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História O Drama de Luna (2 Temporada) - A Fuga


Escrita por: dannypereira_

Capítulo 31 - A Fuga


As crianças estavam muito assustadas e agitadas por conta dos barulhos, Ana, Mason, eu e os maiores tentamos acalmar os pequenos. E nesse instante faltou luz, o abrigo inteiro ficou no escuro e as crianças gritaram de medo.

Notei que Cauã estava com falta de ar e me aproximei rapidamente dele, o garoto sempre ficava assim quando ficava assustado ou com medo. 

-Calma, calma, eu estou aqui. -Peguei em sua mão lhe passando confiança. 

E então escutamos mais um barulho e logo uma sombra preta passou pela janela, tinha a silhueta do mascarado, o que me deixou sem reação. 

-Eu vi um vulto. -Falou Lorenzo.

-Todos vimos. -Disse Giuliano.

Acho que eu preferia que fosse realmente um vulto, um espírito, qualquer coisa sobrenatural seria melhor que um assassino misterioso. Cauã ainda estava com falta de ar, e eu não sabia o que fazer, se o acalmava ou se tentava ver o que o mascarado queria desse vez, tinha muito medo dele machucar as crianças.

-Vou lá fora ver quem é. -Mason ligou a lanterna do celular e se dirigiu para a porta.

-Não! -O assustei fazendo-o se virar para mim. -Você não pode ir sozinho, ele pode te pegar. 

Pedi para que Ana ficasse acalmando Cauã e resolvi sair com Mason para ver se realmente era o mascarado. Ok, eu sei que parece coisa de filme de terror, onde os personagens vão em busca do assassino, e acabam encontrando-o e morrendo e o telespectador fica tipo ´´meu Deus! Que pessoa burra, não era pra ter ido por ai´´, eu também vejo filmes de terror (agora não tanto, já que estou presa em um), e sei bem como funcionam isso, porém eu precisava pelo menos tentar pedir para ele me perseguir quando eu não estivesse trabalhando e colocando crianças em risco. Ok, eu sei que é loucura eu querer fazer pacto com um assassino misterioso, mas eu tinha que tentar, afinal, o máximo que poderia acontecer de errado é ele me matar, mas antes eu do que as crianças.

Mason e eu começamos a procurar por ele e enquanto isso eu falei quem eu desconfiava que pudesse estar ali e também mencionei o fato dele ter matado vários amigos meus e de querer me matar.

-Eu acho que se ele quisesse mesmo te matar já teria feito. -Falou.

Fiquei um pouco em silêncio refletindo sobre o que ele havia dito e até que fazia um pouco de sentido, ou não, pois vai saber o que tem sentido para um psicopata que nem tem coragem de mostrar a cara.

-Ou talvez ele queira me fazer sofrer antes de me matar. 

-É uma possibilidade. 

Caminhamos em volta da casa e não avistamos nada, nem sinal, nem pista, se as crianças não tivessem visto ele, eu acharia que era paranóia da minha cabeça. Eis que de repente escutamos passos rápidos, olhamos para trás e ele vinha correndo em nossa direção. Corremos em disparada, só que ele corria muito rápido também.

-Me segue. -Falou Mason.

Nem pensei muito e corri atrás dele. Rapidamente entramos no depósito de limpeza, que era onde ficava todos os produtos de limpeza do abrigo e ficava do lado de fora. O espaço era estreito e pequeno, estava um pouco empoeirado, o que para minha rinite foi muito ruim, por diversas vezes tive que segurar os espirros, precisávamos manter o máximo de silêncio possível, qualquer mínimo ruído poderia ser fatal pra gente. Mason cobriu minha boca e nariz, tentando me impedir de fazer barulho. Ficamos imóveis, a gente não se mexia para nada. Escutamos passos que se aproximavam e se afastavam, repetiu essa sequência algumas vezes, nos deixando apavorados. 

Eis que ele passa uma facão (tipo desses de cortar carne) pela porta, podia vê-lo fazendo isso, pois a porta que era de madeira tinha várias frestas, podíamos ver muito pouco o mascarado passar algumas vezes de um lado para o outro, pois apesar de ser noite, os postes de luz iluminavam a rua, no entanto, eu não sabia se ele conseguia nos ver ali dentro já que onde estávamos não tinha um mínimo de luz, a não ser da lanterna do celular de Mason, mas ele acabou cobrindo com a mão a lanterna para não chamar atenção.

Escutamos um barulho de trinco, era notório o fato dele estar tentando abrir a porta de onde estávamos. Puta que pariu, ele sabia que estávamos ali. E agora? Não tínhamos como fugir, estávamos presos ali, se tentássemos sair provavelmente ele nos pegaria e não quero nem imaginar do que ele seria capaz de fazer com a gente.

E para piorar, o meu celular que estava no modo vibratório, vibrou me anunciando que alguém estava me ligando. Merda! Agora provavelmente o mascarado tinha certeza de onde estávamos, certamente havia escutado.

Sem falar nada, apenas aceitei a ligação.

-Luna, Luna, pensa que é esperta, mas esqueceu que estou a anos luz de você. -Falou a voz distorcida. 

E então escutamos um barulho estrondoso. Era o mascarado, ele havia pulado de um buraco do telhado, pois o último temporal que teve foi tão forte que arrancou algumas telhas do telhado desse depósito. Agora só não me perguntem como ele havia subido até o telhado, disso eu não tinha nem ideia, mas esses psicopatas dão jeito pra tudo, fazem até o impossível se tornar possível. 

Ele estava lá, diante da gente e segurando aquele facão, não falou nada, apenas nos olhava. E para piorar, o infeliz estava perto da única porta, não tínhamos como sair. Olhei para Mason, que também não sabia o que fazer e depois olhei para trás tentando pensar em algo, mas não via nenhuma saída, já estava ficando desesperada. 

Por que ele estava fazendo isso? E quem era ele? Por que esse ódio enorme de mim? Eu só conseguia pensar que um de nós iria morrer, já que sempre que ele aparecia alguém saia morto. Eu não queria morrer e também não queria que Mason morresse, queria que o mascarado morresse, desse sim eu não teria pena. 

Pensei também nas crianças que estavam lá dentro assustadas e sem saber o que havia acontecido com a gente, também não tinha como avisá-los, e se a gente morresse e eles encontrassem nossos corpos? Ficariam traumatizados pro resto de suas vidas, não, eu não podia pensar nisso, Mason e eu encontraríamos uma saída. Eu acho.

 



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