis dizer. E por isso mesmo ele acabou arregalando os olhos. Areum tinha dito aquilo?

 

— Como?! Sua mãe te disse isso? Quando? Por que? — Eu diria que ele ficou um pouquinho desesperado. Mas Jake o acalmou.

 

— Ah… estávamos jogando conversa fora, aí ela começou a falar da juventude e mencionou isso. Nada demais. Mas o senhor tem uma técnica? Sim ou não? —

O jovem Shim está muito ansioso para uma resposta positiva. Ele precisa urgentemente disso.

 

— Que bom! — Sr. Shim passou a mão sobre o peito, tentando aliviar um pouco dos batimentos acelerados pelo segundo mini susto que Jake lhe deu. — Mas então, não existe, pelo menos eu acho que não, uma técnica para conquistar as pessoas. Mas é sempre bom lembrar de ser gentil, gentileza conquista muita gente. Ser educado, educação é essencial. E ser respeitoso, independe de quem é a pessoa, sempre mantenha o devido respeito! Isso é o básico. Mas por que do interesse meu filho? Está mirando em alguém? — Theodore olhou pro filho lançando um olhar um tanto "sugestivo" e o alvo do olhar ficou encabulado.

 

O Sr. Shim ainda vai aprender a ficar desesperado com o seu filho! Jake ficou realmente desesperado! Ele corou violentamente com essa pergunta e se engasgou com as palavras novamente, pra uma tentativa de disfarce ele abaixou a cabeça e começou a brincar com os dedos. Mas é claro que Theodore percebeu. Quem não iria perceber? Até cego veria o quanto Jake ficou embaraçado com esse questionamento e nenhuma palavra ou som audível saia da boca dele. Mas o Sr. Theodore começou a falar para tentar ajudar o filho. 

 

— Olha campeão — Ele passou a mão pelas costas de Jake para tentar fazê-lo se acalmar. — Não precisa ficar assim com tanta vergonha. Eu também já passei por isso! É normal. Mas sim, eu tenho uma "técnica", é bem simples. Você quer mesmo saber?. — Ele deu aceno positivo com a cabeça. Jake estaria disposto a ouvir qualquer história do pai se isso lhe ajudasse com o seu "problema"

Então o Sr. Shim começo a narrar uma história para o filho.

 

— Bem, quando eu tinha 20 anos e estava na universidade, eu saia toda tarde pra passear com o Tibi. Não sei se você sabe, mas ele era meu cachorrinho. Enfim, toda tarde era a mesma coisa. Mas claro que eu tinha que manter ele bem limpinho, cheiroso e arrumadinho. Aí as meninas chegavam perto e as coisas aconteciam, entende? — Jake concordou. — Até aí, tudo ótimo, mas teve um dia em que o Tibi simplesmente desapareceu! Eu fiquei desesperado, passei a tarde procurando ele, até que eu ouvi o latido dele e fui em busca. Adivinha quem tinha encontrado ele? Sua mãe! Eu olhei pra ela e me apaixonei na mesma hora, ela sempre foi tão linda — soltou um suspiro apaixonado, ele não escondia o quanto amava a esposa. — Eu fiquei muito feliz por não ter perdido o meu pet e pra encenar uma coisa bonita pra sua mãe eu comecei a correr ao encontro do Tibi, mas você sabe que eu sou um baita desastrado, né? Pois eu tropecei, caí e lasquei minha bochecha no asfalto. Por isso eu tenho essa marca aqui. — Theodore mostrou a marca pro filho, e Jake não conseguiu conter a risada. Então esse foi o primeiro encontro dos seus pais? Que desastre! — Mas você não sabe pior! O machucado doeu tanto que eu chorei. Chorei feito um bebê, sua mãe se assustou e veio correndo pra me ajudar, ela me levou pra casa e fez um curativo. Depois desse episódio nós descobrimos que estudávamos na mesma escola, então nos tornamos amigos e o restante você já sabe! — O Sr.  Shim finalizou a história com um dar de ombros. Mas Jake tinha uma dúvida.

 

— Então o senhor está dizendo que eu devo levar a Layla pra passear, perde ela, achar ela junto com o amor da minha vida, me apaixonar e depois ralar minha bochecha no asfalto?

 

— Não! Não foi isso que eu disse. Só leve a Layla pra passear, o resto ela faz! Acho que nunca te contaram isso meu filho, mas o cupido faz: Au! Au! — Theodore finalizou a fala com uma piscadela e Jake finalmente conseguiu entender. Ele agradeceu ao pai pelo conselho e depois subiu as escadas com imensa rapidez.

 

Ele estava ansioso!

 

Já eram 5:00h da tarde, essa estratégia seria posta em prática  o mais breve possível, no caso, hoje.

 

Então, como um bom primeiro passo, Jake decidiu tomar banho. Afinal, nenhuma garota gostaria de chegar perto se ele estivesse fedendo, não é?

 

O banho foi ligeiro, logo depois se foram 15 minutos para a escolha de uma boa roupa, ele encontraria o amor da vida dele hoje, oras. Deveria estar ao menos apresentável.

 

No final as peças escolhidas foram: Um jeans claro com rasgos nos joelhos e uma correntinha, uma blusa preta meio e-boy e um all star.

Ele já estava limpo, vestido, penteado e cheiroso, agora só faltava a peça mais importante desse plano: Layla, a pet da família que hoje vai desempenhar o papel de cupido e indicar Jake ao seu amor.

 

Jake aprontou a pet e eles saíram de casa. E lá foram eles. Jayla —Jake e Layla são uma boa dupla então já receberam um nome conjunto, ou friendshipp, chame como quiser — a caminhar pelas ruas de Sydney, o clima estava ótimo! O sol já tinha baixado e estava um pouco mais harmônico, ventava levemente e bagunçava os fios rebeldes de Jake. Ele exibia seu sorriso lindo como um astro em um filme adolescente, isso enquanto acenava para os pedestres. Tudo estava indo muito bem, sim, "estava".

 

Layla parecia não estar curtindo muito o passeio, começou a espernear e a latir, Jake colocou-a no chão esperando que a pequena pet se acalme. Mas não foi exatamente o'que aconteceu.

Mesmo não sendo muito grande, Layla é bastante forte. Ela está muito hiperativa nesses últimos dias e resolveu iniciar uma pequena corrida, Jake não estava esperando por isso, quando ele viu a cachorrinha já estava longe e ele foi obrigado a correr atrás dela.

Jake é o que os jovens chamam de sedentário, ele dá dois passos e já está ofegante. Foi isso o que ele fez depois da carreira atrás da miúda.

Ele parou, colocou as mãos nos joelhos e tentou respirar regularmente.

"Como é difícil achar o amor da sua vida hoje em dia!" pensou Jake.

 

Ele ainda não tinha encontrado Layla, ela é pequena e conseguiria se esconder facilmente em qualquer lugar.

Então lá vai ele em uma busca incansável pela pequena fujona.

Eu gostaria de dizer que isso foi rápido, mas uma hora se passou e nem sinal da pet.

 

Jake já estava preocupado! Ele tinha ido procurar o par perfeito e acabou perdendo a alma gêmea dele!

Isso seria cômico se não fosse trágico.

 

Se passaram mais alguns minutos e ele finalmente pôde ouvir o latido da fugitiva.

E ele correu. Correu como se a vida dele dependesse disso — porque de fato, dependia — e a encontrou em um banquinho que fica encostado de uma árvore, na parte de trás da sorveteria da pracinha com um rapaz que a segurava no colo, Jake mal prestou atenção em quem era a pessoa, o que mais importava naquele momento era saber se Layla estava bem.

 

Ele apressou-se e pegou-a dos braços do rapaz que a segura e acariciou a pequena. Algumas lágrimas se formaram no canto dos olhinhos dele, por um momento Jake pensou que tivesse perdido sua melhor amiga.

 

Depois de algumas lágrimas e lambidinhas no rosto de Jake, ele finalmente virou para o rapaz, ele precisava agradecer pelo garoto ter encontrado e cuidado do pingo de pet enquanto ele estava perdido.

Mas Jake teve uma grande surpresa — mas nem tão agradável assim —  ao ponto de seu coração acelerar quando se virou pro não-tão desconhecido. Na verdade, nem um pouco desconhecido.

 

O rapaz se chama Yang JungWon, é vizinho do Shim desde sempre e tem uma rivalidade totalmente boba e infantil com o mesmo. Eles nem ao menos se cumprimentam, apesar de estudarem na mesma classe, ninguém sabe o porquê deles serem assim um com o outro —nem eles mesmo sabem o porquê— eles só não se cheiram

Mas mesmo com toda essa bobagem, Jake ainda acha que seria falta de educação dar as costas pro Yang, ele encontrou e cuidou de Layla! Qualquer rixa deve ser deixada de lado quando se trata de bichinhos de estimação.

Mas ele não se conteve e soltou a seguinte frase:

— Você por aqui Yang? Me persegue até em outro continente? Sua inveja por mim é totalmente irredutível.

 

Obviamente, JungWon não esperava por isso, ele achou que o australiano pegaria Layla e não iria dirigir a palavra a ele, e JungWon não faria nada, mas após uma fala dessa seria covardia não revidar, afinal JungWon era muito macho e nunca fugiria de uma discussão. Ainda mais se essa discussão fosse com Jake.

 

— Inveja de você? Isso só pode ser mesmo uma ideia desse seu cabeção oco! — ele se aproximou do Shim e cutucou a têmpora dele que o afastou com um leve empurrão.— Eu vim pra cá com o Jay. Você que me persegue!

 

Particularmente, essa discussão e rixa entre eles é totalmente sem fundamento.

Mas quem sou eu pra dizer algo, eu apenas faço a narração dessa história. Mas continuando...

 

Jake não soube revidar, apenas esticou o dedo do meio e virou as costas. Ele levaria Layla embora e depois passaria o resto da noite chorando em posição fetal por ter azar no amor e no jogo.

Mas esses não eram os planos da pet.

Ela começou a choramingar e em um pulo, praticamente, voou do colo de Jake, indo de encontro a Wonke, o Border Collie de JungWon.

 

Os dois garotos ficaram espantados, desde quando Layla e Wonke são próximos?

Mal sabiam eles que toda noite os pets se encontram às escondidas. —um romance proibido pelos pais rivais? Romeu e Julieta canino?— Os rapazes tentaram separar os cachorros, mas eles são muito fortes e não vão ficar longe um do outro tão cedo!

Jake e JungWon começaram a se irritar, não com os cachorros, mas um com o outro.

 

— Isso é culpa sua! Se você não fosse um perseguidor eu não estaria nessa situação! — Jake cruzou os braços, fez um bico no lábios e se sentou no banquinho que estava em frente a ele. JungWon se sentou também mas estava indignado.

 

— Culpa minha? O que eu tenho a ver com a sua Layla gostar do meu Wonke?

 

— Como sabe o nome dela?

 

— Não importa.

 

— Você é realmente um perseguidor!

 

— Eu não vou discutir com você mais uma vez, só aceite que o Wonke é irresistível e a Layla se apaixonou por ele. E que nós temos a possibilidade de brevemente sermos avós.

 

— Nós vamos ser avós? — Jake arregalou os olhos se levantou em um pulo, "ser avô" isso ecoava na cabeça dele, "mas eu ainda nem tenho cabelos brancos" — Mas a Layla e eu somos muito novos pra isso! — Jake exclamou alto enquanto andava em círculos e resmungava cada vez mais alto, alto demais e tirava o restante de paciência que sobrava no Yang.

 

Já movido pela força do ódio, JungWon se levantou e empurrou Jake até a parede da sorveteria, deixando o Shim preso entre a parede e o corpo dele.

O rosto de ambos estava corado. O do Yang pela raiva e o do Shim pela vergonha de estarem tão próximos. Jake nunca chegou tão perto assim de algum garoto, ele nunca parou pra questionar a sua sexualidade mas agora ele começa a ter sérias dúvidas sobre ela.

 

Eles realmente estão muito próximos, os olhos estão vidrados um no outro, as bocas entreabertas estão ofegantes e uma gota de suor desce pela têmpora do mais novo.

Eles estão perigosamente próximos. Mas não ousam se afastar.

 

Seria errado querer beijar o seu maior rival? Porque se for, Jake está completamente errado e não quer estar certo. A única coisa que ele quer nesse momento é poder ter a certeza de que os lábios de JungWon são tão macios quanto aparentam ser.

 

Mas isso acabaria com toda a honra e reputação —que ele já não tem—

 

— Por que você fez isso? — Jake sussurra enquanto oscila o olhar entre os olhos e a boca de JungWon.

 

— Porque você acabou com a minha paciência. — Mais um sussurro e menos distância.

 

— Mas você não tinha nada que fazer isso! Eu não sou uma lagartixa pra você chegar assim me jogando na parede, não! Tem que me respeitar! Eu sou mais velho que você! Tenha mais respeito!  Você não tem educação? Eu estou

 

Jake falaria por mais meia hora dizendo que era o mais velho mas foi interrompido pelos lábios de JungWon nos seus.

De início foi um selinho demorado e JungWon se afastou, mas apenas pra dizer:

—Você fala demais.

 

E logo voltar ao beijo. Os lábios se encaixavam com precisão, um dos braços de JungWon estava na parede ao lado da cabeça de Jake enquanto o outro estava na cintura dele. O Shim ficou assustado no começo mas rapidamente fechou os olhos embarcando no ósculo e usou suas mãos para segurar o suéter listrado do Yang.

O ato continuou até que eles se afastassem pela necessidade de oxigênio. Mas JungWon permaneceu com a testa unida a de Jake. Ambos estão ainda mais ofegantes e com as respirações misturas.

 

— Ok. Agora por que você fez isso? — Jake quebra o silêncio com mais um sussurro. Ele ainda está segurando a malha listrada que JungWon está usando.

 

— Porque você fala demais e porque eu quis. — Pela primeira vez desde que se encontraram, JungWon sorriu. Um sorriso verdadeiro e luminoso em que exibia suas covinhas charmosas, um sorriso tão lindo que faria qualquer um se apaixonar. E naquela hora Jake percebeu que não queria mais essa briga boba. Agora ele só quer paz. Quer poder beijar JungWon sempre que tiver vontade e o ver sorrindo assim apenas para si. — E também porque eu já queria fazer isso a algum tempo. — JungWon corou e desviou o olhar depois de dizer isso. E pronto, era tudo o que a alma de Jake precisava pra sair do corpo e ir em paz. Com certeza foi um imenso choque saber que JungWon queria beijá-lo a algum tempo, isso conseguiu atiçar a curiosidade de Jake.

 

— Há exatamente quanto tempo?

 

— Hmm. Há um mês, eu acho. Eu conversei com SungHoon hyung, ele concluiu que isso poderia ser uma paixão incubada, que eu um beijo resolve tudo e tal.

 

— E o que você concluiu?

 

— Conclui que você beija muito bem. — JungWon sorriu novamente, essa foi a vez de Jake ficar envergonhado e desviar o olhar, o que só contribuiu para que o sorriso do Yang aumentasse ainda mais. Jake é extremamente fofo, tem um sorriso encantador e fica ainda mais adorável com as bochechas coradas. Ele deixou um beijinho na bochecha do Shim e sorriu. Eles se beijaram de novo.

 

Com certeza eles ficariam mais tempo ali sendo boiolas e dando beijinhos, mas a noite já caia sobre Sydney, os cachorrinhos já começaram a reclamar com fome e ambos precisavam voltar para casa.

 

Eles trocaram mais alguns beijinhos e abraços — sendo esse o primeiro contato físico dos dois que não fosse socos e empurrões — Jake parou pra comprar um hambúrguer e depois eles levaram os cachorrinhos pra casa, e por uma ironia do destino, até em uma viagem para outro continente eles acabam sendo vizinhos.

 

Jake sorriu com aquela feliz coincidência, — mas que antes ele chamaria de castigo— acenou pro Yang e adentrou a casa azulada.

E lá estava a família Shim, Sr. Theodore, Sra. Areum e Lexie a caçula da família, todos sentados no mesmo sofá, esparramados um por cima do outro assistindo a um documentário criminal enquanto comiam pipoca.

Jake sorriu novamente com aquela cena.

Eles são bastante fofos mas ele ainda não quer encará-los. Jake está uma completa bagunça, tanto interior quanto exterior. Ele acabou de beijar o seu maior rival! Que é um garoto! Ele não sabe se os pais são homofóbicos, eles nunca conversaram sobre nada do tipo, então por via das dúvidas Jake preferiu andar sorrateiramente e desviar do sofá.

Ele foi direto pro andar, ajeitou uma comidinha pra Layla e assim que adentrou o quarto, fechou a porta, soltou um suspirou aliviado e encostou as costas na madeira, escorregou até o chão.

Seus joelhos se dobraram e ele os abraçou enquanto pensava.

"Não seria errado dizer que gosta de um garoto, não é?"

"Aquilo foi bom demais pra ser algo errado."

"Mas e se os meus pais forem contra?"

"O que meus amigos vão dizer?"

"O que as pessoas vão pensar?"

 

Pensamentos desse tipo rodaram a cabecinha do Shim por tempo o suficiente para um mini surto e ele decidiu que precisava descansar. Jake comeu o lanche que comprou e depois se levantou rumando mais uma vez ao banheiro para tomar um banho quente, a fim de tentar acalmar os nervos. Ele cantava baixinho uma música aleatória enquanto ensaboava o corpo. O banho foi um tanto comprido mas serviu ao menos para desviar o foco dos pensamentos. Depois de enxuto, ele escovou os dentes e em seguida vestiu um pijama folgadinho que é bastante confortável e se deitou

O banho ajudou muito e ele se sentiu bem mais leve, mais espontâneo. Os pensamentos ainda estavam lá, porém em menor quantidade. A maioria deles se resumia a uma pessoa: Yang JungWon.

 

É incrível como ele sempre pensou muito nele. Sempre. E agora mais do que nunca ele entende o que a personagem do seu livro preferido sentiu, ele até pode citar uma fala dela: amor e ódio são versões espalhadas do mesmo jogo. Amor e ódio são viscerais. Só de pensar naquela pessoa seu estômago já revira. No peito, o coração bate pesado e forte, quase visível debaixo da roupa.

Antes isso soaria muito tosco, mas agora ele consegue entender perfeitamente.

JungWon sempre mexeu com ele, mas tudo aconteceu de repente, em uma horas estavam brigando e em outra se beijando.

Até chega a ser engraçado. Nada foi resolvido, mas no fundo eles sabem que vai acontecer de novo.

 

Jake sorriu e se remexeu na cama.

Esticou o braço e alcançou o celular sobre a cômoda. A preguiça estava consumindo até a alma do garoto, para economizar uma caminhada, ele decidiu enviar uma mensagem aos pais.

Apenas colocou que chegou em casa, comeu fora e já tomou banho. Então eles não precisam se preocupar. Jake está bem e só que dormir.

 

Depois da mensagem enviada, ele se alongou e se enrolou direitinho no lençol fofinho. Abraçou a tartaruga de pelúcia Jubisleide e os olhos começaram a pesar.

Mesmo com o sono se aproximando e os olhinhos fechando, Jake ainda pensava no Yang.

 

Bem, JungWon não estava muito diferente.

Depois de chegar em casa ele alimentou  Wonkir e tomou um banho com a cabeça borbulhando em pensamentos sobre o Shim. Ele não escondia mais dos amigos — no caso, de Jay e SungHoon — que todo esse "ódio" que ele tinha por Jake era apenas uma fachada que era usava pra se aproximar e trocar algumas palavras com ele, mesmo que a maioria fossem xingamentos, no fundo JungWon sempre soube que nutria uma quedinha pelo "rival", não o julgo, Jake é encantador, sempre sendo carinhoso e ajudando os amigos, e claro, com um sorriso fofo no rosto bonito. JungWon não pôde evitar. Mas hoje foi estranho, quando deu por si ele já estava com Jake encostado na parede da sorveteria, mesmo que quisesse ele não poderia recuar, e não o fez.

 

Beijat Jake foi igual assumir assumir em alto e bom som que estava realmente gostando do garoto. Ele não vai admitir em voz alta ou ao Shim tão cedo, mas pelo mesmo ele sabe disso e não se incomoda nem um pouco.

Talvez até seja retribuído! Tais pensamentos o animaram, ele desceu pro jantar meio saltitante, Jay notou o intusiasmo do snowball mas preferiu não perguntar o motivo na frente da mãe. Talvez mais tarde.

JungWon animou a janta, não parava de sorrir e de falar nem por um instante.

Depois de terminar a refeição ele lavou o prato, beijou o rosto dos tios — eles não tem o mesmo sangue mas JungWon gosta de chamá-los assim — e a bochecha do amigo, pra depois sair ao pulinhos na direção do quarto.

Ele se jogou na cama.

Se esparramou e abraçou os travesseiros.

O sorriso não saía do rosto dele.

 

JungWon está feliz.

Ele se ajeitou melhor na cama e suspirou.

O garoto da casa azulada ao lado direito realmente mexe com ele.

Mas ele gosta. Gosta muito.

Ele fechou os olhos mas sorriso frouxo não escapava dos seus lábios.

 

Talvez houvessem impecilios contra eles?Provavelmente. Mas eles querem apenas curtir o hoje, o agora. Os problemas e preocupações ficam pra amanhã.


Notas Finais


JungWon me chama de lagartixa e me joga na parede🙈 prometo que não reclamo!

O Jake tem uma tartaruga de pelúcia que faz referência a minha tartaruga. Sim, a princesa aqui tem quase 16 anos nas costas e dorme abraçada com uma tartaruga. Mas no meu caso não é Jubisleide é Jubiscleiso. Amou?

2 meses fazendo essa história deu nisso.
:"(( vô cholir. Ai. Ai. Depois eu vou dar uma ajeitada e mudar algumas coisas, eu acho, isso ficou uma caca!:((

Mas assim, essa história também é uma espécie de "comemoração". Finalmente, depois de dois anos de humilhação com um celular que não pega quase nenhum aplicativo e que era meio encapetado, eu ganhei um novo ontem! A coitada da Vi teve que me aturar surtando na timeline hihihi, e também pelos mais de 1000 seguidores! OBRIGADA💗

Muito obrigada se você chegou até aqui.
Toma uma laranja🍊
Até mais, nos vemos em uma nova história^^


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