Era de manhã, já estava em casa depois das viagens que eu fiz com minha família, eu queria colocar as coisas em dia, meus filhos voltaram ás aulas, a professora deles passou um trabalho sobre tudo que viveram, eles então decidiram escrever um livro, sei que irão tirar uma ótima nota, pois vivemos muitas aventuras, não ficarei brava se eles colocarem os meus irmãos em um capitulo especial, essa é a vez deles.
Mas dessa vez eu não estava muito bem, fiquei gripada e me deixou bem derrubada, Henry até foi na farmácia comprar um remédio para mim, fiquei com uma pontada de esperança de melhora, mas não foi isso que aconteceu, eu acabei piorando, tive febre alta e fui para o hospital, lá me diagnosticaram com pneumonia
Fiquei por lá mesmo, pois a última coisa era passar para meus filhos, eles precisam fazer as coisas da escola, já basta a situação que eu passei, tentei apagar com essa viagem. Mas trabalhos para Henry também não queria, ele tinha o trabalho dele no exército britânico, poderia ser convocado para uma missão, pois ainda tem alguns problemas que estão ocorrendo no mundo (na década de 50).
Então fiquei sem ver meus filhos por algumas semanas, eu então recebia cartas devido ao meu estado de saúde que não estava melhorando, mesmo tomando os remédios, meu corpo não estava aceitando, eu tive algumas reações alérgicas e nada de melhora. Nesse momento senti lágrimas brotando, pois queria que eles tivessem aqui comigo, parece que esse sentimento de culpa veio de novo, não foi suficiente a viagem, eu estava sozinha, não era mais aquela solidão de quando fiquei em Cair Paravel tomando conta do reino, ansiosa por aquela porta abrir e relevar eles do jeito que tivesse, mas que eu pudesse abraçar, quando vi Edmundo e Lúcia, tive uma onda de alivio e ainda ficava preocupada com Pedro,nosso irmão que carregou toda a responsabilidade de ser o Alto Rei.
Me arrependo de não ter saído correndo do castelo e ido até onde estava, mesmo que eu não encontrasse, mas iria ter insistido em ver ele, acudir ele, pegado minhas flechas e enfrentasse tudo por ele, não preocupada sem fazer nada... Arriscaria, sabendo que dois dos meus irmãos estavam sã e salvos, foram escolhas que eu não fiz. Mas assim que o destino quis, era para mim ter ficado ali, saberia por que Aslam me segurou ali.
Nesse momento era eu que estava sofrendo com minhas consequências de ter ficado materialista, pensando em compromissos sociais, lingeries, batons, frivolidades idiotas. Uma maturidade que não foi aceitável aos olhos de Aslam naquele dia. Mas nada é por acaso, fiquei com meus filhos, marido, o que foi um antidoto para essa perda grave que eu tive. Então com as minhas tristezas que estavam ali, a porta se abre e revela uma enfermeira preocupada, como uma mae com o filho;
_Senhora?Precisa comer, pois os remédios deixaram você pior...Diz ela olhando para meu estado, minha pele branca demais e marcas de lágrimas que de mágoas comigo mesma.
_Deixa isso, remédios seria bem melhor. Falo
_Mas a imunidade baixa não está ajudando, remédios seria quando estivesse melhor. Químicas podem piorar...
_Tá bom então.
_Tem sopa de legumes, canjas,...
_Uma sopa por favor.
Então ela anotou na minha ficha e saiu. Eu nem tinha muita fome, eles traziam comida e eu nem comia muito então fui tomando apenas as químicas, tristeza tinha tirado minha fome, mas agora eu vou ter que comer....
Logo em seguida vem a sopa, pelo que eu vejo, parece uma delicia, então arrisco a comer, e por sinal está uma delicia, como tudo e depois deixo perto da minha cama para recolherem e me sinto melhor. Me alimentar fez melhorar um pouco, acabou a minha indisposição.Então pude sair um pouco na parte da lanchonete do hospital, tomo um chá, que por sinal estava ruim...
Passou um tempo, vieram me visitar, pois já estava melhor para ficar perto da minha família, eles me contaram que pegaram as anotações que tinham no cofre, na hora que eles falam isso fiquei um pouco assustada, por que será que ele deixou? Pelo que eu conheço, devem ter insistido até ver o que tinha.
_Colocamos a parte da vida de ouro de Nárnia mae. Fala Rilian.
_Fica essa parte mesmo filho, pois não quero mais coisas pessoais, pois outros colegas mais novos têm que ter a visão de um mundo mágico, não esse ruim que temos, você sabe.
_Ah as guerras já bastam mesmo. Diz ele meio triste.
_Sem falar no que aconteceu, mas a nossa família. Fala Lila.
_Então, por isso mesmo. Finalizo.
Henry chega com uma cesta e logo fala:
_Pra te alegrar, amor.
_Ah obrigada. Digo e logo que abro, vejo algumas coisas gostosas, isso me deixa melhor. Não esperava que ele viesse com essa.
_Tive informações que você não estava comendo em alguns dias... isso me deixou triste e tive que falar para eles te fazer comer nem que seja contar sua vontade, não quero perder você.
_Ah, as químicas até que não foram ruins, pois teve dias que a comida estava sem sal.
_Não justifica, é assim mesmo que as coisas são.
_Mas aqueles dias não consegui comer.
_O que aconteceu então?
_Eu estava pensando nas escolhas que eu fiz quando era mais nova...
_Olha revirar passado não adianta, já te falei, estamos aqui agora. Diz ele por fim para mim não querer discutir, típico dele.
Narrador on
Saindo do hospital, voltou a rotina e não esqueceu de ajudar seus filhos no livro que eles estavam prestes a terminar e publicar para uma editora, pois a história estava tão boa, que a professora indicou eles, pois era real, um mundo mágico que envolvia qualquer pessoa que lia o conteúdo, então ela ajudou. Pegou alguns cadernos que anotou e mais coisas da infância.
Quando terminaram o trabalho, o dia de apresentar para turma, reuniu toda a escola, era a hora de mostrar em primeira mão e ver depois quem iria comprar. Eles eram toda a historia que tinham, a plateia em si, no final das contas, choraram de emoção e aplaudiram de pé o livro das: Crônicas de Família.
A apresentação terminou com a Lila cantando wundekind, fazendo eles ganharem a semana literária da escola e ter depois um dos best sellers mais vendidos do mundo, viajaram para dar autógrafos e falar para todos que é possível construir ou descobrir um mundo doce diante de um período trágico na vida.
Quando Susana precisou viajar para levar as coisas que tinha no cofre de casa para a casa da sua infância, pois já tinham cumprido a missão que era os filhos lerem, o trem teve um problema no trilho fazendo ele pegar fogo e cair do trilho ponte abaixo, foi assim que ela morreu para o nosso mundo e reencontrou os seus imãos no pais de Aslam, ganhando assim a sua segunda chance, viu que era um mundo muito melhor que a cidade dela e aquela Nárnia que reinou junto com seus irmãos.
Quando viram ela, ficaram surpresos e emocionados, ela viu eles do jeito que estavam naquele dia, eles contaram tudo das aventuras que só começaram e dali por diante iria ser a felicidade eterna na nova Nárnia.
Narrador off.
Epilogo
Quando a família soube da sua morte, ficaram de luto e não choraram tanto igual ela estava, mas tiveram a certeza que agora ela estaria no pais de Aslam, se Henry encontrou outra pessoa? Dessa vez foi uma parente de Digory, era a sobrinha neta dele, chamava Liliandil, poi é, Nárnia nunca iria deixar eles.
Seguiram em frente e tiveram sucesso na vida, Rilian e Lila continuaram as empresas da Susana pois haviam se formado em administração mesmo ter tido um livro de sucesso, mas essa parte deles seria só hobbie.
Por coincidência do destino, Rilian quando completou 28 anos, se casou com uma mulher chamada Lúcia, o nome da tia dele, teve quatro fillhos, duas meninas e dois meninos, já Lila se casou com um Edmundo e teve dois filhos meninos, assim viveram felizes, os primos dessa vez eram bem unidos. Assim termina um legado que não morreu, estava ali com eles para sempre.
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