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História O Encanto da Cerejeira - Capítulo 56 - ITACHI - A descoberta II - Inteiramente ele


Escrita por: HatakeLiah

Capítulo 124 - Capítulo 56 - ITACHI - A descoberta II - Inteiramente ele


O brilho da lua ilumina o cômodo e o contraste da lua na pele branca de Sakura é algo lindo de se ver.

A observo fascinado, com seus lábios entreabertos e seu sono profundo percebo o quanto ela é simplesmente deslumbrante. Sua boca, suas curvas, seu aroma, seu jeito de ser, tudo me encanta, estou hipnotizado por essa bela mulher. Perdi completamente o controle sobre mim mesmo, é ela quem me controla, a prova disso é um único toque ser capaz de me fazer estremecer. Já é uma coisa inevitável, estou enfeitiçado, estou encantado por essa linda cerejeira.

Estou feliz por tê-la em meus braços e por isso não consigo evitar o sorriso. No entanto, apesar da felicidade por estar ao seu lado, meu sorriso se desfaz aos poucos ao recordar a conversa que tive com Sasuke na festa de casamento.

—        Finalmente te encontrei.

Olho para trás e vejo Sasuke se aproximar. Em nenhum momento da minha vida senti raiva dele, mas nesse momento o sentimento me ronda.

—        O que você quer?

—        Falar sobre o nosso acordo.

Corro meus olhos pelo lugar parando sobre uma linda dançarina de cabelos róseos. Ela está longe o suficiente para que possamos ter uma conversa, mas ainda assim esse não é o lugar certo para isso.

—        Não temos o que falar, o acordo era que se eu a conquistasse você desistiria da aposta então porque ainda está tão determinado em conquistá-la?

—        Você sabe melhor que ninguém que não é fácil não gostar dela. Era isso o que queria quando propôs aquilo não era? Queria que eu gostasse dela, que me apaixonasse? Como fui burro.

—        Olha só Sasuke, diferente de todos os momentos da minha vida, nesse eu realmente não me importo com seus sentimentos.

—        Ah, então já se importou antes? Eu parecia mesmo ser muito importante quando ficou com a Izumi.

—        Eu já disse que não sabia o que você sentia por ela, eu não fazia ideia do que ela estava planejando não podia fazer nada.

—        Isso não importa agora, estamos falando da Sakura.

—        Não vou desistir dela apenas pra te agradar.

—        Ótimo, eu também não.

Cerro o punho com força enquanto tento controlar a raiva em minha voz.

—        Fique longe dela Sasuke.

—        Somos amigos agora, - ele diz - e isso é apenas por ela. Não se engane pensando que estou fazendo isso por causa da Izumi, não é por ela, ela não me importa mais e não sinto toda essa raiva que você acredita. Meu interesse na Sakura é apenas por ela e nada mais.

—        Quer que eu acredite que eu estar apaixonado não te faz querer se aproximar dela nem um pouco?

—        Aquela aposta foi o que me fez me aproximar dela, mas apenas ela me fez querer ficar ao seu lado. Qualquer coisa que eu sinta é um mérito apenas dela e de ninguém mais. Agora você… já não tenho tanta certeza.

—        O que quer dizer?

—        Quando viu que ia perder uma boa amiga você magicamente percebeu que estava apaixonado, bastante conveniente.

A irritação e raiva pode ser certamente notada pelo olhar com o qual o observo assim como pela voz trêmula com que falo.

—        Não diga como devo me sentir ou quando devo manifestar meus sentimentos. Mesmo sendo meu irmão, você não sabe nada sobre mim, não tem o direito de falar.

—        Então está dizendo que gosta dela? Está dizendo que realmente gosta dela?

—        Eu a amo e ela me ama e não é você que vai se meter entre a gente.

Um pequeno sorriso se forma nos lábios de Sasuke.

—        Então claramente já contou a ela sobre a aposta.

Dou um passo atrás ao ser pego de surpresa pela dura verdade. Não tenho uma resposta para dar porque a resposta a ser dada é exatamente a que Sasuke quer ouvir.

—        Como pode dizer que a ama se nem mesmo diz a verdade a ela? Me responde, o que acha que vai acontecer quando ela descobrir o motivo pelo qual você se aproximou dela?

Recuperando a fala volto meu olhar a ele.

—        Não foi aquela aposta idiota que me fez me aproximar da Sakura, já éramos próximos antes mesmo que você voltasse pra Konoha.

—        E por que nunca falou dos seus sentimentos para ela antes? - hesito mais uma vez. - Viu? Você não sentia nada forte o suficiente a ponto de querer ficar perto dela. Acha que sou eu quem se aproximou dela apenas pra não perder pra você, mas não admite que fez a mesma coisa da qual me acusa.

Antes que eu dê uma resposta a ele Sasuke se afasta e irritado sigo para o bar.

 —       Uma dose do que tiver de mais forte.

Nada do que Sasuke disse é verdade, claro, demorei a perceber meus sentimentos, mas tenho certeza do que sinto e sei que esse sentimento esteve cravado em minha alma já a algum tempo.

Com um longo suspiro, sentindo-a tão perto de mim, esqueço disso e me deixo relaxar caindo logo no sono.

 

As luzes da manhã contornam as cortinas passando pelas frestas e adentram o quarto aquecendo-me e me despertando. Com um longo suspiro, abro os olhos devagar e ao olhar para baixo abro um grande sorriso.

Certamente não me cansaria de admira-la, cada detalhe desse corpo é lindo e sinceramente adoro tê-lo inteiro para mim. Me afastando de meus pensamentos, Sakura respira fundo e não demora a erguer suas belas jades focando-as sobre mim. No instante seguinte, um brilho novo surge em seus olhos da mesma forma que um sorriso aparece em seus lábios.

—        Bom dia.

Vê-la sorrir dessa maneira me impede de conter o sorriso também e ele logo pode ser visto nos meus lábios.

—        Bom dia.

Corro meu polegar sob seu delicado rosto parando por um breve instante quando ele toca seus lábios mas, sem hesitar por muito tempo, volto a acariciar essa tão bela região.

Ter esses belos olhos verdes sobre mim, estar ao lado dela, ter nossos corpos tão perto um do outro me relembra que isso não é algo que eu viveria antes. Mas ela mudou isso, tudo mudou porque me apaixonei por ela e essa certeza é o que preenche meu peito com esse sentimento diferente.

Sem que precise pensar um segundo mais, faço o murmúrio dessa tão encantadora frase alcançar seus ouvidos.

—        Eu amo você.

Posso perceber sua surpresa no instante em que as palavras escapam. Posso vê-la em seu olhar, em suas sobrancelhas levemente erguidas e em seus lábios entreabertos. Ela não consegue esconder de mim, não é boa nisso. E vê-la assim, sem fala, faz meu sorriso aumentar.

—        Adoro te deixar sem palavras.

Vejo seus lábios se fecharem e não consigo resistir a eles, por isso me aproximo dela saboreando o gosto desses lábios.

Sinto suas mãos tocarem meu rosto e se encaminharem para minha nuca enquanto nossos castos beijos não se aprofundam muito mais. Sinto que isso está prestes a mudar quando seus braços envolvem meu pescoço em um abraço, mas mais uma vez o maldito toque do despertador volta a ecoar pelo quarto.

Afasto meus lábios do dela e ouço sua risada que, apesar de linda, apenas faz com que o toque seja ainda mais incômodo.

—        Não tem ideia de como eu odeio esse celular.

Confesso. Seu sorriso permanece desenhado em seus lábios e aproximando uma de suas mãos dos fios soltos do meu cabelo ela os põe atrás da orelha.

—        Adoraria um banho agora.

Me surpreendo ao ouvi-la, mas isso não dura muito pois abro um sorriso e erguendo uma sobrancelha a observo atentamente.

—        É um convite?

Ouço mais uma vez sua agradável risada e a vejo dar de ombros direcionando um olhar inocente para mim. Se eu não a conhecesse.

—        Talvez.

Meu sorriso aumenta e me ergo da cama puxando-a para perto de mim antes que sequer se dê conta. Toco suas costas e sinto os arrepios que esse simples toque lhe causa por isso desço minhas mãos acariciando sua pele.

Não demoro a alcançar meu objetivo, passando por sua maravilhosa bunda, alcanço sua coxa erguendo-a e deixando suas pernas ao redor do meu quadril. Claro que logo sinto suas pernas se unirem ao meu redor e ainda com o sorriso, volto a tocar esses lábios atraentes aprofundando o beijo para sentir seu sabor.

Ouço-a arfar ao sentir minhas carícias e desço meus beijos por seu pescoço. Continuo a beijar essa pele clara e não posso evitar o sorriso ao ouvi-la gemer.

Sinto suas mãos tocarem as minhas e fazê-las subir outra vez para suas costas e antes que perceba ela pula do meu colo. Suas lindas íris esverdeadas se fixam em mim e seus braços envolvem meu pescoço nos fazendo recomeçar os beijos enquanto ela me conduz para o banheiro.

Não é difícil nos despirmos das poucas roupas que ainda nos cobrem e logo entramos na área de banho enquanto meus braços permanecem envolvendo sua cintura.

Dando alguns passos em direção ao chuveiro me surpreendo ao vê-la se afastar de mim e da água.

—        Ei, ainda não está quente.

Antes que lhe dê uma resposta, sinto suas mãos em meus ombros e sou puxado para debaixo do chuveiro.

Preciso admitir, não está tão agradável quanto pensei que estaria. O som de sua risada me afasta desse pensamento e com olhos semicerrados a observo.

—        Vingança?

Ainda ouço sua risada e por isso a puxo pela cintura deixando-a colada a mim com ambos embaixo do chuveiro com a água a escorrer por nossos rostos.

—        Não se preocupe com o calor, - sussurro para ela - vou te aquecer rapidinho.

Sem esperar por uma resposta volto a beija-la, dessa vez de forma voraz. Tê-la desnuda, molhada e extremamente sedutora me impede de ter paciência. Como esperado, sou igualmente retribuído e logo a sinto me puxar para perto ao envolver suas mãos em minha nuca.

Ela é tão necessitada de mim quanto sou dela e esse é um fato que adoro em nós. Esse beijo molhado dificulta nossa respiração e por isso, nossos beijos precisam ser interrompidos, porque realmente precisamos do maldito oxigênio.

Foco meu olhar sobre ela admirando os traços de seu rosto que, mesmo molhado, ainda esbanja sensualidade.

—        Aquele era seu despertador não?

Percebo sua surpresa com a mudança abrupta de assunto, mas não demoro a ouvir uma resposta.

—        Sim.

—        Então você tem que se aprontar pro trabalho.

Quase não consigo evitar sorrir ao ver seu olhar desconfiado.

—        Por que esse rosto inocente não me convence?

Finjo surpresa e me faço de ofendido.

—        É por isso que não dá pra ser legal. Você sempre diz que temos que ser responsáveis e no momento que eu sou...

—        Tudo bem, tudo bem. - ela diz - Desculpe.

Desvio o olhar fingindo chateação e volto a falar.

—        E eu que estava disposto a te ajudar a tomar seu banho, te ajudar a se ensaboar, te deixar limpa.

Não tenho uma resposta imediata, mas ao observá-la com o canto dos olhos vejo-a abrir um pequeno sorriso.

—        Então está se oferecendo para ensaboar meu lindo corpo?

Ouvi-la faz o sorriso surgir em meu rosto e com o olhar focado sobre o seu respondo sua pergunta.

—        Sempre estou disposto a tocar esse lindo corpo.

Um lindo sorriso surge em seus atraentes lábios e estendendo suas mãos, pega o sabonete líquido e a esponja.

—        Pois bem, - ela os estende a mim - aqui estão senhor Uchiha.

O sorriso volta ao meu rosto e pego os objetos não demorando a fazer a espuma surgir. Assim que vejo a espuma branca estendo minha mão segurando a dela e toco meus lábios sobre a pele de maneira rápida, em seguida começo a correr a esponja sob sua pele.

Começando por seu braço sigo em direção ao tronco, sem nenhuma urgência em minha tarefa, e paro sobre um de seus seios. Percorro a área ao seu redor e, com a ponta de meus dedos emaranhados no tecido da esponja, dedico certa atenção a ele.

Sua pele logo fica repleta de espuma e desço a mão livre por sua cintura enquanto ainda acaricio seu seio o que a faz arfar.

Ouvi-la faz meu sorriso crescer e afastando a esponja da área sensível corro em direção a outra região do seu corpo que lhe proporciona quase tanto prazer quanto, talvez ainda mais. Deixando um caminho da branca espuma para trás alcanço suas costas.

Ainda descendo minha mão livre, alcanço seu quadril e sinto seus arrepios quando corro a esponja por suas costas. Como esperado não demoro a ouvir seu gemido e aproveitando essas sensações que a rondam beijo a curva de seu pescoço.

O som agradável que escapa de seus lábios aos meus toques me deixa cada vez mais excitado e isso aumenta quando sinto o toque de suas mãos e os arranhões em meu abdômen.

Continuo a causar arrepios com minhas mãos a tocar suas costas, prefiro depositar beijos em sua delicada pele, mas sei que o mísero toque nessa área já a faz arfar e adoro esse detalhe nela.

Desço meu toque com a esponja ainda a deixar uma trilha de espuma sob sua pele, mas ela também dedica sua atenção a mim pois a sinto me tocar e isso me faz arfar.

Suas delicadas e habilidosas mãos fazem um ótimo trabalho me deixando ansioso e pulsante sob elas que me estimulam em um movimento excitante. Sinto o tesão crescer, por isso envolvo suas lindas coxas erguendo-a do chão e ao coloca-la contra a parede sinto seu corpo estremecer.

Necessitado dela procuro por seus lábios como um louco e me delicio de seu gosto enquanto meus dedos roçam sua pele apertando suas macias coxas.

Suas mãos não param com os movimentos fazendo o calor crescer. Ouço seus deliciosos e excitantes gemidos que se unem aos meus serem abafados por nossos beijos ansiosos e sedentos.

O toque da sua pele contra a minha é o suficiente para acender essa chama insana que me enlouquece. Só ela tem esse poder sobre mim, apenas o seu toque, somente o seu beijo podem me atiçar dessa forma. Seus gemidos, a forma como suas unhas provocam arrepios em todo o meu corpo, como suas habilidosas mãos arrancam gemidos meus, ninguém mais consegue fazer isso, nenhuma outra é capaz de me fazer sentir tanto desejo.

Em um apetite insaciável minha boca se une a sua enquanto me delicio de seu sabor único e embriagante. Mas o som de seus gemidos abafados não é exatamente o que quero ouvir, por isso meus beijos se dedicam a extensão de seu pescoço no qual deixo uma trilha de vergões. Roço em sua intimidade e mais uma vez, alto e claro, seu gemido ronda o banheiro.

Eu adoro esse som, adoro a forma como ouvi-la gemer pra mim me estimula, como o calor de nossos corpos colados me excita.

—        Itaa-ahhhn… Itachi.

—        Hum.

Murmuro enquanto ainda beijo sua pele clara, talvez adore ainda mais quando ela geme meu nome.

Sinto seus dedos se emaranharem aos meus fios e ela ergue minha cabeça fazendo seu cálido sussurro dançar sobre minha boca.

—        Eu quero você.

Não consigo evitar meu sorriso e, me livrando da esponja encaminho meu companheiro sentindo-a pulsante quando toco sua intimidade pincelando-a. Meu sorriso cresce um pouco ao percebê-la tão ansiosa.

—        Pede por mim pequena, - sussurro - quero te ouvir gemer o meu nome.

Não tenho uma resposta imediata, por isso a penetro um pouco, mas não avanço e a ouço gemer.

—        A-ahhn…

Sinto-a cerrar as mãos com seus dedos entrelaçados entre os fios do meu cabelo. Adoro quando ela não consegue controlar o próprio corpo.

—        Vamos Sakura, - sussurro mais uma vez ao pé de seu ouvido - pede por mim.

—        Por favor Ita… por favor me satisfaça.

O grande sorriso em meu rosto não poderia ser controlado nem que tentasse.

—        Seu desejo é uma ordem amor.

Sem hesitar um segundo mais a penetro sentindo cada músculo seu me apertar, me engolir ansiosa enquanto toco cada parte sua.

—        Aaaaaaaahhhhhhh…

Sinto suas unhas se agarrarem à minha pele arranhando-a, mas isso faz apenas com que meu desejo cresça. Aproximando-me de seu ouvido, deixo o sussurro escapar arrancando mais alguns arrepios.

—        Aproveite.

Inicio as investidas e ela me puxa para perto fechando suas pernas ao redor do meu quadril, abraçando meus ombros. Com a parede atrás dela e sua determinação em me manter perto posso me dedicar apenas a investir e lhe dar prazer.

—        Ah… ah… ah… aaaaahhhh…

Ela é tão apertada, tão deliciosa e a forma como me suga, como suas penas se apertam contra mim me enlouquece.

Sinto seu beijo sedento e outra vez nossos gemidos são abafados, mas isso não importa, apenas senti-la me devorar me é suficiente. Sim, ela tinha razão, é certamente ela quem me devora, sugando e se apertando contra mim.

A água ainda cai nos deixando molhados, mas preciso confessar que isso deixa o momento ainda melhor. Meus lábios voltam a descer por sua pele deixando uma nova trilha de marcas, minhas marcas.

O calor cresce e unido a ele o desejo, o tesão, eu amo essa mulher, amo estar entre suas pernas, amo o gosto do seu beijo, amo seu delicioso aroma, amo o aroma do nosso sexo, amo ouvir como nos chocamos um contra o outro, como seus gemidos clamam por mais, clamam por mim. Eu amo cada pedaço dessa mulher, eu amo Haruno Sakura.

Entre minhas estocadas e seus gemidos, a sinto estremecer em meus braços fincando suas unhas em minha pele outra vez enquanto me contrai com força e me dá a satisfação de sentir seu gozo. Sentir tudo isso e ouvir o excitante grito que lhe deixa os lábios me impede de me conter um único segundo mais me fazendo despejar tudo o que tenho em seu interior.

As sensações que ela causa em mim me surpreendem todas as vezes e me fazem desejá-la ainda mais. Agora, ainda melado e ofegante, me apoio com a cabeça na parede sentindo o estremecer de seu corpo e vendo-a amolecer.

Me afasto um pouco focando meus olhos sobre os seus. Nunca pensei que tal coisa pudesse acontecer, mas ela é a mulher pela qual estive esperando todo esse tempo, a única que é capaz de me fazer sentir assim. Eu a amo, a amo mais do que algum dia achei possível.

—        Amo você pequena.

Vejo seu sorriso que cresce enquanto suas lindas íris esverdeadas se mantêm focadas sobre mim.

—        Eu também amo você.

Ouço seu doce sussurro, quase inaudível por causa do chuveiro, mas alto o suficiente para que eu a ouça e entenda.

Toco meus lábios sob os seus outra vez e, deixando seu interior, a ajudo a manter-se de pé. Não demoro a perceber que suas pernas fraquejam pois ela se apoia em mim e com um grande sorriso no rosto a seguro para que não fraqueje.

—        Desculpe por isso, você é irresistível demais para que eu possa me controlar.

—        É, eu sei.

Meu sorriso aumenta e depois de poucos segundos ela já consegue se manter. Ainda com o sorriso deixo escapar um desejo enquanto envolvo sua cintura com um abraço.

—        Claro que eu sinceramente não me importaria de ama-la de novo e de novo.

Ouço sua risada, eu realmente amo esse som. Afasto-a da parede e a beijo mais uma vez, mas infelizmente ele não dura muito.

—        Você mesmo estava dizendo que eu devia me arrumar para o trabalho.

—        Mudei de ideia, quero ficar com você.

Vejo outra vez um grande sorriso em seu rosto e erguendo a mão ela deixa uma das minhas mechas de cabelo atrás da orelha, mantendo seu olhar atento sobre o meu.

—        Não dessa vez.

Sinto um breve selinho e o chuveiro é desligado. Com um suspiro percebo que nosso banho chegou ao fim. A vejo observar a área ao nosso redor.

—        Droga, as toalhas não estão aqui.

—        Esse pode ser um sinal para ficarmos mais um pouco.

Envolvo sua cintura com meus braços e ouço sua risada.

—        Não temos essa opção, preciso ir trabalhar e você também senhor Uchiha.

—        É, é.

Resmungo e, mesmo sem toalhas, Sakura é a primeira a sair. Não demoro para segui-la abraçando-a mais uma vez e como se me atraísse como um ímã, meus lábios não demoram a lhe tocar a pele. Deposito beijos na dobra de seu pescoço e sorrio ao sentir seus arrepios.

—        Você fica muito sensual molhada.

Deixo o sussurro alcança-la, mas para meu desagrado ela interrompe nosso contato ao se virar. Sinto seus braços envolverem meu pescoço e não demoro a ouvir sua voz.

—        Eu adoraria passar a manhã inteira com você, mas precisamos ser responsáveis.

—        Lá vem você de novo com essa história de responsabilidade.

Vejo seu sorriso e, em uma situação normal seria um sonho, mas agora eu preferiria seus lábios nos meus, para saborear seu gosto em um longo e demorado beijo. Tudo o que recebo, no entanto, é um breve selinho.

—        Você não vai me aguentar quando eu estiver de férias.

Imagina-la com todo seu tempo livre faz um sorriso surgir e a puxo ainda mais para perto envolvendo sua cintura em um abraço.

—        Não vejo a hora para isso.

Toco seus lábios outra vez, aprofundando meu beijo e sinto seu sorriso se unir ao meu enquanto deixamos o banheiro. Antes que ela sequer pense em se afastar, a guio para a cama onde a impeço de se fugir de mim me colocando acima dela.

Sou afastado quando sinto suas mãos em meu peito e ouço sua risada. Eu sempre adorei esse som, provavelmente porque é puro e sincero. Ver o lindo sorriso em seu rosto toma minha completa atenção e não demoro a ouvi-la.

—        Vamos molhar todo o colchão desse jeito.

Meu sorriso aumenta enquanto a observo atentamente.

—        Está tão necessitada assim para estar úmida a esse nível?

Sinto um leve tapa que me faz rir.

—        Não me importo se molharmos a cama, apenas você me importa agora.

Ela abre um lindo sorriso, suas lindas jades estão focadas sobre mim e o brilho delas e algo que eu não cansaria de admirar. O toque de sua mão em meu rosto me faz sorrir.

—        Eu amo você.

Ouvi-la dizer isso faz o sorriso aumentar, mas apenas dou de ombros.

—        Eu sei, é meu charme.

Sakura ri e me puxa para beija-la. É um beijo calmo, sem pressa, no qual posso saborear seu gosto devagar. Procuro por sua língua quando nossos lábios se entreabrem aproveitando esse delicioso e viciante sabor. Quando nos afastamos, depois de um longo tempo solto um suspiro.

—        Minha nossa como eu amo esse gosto.

Ouço sua risada mais uma vez e foco meu olhar sobre o dela.

—        Você sabia que é extremamente viciante? Como consegue?

Ela dá de ombros.

—        Sei lá, é um dom.

Meu sorriso se intensifica.

—        Eu amo você.

Vejo-a analisar cada pedaço do meu rosto e faço o mesmo com o dela, mas somos interrompidos com o toque do celular. Afundo o rosto em seu ombro.

—        Eles realmente não sabem o que é hora inoportuna, não é?

Ela ri e inverte nossas posições colocando-se acima de mim e pegando o celular.

—        Alô. - ela ouve atentamente - Ah, claro.

Apoiada em meu peito ela se ergue um pouco. Sinceramente, essas pessoas não tem noção de horas?

—        Não, não ligue para o horário. Qual é o problema dele?

Reviro os olhos, tem que ser muito importante pra atrapalhar um momento desses. É bom que seja importante.

—        Que bom. - ela escuta - Sim, por favor, não quero ter mais nenhuma surpresa. Tudo bem, tchau.

Ela desliga o celular colocando-o no móbile ao lado da cabeceira mais uma vez.

—        Quem nos interrompeu agora?

—        O mecânico.

—        Isso é hora de ligar para alguém?

—        Somos nós que estamos atrasados, não ele que está adiantado.

Solto um suspiro contrariado.

—        E qual o problema com o carro?

—        A bateria.

Abro um largo sorriso.

—        Então você esvazia as forças de mais alguma coisa além de mim? Eu deveria me preocupar?

Ela ri.

—        É você quem é insaciável.

—        Você é que é irresistível.

Um lindo sorriso se forma em seus lábios e ela se aproxima para me beijar, mas para minha infelicidade não prolonga o beijo e logo se levanta.

—        Ei, pensei que estivesse rolando um clima aqui.

Me sento vendo-a se afastar em direção ao guarda roupas em busca de uma toalha para secar o corpo. Como alguém consegue ser tão sensual?

—        Mesmo que tivesse, nós dois somos adultos responsáveis.

Sakura pega a toalha e começa a secar seu corpo me deixando admira-la e me atiçando um pouco mais.

—        Você poderia deixar de ser só hoje?

Os olhos esverdeados se voltam para mim e ela se aproxima sentando-se em meu colo. Não consigo evitar o sorriso e o calor ao sentir sua pele roçar a minha. Sinto-a abraçar meu pescoço enquanto uma de suas mãos remexe meus fios e ela morde o lábio inferior.

—        Tenho algo para te dar.

Seu sussurro faz meu corpo inteiro se arrepiar e sem que eu tenha qualquer controle, minhas mãos lhe tocam as pernas.

—        O que é?

Mantendo meus olhos sob os dela, vejo um belo sorriso se formar em seus lábios e logo depois vejo-a morder o lábio inferior. Ela aproxima seus lábios dos meus, mas não é um beijo, sequer sinto seu toque, ela apenas aproxima nossos lábios.

Espero ansioso pelo que vem pela frente sem sequer me mover, é ela quem está no comando nesse momento e sei ser paciente, além disso, Sakura já provou que sabe muito bem controlar uma situação.

Seus olhos estão quase fechados, assim como os meus, mas mantenho meu olhar sobre ela, em especial sob esses lábios tão apetitosos. É por isso que vejo o sorriso voltar e logo sinto seu hálito cálido correr pela minha pele quando ouço seu sussurro.

—        Vai ter que ser paciente.

Ela coloca a toalha entre nós e se ergue voltando a se aproximar do guarda roupas. Solto um longo suspiro ao segurar o pano.

—        Você gosta de me torturar.

—        Eu preciso de um café da manhã, ainda é bom na cozinha?

Suspiro mais uma vez percebendo que não conseguirei mais nada por aqui e me ergo secando meu corpo.

 

O prédio da Suzano'o Mídia não demora a surgir a minha frente e após me identificar, entro no lugar pronto para mais um dia de trabalho.

Me ofereci para levar Sakura até o trabalho, mas ela negou e inventou uma desculpa sobre precisar resolver coisas. Não me convenceu, mas acabei cedendo, afinal confio nela.

Cumprimento Reiko e sigo para meu estúdio. Esse lugar é definitivamente meu segundo lar, amo estar aqui, fotografar, conhecer pessoas. Claro que fotos ao ar livre também são igualmente sedutoras, mas sinto que posso me refugiar aqui sempre que precisar.

Fico feliz por ter um lugar assim, depois que meu pai me deserdou eu realmente não pensei que um lugar desses existisse, mas graças ao tio Madara aqui estou eu.

Ouço o toque do telefone e me afasto do estúdio indo para o escritório que definitivamente não se parece com um. É o lugar onde edito minhas fotos, então não é sem graça como os escritórios da Construtora, poderia dizer que esse é meu ateliê.

Atendo o telefone antes que pare de tocar, às vezes acontece, por isso quando Reiko quer falar comigo insiste tanto.

—        Sim.

*Itachi, a primeira modelo já está aqui.*

—        Claro, mande-a entrar.

*Tudo bem.*

Desligo o telefone e guardo minhas coisas pegando minha câmera, está na hora de começar a trabalhar.

 

As horas correm demoradas e cansativas, cheias de trabalho. Massageio meu pescoço de olhos fechados. Foi um dia puxado, tive uma sessão atrás da outra e só quero minha cama.

Estou cansado, provavelmente não tenho um dia exaustivo assim a semanas, mas apenas por lembrar do rosto dela um grande sorriso surge em meus lábios. Parece mágica, um encanto.

O toque do telefone me desperta do meu devaneio e me aproximo da mesa ligando o viva voz enquanto organizo as fotos.

—        Sim.

*Itachi, seu irmão está aqui e quer falar com você.*

Me surpreendo ao saber que Sasuke está aqui, ele é definitivamente a última pessoa que imaginava encontrar por aqui. Pensar nele me faz lembrar da nossa conversa no casamento e isso me rouba qualquer ponta de bom humor que tive até agora.

*Itachi?*

Apesar de não estar em clima para uma conversa com Sasuke agora, prefiro encerrar de uma vez o que quer que ele tenha vindo resolver.

—        Mande-o entrar.

*Certo.*

Solto um longo suspiro e me sento na poltrona esperando que ele apareça, mas preferia que não aparecesse.

É estranho pensar nisso. Até alguns anos atrás eu realmente me importava com Sasuke e queria que ele esquecesse o que aconteceu entre Izumi e eu, queria que superasse e que voltasse a me ver como seu irmão mais velho, mas aparentemente isso é impossível.

Sou distraído dos meus pensamentos ao vê-lo passar pela porta com uma expressão seria em seu rosto e, de imediato, percebo que o assunto ao qual quer tratar tem nome e sobrenome, além de lindos olhos verdes e cabelo rosado.

—        Itachi.

—        Sasuke. - respondo seu cumprimento.

—        Vim porque percebi que minha posição não ficou clara na nossa última conversa.

Ele começa sem rodeios. Conheço a razão pela qual veio aqui, não há nenhuma outra, e posso dizer qualquer coisa de Sasuke, menos que ele não sabe defender seu ponto.

—        Não há nada que me diga que me convença a abrir mão dela, menos ainda por você. - digo.

—        Se fosse o contrário aí sim seria uma surpresa.

Me ergo irritado, mas ele sequer pisca.

—        Quantas vezes terei que dizer que não sabia o que ela estava armando?

—        Quantas precisarem até que perceba que não convence nem a si mesmo.

—        Por favor Sasuke, você é um homem adulto, esqueça esses desencantos da adolescência e siga sua vida.

—        Você está certo. Essa é a razão pela qual estou aqui, é o que pretendo fazer.

Cerro meus dentes sem que consiga evitar.

—        Fique longe dela.

—        Está me mandando ficar longe dela por que sabe que não a convencerá a se afastar de mim, não é?

Olhar para ele me irrita, ouvi-lo me irrita e nunca pensei que algum dia Sasuke pudesse me deixar tão irado.

—        Sabe, - ele continua - é isso o que eu gosto na Sakura, ela não se deixa convencer por homem nenhum.

Cerro meus punhos e respiro fundo tentando me controlar. Ele parece fazer de propósito, parece querer que eu perca a cabeça.

—        Como eu disse, - digo entredentes - não vou abrir mão dela.

—        E eu estou dizendo que também não irei.

Minha paciência se esgota e quando volto a falar não consigo controlar meu tom de voz.

—        Tínhamos um acordo.

—        Isso era antes. - ele diz sem se alterar - Agora as coisas são diferentes.

—        Por que você perdeu a aposta? Agora que eu consegui conquista-la quer mudar nosso acordo? Aquela aposta foi feita, - digo entredentes - você perdeu e o dinheiro foi pago. Você detesta perder, eu sei, mas terá que conviver com isso. Eu venci nosso acordo você goste ou não.

Um estrondoso som interrompe nossa conversa me surpreendendo e aproveito esse momento para respirar profundamente tentando me acalmar. Assim que o faço, saio do escritório não demorando a ver o motivo do estrondo, um dos equipamentos está caído no chão.

Estranho o fato e ergo o objeto que está destruído agora. Olho ao meu redor em busca do responsável, mas não há ninguém aqui.

—        Ainda estou falando com você Itachi.

O ignoro e sigo para fora do estúdio, acho que ele me acompanha, mas sinceramente isso não me importa. Alcanço o corredor e, assim que chego ali, olho para Shisui ao lado do elevador que tem sua total atenção e percebo que ele parece confuso.

—        Foi você que derrubou o equipamento de iluminação? - pergunto a Shisui que me observa.

—        Então esse barulho foi o equipamento? - ele ainda parece confuso - Não, não fui eu, foi a Sakura.

A cor desaparece de meu rosto e o ar me falta. Sakura nos ouviu.

—        O que aconteceu lá?

Não o respondo e, sem pensar muito, corro para as escadas a fim de alcança-la. Pulo de dois em dois degraus e algumas vezes ainda mais, quase tropeço e foi um milagre não ter torcido o pé.

Quando alcanço o térreo meus pés se preparam para continuar a descida, mas me lembro que Sakura está sem carro e provavelmente veio de táxi. Além disso, mesmo que tivesse vindo de carro, apenas funcionários e pessoas autorizadas podem entrar pelo estacionamento. Esse pensamento é o que me impede de continuar e me faz passar pela porta que leva até o térreo.

Meus olhos se focam no elevador ao lado das escadas e percebo que ainda está descendo. Sendo assim, cheguei antes dela.

O número um mostrado no visor logo é perdido e o zero surge em seu lugar fazendo as portas serem abertas.

As lágrimas sob seu rosto delicado são a primeira coisa a qual percebo e vejo sua surpresa ao me ver a sua frente, mas ela logo começa a andar se desviando de mim ao passar.

—        Espera.

Toco seu braço, mas ela o puxa para perto de si.

—        Não me toque.

—        Não sei o que ouviu, mas eu posso explicar.

—        O que você pode explicar? Que tudo isso não passou de uma aposta? Que eu nunca fui nada além de uma idiota que caiu na sua lábia? Não precisa explicar isso, eu entendi muito bem.

Sakura se afasta, mas a sigo.

—        Foi uma ideia idiota, quando concordei com a aposta que os caras sugeriram pro Sasuke não imaginei que eu...

—        Espera, - ela me interrompe parando - a aposta era pro seu irmão ficar comigo?

Vejo as lágrimas caírem e mancharem sua pele clara, ouço o tom embargado e a dor que as palavras deixam seus lábios. Ouvi-la, vê-la dessa forma, faz meu peito doer. Como fui capaz de machucá-la?

—        É claro, agora tudo faz sentido, você não tinha ciúmes de mim, apenas tinha medo de perder a aposta.

—        Isso não é verdade. - minha voz quase não consegue sair - Sei que não tenho muito crédito agora mas eu...

—        Eu não consigo te ouvir Itachi, - ouço sua voz embargada - cada vez que você fala eu me lembro de todas as mentiras em que acreditei.

A dor em seus olhos me machuca e logo a vejo se afastar.

—        Sakura espera.

Ela para de andar ao me ouvir e seu olhar volta a focar no meu. A dor expressa em seu rosto, as lágrimas que caem maculando sua pele fazem meu peito doer, cortam meu coração.

—        O engraçado - ela diz secando as lágrimas - é que quando disse que estava apaixonado, me fez acreditar que eu era importante para você, que éramos amigos. E quando disse que me amava… Ah como eu sou idiota.

—        Nós éramos amigos, nós somos, eu… Eu realmente...

—        Não existe mais nós, Itachi. - ela me interrompe - Você se encarregou disso. Mas não se preocupe, era tudo mentira.

A observo, não posso deixá-la acreditar nisso, preciso fazê-la ver que realmente me importo com ela, que realmente a amo, mas as palavras não saem.

—        Apenas me deixe em paz.

Ela volta a se afastar, mas a seguro no braço e vejo mais lágrimas lhe molharem o rosto.

—        Por favor Sakura, - meu sussurro já se torna embargado - nada daquilo era mentira.

—        Então por que não me contou da aposta?

Me calo sem saber o que dizer e ela puxa o braço quebrando o contato.

—        Fique longe de mim.

Vejo-a se afastar de mim, sinto que a estou perdendo e mesmo assim, meus pés não conseguem se mover, não consigo me mexer, sequer consigo desviar os olhos da porta pela qual Sakura acaba de passar, sentindo uma dor no peito que nunca senti antes.

—        Senhor Uchiha?

Uma voz é ouvida, mas não me importo com ela. Apenas as lágrimas de Sakura me rondam a mente nesse instante.

Por que eu não contei? Por que a deixei descobrir sozinha?

Por quê? A quem quero enganar, sei exatamente o motivo porque não contei a ela, Sakura é uma pessoa gentil e carinhosa, mas também é temperamental e momentânea, tive medo de contar e perdê-la e agora por não contar, eu perdi.



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