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História O Encanto da Cerejeira - Capítulo 56 - GAARA - Covardia


Escrita por: HatakeLiah

Capítulo 156 - Capítulo 56 - GAARA - Covardia


Há muita gente reunida nesse salão, amigos da família Uzumaki, amigos da família Hyuuga, de Hinata e, por fim, de Naruto, entre eles Itachi e Gaara. A bela rosada e a forma leve com a qual dança não passa despercebida a eles. Itachi teve sua resposta, Gaara sabe que a rosada se machucou muito por causa dele, mas mesmo assim o olhar deles sobre a rosada permanece.

Depois de algum tempo na pista, quando se afasta para beber um pouco, Sakura vê Gaara. O sorriso desaparece de seu rosto e ela logo desvia o olhar se aproximando do bar.

—        Conhece Negroni? - ela observa o barman.

—        Claro.

—        Eu quero um.

—        Dois.

Ela olha para o lado ao ouvi-lo e vê Itachi com um sorriso no rosto.

—        Não devia tomar bebidas tão fortes.

—        Oi. - ela abre um sorriso fraco em resposta - Bom, essa é a melhor forma de esquecer algumas coisas.

—        Mandou muito bem na dança.

—        Pelo tanto que ensaiamos era o esperado.

—        Acredite em mim quando digo que confio nessa frase, considerando sua professora.

A rosada ri do moreno e o barman estende as bebidas as quais eles pegam.

—        Como está?

Ela foca no líquido dentro do copo por um instante mas não demora a lhe dar uma resposta.

—        Doloroso, mas melhorando. E você?

—        Eu me tornei amigo de uma mulher incrível, ela é linda, forte e veste seu número, deveria conhecê-la.

Sakura ri.

—        Tenho certeza que gostaria dela.

—        Não duvido, ela só tem um problema

—        E qual é?

—        Tem péssimo gosto para homens.

A rosada sorri para o moreno.

—        Acho que temos mais em comum do que eu imaginava.

—        Não se preocupe, isso pode ser corrigido, eventualmente. - ela ri e os olhos negros focam na rosada - Você deveria dançar comigo, considerando que dançou com meu irmão mereço uma chance de mostrar que também sou bom nisso.

—        Pensei que não dançasse.

—        Nunca disse que não danço, apenas que não era meu hobbie preferido, alguma coisa relacionada a trauma lembra?

Uma risada escapa da rosada.

—        E está disposto a se sacrificar dessa forma por mim?

O sorriso do moreno aumenta ao ouvi-la.

—        Seria uma honra dançar com você.

O sorriso dela cresce um pouco ao ver a mão do Uchiha erguida em sua direção. E, colocando o copo na bancada depois de virar resto da bebida, estende sua mão tocando a dele.

—        Me surpreenda.

Um grande e belo sorriso surge nos lábios do moreno.

—        Estava louco pra te ouvir dizer isso.

Ela ri e eles seguem para a pista.

 

A alguns metros dali, Gaara tem o olhar focado sobre os dois, ele quer se aproximar e interromper a dança, ele está incomodado de uma forma que sequer acreditava que conseguia e isso não acontece apenas agora, na dança de Sakura que ela teve Uchiha Sasuke como par, o ruivo ficou muito irritado. É provavelmente o olhar o qual eles direcionam a rosada, deixando evidente que a desejam e isso ferve o sangue do Sabaku.

Tudo isso está deixando Gaara louco, desde que Sakura o viu com Akemi ele não conseguiu deixar de se atormentar, o ruivo sabia que ela merecia uma explicação, sabia que tinha que deixar tudo claro para ela, mas nem ele sabia o que estava acontecendo naquele momento. Então não podia se aproximar dela sem saber exatamente como a volta de Akemi o afetou.

Os dias que tirou para pensar o fizeram perceber que sua ex-noiva ainda era importante para ele, ela ainda era fenomenal em cada detalhe de seu corpo e sua personalidade era como a que ele se lembrava, então sim, ele ficou tentado a arriscar de novo. O grande porém, aconteceu quando ela foi até o escritório do ruivo na terça.

 

Terça-feira, quatro dias atrás

Mais uma vez Gaara observa os papéis e não consegue se concentrar no que faz, ele tenta de todas as formas, mas por alguma razão não consegue. E essa razão tem nome e sobrenome, mais de um na verdade, Kimura Akemi e Haruno Sakura.

Ele suspira e se afasta dos papéis recostando na cadeira. Faz quase uma semana desde que Sakura o viu com Akemi, desde aquele dia ele não teve uma noite de sono tranquila. A expressão decepcionada da Haruno não deixa de atormenta-lo e Akemi insiste em visitá-lo com frequência. Eles almoçam as vezes, conversam quase como antes, mas ele sabe que não é a mesma coisa.

Outro suspiro escapa do ruivo e ele ouve o telefone.

—        Alô.

*Senhor Sabaku, a senhorita Kimura está aqui.*

—        Deixe-a entrar.

Ele desliga o telefone e se ergue recostando na mesa do escritório. A porta não demora a ser aberta e uma bela mulher com um sorriso incrível adentra o lugar.

—        Oi.

—        Oi.

—        Quero ir a um lugar novo hoje, estava pesquisando novos restaurantes e descobri um que tem os melhores vinhos, não que eu conheça, mas é o que dizia nos comentários sobre ele. Além disso, eu…

Ela se cala e foca sobre ele.

—        Você ao menos está me ouvindo?

—        Ahn, sim, eu estou.

Os olhos castanhos da mulher a sua frente se focam nele atentamente.

—        Gaara, aquela mulher é importante para você?

O ruivo não responde, mas se afunda em seus pensamentos.

Sakura é importante para mim, é claro que é, nos tornamos amigos, eu a conheci em todas as suas formas e amei cada uma delas, mesmo a que tinha lágrimas por seu rosto. Aquela fragilidade me preocupava, mas ainda assim era encantadora, ela me fez querer protegê-la, querer estar com ela, sem segundas intenções, apenas estar ao lado dela para ajudá-la a passar por aquilo. Ainda assim, não sei se devo responder isso a Akemi.

Ao perceber a hesitação do ruivo, ela se aproxima e, o surpreendendo toca seus lábios nos dele. Gaara sente o abraço dela ao redor do seu pescoço e suas mãos envolvem-na, circundando a cintura.

É um beijo sedento, um beijo de saudade, mas durante a disputa de suas línguas, em uma brincadeira maldosa de seu cérebro, ele consegue sentir o cheiro de Sakura, a imagem dela surge em sua mente e o som de sua risada enche seus ouvidos.

De súbito, o ruivo a afasta surpreendendo Akemi que o observa confusa. Essa foi a primeira vez que se beijaram desde que ela voltou, até esse momento, devido tudo o que tinha acontecido entre eles a mulher de olhos acastanhados não havia se aproximado dessa forma, afinal ela machucou muito o ruivo por causa de algo que fez e estava dando a ele um tempo para processar. Mas a grande questão, é que ela não imaginou que ele a rejeitaria, sim, ele certamente ainda estava tentando entender tudo, mas nunca rejeitaria o amor da sua vida.

Entretanto, nesse instante em que os olhos esverdeados focam nos castanhos ela percebe uma verdade cruel, ele não a ama mais.

—        Me desculpe Akemi, eu não posso.

A Kimura sente seu coração apertado ao ouvi-lo, sua garganta fecha e ela tem dificuldades para respirar. As mãos fortes dele tocam sua pele, em seus braços, mantendo seus corpos afastados, mas aos poucos esse contato é perdido.

—        Você ficou muito tempo longe, não podemos recomeçar de onde paramos, eu não sou mais aquele homem de quatro anos atrás.

—        Mas Gaara, - as lágrimas já começam a cair - eu expliquei porque fiquei tanto tempo longe, seu pai…

—        Eu sei, mas sinto muito.

—        Não, você não pode, eu te amo.

Ele hesita, consegue ver que ela realmente sofre ao ouvi-lo e isso o machuca também, mas não há o que possa ser feito ou dito, ao menos não algo que a favoreça.

—        É por causa dela não é? - ela se afasta dele - Você a ama é isso?

Gaara também não pode responder isso, porque não sabe o que sente por Sakura, sabe apenas que não é algo fraco. Não, isso é a coisa mais forte que já sentiu e todo esse sentimento está voltado a ela. Há carinho, afeto, vontade de protegê-la, de dar-lhe aconchego em seus braços, de estar com ela quando estiver fragilizada e também quando demonstrar toda sua força.

O que ele mais deseja agora é estar com ela, a sensação de estar entre suas pernas foi única, mas acordar ao seu lado foi mais. O gosto dos lábios da rosada é inesquecível, ele anseia por provar mais uma vez, mas também sente falta de suas conversas que se desenrolavam facilmente. Os deliciosos gemidos que dançaram pelo quarto dela ou pela cabine do iate eram enlouquecedores, e o som de sua risada é uma melodia que o acalma. Ele sente falta da mulher como um todo, tanto do sexo quanto da pessoa. Mas isso não é uma coisa que possa dizer a bela mulher a sua frente.

—        Você não pode fazer isso comigo.

O tom embargado, as lágrimas a rolarem pelo rosto delicado e o olhar angustiado com o qual ela o observa fazem Gaara se sentir culpado, mas ele não pode fazer muito.

—        Só posso dizer que sinto muito, eu realmente sinto, mas não podemos recomeçar.

Ela seca as lágrimas e ergue o rosto.

—        Ótimo, então acho que eu tenho que ir embora não é?

Ele não responde apenas a observa e com essa resposta silenciosa, ela se afasta deixando a sala. Quando Akemi não está mais no escritório do ruivo, ele solta um longo suspiro, agora só precisa ver Sakura e explicar a ela tudo o que aconteceu, explicar como se sente.

 

Agora

Ele foi até a casa de Sakura preparado para explicar tudo, ele explicaria porque Akemi voltou, o que havia acontecido entre eles e que ele ainda pensava na rosada com mais frequência do que conseguia contar, mas no instante em que viu o quão abalada ela estava ele hesitou.

Essa era a última coisa que Gaara deveria ter feito, ele poderia ter feito tudo, menos agir como um covarde, ele não podia ter hesitado. Esse momento de hesitação fez a rosada descontar toda a mágoa e tristeza em cima dele, ele merecia, não se importava de receber xingamentos, tapas, nada disso, ele estava preparado para isso. Mas quando percebeu que nada do que dizia parecia importar para ela, quando percebeu que ela não acreditava mais na palavra dele percebeu também que a havia perdido.

Ele queria abraçá-la, queria dizer que a escolhia, mas seu grande problema foi sua covardia e agora, não pode voltar atrás.

Ele decide beber alguma coisa e vai para o bar pedindo algo forte. Assim que o barman lhe entrega a bebida ele a vira de uma única vez. Gaara observa o fundo do copo e logo o estende ao barman pedindo outra dose que não demora a ser entregue.

—        Você me envergonha.

Ele se vira ao ouvir a voz da irmã.

—        O que você quer?

—        Que pare de ser covarde.

Ele volta a observar o copo de bebida no balcão.

—        E que diferença vai fazer deixar de ser covarde agora? Ela já tem outros na fila.

Temari dá um tapa na cabeça do irmão.

—        Ei, pare com isso.

—        Você deve ser adotado, me recuso a acreditar que meu irmão possa ser tão covarde.

Gaara bebe o líquido corrosivo que se encontra do copo e observa o objeto.

—        Você não viu como ela ficou, nada do que eu dizia parecia alcança-la, ela não quis me ouvir.

—        E você pode culpa-la? Depois dela ter encontrado Akemi no seu apartamento vestindo apenas uma camisa sua?

—        Não a estou culpando, aquilo não é uma coisa fácil de explicar, mas não acho que qualquer palavra minha possa fazê-la acreditar em mim.

—        Então você não se importa com ela.

Ele se surpreende e a observa.

—        É claro que me importo, essa é a questão.

—        Se você se importasse mesmo não a deixaria sofrer. Eu nunca a vi desse jeito, somos amigas a anos e eu nunca a vi tão frágil. Ela tenta parecer forte, tenta disfarçar e nós a ajudamos fingindo que não percebemos, mas dói vê-la assim. Você a viu prestes a desabar e ao invés de ajudá-la, a empurrou ainda mais fundo. Olhando agora acho que tem razão, ela merece algo melhor.

Ele se silencia focado no copo vazio, mas a atenção dos dois é perdida quando a música para e a voz de Hinata através do microfone é ouvida.

—        Peço a atenção de todos por gentileza.

Os irmãos focam seu olhar e atenção na noiva que segura um buque em uma das mãos e um microfone em outra, e não demoram a ouvi-la continuar.

—        Esse é o momento mais esperado por muitas mulheres e temido por alguns homens.

Há algumas risadas.

—        É por isso que quero muita atenção agora, isso porque esse é um buquê especial, ele foi escolhido por uma pessoa muito importante para mim e como podem ver é simplesmente lindo.

Ela sorri e mostra o buquê mantendo o olhar sobre a pessoa em questão, sendo essa sua irmã mais nova, Hanabi.

—        Por esse motivo, peço que ela se aproxime para me ajudar a joga-lo.

Hanabi se surpreende com o pedido estranho, mas se aproxima da irmã.

A caçula para em frente a irmã e Hinata estende o buquê, mantendo as mãos de Hanabi unidas as dela mantendo o buquê entre as duas. O mestre de cerimônias agora segura o microfone já que suas mãos estão ocupadas.

—        Eu sei que, ao me ajudar a joga-lo você perde a chance de pegá-lo também, sinto muito.

—        Hina, o que está fazendo? - a mais nova sussurra - Isso não é o normal, é você que joga o buquê sua maluca.

A irmã de Hinata solta uma risada envergonhada.

—        Não há razão.

—        O que?

Hinata se afasta um pouco deixando o buquê nas mãos de Hanabi e observa a área atrás da irmã, fazendo-a se virar para ver o que há ali.

A surpresa a atinge, sua mão direita toca seus lábios e seus olhos marejam. Konohamaru está de joelhos a sua frente, ele tem um grande sorriso no rosto e uma pequena caixa de veludo vermelho em mãos.

O mestre de cerimônias aproxima o microfone dos lábios do rapaz.

—        Hana, desde o primeiro instante que a vi, sabia que era especial. Ainda não conhecia o quanto, mas não demorou para que soubesse que você é linda, tanto em beleza natural quanto no seu jeito de pensar, de agir, em toda a sua forma de ser. Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, amo cada detalhe seu e quero que esteja ao meu lado pelo resto dos meus dias. Hyuuga Hanabi quer se casar comigo?

Todos estão surpresos pelo pedido, ninguém esperava por isso, a Hyuuga ainda menos. É por isso que nesse momento não consegue falar nada, apenas observar o amor da sua vida de joelhos a sua frente pedindo a ela que passe o resto dos seus dias ao seu lado.

—        Hana esse é o momento em que você me dá sua resposta.

—        Sim. - ela deixa escapar em um sussurro, mas a voz que sai novamente é mais alta - Mil vezes sim.

Ele suspira aliviado e coloca a aliança de compromisso no anelar direito se erguendo em seguida e aproximando-se dela beijando-a.

As palmas são ouvidas e eles se afastam, Konohamaru limpa as lágrimas da noiva e sorri.

—        Obrigado por aceitar ser minha esposa.

Ela sorri em resposta.

—        Eu não conseguiria imaginar estar com qualquer outra pessoa.

Hinata se aproxima deles.

—        Gostou do buquê? - ela observa a irmã, ainda abraçada a Konohamaru.

—        Você me enganou, eu nunca imaginaria isso.

—        Também não conseguiria pensar em algo assim, seu noivo que teve toda a criatividade para sugerir isso.

—        Obrigado por me ajudar Hina.

—        Não foi nada.

Naruto enlaça a cintura da esposa e sorri para os recentes noivos.

—        Quão assustador foi?

—        Muito. - Konohamaru suspira e Hanabi o observa.

—        Duvidou que eu aceitaria?

—        Ah não, nunca. Amo você e sei que também me ama.

—        Então?

—        Você tem um pai e um irmão mais velho.

Hanabi ri e, parecendo ouvir um chamado, Hiashi se aproxima deles.

 

Sakura obseva tudo de longe. Ela achou o pedido lindo, nunca imaginaria que algo assim aconteceria, até porque, Hinata não mencionou nada. A única coisa na qual consegue pensar agora é em quanto os quatro que conversam entre si estão felizes, mesmo que o senhor Hyuuga tenha aparecido, provavelmente, para esclarecer as coisas.

—        Foi bonito, mas dava pra ser mais criativo.

Sakura foca o olhar no moreno ao seu lado com um sorriso.

—        Você acha?

—        Com certeza.

—        Então como você faria?

Ele pensa um pouco.

—        Eu faria uma exposição.

—        O que?

Ela pergunta em uma risada sem entendê-lo.

—        Uma exposição particular, com várias fotos e pinturas que nós dois gostamos e então eu faria o pedido.

—        Não posso negar que é bastante criativo e pessoal, mas sabe como montar uma exposição?

—        Sou um Uchiha, frequento lugares assim desde o útero.

Ela ri.

—        Ver é diferente de montar, acredite em mim sou uma arquiteta.

—        Outra coisa que poderia funcionar.

—        O que?

—        Imagina pedir para a noiva construir sua casa dos sonhos e depois pedi-la em casamento ali.

—        Chegou atrasado eu já tenho uma casa.

—        Pode ser uma casa de férias ou uma casa na praia.

Ele dá de ombros e ela ri.

Ao ouvir uma de suas músicas preferidas, a rosada segura o braço do Uchiha surpreendendo-o.

—        Amo essa música, vamos dançar?

Ele sorri.

—        É claro.

Itachi se deixa ser levado pela rosada para a pista de dança. Depois de algum tempo, as amigas dela aparecem e se unem aos dois.

 

As horas se passam e as meninas não se cansam de dançar, entretanto elas não são as únicas a ir para a pista de dança, isso porque alguns cavalheiros se unem a elas, se não por vontade própria, por ciúmes. Mas quanto mais tarde fica, mais a pista de esvazia e em dado momento, além de alguns convidados, apenas elas permanecem sem nenhum namorado por perto.

Quando está perto das quatro da manhã, Karin observa as amigas.

—        Estou indo embora.

—        Já? - Temari diz - Está cedo.

—        Estou cansada.

—        Sua velha.

Tenten, que está bêbada, acusa a amiga que apenas revira os olhos em resposta.

—        Suigetsu já foi, ele teve um problema de família e precisou ir mais cedo e estou mesmo cansada.

—        Tá bom, tchau então. - Temari diz.

—        Tchau.

As garotas dizem, mas Sakura toca o ombro de Karin antes que a Uzumaki se afaste.

—        Meu carro está quebrado, você me dá uma carona?

—        Sim, vamos dizer tchau aos noivos e já podemos ir.

Sakura se despede das amigas e elas se aproximam dos noivos que estão recebendo vários abraços. Quando sua vez chega, Sakura abraça a amiga enquanto Karin dá os parabéns ao primo.

—        É melhor você não magoar minha amiga. - a Uzumaki diz ao loiro que abre um grande sorriso.

—        Nunca.

—        Estou muito feliz por você Hina, sei que vai ser muito feliz.

A morena se afasta e sorri para a rosada.

—        É como você disse, eu já sou.

Elas se abraçam uma vez mais.

—        Aproveite a lua de mel.

Hinata ri.

—        Sim, eu vou.

Sakura se afasta da amiga e se aproxima de Naruto abraçando-o, e a ruiva abraça Hinata.

—        Cuide bem desse cabeça oca Hina.

—        Pode deixar.

—        Parabéns, - Sakura diz - você sabe mesmo fazer um discurso.

Ele ri.

—        Planejei aqueles votos por meses.

Ela se afasta.

—        Valeu a pena, foi lindo. Realmente desejo o melhor para vocês.

Ele sorri para a rosada.

—        Eu sei Sakura-chan, e obrigado por isso.

Elas se afastam

—        Estamos indo, boa lua de mel para os dois.

—        Faça bom proveito dos nossos conselhos do chá de panelas Hina.

A morena fica vermelha e abre um sorriso tímido ao ouvir a Uzumaki.

—        Tchau. - eles respondem.

As duas seguem para a porta principal onde vários manobristas se encontram. Depois de dizer a um dos rapazes a marca do carro e início da placa, Karin observa um ponto a sua frente.

—        Eles vão ser muito felizes. - a ruiva sorri.

—        Sim, com certeza.

—        Hina estava radiante.

—        E tinha como não estar? O homem da vida dela a estava esperando no altar para prometer ficar com ela e ama-la por toda a vida.

—        Sim, é uma coisa linda.

Karin se lembra da festa, das danças que a rosada dançou, e com quem ela dançou.

—        Parecia bem próxima do Itachi.

—        É, acho que ele é meu herói.

—        Seu herói? Por quê?

O carro chega e elas se aproximam dele.

—        Eu não disse pra vocês, mas foi ele quem me consolou quando fui ao apartamento do Gaara.

A ruiva se surpreende ao entrar no carro.

—        Como assim?

—        Foi acaso. Coincidentemente ele mora no mesmo andar que o Gaara.

Surpresa a Uzumaki gira a ignição e se afasta da mansão.

—        Não apenas no mesmo prédio, mas no mesmo andar também?

—        É. Ele me viu chorando e me consolou.

—        Fico feliz em saber que não estava sozinha.

A ruiva sorri e Sakura também abre um sorriso agradecida pela preocupação da amiga.

—        Eu estava pensando que você devia estar bem abalada naquele momento e que não ter tido ninguém devia ter sido horrível. Também me preocupei em como voltou para casa, mas fico mais tranquila ao saber que pelo menos quando saiu da casa dele, teve alguém com você.

—        Sim, também sou muito agradecida a ele por isso. Depois de me ouvir chorar, ele me acompanhou até em casa e isso me ajudou muito. Mesmo que eu o tenha dispensado e o tenha machucado, ele esteve comigo. Sou muito grata pelo que Itachi fez.

Karin se silencia por algum tempo pensativa, mas logo volta a falar.

—        Acha que talvez possa dar uma chance a ele?

—        Ah, não. Não acho que devo pensar nisso por enquanto, já tive muitos problemas por causa de relacionamentos e homens, o melhor é ficar na minha por um tempo, agora só quero me dedicar ao meu trabalho. Nesse momento não preciso de nada mais.

—        Sim, acho que tem razão.

Elas logo chegam a casa da rosada e a Uzumaki se despede da amiga seguindo para a própria casa. Assim que o carro de Karin se afasta, Sakura entra em casa tirando os saltos e se deita no sofá observando o teto.

Gaara lhe volta a mente, mas ela tenta afasta-lo de seus pensamentos ao recordar do dia incrível que teve, como madrinha e como amiga. Sakura está realmente feliz pelo casal e por ter seus amigos para distraí-la, o que inclui os morenos Uchiha.

Ainda que os acontecimentos do dia preencham sua mente a imagem do ruivo continua a aparecer.

Sakura se senta a respira fundo. Ela não quer pensar nisso, se odeia porque está se atormentando por causa disso, mas ainda assim sua mente cruel se pergunta se ela o estará esperando voltar para casa.

Eles são noivos então é de se esperar que estejam morando juntos, até porque, ela voltou de viagem a uma semana, por que pagar um hotel se pode ficar no apartamento do seu noivo?

Ela suspira e une as pernas em um abraço.

—        Por que eu tenho que fazer isso?

O toque da campainha é ouvido o que a rosada estranha afinal são quatro da manhã. Uma amiga de cabelos ruivos lhe alcança o pensamento e por isso ela se levanta rápido seguindo para a porta, mas ao abrir vê um ruivo diferente e belos olhos verdes sobre ela.

—        Preciso falar com você.



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