História O dia em que o mundo parou - Skate

    Chegando na casa dele, pedi licença e entrei. Ela era grande, simples e muito bonita.

    - Você quer comer alguma coisa? – Nicolas perguntou da cozinha.

    - Não, valeu – Respondi.

    - Liza, você não comeu nada até agora. Toma – ele me deu um lanchinho de presunto e queijo derretido.

    - Por que você me trouxe aqui na sua casa ? – Perguntei assim que terminei de comer.

    - Porque eu vim pegar duas coisas antes da gente sair.

    - Duas coisas?

    - É. Aqui. Pega. – Disse ele pegando algo atrás do sofá

    - Um skate? E novo?

    - Dois na verdade. Esse é seu se você me ensinar a andar. – Ele deu um sorrisinho e foi em direção da porta, e eu o segui.

    Ensinar o Nick a andar de skate foi muito difícil. Ele quase caiu, e caiu, centenas de vezes. Dei muitas risadas nesse dia. Queria que ele nunca acabasse, mas acabou.

    - Nick, ta quase escurecendo. Preciso entrar agora.

    Ele soltou um suspiro e fez que sim com a cabeça. Me acompanhou até a porta da minha casa.

    - Obrigado por tentar me ensinar a andar de skate. Nos vemos amanhã? Perguntou ele.

    - Claro! Você precisa aprender muito mais ainda.

    Ele deu uma leve risadinha.

    - Tchau Liza – ele me deu um beijo na bochecha e foi  embora.

    No dia seguinte, nós fomos até a rampa de skate. Tentei ensinar algumas manobras, mas nem o básico ele sabia ainda. Dei inúmeras risadas pelos tombos que o Nick tomava.

    - Vamos comer alguma coisa? – Perguntou Nick se aproximando de mim.

    - Claro – Respondi meio tímida.

    Nós fomos a uma lanchonete ali perto, pedi um x-salada e o Nick um x-bacon. Nick acabou pagando a minha parte, mesmo eu insistindo em pagar. Achei isso super fofo da parte dele.

    Voltamos pra pista de skate. O tempo passou voando, quando fui perceber, já estava escurecendo.

    - Nick eu... – fui interrompida pelo Nicolas.

    - Já sei, você precisa voltar agora. Certo? – Falou um pouco triste.

    Afirmei com a cabeça.

    Voltamos andando de skate. O Nick ainda tinha algumas dificuldades, mas com o tempo e práticas, elas iriam sumir.

    Novamente ele me levou até a porta da minha casa.

    - Obrigado por ter ficado comigo hoje – Disse Nicolas. – Nos vemos amanhã na escola?

    Não disse nada, apenas afirmei com a cabeça.

    Ele beijou minha bochecha e foi embora.

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