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História O Diario do Mal - Parte de um plano


Escrita por: PauloH1987

Capítulo 15 - Parte de um plano


O clima ali estava pensado, pois, o poder que aquele ser exalava era muito forte, alem de extremamente perturbador.

- Esta bem, me desculpe. - Tae tentou falar mais calma – O que você faz aqui na minha cidade? Aceita um café ou um chá?

- Você sabe que eu não gosto dessas coisas! - bufou de raiva ao se virar para mim – E você humana, saia das sombras e venha até aqui!

"Será que ele esta falando comigo? - pensei ao olhar em volta.

- E com você mesma, sua idiota! Venha logo para cá!

- Você não pode desrespeitar a minha mestra. - ela falou nervosa.

- Eu desrespeito quem eu quiser, sua verme miserável! - disse fazendo um gesto com o dedo, fazendo com que Tae caísse no chão. 

- Não a machuque, por favor! - pedi ao me aproximar dele.

- Linda e educada. - sorriu me mostrando seus dentes pontiagudos - Além de uma completa idiota!

- Só veio aqui para nos encher de elogios, Zahor? - Tae perguntou com dificuldade ao qual levou outro golpe dele.

- Na verdade não. - respondeu chegando perto de mim, onde encostou os seus dedos em minha barriga – Eu também vim arrumar a droga da bagunça que minha irmã idiota resolveu fazer. O que nos colocou em perigo.

Senti novamente minha carne se abrir e um grito de dor saiu forte de dentro de mim, me fazendo cair no chão, vendo a copia do diário em suas mãos, coberto de sangue.

- Eu devia deixa-la morrer! Pois, por sua culpa muitos perderam as suas vidas. - ele se abaixou e tocou minha barriga - Só que infelizmente, precisamos de você viva, pois agora você faz parte de nossos planos.

- Que planos? - perguntei ao sentir que a dor amenizou um pouco.

- Na hora certa, você saberá. - estalou os dedos, fazendo o diário original aparecer em sua mão, os juntando de novo e o jogou encima de mim - E espero não ter que voltar a essa espelunca por sua causa, pois, você não ira me querer ver nervoso.

- Não quero mesmo, senhor. - respondi com medo.

- Ótimo. - e voltou a sua atenção para Tae, que ainda estava caída - E quando a você, espero que não saia da linha e se controle, para o bem de vocês duas. Pois, iremos ter uma grande e feliz reunião de família daqui a alguns dias.

- Nunca e feliz essas reuniões, pois, eu tenho que olhar para a cara horrível de vocês. - ela disse debochada, levando um chute no rosto daquele ser.

- Esta avisada, sua verme imunda! - disse ao começar a sumir.

- E sempre um prazer revê-lo. - ela disse se sentando - Você esta legal? - perguntou me olhando ainda deitada.

- Acho que sim, e você?

- Vou sobreviver. - sorriu limpando o sangue que escorria de sua boca.

- O seu irmão, ele e bem assustador.

- Ele é um pouco temperamental, na maior parte do tempo. - foi até mim, me ajudando a se levantar e ficou olhando minha barriga - E ele te marcou.

- Me marcou? - olhei para minha barriga e uma marca estava em minha pele, como se tivesse sido arranhada - O que isso significa?

- Se pisarmos fora da linha que ele impôs, ele volta para "conversar" com nos duas. - ela falou ao pegar o diário no chão - E o desgraçado ainda fez questão de travar o meu diário!

O olhei e vi que linhas na cor vermelho sangue estavam envolta dele, impedindo que desse para abri-lo

- Você não consegue retirar eles? – perguntei.

- Poder eu posso. - respondeu os analisando - Só que, se eu cortar o primeiro cordão ele estará aqui em poucos segundos.

- Então, e melhor não mexer. - disse imaginando ter que vê-lo novamente.

- Eu concordo com você. - olhou em volta - E estamos desprotegidas.

- A barreira já era?

- Sim, irei refazê-la, já que você não tem mais poder para isso.

- Não tenho? Por quê?

- Ter ainda tem, só que essa marca impede que você possa a usar. - apontou para a minha barriga. 

Sem ter o que fazer, fiquei a olhando refazer sozinha a nossa proteção e depois cair exausta no sofá.

- Tem algo que eu possa fazer por você? - cheguei perto a abraçando.

- Só fique assim comigo um pouco mais. - me abraçou também.

Passamos aquela noite abraçadas no sofá, nos recuperando da visita de Zahor, que descobri ser o segundo mais velho entre eles, e de acordo com Tae, ele era um “poodle fofo” perto do mais velho.

- Eu não entendo o motivo dele ter nos tratado desse jeito. Afinal, nos não fizemos nada de errado, né? - apertei o abraço.

- Como eu disse, ele é bem temperamental. Ele deve ter levado uma bronca do atual mestre dele e resolveu descontar a sua raiva em nos.

- E uma coisa injusta isso. – respirei fundo - E o que ele quis dizer com que "por minha culpa, muitos perderam a vida?"

- Eu não sei dizer. - ela suspirou - Só sei que é bom obedecermos, por enquanto.

- Melhor, não quero mais confusão. - me levantei - Vem, vamos tomar um banho, para repor um pouco as forças.

- Esta bem.

Enquanto subíamos, ouvimos novamente a porta dos fundos começar a ser forçada.

- Serio? De novo? - desci revoltada acompanhada dela e ficamos olhando a porta se abrir.

- A mamãe voltou! - a “mulher mascarada” disse entrando em casa com uma arma nas mãos - Qual e, vão dizer que não sentiram a minha falta?

- Sua desgraçada! - Tae correu para ataca-la, mas, parou com um comando da mulher.

- Sabe, eu sabia que vocês iriam voltar alguma hora. Por isso, espalhei armadilhas pela casa. - apontou para as paredes, onde símbolos surgiram com o seu comando - E Fany, por favor, me entregue esse diário. - esticou a sua mão em minha direção.

- Não vou entrega-lo. - falei o abraçando, na tentativa de protegê-lo.

- Sempre cabeça dura. - apontou a arma para mim - Me entregue logo, senão, serei obrigada a usa-la em você.

- Entregue para ela! - Tae disse ao me olhar - E melhor a sua segurança do que a dele.

- Olha só, a demônio tem um coração. – ela provocou.

- Tem certeza disso? - perguntei confusa a vendo ali presa.

- Sim, eu não quero que se machuque.

- Esta bem. - joguei o diário para a mascarada, que se abaixou e o pegou, ainda com a arma apontada para mim – Pronto, você já o tem, pode ir agora! – falei.

- Desculpa Fany, mas, não e só isso que eu vim buscar. - disse atirando em mim

Olhei para onde fui atingida e vi uma espécie de dardo preso em minha pele, tipo aqueles q usam para acalmar animais selvagens e cai desacordada. Quando recobrei a consciência, estava novamente no banco de trás daquele carro.

- Qual e, precisava me sequestrar de novo Tae? - perguntei ao voltar a mim.

- Só para não perder o costume. - riu – Mas, dessa vez não esta presa.

- Pelo menos isso! - levei a mão a minha cabeça e vi que algo cobria o meu pulso – O que e isso? 

- E uma espécie de bloqueio, para a minha gêmea malvada não vir atrás da gente.

- Só que tenho outra marca agora. Ganha sem o meu consentimento por um dos irmãos dela.

- Eu o vi, e esta bloqueado também. - respondeu pegando uma pasta no porta-luvas e me entregou - De uma olhada nisso.

- O que são essas coisas? - perguntei ao abrir e ver vários documentos ali.

- As fichas de todas as vitimas do seu demônio de estimação.

- Por que insiste em dizer que ela matou alguém? – perguntei revoltada.

- Olhe as fotos e você saberá. - foi sua resposta.

A contra gosto passei a ver as fotos e algo me chamou atenção, em todos os corpos, incluindo no de Alyce, possuíam a mesma marca na altura do coração.

- Esse e o símbolo do meu diário! - falei assustada.

- Sim, isso mesmo. Então, isso prova que a sua amiguinha e a culpada.

- Não pode ser. - disse triste ao fechar aquela pasta – Por que ela faria algo assim?

- Porque você deu sangue a ela, além de liberdade. - disse parando o carro.

- Como você pode saber de todas essas coisas?

- Simples, não é só você que tem um desses. - me mostrou um diário igual o meu, só que o dela era um pouco maior e o símbolo era diferente - Mas ao contrario de você, eu não me deixei levar pelo demônio que esta preso a ele, tanto que ordenei que o mesmo destruísse algumas páginas ao saber que você tinha ganhado posse desse objeto amaldiçoado.

- Então, foi você que fez as páginas do meu diário ficarem negras?

- Sim, mas só fiz nos que poderiam lhe causar algum problema. Só que mesmo com elas inutilizadas, você conseguiu invoca-la.

- Eu estava me sentindo sozinha e resolvi escrever nele como eu gostaria que fosse a minha companhia perfeita. E coloquei na página alguns símbolos que vi lá. – expliquei.

- E pensou em mim para isso?

- Bem, sim. – respondi – Pois, estava morrendo de saudades de você.

- Eu também estava. Só que, eu preferi ficar longe para não te expor a esse perigo.

 - Se eu soubesse que era você a responsável, eu acho que nunca teria feito aquilo. Ou faria, para que você viesse mais rápido. – brinquei – E a propósito, você poderia ter inutilizado a pagina daquela poção horrível em primeiro lugar, pois ai eu não teria que ter tomado aquilo.

- Você o que? – ela me olhou espantada – Por que você fez isso?

- Ela disse que era para criar barreiras para eu não acabar ficando louca ao me passar alguns poderes.

- Não, aquilo e para preparar o seu organismo para que sirva de alimento para ela, quando chegar a hora.

- Do que você esta falando? Ela nunca iria fazer isso comigo. – tentei defende-la.

- Sei, do mesmo jeito que ela não matou todas essas pessoas? - retrucou pegando o meu diário - Se duvida, olhe você mesma.

- Como se ele esta fechado? - perguntei o pegando.

- Ele te pertence, então você pode retirar essas linhas com um simples passar de dedos. E só você querer.

Olhei para ele e passei lentamente meus dedos por cima da sua capa, os fazendo sumir.

- Funcionou. – sorri ao perceber que aquele ser não apareceu – E agora, o que eu faço?

- Ordene que ele te mostre a verdade.

- Esta bem. - o coloquei no meu colo - Eu ordeno que me mostre toda a verdade.

Ele abriu e as folhas passaram a correr até chegar em uma pagina em branco, onde aos poucos vários nomes iam surgindo. Entre eles o de Alyce e Drake, junto a datas, horas e locais que morreram, incluindo detalhes que somente quem estivesse ali no momento saberia.

- Eu não acredito nisso. – falei horrorizada ao ler aquilo.

- Pois acredite, e é bem capaz do seu nome estar ai também.

- Se eu estiver nessa lista, que me mostre agora. - falei, fazendo outros três nomes incompreensíveis surgirem e em seguida o meu - Ela estava planejando me matar?

- Se esta escrito ai, sim. Isso mostra o porquê todos a grande maioria dos antigos donos dele morreram cedo. E é por isso que eu estou aqui, para salvar você. 

- E como você vai fazer isso?

- A matando, junto aos irmãos dela.

- E como planeja fazer isso?

- Eu tinha um plano, que consistia em conseguir todos os diários, e que graças a você, eu já os tenho. Depois, iria invocar todos eles e ai o ritual de destruição teria inicio. Bem, era isso que eu iria fazer.

- Ia? Não vai fazer mais? - perguntei sem entender.

- Ainda não. Pois, se eu fizer isso, corro o risco de perdê-la Tiffany. - sua voz saiu triste.

- Do que você esta falando?

- Graças a burrice que fez ao aceitar a aliança de sangue, se eu destruí-la, você ira junto.

- Eu o que? – perguntei apavorada com aquela afirmação dela.

- Um dos efeitos desse ritual, e se ligar um ao outro. Se um morrer o outro também ira. Por isso, temos que quebrar a aliança que você fez com ela antes de continuarmos.

- E tem como? - olhei para o pano que cobria o meu pulso.

- Deve ter. - disse saindo do carro com o seu diário em mãos - E vamos descobrir isso agora. - abriu a porta para que eu saísse também.

- E como vamos descobrir algo nessa estrada deserta? - perguntei ao olhar envolta.

- Confie em mim. 

Ela passou a desenhar alguns símbolos no chão e no meio deles, o símbolo que estava estampando na capa do dela.

- Eu já vi esse símbolo antes. - falei ao vê-la terminar de fazê-lo.

- Onde você o viu? – perguntou curiosa.

- No meu diário, quando a outra Tae estava tentando descobrir quem estava inutilizando as páginas. E pelo que ela me disse, esse e bem nervoso.

- Então, e bom se afastar um pouco. - disse ao dar alguns passos para trás e eu fiz o mesmo.

- Apareça, sua mestra o chama! - ela ordenou ao qual um ser bem maior e bem mais forte que Zahor apareceu.

- O que você quer dessa vez? - perguntou com raiva fixando seus olhos vermelhos em nos.

Não preciso nem dizer que estava morrendo de medo daquele gigante musculoso. Ele tinha entorno de uns quatro metros de altura, sua pele era cinza escuro, quase preto, olhos vermelhos e chifres prateados.

- Olha como fala comigo! - ela falou nervosa - Preciso da sua cooperação.

- Para que? Já não lhe disse como destruir a mim e aos meus irmãos?  

- Não e sobre isso, e sim se você sabe como desfazer uma aliança de sangue?

Ele olhou para ela e passou a rir.

- Vejo que quer salvar a sua namoradinha do destino cruel que a aguarda. - e se virando para mim, continuou - Sim, eu sei como se desfaz essa idiotice na qual você por escolha própria se meteu.

- Então, ordeno que desfaça! – ela falou seria.

- Não é assim que as coisas funcionam sua nanica! - disse ao qual por uma ordem da Taeyeon, um daqueles símbolos se iluminou o fazendo cair de joelhos.

- Não me obrigue a usar isso de novo. Quebre logo essa aliança!

- Eu não posso fazer isso. - ele respondeu serio - Ela só pode ser quebrada se as duas partes estiverem de acordo, se um dos donos originais pedir ou se nosso pai assim quiser.

- Ela nunca iria fazer isso por vontade própria. – falei.

- Só nos resta então, procurar por um desses donos originais. Já que invocar o pai deles poderia ser um problema dos grandes. 

- Boa sorte tentando! - ele voltou a rir - Pois, eles devem estar todos mortos a essa altura. Se algum estiver ainda vivo, estão bem protegidos por algum tipo de poder enorme que nos impede de encontra-los.

Quando ele disse aquilo, acabei me lembrando do poder que senti enquanto trabalhava na loja, e parando para comparar, ela era bem mais forte do que aquele ser trazido pela verdadeira Taeyeon possuía.

- Você diz, um poder do tipo que falaria para você se afastar, caso contrario, você teria problemas? - perguntei para tirar as minhas suspeitas.

- Pode-se dizer que sim. - me respondeu.

- Eu acho que já senti algo assim. - falei olhando para ela.

- Sentiu? Onde?

- Na loja que eu trabalhava. Passei a sentir uma presença poderosa quando a serie de assassinatos começou.

- Então, iremos para lá. - ela disse pensativa - Não é muita coisa, mas já temos um começo.

- Só que me façam um favor, se acharem ele me invoquem, para que eu confirme para vocês.- aquele ser pediu.

- Eu irei pensar no seu caso. - Tae o olhou seria ao jogar o diário no meio dos desenhos que ela tinha feito – Seus serviços já não são mais úteis. Pode ir embora.

- Esta bem, e a propósito, eu posso retirar a marca de rastreio que você tem na barriga. - ele falou ao olhar para mim.

- Você pode? - dei alguns passos em sua direção.

- Fany, não faça isso. - ela disse ao me segurar – Pode ser perigoso.

- Eu não irei machuca-la. Mesmo sabendo que ajuda-las nisso, implicara na minha morte futura.

Soltei-me da Taeyeon e dei mais alguns passos para perto dele, onde fui tocada por um de seus dedos bem encima do local onde o outro tinha me marcado.

- Pronto, você esta livre dele.

Retirei com um certo receio a proteção que o cobria, para ver que a marca realmente tinha sumido.

- Muito obrigada por isso. - sorri ao me ver livre daquilo.

- Me agradeçam, dando um fim para tudo isso. - disse antes de se transformar em uma nevoa negra e ser absorvido pelo diário.

Assim que ele desapareceu por completo, Tae foi até o diário e o pegou.

- Bem, acho que vamos ter que voltar para o seu bairro. – disse voltando para o carro.

- Mas, eu não quero que você a destrua. – falei.

- Depois de tudo que eu te mostrei, ainda quer que esse monstro continue aqui na terra? Você esta doida por acaso? – perguntou irritada.

- E que como eu já lhe disse, se ela se for, perderei a única pessoa que sobrou para mim.

- E caso tenha esquecido, eu te prometi que você não iria ficar sozinha. – se aproximou de mim – Pois, eu quero ficar com você quando tudo isso acabar.

- Você quer? – olhei confusa para ela.

- Sim. Pois, eu te amo, sua idiota. – disse um pouco mais calma antes de me puxar contra ela, assim me dando um beijo.

Fiquei travada por um tempo, pois, não estava acreditando ainda que aquilo tinha acontecido.

- Convencida agora? – perguntou arrumando algumas mechas do meu cabelo.

- Tem como falar aquilo de novo? Por favor. – pedi.

- Esta bem. Eu te a... – não deixei que ela termina-se, a calando com outro beijo.

- Eu também de amo, sua idiota. – falei ao nos separarmos – Nunca deixei de ama-la. 

- Então, ira me ajudar a destruí-los?

- Só se, aquilo que você disse for verdade. Que ira ficar comigo depois de tudo isso acabar.

- E claro que e verdade, Fany.

- Então, eu irei. Com uma dor imensa no coração, mas, eu irei ajuda-la.





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