-você precisa acordar, Cand. Se levantar tarde, a bela dama irá lhe castigar.- a voz sussurrava em meu ouvido.
- quem é você? Mesmo que eu tente acordar sabe que não consigo.
- filha minha, por favor, acorde.-do nada a voz sombria era substituida pela voz de meu pai, e eu podia vê-lo parado ao lado de minha cama acariciando meu cabelo, como fazia antes, quando eu tinha um pesadelo.- você tem que acordar- dizia ele desesperado.
- papai, leve-me com você...tire-me daqui, por favor...
- ACORDA! - a voz doce de meu pai se transforma aos poucos na voz da severa madrasta e então ele começa a enrroscar suas mãos gigantes em meu pescoço empatando minha respiração.
Eu podia jurar que não foi só um simples pesadelo. Eram quatro horas da manhã.
Coloquei minhas roupinhas encardidas e fui para a porta da rua pegar o galão de leite deixado lá. Já era minha hora de levantar.
Peguei um balde d'água e uma vassoura no porão e comecei a lavar a casa de cima a baixo com exceção dos quartos de Maribel, Maribela e Sra. Marilene, que ainda dormiam, e seria assim até umas dez horas, até lá, eu estaria sossegada.
Um passarinho que provavelmente, se não me engano, deve ser um sabiá, pousou sobre a janelinhada cozinha e llá ficou entoando uma melodia doce, forte e agradável aos meus ouvidos. Dancei a melodia dos sonhos enquanto lavava a cozinha, que como em um passe de mágica virara um salão incrível enfeitado com metros e metros de tecidos dourados dos mais caros que podia-se imaginar, não que eu entenda dessas coisas. Minha vassoura se tranformou em um belo principe bem vestido que me conduzia levemente em uma valsa calma e serena, onde eu não estava mais vestida com meus trapinhos, mas sim, com um vestido justo de renda que mal cobria até minhas coxas e que tinha uma encantadora calda que descia até o chão. Giramos e giramos ao som da música que já não era mais tocada por um pássaro, mas sim por uma orquestra de homens lindos e bem vestidos e esguios. Nossa alegria estava bem visivel, mas um estrondo acabou de vez com minha visão e fez com que meu paraiso sumisse, e de volta, estava eu na casa sombria, fria e úmida.
Olhei em volta e vi Maribela com as mãos estendidas e os olhos fechados parada em frente a uma panela caída da prateleira de cima. (Kkk pensei que era um fantasma)
Já ouvi dizer que despertar um sonâmbulo pode causar severas consequências, então, cheguei perto dela e a empurrei levemente com a ponta do cabo da vassoura em direção a escada que a levaria até seu quarto.
Olhei para o relógio fundido na parede, pois o barulho de seu pêndulo me deixava louca, já marcavam seis horas. Será que minha hipnose me tirara do controle esse tempo todo?
Eu ainda tinha de enxigar o chão da cozinha, que estava ainda encharcado. Peguei os panos de chão e enlouquecidamente comecei a enxugar tudo, não iria dar tempo, eu era só uma. Estava perdendo as esperanças, e dois esquilos rechonchudos (não sei se é assim que escreve) e peludos entraram pela cozinha e começaram a esfregar suas caldas peludas no chão e estava funcionando. Não sabia se era sonho, porque era impossível, mas se era real, teria de aproveitar.
Pus-me a preparar o café da manhã como um raio e as seis e meia já estava pronto e posto a mesa, mas é claro, tive uma ajudinha dos esquilos. Tirei-os da cozinha e acordei todas para tomar o café. Como sempre, é claro, desceram as escadas resmungando e reclamando de tudo. Peguei um pao dormido e um copo de água e comi. Entrei no quarto de Maribel para escolher a roupa que ela iria hoje para a escola, um vestido rodado e cheio até os pés que tinha a coloração azul claríssimo, quase um diamante. Em seguida, fui ao quarto de Maribela, seus vestidos eram diferentesdos de Maribel, eles nnão iamaaté o pé, não eram cheios de tecido, mas eram muito mais caros. Acabei por escolher-lhe um vestido violeta, mas como era invejosa, iria querer um parecido com o de Maribel, típico, então escolhi um verde que chegava oerto do azul, o vestido era até os joelhos e brilhava aos olhos de quem via, tinha renda da mais cara espalhada pela gola do vestido. Agora era minha vez, eu iria com a roupa que já estava veatida.
Quando terminaram de vestir suas roupas, deram-me seu material e carreguei até a entrada da escola.
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