História O diário da lua - One_ The humiliations

A pequena cidadezinha chamada Amanhecer estava pouquíssima iluminada as três da manhã,  avistei de longe uma jovem saindo se sua casa para tirar da porta uma garrafa de leite e entrar de volta.

Era Candace.

Já se passara onze anos desde que seu pei morrera, ela teve de se consolar sozinha, eu só podia acalma-la por meio de seus pensamentos. Só poderia aparecer em carne e osso quando ela completasse a maioridade. O que não estava a demorar. As vezes eu a pegava olhando para o ceu escuro da janelinha de seu quarto, ela estava me esperando, mas eu não aparecia; me esperava sem nem saber de minha existencia. 

Um pequeno fio de luz aparecera no horizonte enquanto eu era absorvida pelo ar e transportada para a terra.

Acordei na cama bagunçada e fui ao jardim da frente, observei a placa de vende-se na casinha minuscula ao lado da casa de Candace.

Cheguei mais perto do cubículo e vi um senhor já de idade parado em frente.

- O senhor é dono da casa?- perguntei e escutei ele murmurar um "sim" 

- quer vendê-la por quanto?

- cem cruzeiros. - disse.- não aceito fiado e não abaixo o preço. 

Levei as duas mãos até a boca. Eu sou a Lua, eu tenho poderes, porque não usá-los? Tossi o pigarro e varios cruzeiros cairam em minhas mãos. 

- serve?- perguntei estendendo a mão para que o velhinho esguio pegasse o dinheiro.

- a cassa é toda sua!- disse, arremessando a placa no meio da rua e saiu dando pulinhos de alegria.

Agora, eu iria ajudar Candace. Só faltam três semanas.

                      ***

- oque deu na sua cabeça pranvir morar nesse ninho de rato?- perguntou Lucy, enquanto Lúcia fazia trancinhas finas em seu cabelo branco.

- eu preciso morar perto de Candace, ela completa dezoito daqui há vinte e um dias. Preciso fazer seus planos de felicidade desde agora. Afinal, como está whyllow?

- ah, whyllow ainda nem completou catorze anos. Mas sabe de uma coisa? Fiquei sabendo que a criança de Meridth está entrando eu uma coisa chamada puberdade.- disse, como se estivesse com medo.

- Lúcia?- chamei-a, fazendo a mesma olhar em minha direção. - oque há?  Está calada demais...

- é que... vão me substituir...- disse chorando. - eu não posso mais ser uma estrela...

Meu coração saltou pela boca. Ela estava no céu desde que comecei a ser Lua. era assim, quando alguém ouvia a voz misteriosa, sabia que sairia do ramo. Fiquei sabendo de varios astros que viraram humanos, porque o nosso mundo _ céu,  estrelas, lua, sol, tudo_ não é igual aos outros. Eu não fico girando o planeta, cada estado têm sua propria lua e seu proprio sol. E agora, Lúcia, a estrela que sempre tentava ser exemplar iria virar completamente humana, tudo porque o próprio céu escolheu assim.

- Lúcia, eu sinto muito...- tentei consolá- la, mas não adiantou, ela não parava de chorar.

- acho nelhor irmos embora, Lúcia.- disse Lucy passando a mão por seu ombro. Elas desapareceram rápido, nnão sei se foi pela vontade de ir embora, ou se foram minhas lágrimas que empataram minha visão. 

Andei rápido até o riacho perto da feira e sentei a beira da água. O reflexo e a luz do sol regletiam na água e iluminavam-me o rosto, tinha tanta vontade de vê-lo, de senti-lo olhar me de cima, e de ouvir o som de suas palavras. Mas não podia. Eu era a noite,ele era o dia, nnão combinamos.