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História O Enigma do Príncipe - Marionetes de uma Guerra


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!

Como prometi, voltei no prazo (isso pra mim é um grande passo)
Espero que gostem.

PS.: pra quem leu o primeiro capítulo (e por isso deve estar lendo esse, certo?) eu disse que as aulas tinham começado a quase quatro meses, mas me embananei nas contas e na verdade eram cinco meses. Dumbledore já está sofrendo com o avanço da maldição do anel, então pras coisas baterem, eu alterei.

Capítulo 2 - Marionetes de uma Guerra


Pov Snape

Mexi-me no sofá e senti minhas costas doerem, meus músculos ainda estavam rígidos. Definitivamente eu estava ficando velho. Abri os olhos depois de alguns segundos e sentei-me olhando ao redor. Eu realmente tinha subestimado a criatividade por parte de Voldermot, pelo menos não faria isso novamente quando me ordenado novidades e o máximo que eu conseguisse fosse o fato de Potter ser desprezível em DCAT, como metade dos alunos para quem eu lecionava.

Pelo menos McGonagall não tinha tornado as coisas ainda piores e decidido passar a noite por aqui para ficar de olho em mim, preferia cortar a língua a ter que dar satisfações para a velha. Como se eu precisasse de ajuda; nunca foi assim, não seria agora. Senti um súbito de irritação por ter deixado transparecer alguma coisa em frente a alguém, principalmente esse alguém sendo Minerva.

Levantei-me do sofá e ajeitei-o com um gesto da varinha e com um novo gesto da mesma fiz os frascos vazios de poções sumirem. Saí do escritório, entrando em uma porta a esquerda da mesa, onde ficava o quarto. Tomei um banho demorado e me arrumei; precisava preparar mais uma dose da poção que estava administrando em Dumbledore. Mesmo tento melhorado, antes de qualquer coisa, precisei de uma dose de uma poção para aumentar minha disposição e repor minhas energias gastas na noite anterior.

No laboratório finalmente consegui me deixar relaxar de verdade.

Não poderia negar que desde que assumi um posto de professor em Hogwarts tive uma forte vontade de assumir o cargo de Defesa Contra Artes das Trevas, pela minha inclinação às mesmas, mas mesmo assim me sentia completo mexendo em minhas poções. Aspirei o cheiro de ervas que o caldeirão emanava e parei de mexê-las por alguns segundos.

Trabalho vazio. Suspirei. Dumbledore queria morrer. Eu teria que matá-lo. Uma matemática simples que resultaria em carregar o peso de mais uma morte, quase tão grande quanto a de Lílian. Além disso, mais uma máscara teria que ser posta, tudo devia parecer ser para o bem de Draco, mesmo que isso fosse algo além do voto perpétuo. Ele não deveria ter tempo de completar o que precisava fazer, até porque estava falhando de maneiras tolas.

Voltei a mexer a poção encarando-a. Sim, trabalho totalmente vazio. Entendo o porquê de Narcisa recorrer a mim. Draco era uma criança e estava envolvido nisso tanto quanto eu ou qualquer outro que um dia procurou por isso.

Narcisa. Bufei. Meu resto de humor estava indo embora junto aos pensamento que eu afastava de minha mente.  A poção estava pronta. Coloquei as doses dos próximos dois dias em seus devidos frascos e guardei um no bolso interno do casaco. Jogando a capa sobre os ombros, saí de meus aposentos e segui para o escritório do diretor. Os alunos estavam começando a ocupar os corredores e seguir para o grande salão para o desjejum. Alguns sussurravam um “Bom dia” sem me olhar que não eram devolvidos de bom grado.

– Sorvete de limão. – soltei em frente a gárgula.

A escada logo apareceu e eu subi até o escritório. Caminhei até a porta e parei para pegar o frasco em minhas vestes enquanto com a outra mão, girava a maçaneta da porta.

– ...Entendo, Minerva. – ouvi Dumbledore. Sou tom era sério, achei melhor esperar. – Mas escute o que estou lhe dizendo. Essa guerra criou suas marionetes. Severo é uma delas e, por mais que consiga alguns resultados, é como qualquer uma das outras: dispensável, substituível e descartável...

Meu rosto esquentou instantaneamente. Velho imbecil! O que ele estava dizendo? Oras, o que estava dizendo?! Estava dizendo a verdade. Virei-me e saí de volta rumo as masmorras a passos largos, tirando quem estava em minha frente aos esbarrões. Adentrei meus aposentos e o frasco que estava em minhas mãos voou contra uma das paredes.

– 20 anos! – gritei para o nada. Peguei um copo na mesa de centro e o arremessei contra a porta. – Quase vinte malditos anos e é isso que sou?!

Virei-me e encarei o espelho. O que exatamente eu esperava? Reconhecimento? Não. Só não esperava que fosse alguém tão dispensável.

– Desprezível. – murmurei olhando para o espelho. Meus olhos faiscavam de raiva. – É isso que você é. Esperava o que? Não tem o direito de se sentir ofendido. Você ouviu a verdade. Engula-a. – concluí.

Peguei um firewhisky no armário e servi uma dose, engolindo-a instantaneamente. Dispensei o copo. Peguei apenas a garrafa e sentei no sofá. Eu estava com raiva. Saber que está sendo usado é uma coisa, pensar nisso também, mas quando se escuta de alguém que pensou poder confiar... Balancei a cabeça e sorvi mais um gole na garrafa. E foi a vez dela voar contra a parede do fundo da sala.  Eu estava frustrado.

Pov Autora

Dumbledore estava sentado à sua mesa e batucava com um dos dedos sobre a ela, seus olhos estavam sobre sua mão que já estava com uma péssima aparência por conta da maldição, mesmo com o ótimo trabalho que Snape vinha fazendo.

– Quero explicações, Alvo. – Minerva disse. – Não me diga que foi nada. Você não viu o estado em que ele chegou... Estava fraco. Ferido.

O diretor ergueu os olhos para a mulher e suspirou. Algumas coisas não podiam ser escondidas em momentos assim. De certo modo ele entendia a preocupação da mulher, conheciam Severo desde os tempos de escola, sabiam como ele foi e como ele era.

– No ano em que Voldemort... – fez uma pausa ao ver a mulher se arrepiar a menção do nome. – Tudo bem, desculpe. Quando Tom descobriu sobre a profecia, Severo veio até mim e prometeu qualquer coisa pelo bem e pela proteção dos Potter. Mesmo sempre tendo o ódio de Tiago despejado sobre si, o amor por Lily foi maior. O que precisa saber, minha querida, é que há quase vinte anos, ele é meu espião. Sua lealdade a Tom é uma mentira e todos os avanços que fazemos sobre as trevas, em grande parte são méritos dele. – suspirou.

Minerva ainda o olhava, estava esperando mais. Mas o diretor não prosseguiu.

– Ele é um espião? Está dizendo que ele mente todo esse tempo ao maior bruxos das trevas do mundo todo esse tempo? – não parecia estar convencida. – Isso é impossível, Alvo.

– A dor da perda fez Severo ser o melhor no que faz, Minerva. O melhor. – disse. – Muitos duvidam: a Ordem, por exemplo, além de Harry e seus amigos. Para eles Severo ainda é um Comensal, o que de certa forma é verdade, mas, contrário ao que pensam, é leal a mim e não ao Lord. Acredite, ele tem minha total confiança. Snape ainda é aquele menino que conhecemos. O amor por Lilian o deixou assim, mesmo que ele prefira se esconder no rancor, na amargura e na indiferença.

O silêncio se abateu sobre os dois. Se o que Dumbledore dizia era verdade, o que ela não era capaz de duvidar, significava que Snape estava voltando de uma dessas reuniões que tinha com o Lord das Trevas, mas se ele estava tão bem em seu papel de fiel escudeiro, não fazia sentido para Minerva ele ter sido torturado da maneira que foi.

– Por que ele estava daquela forma quando chegou? – ela perguntou. A primeira resposta foi um suspiro frustrado do diretor.

– É assim que ele volta quando o Lord não fica plenamente satisfeito com os resultados que lhe foram apresentados. – disse.

– E isso parece algo normal a você, Alvo? – assumiu um tom de voz duro. – Parece normal fazer com que ele passe por isso por uma causa pela qual não luta sozinho? A dor, o álcool e as poções para dormir lhe parecem algo normal para se carregar sozinho? Ele é jovem, deveria estar buscando ter uma vida e não estar perdendo-a dessa forma. Aos poucos. Não deveria ver isso acontecer e continuar a mandá-lo para lá todas as noites sabendo o que vem com ele quando retorna.

Silêncio novamente. O diretor parecia estar absorvendo as palavras da professora de transfiguração.

– Ao que me parece, isso não lhe importa tanto quanto deviria importar. – a mulher completou.

– Não diga isso. – franziu a testa. – Severo é como um filho para mim, me preocupo com ele. – levantou e andou até a janela. - ... A entendo, Minerva. – Dumbledore assumiu um tom sério. Se voltou para a senhora que lhe observava, ainda sentada. – Mas escute o que estou lhe dizendo. Essa guerra criou suas marionetes. Severo é uma delas e, por mais que consiga alguns resultados, é como qualquer uma das outras: dispensável, substituível e descartável... – mexeu na longa barba e respirou fundo. – Mas ele não é uma marionete da vida. Não é uma pessoa descartável e nem substituível. Por isso estive buscando uma pessoa que vai nos ajudar e dividir essa carga com nosso menino. Espero que até mais do que venho imaginado.

– Não sabe como isso passa a me aliviar. – Minerva levantou. – Mas não posso evitar de perguntar. Quem é essa ajuda, Alvo?

– Narcisa Malfoy.


Notas Finais


E aí? Acho que alguém pegou o bonde andando e tirou conclusões precipitadas. O que acham que deve vir no próximo?

Sugestões, criticas construtivas, receitas de bolinhos... Tudo é bem vindo nos comentários.
Até quinta (será que consigo?)


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