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História O Diario do Mal - Mais vitimas


Escrita por: PauloH1987

Capítulo 11 - Mais vitimas


Mal cheguei a minha casa e contei todo o ocorrido a Taeyeon, que pareceu bem feliz ao saber que eu tinha terminado com ele.

- Então, não vai ter mais que ficar junto daquele homem ruim?

- Não e bem assim! Pois, infelizmente ainda trabalho com ele. - me levantei - Mas, se não se importa, eu quero descansar um pouco, esquecer um pouco desse dia.

- Esta bem.

- Vem comigo? Vai ser bom ter alguém que eu gosto junto comigo.

- Sim. - ela sorriu ao me acompanhar.

Fiquei um bom tempo deitada, abraçada a ela até finalmente dormir. Poderia ter continuado assim por horas, se o telefone não resolvesse ficar tocando sem parar.

- Quem será que resolveu estragar o meu descanso? - perguntei nervosa ao acordar e pegar o celular - Tinha que ser!

- O que? - Tae me olhou.

- O idiota do Drake! - disse ao recusar a chamada e desligar o celular, voltando a me arrumar junto a ela - Acho que assim, ele vai entender que não quero falar com ele.

- Ou, ele ira vir até aqui.

- Bem observado. - a apertei contra mim, sentindo melhor o seu perfume - Não o quero aqui, o mantenha bem longe.

- Com todo o prazer. 

Voltei a fechar meus olhos e dormi tão bem, que quando acordei, eu já não sabia nem mais que dia era.

- Esta melhor? - ela perguntou ao se colocar na minha frente.

- Muito. - respondi ainda sonolenta ao olhar para a janela - Dormi demais, já esta até escurecendo, ou amanhecendo? - olhei confusa para ela.

- A primeira opção. – sorriu. 

- Menos mal. - me levantei e caminhei até a janela, dando uma olhada em direção a casa de Drake, onde as luzes da mesma estavam apagadas.

- Eu o mantive longe daqui, como me pediu. - a ouvi falar.

- E eu agradeço por isso. - passei a correr com os olhos a rua - Algo não esta certo.

- O que não esta certo? - ela se aproximou de mim.

- Essa rua, tem algo de estranho nela.

- Como o que?

- Eu não sei. Só que tem algo de diferente nela - dei uma última olhada antes de fechar a janela - E se não se importa, eu gostaria de comer a sua comida hoje.

- Tudo para agrada-la. - fez uma reverencia - E o que a minha esposa deseja comer?

- Um pouco de tudo.

- Então, já esta na mesa. - disse ao me dar o seu braço - Eu te acompanho.

- Por favor. - sorri ao segurar ele.

Enquanto jantávamos, deixei a televisão ligada, para assim ir me atualizando nas noticias, foi quando informaram que mais dois corpos tinham sido encontrados, a algumas quadras de onde os cinco primeiros foram deixados.

- Caramba, quando e que vão prender esse sujeito? - perguntei indignada - Isso já esta ficando fora de controle.

- Pois e. - ela concordou ao começar a se servir.

No momento que fui fazer o mesmo, começaram a descrever as novas vitimas, ao qual quando descreveram o homem, corri para frente da TV, onde mostrava fotos dos documentos encontrados próximo a eles.

- Eu não acredito! - tampei a boca e cai de joelhos no chão ao ver a foto do Drake sendo exibida. 

- O que aconteceu? - Tae foi para perto de mim.

- O Drake, foi uma das vitimas! - comecei a chorar enquanto descreviam como foram encontrados. 

- E uma pena que isso tenha acontecido, mas ele sabia dos perigos de ficar andando por ai com um assassino a solta.

- Isso não esta ajudando Tae. – falei nervosa.

- Me desculpe. - ela se ajoelhou ao meu lado, me abraçando - Garanto que ele esta em um bom lugar agora.

- Tem como você achar esse assassino? - olhei para ela.

- Poder eu posso. Mas, para isso vou ter que me afastar de você, deixando-a desprotegida. O que vai contra o meu propósito.

- Mas, e se eu for junto? – sugeri.

- Você quer ir de encontro à morte desnecessariamente? - falou nervosa - Você esta ficando louca? Não posso permitir que você faça uma burrice desse tamanho.

- Você não pode me impedir! - me levantei e fui em direção à porta, mas fui jogada contra o sofá, ficando presa no mesmo - Me deixa ir! 

- Desculpe, mais você não sairá daqui. - disse seria - Não até você se acalmar e ver como e idiota essa sua ideia.

- E se não me soltar, eu vou gritar e os vizinhos virão até aqui.

- Vai ser meio difícil, sem a sua voz. - ela fez um gesto com os dedos - Me desculpe, mas isso e para o seu próprio bem.

Tentei gritar, mas minha voz não saia. 

- E seus poderes serão retirados, até que você entenda que não podemos fazer nada, quando o Anjo da Morte resolve levar alguém.

A vi se transformar em nevoa e sumir diante de meus olhos, me deixando sozinha ali com os meus pensamentos.

Horas se passaram e não adiantava o que eu fizesse ou quanta força eu usa-se, não conseguia me mover dali.

"Acho que ela tem razão, eu quase me coloquei em perigo por algo que não posso reverter." - olhei em volta, tentando sentir a presença dela - "Onde será que ela foi?"

Ficava imaginando onde ela poderia estar ou quando voltaria, até que ela apareceu assim que os primeiros raios de sol invadiam a casa.

- Pensou bem sobre o que eu disse? - perguntou calmamente, onde respondi que “sim” com a cabeça - Se eu devolver a sua voz, você vai gritar? - balancei a cabeça negativamente, ao qual ela tocou meus lábios.

- Para onde você foi? – perguntei curiosa.

- Ver o que eu poderia fazer por você. - balançou a mão, me soltando do sofá - Quebrando a regra que meu criador me impôs e sofrendo as consequências disso.

- Como assim? - olhei preocupada com ela.

- Se eu quebro uma regra primordial, eu sou castigada. - se virou de costas para mim, levantando a sua camisa, me mostrando vários cortes profundos nela.

- Quem te fez isso? - perguntei horrorizada.

- Meus queridos irmãos, por sua culpa.

- Me perdoe, eu não sabia que isso...

- Esta tudo bem. - me cortou - Eu ja te perdoei.

- Eu vou te curar, só vou pegar a faca. - corri apressada em direção a cozinha.

- Esses ferimentos não podem ser curados assim. - falou me fazendo parar.

- Então como? Me diga que eu farei o que for preciso.

- Eu também não sei como.

- Vou te levar para um hospital então.

- E como eles vão reagir ao ver isso e me ver ainda de pé? – indagou – Eles não irão acreditar em nada do que falarmos, e isso pode sobrar para você.

- Nesse caso, vem comigo. Eu posso não conseguir cura-la, mas, posso cuidar de seus ferimentos.

Fui até uma gaveta, pegando curativos, remédios além de agulha e linha.

- Deite- se de barriga para baixo. - falei apontando para o sofá - Eu vou pegar um pouco de água para limpar os machucados.

Assim que peguei tudo, comecei a limpar com cuidado os seus cortes e fazendo curativo nos que dava, sobrando os maiores.

- Vou tentar costurar os que faltam. - falei ao passar a linha pela agulha - Não se mexa.

- Tentar? Você nunca fez isso antes? - perguntou confusa.

- Não, mas já assisti várias vezes fazerem isso, em seriados médicos. - ri sem graça.

- Esta bem, faça o que achar o certo. - disse fechando os seus olhos.

Meio com do, passei a costurar aqueles cortes, segurando a vontade de chorar enquanto me xingava mentalmente por tem deixado naquele estado.

- Tem como parar de pensar essas coisas de você? - ela falou abrindo uma brecha de seus olhos.

- E você quer que eu pense o que? Olhe como você ficou por minha causa!

- Você não sabia que isso poderia acontecer. Esqueça disso.

- Não tem como, sempre que eu olhar para isso, eu irei me lembrar.

- Se for assim, não olhe. - se levantou e começou a se vestir.

- Então, não poderei tocar também.

- Se isso for para evitar que se insulte, sim. 

- Me desculpe, por ser uma péssima companheira. - disse de cabeça baixa.

- Você para mim, continua sendo a melhor. - levantou meu rosto, para que eu a visse – Pois, cuidou de mim, o que nenhum outro fez.

- Eu cuidei? 

- Sim, só acho que pode melhorar na costura. – sorriu.

- Essa foi a minha primeira vez fazendo isso.

- Eu sei, e agradeço por ter feito. - me deu um beijo rápido.

- Bem, agora vou me arrumar. Pois, a família dele vai precisar de apoio nesse momento.

Passei boa parte daquele dia resolvendo os problemas em relação ao funeral dele junto ao nosso chefe, já que a família do Drake estava inconsolável e não conseguiam fazer nada a não ser chorar. 

- Obrigada pela ajuda com isso. - disse ao pegar mais um documento - Eu não sei como eu faria tudo isso sozinha.

- Não me agradeça. - me abraçou de lado - Como você esta?

- Eu não sei, pois, ainda não caiu a minha ficha.

- Ainda bem que você não estava junto com ele quando isso aconteceu, pois seria demais perder três grandes amigos em menos de um mês. – ele falou ao começarmos a caminhar.

- Espero que encontrem logo quem fez isso, e que o mesmo apodreça na cadeia. - falei nervosa.

- Eu também espero que isso aconteça, mas no momento, temos que apoiar a sua família.

- Sim senhor.

Durante o seu velório, passei boa parte dele ao lado de sua mãe, tentando em vão a consolar e durante o enterro de seu corpo, permaneci ali em pé até a última pessoa ir embora.

- Ele já foi levado há horas. - ouvi a voz de Tae ao meu lado.

- Eu sei, porem e triste ver uma pessoa que você amou durante anos, partir desse jeito. - abaixei dando um beijo em meus dedos e tocando a sua lapide - Descanse em paz, Drake. E me desculpe, por ter feito aquilo com você.

- Tenho certeza que ele ira lhe perdoar, agora vamos. - disse ao me dar a sua mão - E perigoso ficarmos aqui.

- Sim, vamos. - segurei sua mão, me levantando.

Os dias que se passaram foram tristes para mim, pois um pedaço de minha vida tinha ido embora com ele. Tanto que eu só saia de casa para visitar os seus pais ou para comprar algo para a casa.

Numa dessas saídas, passei a notar que um carro desconhecido ficava estacionado em certos pontos durante o dia. Se eu fosse para o mercado, ele estava no estacionamento. Se eu tivesse fosse visitar os seus pais dele, o mesmo carro aparecia a alguns metros, tirando que ele passava toda a noite no outro lado da rua, bem enfrente a janela de meu quarto.

- Será que estão me seguindo? - perguntei a mim mesma, enquanto o vigiava com a janela entreaberta - Pois, não pode ser coincidência isso tudo.

- Do que você esta falando? - Tae perguntou ao se sentar na cama.

- Aquele carro, para onde eu vou ele sempre aparece.

- Me deixa ver. - se aproximou de mim e passou a olha-lo - Ele esta vazio e não sinto a presença de ninguém nele há dias.

- Tem certeza disso? – estava ainda desconfiada.

- Não posso dizer que tenho certeza, pois, pode ter algo nele que me impeça de eu ver melhor ou uma armadilha mágica.

- Será que tem a ver com o assassino? - perguntei assustada.

- Se for, ele entende de magia, para criar uma barreira nesse nível.

- E bom eu trancar bem todas as portas e janelas, pois, se for ele, eu não quero que entre aqui!

- Se alguém entrar, eu a protegerei. Não irei deixar que façam nada de mau a você.

- Obrigada, me sinto bem mais segura agora. - sorri ao olhar para ela - Me acompanha para ver se estava tudo trancado?

- Sim. Não sairei de seu lado.

Descemos e íamos olhando tudo, portas e janelas, só ficando sossegada ao ver que estava tudo fechado e protegido.

- Mais calma agora? - ela perguntou ao me ver confirmar que a porta da frente estava bem trancada.

- Bem, sim. Embora eu ache que uma barreira aqui não fosse uma má ideia. – apontei em direção à porta.

- Que tipo de barreira?

- Sei lá, um muro de aço com cães de guarda e atiradores em cada canto.

- Tem uma boa imaginação. – riu.

- Só não quero que nada entre enquanto eu estiver dormindo.

- Eu ficarei de guarda para que nada ocorra, pode deixar. Só vou precisar que tire a minha capacidade de dormir para isso.

- Você realmente quer fazer isso? - olhei em seus olhos.

- Sim, eu quero lhe proteger.

- Esta bem, irei pegar o diário. – disse ao me virar. 

Mal me virei para ir ao quarto, ouvi um barulho estranho vindo da porta de entrada e logo em seguida um barulho ainda maior, como se uma bomba tivesse explodido e pedaços de madeira passaram a acertar o meu corpo.

Olhei em direção a porta e uma fumaça espessa me impedia de ver o que acontecia, só sendo perceptível um vulto que apontava algo para mim, onde senti uma pressão no meu ombro e tudo passou a rodar, onde acabei desmaiando.

Acordei meio tonta num lugar escuro, com luzes passando rapidamente. Tentei me mover e percebi que estava amarrada, além de amordaçada. Aos poucos eu fui me situando onde estava: no banco de trás de um carro em movimento.

- "Taeyeon, onde você está? Preciso de sua ajuda!" - a chamei mentalmente, mas não obtive resposta.

- Desculpe, mais ninguém vai vir te salvar. - uma voz feminina falou comigo ao perceber que eu estava acordada, que deduzi ser da motorista – E eu nunca achei que entre todas as pessoas, você seria tão idiota de invocar com um demônio, Tiffany.




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