História O dono da festa - Tá tudo bem.

- Graças a Deus, você está bem! - falei ao soltá-la do meu abraço.

- Graças a Deus você está aqui - ela disse - passamos por um susto, não sei como não morremos. Que sensação horrível!

- Onde está a Amber? - Harry perguntou.

- Ela está na enfermaria, ela quebrou a clavícula na pancada e machucou a perna - falou Mona - mas ela está bem.

- Menos mal - disse.

- Do jeito que aquele garoto falou, achei que íamos ter que encomendar um caixão na próxima fatura! - falou Harry.

- Porque você não procura informações sobre a Amber, Harry? - disse para que ele se calasse - fico aqui com a Mona para saber o que aconteceu.

Ele assente, depois de revirar os olhos e sai rumo a pequena recepção.

Volto meu olhar para Mona, encaro minha amiga e pergunto o que havia acontecido. Ela respira fundo e diz:

- A gente não sabe explicar, quando vimos, o carro saiu rodando pela via - ela disse - Amber estava dirigindo de boa, de verdade. Não estava correndo ou brincando no volante e ai, veio um carro nos acelerando logo atrás. Amber disse que não ia sair e ele nos acelerou ainda  mais.

Mona disse que o carro que estava atrás delas, ficou acelerando a ponto de fazer com que Amber desse espaço para que ele passasse e ai aconteceu algo estranho, o carro não passou e ficou acelerando logo atrás.

- Foi muito estranho, de repente, o carro acelerou mais e Amber decidiu ir mais rápido, o carro começou a vir pra cima e ela fugia. Estava desesperada, nem conseguia pegar meu celular na bolsa - ela disse - então, no desespero, Amber e eu fomos parar numa ribanceira...

- O que?

- Não, ela não era grande... Era algo com um morrinho e depois uma descidinha. Não sei explicar.

- Mas como vocês não pararam ou...

- Ai é que tá, a gente não conseguiu. Amber não conseguiu frear e acabamos batendo na árvore - ela disse - ela salvou minha vida, Amber jogou o carro pro lado dela.

- Então alguém fraldou o carro!

- Na pior das hipóteses, quero pensar que o carro dela não tem mais conserto... Porque acho que o freio falhou.

- Harry vai ficar muito bravo quando souber - disse.

- Souber o que? - ele disse logo atrás.

- Ah, é... - Mona tentou fingir, mas Harry ouviu metade das coisas.

- Eu sabia que essa merda de carro ia dar problema e que algo podia acontecer, mas vocês me ouvem? Não! -  ele diz.

- Harry, calma tá? - digo - O importante é que elas estão bem.

- Bem? - disse ele e assim que me encara, seus olhos passam por cima de mim e ele encara a porta da recepção.

Zayn aparece no hospital com as coisas que havia deixado no café.

- O que esse cara tá fazendo aqui? - Harry pergunta.

- Harry!

- Lottie? Vim trazer para você, pensei que poderia precisar - ele ergue minha bolsa.

Vou até ele e o abraço. Agradeço.

- Já entregou? - Harry diz - Ótimo! Agora pode dar meia volta e dar o fora.

- Harry, por favor.

- Vim aqui saber como as meninas estão e deixar a bolsa, apenas isso - ele diz - não to aqui pra ficar aturando criancice.

Os dois se encaram e eu bem no meio deles.

- Seguinte! Você - aponto para Zayn - Obrigada pela bolsa e por ficar no meu lugar -  beijo seu rosto - mas agora, é melhor ir embora, te ligo depois.

- Tudo bem! - Zayn disse - Qualquer coisa me liga.

-É, vai embora, vai! - Harry fala.

- Eu vou com você até a recepção, Zayn - Mona fala e acompanha Zayn.

- E você, vamos achar a sua irmã! - digo a ele, brava -  Que papel ridículo.

- Ridículo? - ele diz e ri - Qual é, não sei pra quê ele inventou de vir aqui.

Respiro fundo e começamos a andar pelo corredor da enfermaria. Não é possível que Zayn e Harry sejam tão infantis a esse ponto! Sério mesmo.

Mas é como dizem, homens devem demorar anto tempo para amadurecer e estou achando que é verdade mesmo.

Assim que chegamos na parte de enfermagem, vemos Amber deitada na maca e corremos para vê-la. Harry estava engraçado, nem parecia o idiota do irmão dela, ele estava aparentemente preocupado com ela e isso o deixava fofo.

- Que bom que você está bem agora - disse - estávamos muito preocupados. Alguns, mais do que outros.

Disse isso e olhei para Harry, dando risada.

- Fiquei, ué - ele fala - Ia sobrar pra mim.

- Idiota! - Amber fala e nós rimos.

Minutos depois, Mona entra na sala.

- O que houve? - disse a ela - tá sentindo dor?

- Não, na verdade, estava pensando algo...

- O que é dessa vez? - Harry diz.

- Sabe o que me intrigou? - Mona fala.

- O que? - falamos.

Ramona faz uma pausa dramática, daquelas que somente ela sabe fazer para causar mais drama ao momento.

- Cadê os médicos gatos? - ela olha para o grupo de enfermeiros que passam o plantão.

- ta vendo muito Greys anatomy linda, isso aqui é manchester, não Seattle - digo rindo.

Damos risada. Agora de alívio, por que sabemos que elas passaram por um susto.

Harry já deixou claro que vai mandar queimar  carro de Amber e eu não discordei, nem Mona. O carro não tem mais conserto e não vamos insistir.

Até chegamos a pensar que algo poderia ter sido feito por aquele carro as pressionando, mas não. Temos certeza que é por causa do carro que a Amber insiste em ficar arrumando.

É muito bom saber que minhas amigas estão bem. Não sei o que seria de mim, se algo pior tivesse acontecido.

Tá tudo bem agora. Estamos bem. Estamos juntos.