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História O Encanto da Cerejeira - Capítulo 32 - SASORI - A exposição


Escrita por: HatakeLiah

Capítulo 67 - Capítulo 32 - SASORI - A exposição


Sakura desperta e solta um longo suspiro antes de se levantar. Ela está cansada por ajudar Hinata a escolher os detalhes da decoração, mas foi muito bom sair com a amiga.

Nesse momento, por um instante, ela observa o teto, mas logo se ergue e se espreguiça como de costume se levantando da cama em seguida para preparar uma vitamina pré corrida.

É isso o que faz sempre que pode em seus sábados de folga, mas não é sempre que consegue tempo para correr. Depois de renovar as energias, vai gastar um pouco de calorias na corrida que demora cerca de uma hora.

Assim que volta, vê Tatsuo desperto tomando um copo de suco.

—        Bom dia. - ele diz.

—        Bom dia.

Sakura enche um copo de água e o bebe em poucos goles.

—        Minhas malas já estão arrumadas, mas ainda preciso esvaziar o galpão que aluguei.

—        Por isso tinha poucas coisas aqui. Bem que estranhei uma mudança sem coisas para mudar. Por que não disse? Minha casa é grande, não precisava alugar um galpão.

—        Exatamente por isso, se tivesse dito você me forçaria a guardar as coisas aqui.

—        Eu te forçaria? Nem tenho tanto músculo assim.

Ela ri e ele revira os olhos.

—        Talvez, mas tem uma força sobre-humana.

—        Lenda.

Tatsuo ri.

—        Diga isso aos seus rivais de boxe.

Mais uma risada escapa, mas ela logo é perdida quando a Haruno solta um longo suspiro.

—        Vou sentir sua falta.

—        Vou levar minha mala hoje, mas que tal uma maratona de despedida?

Sakura abre um grande sorriso.

—        Eu topo.

O rapaz sorri contagiado pela rosada e eles vão para a sala passar o dia em frente a televisão.

 

Depois de várias horas, um almoço e pipocas, Tatsuo vai buscar suas malas e as leva para o táxi que chamou.

Já na porta ele observa Sakura com um belo sorriso no rosto.

—        Tem certeza que precisa ir? Vou sentir sua falta.

Ele a abraça.

—        Já falamos sobre isso.

Ela suspira e eles se afastam.

—        Eu sei.

—        Não se preocupe, estarei sempre a apenas alguns quilômetros de distância.

—        Você sempre está longe.

—        Não seja malvada.

Ele ri do drama da rosada.

—        Assim você magoa esse velho amigo.

—        Espero que esteja disponível para quando eu precisar.

Ela diz emburrada e ele bagunça o cabelo dela.

—        Qualquer coisa tem o Deidara.

Ela bate nele fazendo-o rir.

—        Estou brincando, estou brincando.

Ela suspira e sorri para ele.

—        Estou aqui se precisar.

—        Vou lembrar.

Tatsuo se afasta e ela suspira. Ela está preocupada com ele, já que está se arriscando bastante começando do zero mais uma vez, mas torce para que o amigo fique bem.

Quando perde o carro de vista ela volta para dentro e se joga no sofá colocando qualquer filme para se distrair. Ao perceber que o horário da exposição se aproxima ela se ergue e vai para o banho, afinal terá uma boa noite hoje.

 

Sakura deixa sua casa e não demora a chegar a galeria. Essa é a primeira exposição deles em Konoha e mesmo que já tenha visto o trabalho deles, ainda assim está ansiosa.

A bela mulher desce do carro entregando suas chaves ao manobrista, encaminhando-se em seguida a entrada do lugar. Entrando no prédio assim que entrega seu convite.

As paredes brancas lhe parecem claustrofóbicas no começo, ainda que outras pessoas estejam ali, mas ao alcançar a sala principal se surpreende com tudo o que vê.

Os quadros de Deidara, a explosão de cores, fazem do lugar menos claustrofóbico e mais acolhedor.

Ela sempre foi fã do trabalho dele e não se cansa de apreciá-lo.

Da mesma forma, também no salão principal, as marionetes de Sasori arrancam elogios do público. Ele é muito bom nisso e ainda que elas nunca sejam usadas são obras de arte incríveis.

—        Linda como sempre.

Ela se vira e vê o loiro se aproximar com um grande sorriso no rosto.

—        Digo o mesmo do seu trabalho.

Um sorriso se forma no rosto da rosada.

—        Você é uma obra de arte ambulante, foi um erro ter te convidado vai chamar mais atenção que nossa arte.

Sakura ri.

—        Como se isso fosse possível.

Deidara toca a cintura de Sakura aproximando-os para cumprimentá-la. Uma mulher se aproxima com um gravador em mãos.

—        Boa noite, - ela diz - sou do Le Petit Art e gostaria de fazer algumas perguntas.

—        Parece ocupado, vou dar uma volta para ver os outros quadros.

—        Te encontro depois.

—        Com licença.

A mulher toca o ombro de Sakura antes que ela se afaste e a rosada a observa.

—        Sim.

—        Já os vi em outras exposições antes - ela começa se referindo a alguns passeios que a rosada fazia com o loiro - e não consegui deixar de notar a proximidade de vocês, parecem ter uma química única que nunca vi antes, são um casal?

Eles se entreolham.

—        Uma química né? - Sakura diz pensativa. - Acho que podemos dizer isso.

—        Nós dois um casal, até que não é uma má ideia. - Deidara diz com um sorriso.

—        Poderia dar certo. - ela complementa. - Mas se não desse estragaria uma grande amizade.

—        Vamos deixar como está.

—        Então vocês não são um casal?

—        Não. - eles dizem em uníssono.

—        Sakura é minha fã numero um, foi a primeira pessoa a quem mostrei minha arte.

—        Somos amigos de infância, - ela continua - Nos conhecemos melhor que nós mesmos.

—        Essa coisa de não poder existir amizade entre homens e mulheres não se aplica a nós.

—        Sim, podemos dizer isso.

—        Entendo. - a mulher diz.

—        Nos vemos depois.

Sakura se afasta deixando Deidara em sua entrevista e logo sente dois braços finos envolverem-na num abraço.

—        Graças aos céus, pensei que não iria vir, eu estava entediada.

A rosada se vira e vê a amiga.

—        É a exposição de arte do seu irmão não tem como ser entediante.

—        Não sirvo para apreciar essas coisas.

—        Diz uma estilista de moda.

—        Estranho, eu sei. - ela suspira - Então, como vão as coisas?

—        Que coisas?

—        Com os pretendentes ora, do que mais eu poderia estar falando?

Sakura revira os olhos.

—        Como você é exagerada.

—        Não estou exagerando, e além de dois deliciosos ruivos, ainda tem os dois Uchiha, pelos quais as garotas desmaiam. Enquanto algumas querem o pedaço de um você tem os dois ao seus pés.

—        Claro.

—        Nunca pensei que os Uchiha ficariam de quatro por você.

—        É sério Porca, sem exageros.

—        Mas estou falando sério, aqueles dois pedaços de mau caminho estão super a fim de você.

—        Não acho que seja a esse ponto.

—        Ora vamos, tem que confessar que você se tornou um atrativo para eles. - Ino se aproxima com um sorriso - E eles pra você.

Sakura fica sem graça e abaixa a cabeça observando as mãos. Depois daquele encontro na loja de doces que teve com Itachi Ino a atormenta e inclusive disse as outras no grupo.

—        Vai admite, não é nenhum pecado.

—        Tudo bem, tá certo, eu admito. Eles conseguiram chamar minha atenção.

—        E qual dos dois está ganhando?

—        Não estou comparando-os.

—        Mas tem um que você pensa antes de dormir, você tem que fantasiar com um deles.

—        Não fantasio com nenhum deles.

—        Vai Testudinha, pra cima de mim? Dois Uchiha gostosos na sua cola e não quer nenhum deles?

—        Por que insiste que tenho que querer algo com um deles, estou saindo com o Gaara lembra? Aquele ruivo, irmão da Temari.

—        É, é. Mas, quem muito espera uma hora cansa. O que quero dizer é que você não parece com tanta vontade assim, ele não se incomoda que vocês ainda não transaram?

Sakura se surpreende com a pergunta.

—        Quer dizer, vocês já tiveram o que, cinco encontros?

—        Não foi tudo isso. E, bom, ainda não rolou essa química.

—        É disso que estou falando, de química, você não tem isso com o Gaara.

Infelizmente isso Sakura não pode negar. Ainda que ame a companhia do ruivo ela ainda não sentiu a vontade de dormir com ele.

—        E vai dizer que Itachi ou Sasuke não despertaram nada desse lado seu.

Se negasse, isso também seria mentira, afinal Itachi a balança e Sasuke já a fez imaginar, mesmo que involuntariamente, alguma coisa.

—        É inevitável Testuda, os dois são um perfume de luxúria ambulante que conseguem excitar qualquer uma e ambos estão atrás de você.

—        Ainda que fosse assim, Itachi e eu somos amigos, pretendo continuar assim e, - ela hesita - eu meio que estou procurando algo fixo. Mesmo que escolhesse um dos dois eles não servem para algo assim.

—        Então está mesmo querendo um namorado?

—        Algo assim.

—        Mas o que acha dos Uchiha?

Que bicha insistente.

—        Puta que pariu, você ouviu alguma palavra do que eu disse?

—        Ah, por favor, só quero saber o que você pensa deles.

Sakura suspira

—        Sasuke ainda me irrita às vezes, mas seria mentira se dissesse que não me atrai.

—        E o mais velho?

—        Itachi me surpreendeu, não pensei ficaríamos tão próximos, ainda mais assim de repente. Ele sempre foi um sonho de consumo para qualquer mulher, mas não quero ser apenas mais uma na sua lista e nós duas sabemos como ele é. Além disso, - ela pensa um pouco hesitante - não sei se o vejo assim.

Isso surpreende a Yamanaka.

—        E quem você vê assim?

—        Não sei.

Sakura admite, ela nunca havia parado para pensar sobre isso então Ino não pode culpa-la por não ter uma resposta.

Um sorriso malicioso surge nos lábios da Yamanaka.

—        Talvez se olhar um pouco mais consiga vê-lo assim.

—        Não sei acho que... - Sakura finalmente percebe o olhar da amiga - Espera, do que está falando?

—        Olha quem o Papai Noel trouxe.

Ino aponta na direção da porta e ao observar o lugar Sakura vê Itachi, que, ao vê-la se aproxima.

—        Estamos em março. - ela murmura para Ino.

—        Tanto faz.

O belo moreno se aproxima das damas e Sakura quer gritar a Ino que pelo menos disfarce o olhar malicioso que leva, ainda assim sabe que isso seria inútil.

—        Boa noite garotas.

—        Boa noite. - elas respondem.

—        Foi um prazer revê-lo Uchiha, - Ino diz - mas preciso falar com meu irmão. Até.

—        Até. - Ele responde.

—        Testuda depois quero saber sobre a pesquisa.

Ino se afasta e não vira para trás ao falar, Sakura tenta se controlar para não ficar vermelha com o comentário, mas o esforço é inútil e Itachi percebe.

Um sorriso se forma no rosto do Uchiha e ele aproxima seus rostos.

—        Que pesquisa?

Ao perceber a proximidade ela se afasta um pouco.

—        É bobagem. Não ligue para o que essa louca diz.

—        Claro.

O olhar do moreno analisa cada detalhe do corpo a sua frente e ele sorri para ela.

—        Você está linda aliás.

—        Obrigada, - ela sorri agradecida - você também não está mal.

Uma garota se aproxima servindo champanhe e eles pegam uma taça cada um. Sakura observa a escultura de Sasori ao lado e Itachi a acompanha na apreciação.

—        Ele é bom não é?

—        Um dos melhores. - o sorriso dela se intensifica. - Os dois são.

—        Então, - ele diz - você é amiga do Sasori também. Deve ser gratificante ver as obras de dois de seus amigos sendo expostas.

—        Você não tem ideia. Eu simplesmente amo a arte deles. Cada um tem uma forma única de se expressar, Deidara é explosivo e momentâneo, Sasori é realista e impaciente eles expressam sua personalidade na arte que fazem.

Itachi sorri ao ouvi-la. Ele ama o som da voz da rosada, mas a paixão com a qual fala é ainda mais bela.

—        Você divaga com bastante facilidade não é?

Sakura se surpreende

—        Ah, estava fazendo isso? Me desculpa eu não...

—        Não foi uma crítica.

Sakura se surpreende mais uma vez e sente seu rosto corar como consequência.

—        Acho que esse é um dos charmes que você tem.

—        Obrigada.

—        Para ser sincero, - ele diz - estou surpreso que Deidara tenha conseguido ser responsável para essa exposição.

Sakura ri.

—        Apesar de Sasori achar que ele continua um irresponsável e que está tudo nas costas dele, o Dei parecia bem mais determinado e também acho que estava levando essa exposição bem a sério.

—        Concordo, até porque nunca o vi rejeitar convites de festas para trabalhar.

Ela o observa surpresa, mas a expressão de orgulho logo ronda seu rosto.

—        Ele evoluiu com o passar dos anos.

—        Cedo ou tarde ele teria que amadurecer.

—        Está brincando? - ela ri - Pensei que isso nunca aconteceria com ele.

O moreno ri em resposta.

—        Essa foi uma oportunidade única, - ela diz - tem pessoas aqui que conheço apenas por nome, que nunca imaginei encontrar pessoalmente. Se eles conseguirem o reconhecimento que sei que merecem, logo não os veremos mais.

Apesar de estar contente pelos amigos uma feição entristecida ronda a rosada. Ainda que Tatsuo tenha ido embora, ela sabe que ele permanece na cidade, sabe que sempre que precisar dele o encontrará, mas se um de seus amigos conseguir uma proposta boa o suficiente para tirá-los da cidade, ficará sem vê-los por tempo indeterminado, como aconteceu com Tatsuo nesses anos.

—        Essa noite vai definir o futuro deles.

A voz do moreno a afasta de seus pensamentos.

—        Sim, - ela foca toda a sua atenção na escultura a sua frente - não consigo me imaginar longe do Dei ou do Sasori, mas é como aconteceu com Tatsuo, desde que eles estejam seguindo o sonho deles pretendo apoia-los o quanto puder.

Itachi sorri ao ouvi-la, poucas pessoas abririam mão de sua felicidade e conforto para que outros pudessem ser felizes.

—        Essa é uma grande exposição, - ele diz - quer vê-la comigo?

Ela sorri ao olhar para ele.

—        Adoraria.

Com um sorriso no rosto o moreno começa a caminhar e eles se afastam do lugar onde estavam.

—        Ele continua como sempre, - Itachi diz - o estilo dele não muda nunca.

—        Deidara é do tipo explosivo, o que fica visível nas suas obras, todas são cheias de vida e cores, e ainda assim...

—        Parecem prestes a desaparecer.

Sakura o observa surpresa, ninguém nunca a entendeu ao descrever como o amigo pinta, nem mesmo o próprio autor das obras parece entender quando ela fala sobre o que vê ao analisar as pinturas do Yamanaka. Eles gostam de ouvi-la falar, dizem que é inspirador, e isso com qualquer pessoa com quem fala, mas até hoje, ninguém foi capaz de entender como se sente ao apreciar esses quadros.

O olhar do moreno sobre as peças, no entanto, mostra que ele também compartilha de suas opiniões, ele parece entender exatamente o que ela diz.

—        Não acho que seja a toa. - ele a afasta de sua análise - Ele é temperamental e sempre que fala com ele percebe que quer algo momentâneo, que deixe sua marca, que mostre para as pessoas que a arte é coisa de momento. Se trata daquele instante em que as cores invadem seu campo de visão e dão a impressão de que o poder  de um vulcão está se manifestando. Acredito que se ele pudesse fazer sua arte desaparecer em uma explosão não hesitaria em fazê-lo.

Há silêncio e Sakura o observa com uma mistura de surpresa e admiração. Ao notar a ausência de resposta o moreno volta seu olhar para ela e fica sem graça ao notar a expressão no delicado rosto.

Itachi raramente fica envergonhado, sequer se lembra a última vez que isso aconteceu, mas o olhar da rosada sobre si, o deixa dessa forma.

—        Acho que não é só você quem divaga.

Sakura sorri para o moreno ao ouvi-lo, é bom saber que não há apenas um conquistador rondando o Uchiha, que um apreciador de arte e um bom amigo também compõem o moreno. Ela volta a desviar o olhar dele focando uma vez mais na arte de Deidara.

—        Agora sei como vocês se sentem quando começo a falar sem parar. - ele foca nela - Nunca havia entendido o porque dos sorrisos, mas parece que eu devo falar com esse mesmo entusiasmo, não me surpreende que encante as pessoas. É bom saber que sou boa nisso, exatamente como você.

Ele ri.

—        Por favor, não me compare a você. Apenas falo coisas sem sentido, não sou muito bom com as palavras.

—        Ah, claro, diz o conquistador Uchiha. Sua habilidade com as palavras é um dom que você tem.

—        Não é um dom que pode ser usado com tudo, no entanto.

Ela se surpreende com o ar melancólico que ronda a frase, mas não sabe dizer ao que ele se refere.

—        Independente disso, - ele continua - não sei porque explicar isso, você claramente sabe do que estou falando.

—        Sim, eu sei, mas não é algo comum.

Ele a observa sem entender ao que ela se refere.

—        Você foi o único até hoje que entendeu exatamente como me sinto ao olhar essas obras. Ninguém antes conseguiu ver esses quadros da forma com a qual eu vejo, nem mesmo o Dei.

Itachi se surpreende, se pensar bem, realmente Deidara não entende a forma como o moreno aprecia suas obras, entretanto nunca compartilhou seus pensamentos antes com ninguém além do amigo e por isso não sabia que existiam tantas formas de ver o que essas pinturas representam. Claro que cada um vê uma pintura de uma forma, cada um sente uma coisa diferente, mas na maioria das vezes, o senso comum é o mesmo. Ele nem imaginava que sua forma de ver os quadros do loiro seria tão diferente da do resto das pessoas.

—        Acho então que essa é mais uma das coisas que temos em comum.

Ele sorri para ela e ganha um belo sorriso em resposta.

—        Parece que somos mais parecidos do que pensávamos.

—        Isso é bom.

Ela percebe a seriedade no tom de voz e vê o moreno desviar o olhar observando o quadro ao lado.

—        Assim as chances de nossos sentimentos também serem semelhantes é maior.

Sakura se surpreende com o que ouve, não sabe o que deve responder a ele nem se conseguiria responder algo ainda que tentasse. Ouvi-lo a fez se lembrar de quando perguntou se ela teria algum tempo livre, aquilo parecia um convite, ele parecia estar chamando-a para um encontro, mas isso sequer é possível com o Uchiha?

O moreno volta a sorrir quando suas orbes enegrecidas se voltam para ela.

—        Parece surpresa pela nossa sincronia.

—        Não, não é isso.

Ela desvia o olhar.

—        Mas está surpresa.

—        Bom, - ela tenta se recuperar - nos conhecemos a vários anos é apenas estranho descobrir que temos tanto em comum.

—        Erro meu.

Ela volta seu olhar para ele curiosa.

—        O que quer dizer?

—        Você me considera um amigo Sakura?

Ele ergue uma sobrancelha.

—        Bom, sim.

—        Tem certeza?

Ela pensa no assunto. Realmente, por mais que conheça Itachi e que já tenha saído muito com ele e os amigos de Deidara, ela não pode dizer exatamente que aquele grupo de amigos também é seu grupo de amigos. Não é como acontece com Deidara, Naruto, Tatsuo, Sasori ou as garotas. Mesmo com Itachi não era assim, isso mudou a pouco tempo. Talvez seja a isso que ele se refere.

—        Sim, - ela diz com convicção - você é meu amigo. Mas está certo, eu te conheço e posso dizer que sei mais ou menos como você funciona, não acho que podíamos nos considerar amigos antes.

Ele sorri contente por ela ter entendido.

—        Se eu tivesse investido em uma amizade com você, saberíamos o quão parecidos somos. Mas acho que não sou muito bom nisso de amizades com mulheres.

—        Nunca teve uma amiga?

Ela pergunta surpresa.

—        Tive uma vez, mas não deu muito certo.

Sakura pensa um pouco e se lembra de Karin dizendo que Izumi era amiga tanto de Sasuke quanto de Itachi. Ao perceber o tom melancólico com o qual ele fala, ela se pergunta o que aconteceu entre eles, mas deduz que não tenha sido nada agradável. É provável que um relacionamento esteja envolvido nisso, apenas não sabe dizer qual irmão teve um relacionamento com ela. Sakura não sabe se deve perguntar sobre ela, principalmente pelo ar melancólico que os Uchiha levam ao falar sobre a morena então decide não perguntar nada. Entretanto, se lembra de alguém mais.

—        Mas e a Konan e a Kuro?

—        Konan é a namorada do Yahiko, não somos exatamente amigos sou amigo do namorado dela, então não acho que ela se encaixe nisso. E a Kuro... - ele suspira - Bom, ela é uma colega de trabalho e saímos juntos as vezes, mas apenas em um grupo grande, com Deidara, Kisame, Hidan. Ainda assim, não diria que somos exatamente amigos.

—        Bom, - ela sorri para ele - ainda temos muito tempo pra corrigir isso.

—        Sim.



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