As semanas foram se passando, Harry estava feliz com as crianças em casa com exceção das brigas mortais de James e Albus quando insistiam em falar sobre quadribol em Hogwarts.
James Sirius e Lily Luna são da Grifinória, Albus Severus da Sonserina, isso atraiu tanta atenção em cima da família principalmente por Al ser descendente de uma família completa de ex-alunos da Grifinória.
No entanto Harry não se importava muito com isso, ele conheceu dois sonserinos quais jamais esqueceria, um deles foi Severus Snape, o outro era Draco Malfoy, uma das antigas paixões de Harry.
Não havia um dia que Harry não pensava em Draco, em como gostava do perfume dele, do sorriso, dos cabelos. Em como Potter apenas comprava maçãs verdes, sabia que eram as favoritas de Malfoy.
Porém agora Draco era um adulto casado, pai de um adolescente com a idade de um de seus filhos - sabia pois quando o pequeno Scorpius nasceu o Profeta Diario insistiu em falar como provavelmente o garoto seria arrogante e metido como Malfoy era na adolescência. A vontade de Harry na época foi acabar com o escritor da edição, mas fingiu que não leu para evitar comentários indesejados.
Quando Harry se divorciou de Ginny tudo pareceu diferente, ele queria se reconciliar com Draco, queria contar que ainda o amava e que o perdoava por tudo. Potter desejava que eles finalmente ficassem juntos mas então lembrou-se que Malfoy estava casado, que tinha família.
"Pai, vou me deitar" James anunciou se levantando da mesa, o mais velho sorriu assentindo. Lily já havia subido e Albus estava escrevendo algo em um pergaminho.
"O que está fazendo?" Indagou observando o garoto parar e subir o olhar a Harry.
"Uma carta para um amigo" contou dando de ombros, o mais velho ficou surpreso já que haviam mais ou menos 30 centímetros de pergaminho, a letra de Albus por acaso estava caprichada ", ele gosta de receber cartas no verão"
"Posso ler?" Harry perguntou curioso e o sorriso de Al pareceu nervoso, o garoto pensou em hesitar porém concordou e quando seu pai pegou a carta sentiu como se fosse morrer ali mesmo.
Querido Scorp,
Sei que você está de férias em Paris, eu queria estar aí contigo mas como sabe estou passando as férias com o meu pai esse ano. Logo no primeiro dia ele já quis me ensinar sobre aquilo, eu morri de vergonha quando ele começou a citar coisas sobre.
Eu joguei bastante quadribol nos últimos dias, representei nossa casa certamente! James ficou furioso quando eu ganhei por vinte pontos. Foi bem legal essa parte. Queria que você pudesse vir passar um dias aqui, eu até te deixaria montar na minha vassoura.
Me envie a data de quando você for ao Beco Diagonal, talvez eu convença o papai a ir no mesmo dia e aí compramos as coisas juntos.
E aí? Como está sendo as suas férias?
Atenciosamente,
Albus P.
Após terminar sua leitura, Harry sorriu e devolveu o pedaço de pergaminho ao garoto que parecia vermelho, o mais velho não compreendeu o motivo de Al estar tão envergonhado, ele apenas estava com saudades do amigo.
"Se os pais do seu amigo concordarem, nós combinamos o dia certinho." Disse e Albus sorriu assentindo empolgado, Harry entendeu. Quando estudava também sentia falta de Rony e Hermione, com isso Harry se perguntou o motivo pelo qual seu filho não teria escrito uma carta para Rose também. Antes eles se escreviam o tempo todo mesmo morando próximos, isso se tornou estranho para dizer a verdade. Mas supôs que Al ainda escreveria a prima então deixou para lá.
Enquanto isso...
Draco estava caminhando pelo corredor caminhando em direção ao seu quarto quando ouviu soluços baixinhos vindos do quarto de Scorpius, o loiroplatinado correu em direção ao quarto de seu filho e entrou sem bater urgentemente, preocupado.
"Scorp? Está tudo bem?!" Questionou preocupado acendendo a luz e assim vendo o garoto encolhido na cama com os olhos marejados e o rosto molhado "O que houve, filho?"
Draco fechou a porta e foi em direção ao cama do garoto, se sentou na borda e observou Scorpius se sentar na cama ainda bem abatido "O que aconteceu, Scorpius?"
"Eu estou com saudades de Londres, pai" sussurrou entre soluços, o Malfoy mais velho puxou seu filho para um abraço e o manteve em seus braços.
"Oh... pensei que gostasse de viajar nas férias, Scorp" disse Draco calmamente enquanto tentava tranquilizar seu filho que estava trêmulo "Não é só isso, não é? O que aconteceu?"
Malfoy lançou um olhar de conte-me ou eu vou descobrir sozinho, Scorpius hesitou um pouco mas logo assentiu lentamente.
"Estou apaixonado" Anunciou Scorpius, parecia haver medo em seu tom de voz "por um garoto."
Quando completou a frase, Draco sorriu de canto. Ele já imaginava desde que seu filho começou a falar do tal amigo o tempo todo, certa vez comentou que achava os olhos verdes do amigo lindos e então Draco matou a questão. Ele sabia que Scorpius estava apaixonado por um garoto a qual nunca fez questão de apresentar antes.
"Ótimo, ótimo" comentou o mais velho ainda abraçado ao seu filho "Quem é a peça?"
"Albus Potter" e assim que dito o sobrenome Draco sentiu sua tripas se esquentarem, sua respiração falhar e então o seu sorriso sumiu "e era por isso que eu não queria contar... você não gosta dos Potter."
"Mas é c-claro que eu... gosto. Os Potter são uma família muito boa e se você gosta do Albus está tudo bem para mim, okay?" Afirmou Draco ainda um pouco aflito por dentro, seu primogênito estava apaixonado pelo filho do Santo Potter. "Bom, quando voltarmos para Londres você poderá visita-lo."
Scorpius apertou o abraço e agradeceu milhões de vezes ao pai, algo dizia a Draco que não era uma boa ideia mas o sorriso de seu filho valia por qualquer confusão, qualquer dor. Scorpius estando feliz, Draco ficava satisfeito e apenas isso o importava.
Mais tarde dali, Malfoy foi ao escritório da casa e escreveu uma carta, devo dizer: escreveu várias cartas. Draco pensou em milhares formas de escrever a Potter, porém não conseguiu. Quando percebeu o sol acabara de nascer, havia uma pilha de papéis amassados sobre a mesa e nenhuma carta escrita.
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